Quais as principais características que um bom site deve ter?
O que é bom para uns, pode não ser para outros.
Pode-se dizer que essa afirmação é verdadeira em quase todo tipo de situação, incluindo um site. Isso porque o conceito de bom e ruim, é subjetivo, ou seja, varia de pessoa para pessoa.
Mas criar e manter um bom site, sob uma avaliação quase que estritamente objetiva, ou seja, independente de critérios pessoais de gostos, de interesses, é algo possível e altamente recomendável a fim de obter êxito na estratégia de presença digital.
O que é um bom site?
O que parece ser uma pergunta difícil de responder, na verdade não é.
A questão pode ser respondida sob duas óticas diferentes: bom para o visitante e bom para o dono do site.
Ambas são importantes, mas se não for boa para os visitantes, será difícil consegui-los e se os conseguir por meio de ações de Marketing Digital, como por exemplo, links patrocinados, vai trazê-los, mas não conseguirá retê-los.
Sendo assim, a primeira preocupação que se deve ter, é agradar tanto quanto possível o visitante.
E como se sabe que um site agrada sua audiência?
Por meio de alguns indicadores que estão ao alcance todo administrador de site.
Taxa de rejeição
A taxa de rejeição é um indicador que consta do Google Analytics e que reflete a permanência do visitante no site. Altas taxas de rejeição, indicam que o visitante saiu do site, tendo visitado apenas uma página.
Ela é um quociente entre o número de visitantes que visitam apenas uma página e o total de visitantes. Assim, se 5 visitantes apresentam esse comportamento, de um total de 10 visitantes, a taxa de rejeição é de 50%.
Mas é preciso ter cautela ao usar essa métrica, pois se por exemplo, um blog tem um grande número de visitantes habituais e que já conhecem outros conteúdos, é normal que eles retornem apenas para ler as postagens novas, de acordo com os dias em que elas ocorrem e após isso, saem.
Dependendo do conteúdo, a taxa de rejeição também pode não ser um problema, como por exemplo, uma página de tutorial para um procedimento. O usuário leu, utilizou o conteúdo e uma vez cumprido o seu papel, saiu.
É possível acompanhar a taxa de rejeição por página e assim avaliar tanto o tipo de conteúdo que mais tem rejeição,os que têm menos, assim como as taxas das páginas evoluem ao longo do tempo.
Taxa de conversão
A taxa de conversão é uma métrica que indica o atingimento de objetivos, como por exemplo, o download de um e-book, o preenchimento de um formulário, o acesso a um chat de atendimento, a solicitação de uma proposta ou uma venda.
Esse é um fator bastante objetivo e cujos números podem ser obtidos por meio de um sistema de estatísticas do site voltado a obter esse tipo de informação, bem como o próprio Google Analytics fornece algumas pistas.
Avaliar o volume de contatos produzidos no site para os diferentes canais de atendimento, o número de vendas, ou quantidade de orçamentos, cotações, comparados com a visitação, ajudam a estimar o quanto um site converte e consequentemente se ele é bom ou não.
Tempo de permanência na página
Outro indicador importante, na medida em que sabendo-se o tempo médio que os visitantes permanecem nas páginas, deduz-se se o conteúdo está sendo consumido, se está sendo lido.
Na proporção inversa, baixos tempos de permanência na página, somados a elevadas taxas de rejeição, podem indicar problemas e que podem estar associados ao conteúdo e mesmo outras questões, como aspectos visuais, excesso de publicidade e outros comportamentos ou recursos do site que afugentam o usuário.
Engajamento
Engajamento é tido como sendo o envolvimento que é produzido no visitante, que faz com que ele compartilhe o conteúdo, faça comentários, dê uma curtida em uma publicação.
Ao obter engajamento, necessariamente o conteúdo tanto em termos de apresentação, como de disponibilidade (facilidade de consumo) e da essência da informação contida, atendem aos visitantes.
Por outro lado, falta de engajamento pode significar que nada disso está sendo conseguido.
Características de um bom site
Um bom site sob a ótica do visitante, deve reunir um conjunto de características bem definidas, que visam o internauta.
1. Desempenho do site
A Internet é sinônimo de dinamismo. Os visitantes estão acostumados a alternar entre diferentes aplicativos, sites, redes sociais e isso precisa acontecer rapidamente.
Sites pesados, que demoram a ser exibidos na tela, com recursos que parece que nunca vão carregar, são rapidamente colocados de lado.
Especialmente quando o visitante chegou por meio de um clique na página de resultados de um motor de busca (SERP ou Search Engine Results Page), ele dispõe de outras alternativas e invariavelmente retornar ao mecanismo de busca, é uma opção para páginas que não carregam rapidamente ou que não apresenta pelo menos os principais elementos em um ou dois segundos.
Por isso, o bom desempenho do site, é uma das principais características que todo site que pretende ser bom, precisa ter.
O desempenho está relacionado a alguns fatores, como por exemplo:
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Plano de hospedagem – é importante utilizar planos de hospedagem que são condizentes com a plataforma de desenvolvimento usada, bem como a demanda de recursos, tanto exigida pelo próprio site, como pela quantidade e distribuição dessas visitas. Por exemplo, uma ação de Marketing Digital que provoque um aumento grande na visitação, deve ter um plano cloud capaz de atender esse aumento;
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Empresa de hospedagem – a empresa de hospedagem deve ser dotada de uma infraestrutura que comporte sites de diferentes perfis, demandas e consequentemente ofertar uma gama de soluções para que o desempenho não seja colocado em segundo plano ou não seja consistente;
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Plataforma utilizada – seja por meio de programação desenvolvida especificamente para o site, seja pelo uso de um CMS, é fundamental que a escolha da plataforma de desenvolvimento considere o fator desempenho. No caso de CMSs, usar muitos plugins, inevitavelmente acarretará degradação no desempenho, mesmo que se tenha um bom plano de hospedagem de site e se faça uso de uma boa empresa. Considere quais e quantos plugins utilizar;
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Tipos de conteúdo – há conteúdos cujo formato requerem mais recursos, como por exemplo, largura de banda, o que causará perda de desempenho, especialmente para os visitantes que fazem acesso mobile e que não têm boas velocidades de transmissão de dados. É importante lembrar que esse público representa a maioria dos visitantes de boa parte dos sites. Por isso, a qualidade e consequentemente o tamanho de um vídeo, por exemplo, deve levar esse fator em consideração.
2. Aparência do site
A aparência do site é uma característica que pode ser avaliada subjetivamente, mas há aspectos objetivos que podem e devem ser avaliados.
A escolha das cores, das imagens e seus respectivos formatos, dos planos de fundo, das fontes, dos ícones e demais elementos visuais, não deve se resumir ao fator estético, que é importante, mas que é subjetivo.
Assim, excesso de contraste é tão condenável, quanto ausência dele. Lembrando novamente que boa parte dos acessos hoje em dia é feito por dispositivos móveis, cujas telas são menores e que na maior parte das vezes fazem uso de recursos como brilho adaptativo e economia de energia.
Uma tela que apresenta pouco contraste entre os elementos mais importantes, como fontes, botões, links, tornam a visibilidade dos mesmos mais difícil. Mas não é só. Imagine uma página com muito texto, cuja fonte foi cuidadosamente escolhida para melhorar a leitura, mas o tamanho e/ou a cor, não são adequadas, especialmente nas menores telas de celulares.
Pela mesma razão, há outros aspectos visuais que precisam atenção, como por exemplo, o tamanho dos elementos clicáveis. Quantas vezes você quis clicar em um item e acabou clicando em outro, por ambos serem muito pequenos e próximos?
Alguns aspectos de aparência, também relacionam-se com o próximo, a navegabilidade.
3. Navegabilidade do site
A navegabilidade, bem como a aparência do site e das suas páginas e também a funcionalidade – que trataremos a seguir – são elementos que integram o que se conhece como UX Design, ou o design que leva em consideração a experiência do usuário (User eXperience).
Navegabilidade é o conceito que avalia a facilidade de navegação no site. O quão fácil é chegar a qualquer ponto do site e seus respectivos conteúdos. Se o visitante quiser ir até outra área ou seção do site, é fácil? É rápido? É intuitivo?
Quantos cliques o internauta precisa realizar para entrar em contato? E para chegar a um outro conteúdo? Quanto tempo ele demora no processo? É fácil ele se perder no site? Os ícones representam bem as ações correspondentes?
Essas e outras perguntas similares, visam identificar possíveis lacunas e o que pode ser melhorado em termos de navegabilidade.
Mas não é só. Sites muito poluídos, com muita publicidade, ou mesmo muitas chamadas para outros conteúdos do próprio site, dificultam o acompanhamento do conteúdo e a própria navegabilidade.
Sites que não privilegiam a navegabilidade, desestimulam o visitante a explorá-lo.
4. Funcionalidade do site
Um site funcional, como o nome sugere, é um site no qual todos os recursos funcionam como se espera.
Quantos sites você conhece, que ao clicar em um recurso, é exibido um erro de servidor? Ou que aquele famoso ícone que indica que algo está acontecendo, é exibido indefinidamente e o recurso não é carregado?
Seja qual for a justificativa, para o visitante não importa. O que conta, é que aquilo pelo que ele clicou, não funcionou. Ele vai embora chateado e o pior quando algum concorrente lhe entregar o que você prometeu, mas não entregou.
Isso além de depor contra a sua imagem e conceito perante o visitante, ainda tem relação com a próxima característica.
5. Site responsivo ou mobile
Como já dissemos e muitas pesquisas confirmam, há algum tempo boa parte de todos os acessos na Internet, são feitos por meio de dispositivos móveis, especialmente pelos smartphones.
Sendo assim, ter uma versão mobile ou responsiva do site, já não é mais uma questão de opção.
É uma necessidade básica. Inclusive, esse é um dos fatores que o Google avalia e considera no ranqueamento e que são reforçados pelo Google Discover e a experiência na página, que em 2021 deve ganhar destaque entre os fatores de ranqueamento.
6. Honestidade do site
Entregue tudo o que prometer. Além de honesto, é ético fazê-lo.
Cuidado ao escolher os títulos dos seus conteúdos. Bons títulos devem ser atraentes, descritivos, mas sobretudo, honestos.
Não prometa o que não entregará ou mesmo não induza o visitante a conclusões equivocadas, apenas pensando em atrai-lo. Ninguém gosta de sentir-se enganado. Você pode perder visitantes de forma definitiva agindo assim.
É importante também a clareza e a objetividade. Se você dá alguma coisa condicionada a outra, como por exemplo, o download de um e-book, mediante o preenchimento de um cadastro, torne os processos tão fáceis quanto for possível.
Criar processos complexos ou com muitas etapas, muitas condições, navegação extensiva, confirmações em demasia, afastam as pessoas e também pode gerar insegurança e desconfiança.
A honestidade também se traduz em termos do conteúdo propriamente dito. Cuide para que todas as informações sejam verdadeiras. A desinformação e as fake news, constituem um problema para produtores de conteúdo e para a Internet como um todo.
7. Conteúdo do site
O conteúdo é o rei. Sim, é por ele que alguém acessa seu site.
Conteúdo é o centro de tudo e a razão de ser do site e por isso deveria ser desnecessário tratar dessa característica. No entanto, ainda há muitos sites que não dão o devido valor a ele.
Não há como classificar um site como verdadeiramente bom, se o conteúdo não é amplo, diversificado, autêntico e responde às perguntas que seu público quer ver respondidas.
Sem conteúdo, não há como fazer um bom trabalho de Marketing de Conteúdo e consequentemente de SEO.
Planejar e criar conteúdo, deve levar em consideração a persona – ou as personas, no caso de mais de uma – a quem ele se destina, por qual razão sua empresa tem um site e o que você pretende que ele faça por você ou sua empresa, qual o tipo de site que ele se enquadra, qual o seu ramo de atuação, entre outros fatores.
Faça pesquisas junto aos seus visitantes, colha feedback nas redes sociais, nos comentários, nas oportunidades de comunicação que tiver, use as métricas do sistema de estatísticas do seu plano de hospedagem e do Google Analytics e tudo o que estiver ao seu alcance, para saber o que o internauta acha do conteúdo, da aparência, da navegabilidade, enfim do seu site, afinal é para ele que o site precisa ser bom!
Conclusão
Um site para ser considerado bom, deve reunir um conjunto de características precisas e objetivas e que vão além das opiniões pessoais. Para tanto, um site deve atentar a sete aspectos básicos, mas muito importantes para cumprir esse objetivo.