Você sabe como fazer a manutenção de sites? Descubra agora!
É bastante comum que as pessoas / empresas criem um site e uma vez pronto, pensem que seu trabalho está concluído e nada mais precisa ser feito. O site é simplesmente esquecido, exceto se der algum problema e que muitas vezes só é descoberto porque foi avisado por terceiros.
Igual acontece com muitas coisas e situações, um site – até os mais simples – também requer manutenção periódica para que ele funcione e entregue o seu máximo potencial.
Manutenção de sites é um processo e como qualquer processo, consiste de etapas bem definidas e disso que trataremos, bem como outras questões relacionadas.
Por que é importante fazer a manutenção do site?
A manutenção do seu site é importante por uma série de razões e que podem variar em função do tipo de site que você tem, do seu tamanho em termos de número de páginas e/ou quantidade de conteúdos, da variedade de recursos e até se ele é baseado em uma plataforma ou CMS.
Mesmo os menores e mais simples precisam de alguma manutenção e se for esse o caso, naturalmente que a frequência com que deve ser feita, é maior e o que precisa ser feito, é mais simples. Esse tipo de aspecto ficará mais claro adiante, quando abordarmos o que fazer.
Todavia e em linhas gerais, os motivos pelos quais é importante realizar a manutenção periódica, são:
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Segurança – sites são alvos frequentes de cibercriminosos, inclusive os mais simples. É preciso derrubar o mito de que apenas sites famosos, importantes ou de grandes empresas, são visados. A conta de hospedagem de um site é muito útil para uma série de finalidades, como para o envio de SPAM, ou disseminação de malwares, por exemplo;
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Reputação digital – um site com problemas e que frustra aqueles que o acessam em busca de uma informação ou apenas de conhecer mais sobre a empresa, produz uma imagem negativa e que na melhor das hipóteses, é de negligência, prejudicando a reputação digital da empresa;
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Respeito aos visitantes – intimamente relacionado ao fator anterior, garantir que tudo funcione como se espera e que o conteúdo está plenamente acessível, é demonstrar respeito a quem destinou seu tempo e deu um clique ou preencheu a URL para chegar ao seu site;
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Patrimônio digital – um site é parte importante do seu patrimônio digital e, portanto, merece tanta atenção quanto outros ativos digitais que o compõe;
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Dinamismo da Web – é desnecessário defender o quão dinâmica é a Web. Tudo muda o tempo todo e a velocidades cada vez maiores. A manutenção é uma das maneiras de manter o site em conformidade com esse dinamismo, como por exemplo, na atualização de um recurso / ferramenta, ou substituindo um plugin por outro melhor e mais adequado às necessidades dos visitantes;
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Sites de busca – os sites de busca e em particular o Google, consideram vários fatores de ranqueamento para posicionar os sites nas páginas de resultados, como desempenho, funcionamento dos recursos, links, etc. Quando esse conjunto de fatores é afetado, esse posicionamento é prejudicado;
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Preservação do investimento – por mais simples que seja, no mínimo foi investido o valor do tempo dedicado a criar o site. Passa a ser investimento perdido, quando por qualquer problema, o site não cumpre o que se espera dele;
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Retorno – para além de preservar o que foi investido, sites se bem planejados, atualizados e administrados, podem – e devem – produzir um retorno apreciável, direta e indiretamente. Alguém que se tornou cliente após descobrir a empresa graças ao seu site, é retorno;
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Prevenção – a manutenção regular é a melhor forma de se antecipar e assim prevenir possíveis problemas e que como vimos acima, podem custar caro à empresa;
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Oportunidades – o tipo de análise que se faz no processo de manutenção, favorece observar aspectos do site que podem ser melhorados ou recursos / conteúdos que podem ser incluídos, representando novas oportunidades ao negócio digital.
Quando fazer a manutenção do site?
A periodicidade ou frequência com que se deve realizar a manutenção do site, é uma dúvida frequente, mas cuja resposta não é a mesma, nem tampouco é precisa para todo mundo.
Isso é algo que cada um deve descobrir e que depende do tipo de site e suas características.
No caso de um site institucional ou talvez um outro tipo, mas que também se baseia em conteúdo estático e baseado em uma plataforma própria de desenvolvimento, realizar a manutenção semestralmente, pode ser suficiente. Mas se a mesma empresa tem um blog e que recebe novos posts semanalmente e tem uma base regular de visitantes, a frequência mensal é mais indicada.
Sabemos que muitos devem estranhar, afinal o que há para fazer em um site institucional básico, cujo conteúdo não é alterado e nem incluído, recebe apenas 20 visitantes / dia em média e que exija que a cada 6 meses, seja verificado?
A melhor maneira de explicar e justificar, é indo aos procedimentos de manutenção do site…
Como e o que fazer na manutenção do site?
De acordo com o que já adiantamos indiretamente, nem todos os cuidados que listaremos a seguir, são aplicáveis a todo tipo de site, como deve ficar ainda mais claro, à medida que comentamos cada um.
Cabe também destacar, que a maioria dos procedimentos são realizáveis até por quem não tem muitos conhecimentos técnicos, tanto porque são simples, como porque há muitos tutoriais (vários no próprio site e blog da HostMídia!) disponíveis e que ensinam detalhadamente como fazer.
Eventualmente porém, convém solicitar ajuda a um profissional da área, visto que a quase totalidade das ações vão além das responsabilidades e competências do suporte técnico do seu hosting.
1. Backup
Sempre antes de realizar qualquer procedimento, principalmente os que signifiquem alterações no site e na conta de hospedagem, deve-se realizar um full backup (arquivos do site, bancos de dados, contas de e-mail, arquivos de configuração, etc), uma vez que se algo não ocorrer como previsto e, sobretudo, não se saiba como reverter a alteração, basta proceder com a restauração da cópia de backup feita.
Lembre-se de manter os arquivos de backup em mídias externas e seguras e se possível em mais de uma. Nunca armazene os backups na própria conta de hospedagem.
Normalmente, os bons serviços de hospedagem efetuam o backup dos arquivos do seu site de forma automática e periódica. Porém dependendo do plano e da empresa, a restituição do backup pode implicar a cobrança de taxas.
Qualquer que for o caso, a principal responsabilidade por realizar rotinas de backup, é do administrador do site. O backup feito pela empresa de hospedagem, é uma alternativa complementar.
Mesmo que não seja necessário após a realização de quaisquer procedimentos, um backup adicional é sempre útil e pode servir para outras situações.
Mas fique atento ao horário em que é permitido realizar o backup por meio do painel de controle, pois é uma ferramenta que consome muitos recursos do sistema (memória, processos, processamento, etc), a maior parte das hospedagens reserva os horários de menor demanda para sua execução.
2. Limpeza da conta
Da mesma forma como ocorre nos sistemas operacionais dos seus dispositivos, como é o caso do Windows ou do Android, a medida que os usamos, vão se acumulando arquivos diversos que podem afetar o sistema em alguma medida, como na melhor das hipóteses, pode consumir espaço em disco valioso, especialmente dos planos mais básicos.
É importante saber distinguir o que são os arquivos que podem ser removidos e que não afetarão o funcionamento do site ou dos recursos da conta, como por exemplo:
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Logs do sistema – muitos CMSs e algumas plataformas de desenvolvimento, podem gerar vários logs. Saiba que em sua maioria eles servem para apontar o que está ocorrendo e possíveis problemas. Com isso em mente, remova apenas os logs após corrigir os eventuais erros registrados e os logs apenas de registro de atividades;
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Arquivos temporários – arquivos temporários, como o nome sugere, não são permanentes e deveriam ser removidos ao fim do procedimento ao qual estão associados. Porém, por diferentes razões nem sempre é o que acontece e eles podem se acumular em quantidade e tamanho;
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Cookies – dependendo dos recursos do site, é possível que você encontre cookies de sessão e que deveriam expirar após algum tempo, mas às vezes, tal como no caso dos arquivos temporários, eles apenas vão sendo acumulados indefinidamente, consumindo espaço útil da conta;
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E-mail – nas pastas reservadas às contas de e-mail também é comum encontrar conteúdo que pode ser removido, como mensagens de confirmação de leitura e as mensagens apagadas via webmail, as quais na verdade, são movidas para a pasta da lixeira e só deixam de ocupar espaço efetivamente, quando removidas da lixeira.
O processo de limpeza desses tipos de arquivos pode ser feito por diferentes métodos:
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Gerenciador de arquivos – trata-se de uma ferramenta disponível em alguns painéis de controle, como o cPanel. A vantagem do seu uso, é que consiste de ferramenta com uma interface gráfica com alguma similaridade ao equivalente de muitos sistemas operacionais. A desvantagem é que é pouco prática para remover grandes quantidades de conteúdos;
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FTP – embora pouco usado, acessar a conta usando um cliente de FTP para o procedimento, pode ser mais rápido e prático quando se faz manutenção regular, ou seja, não há muitas coisas para remoção;
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SSH – recorrer ao SSH, é a alternativa mais indicada quando o responsável pela manutenção tem um razoável conhecimento de linhas de comando Linux, porque é extremamente mais rápido, prático e até seguro realizar a remoção com os comandos corretos.
3. Páginas desatualizadas
Uma característica que afugenta qualquer visitante é se deparar com informações desatualizadas em um site.
Há a tendência do visitante perder a confiança na empresa, uma vez que esse tipo de situação denota displicência e uma postura descuidada por parte da empresa.
Tenha em mente que para todo o contingente que está chegando a você pela primeira vez por intermédio seu site, ele será o responsável pela primeira impressão produzida. É parte do processo de construção da marca e da imagem da empresa.
Encontrar páginas e respectivos conteúdos desatualizados, além de consistir do processo de manutenção, é também de atualização do site e a depender da extensão e como são conduzidas, as atualizações de conteúdo interferem até nos sites de busca.
Nesse sentido, o trabalho de manutenção deve se concentrar nas publicações do site, em busca de informações antigas e atualizá-las sempre que for preciso. Pode ser um número telefônico que mudou, um produto novo ou aquele que não faz mais parte do lineup, mas pode ser uma nova ficha técnica do novo modelo de um produto.
Algumas ferramentas fornecidas por empresas de hospedagem, possibilitam verificar que arquivos são mais antigos, indicando assim conteúdo que possivelmente pode ter informações desatualizadas. Já por meio de SSH, isso é possível com apenas uma linha de comando.
4. Links quebrados
Ao fazer uma postagem, é comum incluir alguns links externos e internos no corpo do texto e que faz parte de um trabalho mais amplo e que se conhece como link building.
Particularmente no caso de links externos, ou seja, que fazem apontamento para o conteúdo de outros sites, pode ser que algumas dessas páginas apontadas deixem de existir ou mudem de endereço. Caso isso ocorra, o visitante que clicar no link verá o famoso erro 404, o que para muitos visitantes não é muito esclarecedor, exceto pelo fato de que ele acreditará que é responsabilidade do seu site, ainda que o link leve para outro site.
Mas essa é uma possibilidade também em relação aos próprios links internos, especialmente quando eles são muitos e há muitas páginas.
Qualquer que for o caso, o visitante se sente frustrado e tende a construir uma imagem negativa do site e consequentemente da empresa e de seus produtos / serviços.
Portanto, tenha certeza que todos os links do seu site apontam para o local correto, fazendo verificações periódicas, principalmente nos links relativos aos sites de terceiros.
A notícia boa, é que não é necessário verificar link por link do site, o que dependendo do caso, pode levar literalmente horas. O Google Search Console inclui um relatório de “erros rastreados”, o que permite que você veja todas as páginas que retornaram um erro 404 ao Google.
5. Segurança
Esse é um aspecto essencial no processo de manutenção periódica, tanto que temos um conteúdo no qual damos 10 dicas de segurança para sites e que recomendamos fortemente que você reserve um tempo para leitura.
Independentemente da abordagem mais ampla que o artigo mencionado adota, é preciso considerar que qualquer site está sujeito a problemas de segurança, principalmente os que usam o WordPress, não porque ele é inerentemente inseguro, mas porque é o CMS mais usado no mundo e, portanto, oferece mais vítimas em potencial.
Assim, é de praxe recomendar que os sistemas baseados no WordPress, precisam estar constantemente atualizados e deve-se instalar apenas plugins, temas e complementos bem programados e de boa procedência. Além disso, o próprio núcleo do WP deve ser atualizado regularmente.
Embora recomenda-se configurar o WP para que as atualizações sejam automáticas, isso pode não ocorrer, porque algumas exigem pré-requisitos nem sempre disponíveis ou procedimentos manuais, como a ativação de uma biblioteca a alteração de uma configuração ou versão do PHP, por exemplo.
Sendo assim, é no momento da manutenção que se verifica se todas as versões mais recentes estão presentes.
Outra situação possível, mesmo quando as atualizações automáticas ocorreram com sucesso, é verificar se algum plugin foi descontinuado e que nesse caso, pode significar mudar para um mais atual.
É importante destacar que ainda que o site está devidamente atualizado, não é raro ocorrerem invasões que não prejudiquem o site de forma visível, ou seja, nem toda invasão tem como objetivo danificar o site ou tirá-lo do ar.
Nesses casos, um site pode estar invadido e continuar a funcionar normalmente.
O que o invasor geralmente pretende em situações assim, é justamente não chamar a atenção para a ação que ele realiza e que pode ser uma das seguintes:
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Hospedar malware para disseminação por meio de links maliciosos em outros sites, que uma vez clicados, efetuam o download para o dispositivo do visitante;
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Instalar scripts de envio em massa, SPAM e phishing, sendo que scripts nada mais são do que programas que usam sua conta de hospedagem para os envios;
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Criar e hospedar sites falsos, em diretórios ocultos ou com muitos arquivos e que dificultam sua identificação. Também está associado às práticas de phishing;
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Armazenar scripts destinados a ataques DDoS e nesses casos, quando os scripts são executados, o servidor no qual seu site está hospedado passa a realizar ataques a outros servidores;
A lista acima, contém as situações mais frequentes, mas não as únicas possibilidades.
Outra preocupação relativa a segurança do seu site, é ter um rígido controle das senhas. Tenha o hábito de mudá-las com frequência e use senhas fortes para as contas de e-mail, painel de controle e painel de administração do site, bem como quaisquer outras que forem exigidas.
6. Banco de dados
Bancos de dados são a base de muitos recursos, bem como de muitas plataformas de desenvolvimento e dos CMSs.
Sendo assim, dispensar atenção a ele, é também parte fundamental da manutenção. Tanto porque problemas nele podem afetar o desempenho do site, como porque em muitos planos de hospedagem há limites para sua utilização, como o tamanho máximo que podem ocupar.
Mas esse também é um trabalho que pode ser simples. No caso de usar um painel como o cPanel, há recursos que permitem a recuperação e otimização de bancos de dados mediante apenas um clique.
Convém antes verificar o uso nas estatísticas do painel de controle.
7. Desempenho do site
Mudanças na velocidade de carregamento do site, são um indicativo de problema e por isso devem ser acompanhadas com frequência.
Quando se nota que o site está lento, há dois grupos de possíveis situações: problema no site ou na conta de hospedagem.
A seguir um checklist que pode ajudar a identificar a causa e consequentemente o que se fazer para corrigir o problema:
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Se alguma alteração no site foi feita anterior a constatação de lentidão, procure restaurar o site ao seu estado anterior. Pode ser algum problema de programação;
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Sites que utilizam como base de desenvolvimento, algum CMS – como o WordPress por exemplo – podem passar a apresentar problemas de desempenho quando se instala uma atualização, plugin ou tema. Identificar que esta é a razão, é simples, bastando desativar o componente instalado ou restaurar um backup anterior à instalação;
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Ainda relacionado com os plugins, é importante destacar que ter muitos plugins instalados e ativos, também pode acarretar degradação de desempenho. Mantenha instalados e ativos apenas os que forem essenciais;
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Aumento de visitação acima do que o plano de hospedagem comporta, o que é possível principalmente em planos de hospedagem compartilhada, os quais têm limites que visam impedir que sites com visitação intensa afetem outros usuários que compartilham o servidor. Ferramentas como o Google Analytics ajudam a identificar situações como essa. A solução neste caso, quando o aumento é resultado de ações do administrador e se pretende que seja permanente, é mudar para um plano condizente com a nova demanda, que pode ser um plano personalizado ou um plano próprio para WP, por exemplo;
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Ataques e invasões. O suporte técnico da empresa que você hospeda o site, é capacitado a identificar situações como essa, principalmente quando a invasão afeta o ambiente de hospedagem;
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Há ferramentas que permitem avaliar o desempenho do site e assim saber se a eventual lentidão é um problema local – na velocidade da sua conexão, por exemplo – ou no site;
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Problemas no servidor são geralmente reportados pelo suporte quando se entra em contato para relatar problemas de lentidão. Nestes casos, é necessário aguardar as medidas técnicas do suporte.
8. Agência ou administrador profissional
Depois de ler todas essas dicas, algumas pessoas colocarão a mão na massa e farão elas mesmas a manutenção de seus sites. Muitas outras, no entanto, não terão tempo ou segurança ou ainda os conhecimentos técnicos que as vezes são necessários.
Se esse for o seu caso, não arrisque. É melhor contar com especialistas na área.
Existem no mercado agências e profissionais que se especializaram em efetuar o monitoramento e a manutenção de sites, como por exemplo, um web designer, emitindo relatórios de desempenho e efetuando as correções necessárias.
Pode ser uma opção bem interessante para deixar seu site funcionado perfeitamente.
Conclusão
A manutenção de sites é uma responsabilidade negligenciada por muitos, mas que é essencial e que envolve procedimentos acessíveis e importantes.