Experiência na Página: Por que se preocupar com esse fator de ranqueamento do Google?

Desde o final de Maio de 2020, o pessoal de SEO tem trabalhado duro no sentido de promover mudanças que virão em 2021 e que vão ter um peso importante no trabalho que fazem. Estamos falando da “experiência na página”.

Esse já vinha sendo um aspecto de alguma preocupação – mais em alguns casos, menos em outros – por parte de equipes de desenvolvimento de sites. Mas agora e oficialmente essa preocupação vai ganhar lugar de destaque, especialmente para aqueles que disputam um lugar ao sol quando o assunto é ranqueamento.

Entender o que é experiência na página segundo o Google e como esse fator de ranqueamento pode ser decisivo, é o assunto do momento. Se você não quer ser o único a não colocar em prática esses conceitos, acompanhe-nos até o fim.

O que é experiência na página?

Não é difícil compreender.

Talvez seja um pouco difícil de aceitar por parte do pessoal de Vendas e/ou do Marketing Digital, especialmente os que defendem o uso de recursos voltados a obter altas taxas de conversão.

Mas com bom senso e argumentos bem fundamentos, até eles vão se render.

Um modo de fazer isso, é usando de comparações.

Embora a Internet e especialmente os diferentes tipos de site apresentem particularidades em relação ao mundo real, no fundo um usuário é também um consumidor, que pode estar atrás apenas de conteúdo, mas também de um tênis ou uma refeição ou qualquer outro bem de consumo ou mesmo um serviço, encontrável nas lojas físicas e comércio em geral.

Pense nas experiências de consumo de qualquer coisa que você tem no mundo real. Naturalmente deve vir a mente da maioria, as melhores, as mais agradáveis e prazerosas, mas também podem vir as mais recentes ou as mais desastrosas.

As primeiras e que são as melhores, fazem com que você queira repeti-las. As últimas e piores, são para serem esquecidas e se tiver uma nova oportunidade ou necessidade de repetir, vão lhe empurrar para a concorrência.

Quantos e quais os produtos ou serviços que você consome apenas porque precisa, ou porque lhe faltam opções melhores, ou porque o produto é ótimo, mas a prestação de serviços associada é péssima?

Tudo isso que veio a sua mente, são experiências como consumidor e que determinam se você vai voltar ou não. Se vai ficar feliz ou não. Se terá uma boa ou má lembrança.

Mais que isso, se o que lhe leva até lá pode ser encontrado em outros lugares, é absolutamente normal e compreensível que você opte pelo lugar que oferece uma experiência completa melhor.

Em um site não é tão diferente assim, mesmo diante das especificidades da Internet.

E é justamente isso que o Google vai passar a considerar em meados de 2021, quando esse fator for incorporado ao seu algoritmo para efeitos de ranqueamento.

Portanto, se dois sites hipotéticos tiverem conteúdos – que ainda é um aspecto de muita relevância – similares e outros fatores que os colocam em posições praticamente iguais, aquele que oferecer uma melhor experiência ao usuário, ganhará a disputa por um melhor posicionamento.

Como é avaliada a experiência na página?

Assim como muitos dos critérios observados em outros fatores de ranqueamento, da forma mais objetiva possível.

O próprio Google dá importantes dicas do que é avaliado para considerar a experiência que os sites oferecem aos visitantes em suas páginas. Ao visitar o endereço em que o anúncio da experiência na página foi feito, muitas coisas ficam claras.

E quando falamos do pessoal do comercial e do Marketing, que são os responsáveis pelos inúmeros banners, popups e tudo que visa atrair cliques, monetização e afins, estamos falando do quanto isso influi na experiência do usuário.

No anúncio do Google, ele insere um pequeno vídeo exemplo de como o usuário clica contra sua vontade em um botão, devido a um destes recursos que surge e muda a posição do botão que ele pretendia clicar.

Quantos sites visitamos e que situações semelhantes ocorrem? A quantidade de anúncios, links, botões e até mesmo texto, não fazem parte do conteúdo que buscávamos? Atrapalham a nossa leitura, a nossa interação e mesmo a navegação. Tornam o site poluído visualmente, difícil de navegar e carregar. Feio visualmente em muitos casos.

Tudo isso que foi lá colocado e que não representa ou não tem relação com o que nos levou até a página, representa uma experiência ruim.

Um site assim concebido, com muitas páginas com elementos que fornecem experiências ruins, será punido, perdendo posições no ranqueamento.

Afinal, o que o Google pretende, é ranquear melhor os sites que os visitantes mais gostam, da mesma forma que entre dois restaurantes com ótima comida, você prefira aquele em que jhaja qualidade no atendimento, o ambiente é mais arejado e demonstra mais higiene, os garçons são mais atenciosos, a música ambiente – quando há – não incomoda a conversa, propiciando uma experiência global melhor.

Como fornecer uma boa experiência de página?

Agora que você já sabe o que é experiência na página, chegou a hora de arregaçar as mangas e aplicar nas páginas do seu site ou blog, ou seja lá o tipo de site que você tenha, os aspectos que serão avaliados na determinação da experiência que você proporciona aos seus visitantes.

PageSpeed Insights

De saída o Google já lhe dá uma “mãozinha”. Como? Através do PageSpeed Insights.

Alguns dos diferentes aspectos avaliados pelo Google para determinar a experiência do usuário, são fornecidos por essa ferramenta da própria empresa.

Saber otimizar a página para obter boas notas é um bom caminho em direção a oferecer uma boa experiência ao usuário e consequentemente, uma boa chance de incrementar o ranqueamento.

Entre as métricas disponíveis, foque em:

  • LCP (Largest Contentful Paint ou Exibição do Maior Conteúdo) – resumidamente, é o tempo decorrido para exibir o maior elemento de uma página e que geralmente indica ao usuário que a página está carregando. É desejável abaixo de 2,5 segundos a partir de quando a página começar a carregar pela primeira vez;

  • FID (First Input Delay ou Latência de Entrada) – consiste do tempo entre um clique em link, por exemplo e a resposta do navegador ao comando correspondente, representando a interatividade da página. O ideal é ser inferior a 100 milissegundos;

  • CLS (Cumulative Layout Shift ou Mudança de Layout Cumulativa) – mede a estabilidade visual, por meio da avaliação do quanto o layout da página se altera durante seu carregamento. Se o layout é muito modificado à medida em que cada elemento é carregado, a nota tende aumentar. Notas baixas – inferiores a 0,1 – são melhores, sendo que o máximo, é 1.

Google Search Console

Outra ajuda importante do Google, pode ser obtida pelo Google Search Console.

Na seção “Enhancements” (melhorias em português) do Search Console, há informações importantes de um conjunto de métricas do mundo real, que têm por objetivo quantificar tanto quanto possível aspectos cruciais da experiência do usuário e que o Google chama de Core Web Vitals.

Por meio dessas melhorias, é possível saber as páginas que têm bons desempenhos e as que precisam ser aprimoradas.

O relatório apresenta gráficos quantificando as URLs entre pobres, boas e as que precisam de melhorias, segundo seu comportamento em desktop e mobile. Também é possível identificar algumas falhas de segurança.

Mobile Friendly

O Google Discover é um claro indicativo do quanto o Google valoriza a experiência mobile.

Não é para menos. Mais da metade dos sites atualmente é acessada por meio de dispositivos móveis, predominantemente smatphones.

Assim, sites com versões mobile em detrimento de responsivos, pode ganhar importantes pontos, sobretudo se lembrarmos que por melhor que seja trabalhada a responsividade para ajuste a uma variedade de tamanhos de tela, um bom layout mobile é insuperável e tende a oferecer uma melhor experiência ao usuário.

Resumidamente desde que a atualização Mobile First foi feita, ficou evidente a importância que o Google vem dando na ranqueamento das SERPs para páginas com versões mobile

Outros fatores influenciando a experiência da página

Há uma série de conceitos que podem auxiliá-lo a criar e gerenciar páginas do seu site ou blog, de forma a criar uma experiência de usuário proveitosa e positiva.

  • Crie sites com foco em UX Design. Quando se tem em mente a funcionalidade, a utilidade, sempre buscando uma experiência única e proveitosa, é o mesmo que criar um restaurante onde todo o resto além da comida, é também motivo para a vinda dos comensais;

  • Cuidado com aquilo que também não lhe agrada como visitante de outros sites que não o seu. Tudo que é em excesso, é desaconselhável, como por exemplo a publicidade que tem dominado boa parte do que é visível e clicável em muitos sites;

  • É uma ótima prática ficar atento ao que o Google prioriza com os critérios para o Google Discover. Assim, atente para títulos e sua afinidade com o conteúdo, a transparência das informações, a relevância, as imagens e ao conteúdo propriamente dito;

  • Estude minuciosamente os recursos que oferece, a sua importância e utilidade e se eles não vão tornar o site pesado, lento e, sobretudo, pouco funcional;

  • Atente para a taxa de rejeição. Embora o Google não use esse fator como critério de ranqueamento, é um indicador que serve para você interpretar possíveis problemas com o conteúdo, com a experiência que seus visitantes têm e outros possíveis problemas;

  • A segurança do seu site é um fator que o Google cada vez considera mais. Não há como imaginar uma boa experiência em um site com falhas de segurança;

  • Erros de servidor são outro verdadeira pecado. Links quebrados, desatualizados ou qualquer coisa que impeça o visitante de chegar onde ele pretendia ou realizar uma ação, significa uma experiência negativa. E o Google enxerga tudo isso;

  • O desempenho do site é outra preocupação importante. Meça com certa frequência, tanto para identificar possíveis problemas na programação, nos plugins que utiliza no seu CMS, na hospedagem que utiliza, a fim de que a experiência do visitante não esteja comprometida por esse fator.

Conclusão

A experiência na página é uma medida a ser adotada pelo Google a partir de meados de 2021, que tem o mesmo conceito que outras experiências que temos na vida quotidiana e que podem ser determinantes para as escolhas que fazemos, do que consumimos e do que abrimos mão. Criar e manter um site cujas páginas signifiquem ótimas experiências aos nossos visitantes, será mais importante do que nunca!

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