Sites de busca – 11 alternativas ao Google
Quando a Internet apenas ensaiava o que ela é hoje, eles foram os responsáveis por ajudar os internautas a encontrar o que buscavam nesse novo mundo virtual – os sites de busca.
Se você não surfava na Internet nos seus primórdios, assim como a grande maioria deve achar que fazer buscas na Internet, resume-se ao Google.
E se de repente o Google acabar? Você não vai encontrar mais o que precisa?
Saiba que não! Não foi sempre assim e nem precisa ser agora!
Existe um mundo de coisas que podem ser encontradas sem que se tenha que recorrer à ferramenta da empresa de Mountain View, California.
Descobrir outras opções, passa um pouco por entender essas importantes ferramentas.
O que é um site de busca?
Um site de busca ou buscador, é basicamente uma ferramenta de Internet que tem por função busca informações específicas contidas no maior número de sites que for possível.
A Internet desenvolveu-se rapidamente, o que significava entre outras coisas, que muitos sites surgiam a todo instante e com eles conteúdo que era criado para ser consumido, por meio dos blogs, dos sites de conteúdo, dos sites institucionais ou quaisquer outros tipos de site.
Pense em viajar para uma grande cidade a qual você nunca esteve. Onde se hospedar? Em que restaurante comer? O que há para conhecer?
Da mesma forma, a Internet era – e continua sendo – um “lugar” em que as pessoas não sabiam onde encontrar o que queriam, o que precisavam. Era uma “terra” desconhecida. E ainda é para muita gente ou para muitas situações.
E foi para isso que os buscadores foram criados.
Inicialmente eram como os guias impressos que já eram úteis e muito utilizados, divididos por categorias ou segmentos de assuntos. Assim, se você quisesse encontrar informações sobre carros, havia a seção de sites automotivos. Se quisesse um site sobre música, também havia uma seção que reunia sites a respeito.
Os temas relacionados aos conteúdos ou as propostas de cada site, é que definia onde ele seria classificado.
Eram os primeiros sites de busca, mas que recebiam a classificação de diretórios.
Neles, os administradores dos sites listados, realizavam um cadastro e incluíam manualmente informações que serviriam para retornar o respectivo site quando uma pesquisa fosse feita. Foi mais ou menos assim que o Yahoo! nasceu, ainda sob outro nome e só depois que ele ganhou um motor de busca semelhante ao que conhecemos hoje.
Aos poucos começaram a surgir ferramentas como o hoje tão popular Google e que por meio de programas chamados de crawlers ou spiders, varriam a world wide web, visitando as páginas e indexando seus conteúdos, armazenando em grandes bancos de dados, para entregar os resultados dessa varredura quando as pesquisas fossem feitas.
Houve inúmeras ferramentas desse tipo, incluindo algumas brasileiras, como o Cadê e o Aonde. Entre as globais, tínhamos Altavista, Lycos, Yahoo, Infoseek, Inktomi, Excite, WebCrawler, MSN Search, para citar apenas os mais populares, entre dezenas de opções.
A partir dessa profusão de buscadores, surgiram os metabuscadores, que basicamente buscavam a informações nos outros buscadores, reunindo-a em apenas um lugar, para que não se tivesse que repetir uma mesma busca em cada uma das inúmeras ferramentas disponíveis.
Era a tentativa de reunir o que havia de melhor de cada opção, em um só lugar.
A evolução dos sites de busca
É de se imaginar que mesmo não havendo a quantidade de sites que há hoje e por melhor que fossem os sites de busca, encontrar algo não era das tarefas mais simples. De fato, em alguns casos não era.
A repetição de muitos resultados, encontrar sites com conteúdo pobre ou ser direcionado para sites que usavam de “truques” para aparecer bem posicionados nos resultados, era bastante comum.
Não era raro abrir 5, 6 ou até dezenas de resultados que levavam todos para um mesmo site.
Foi em meio a isso que o Google e algumas das melhores ferramentas da época, perceberam que a qualidade da informação apresentada era importante e começaram a trabalhar nesse sentido.
Ou seja, passou a ser um dos seus objetivos que quem recorresse a busca, não tivesse que navegar por dezenas de páginas de resultados para encontrar o que buscava. Essa foi uma das razões do seu sucesso e do porquê as pessoas começaram a usar cada vez menos outras ferramentas e mais a que foi criada por Larry Page e Sergey Brin.
Ao longo dos anos, a equipe do buscador vem incessantemente trabalhando para entregar a quem usa o buscador, resultados melhores. O próximo passo nesse sentido, é o Google BERT.
Quando se vê a quantidade de pessoas que o usam, supõe-se que tem conseguido.
Mas e o que você acha de ter mais opções?
Sites de busca além do Google
É razoavelmente comum que as pessoas tenham suas preferências em relação a muita coisa.
O seu hambúrguer favorito, a sua pizzaria, a loja de roupas e no caso do site de busca, geralmente o Google.
Mas e se quando der vontade de comer aquele hambúrguer, o lugar que você sempre vai, estiver fechado? Ou se estiver muito cheio? Ou se a qualidade do produto e/ou do atendimento vem caindo? Ou o preço está cada dia maior?
Não seria útil ter alternativas?
Tudo isso pode acontecer com qualquer produto / serviço que consumimos.
Abundância de alternativas é o cenário ideal que pode haver para um consumidor de qualquer coisa, incluindo a Internet.
Que tal experimentar outras opções? Hoje já não existem tantas como no passado, mas se nós como internautas – a razão de ser dessas empresas – continuarmos alimentando esse quase monopólio, pode ser que logo não tenhamos opções!
1. Microsoft Bing
É natural que o primeiro nome da nossa lista esteja reservado àquela que é a segunda opção da maioria – o Microsoft Bing.
Segundo lugar em market share, a ferramenta da Microsoft nasceu como um dos recursos do MSN (Microsoft Network), um site de conteúdo da empresa do Windows, sob o nome de MSN Search. Nos primeiros anos, utilizou a tecnologia de outras empresas de busca, como Inktomi, Altavista e Looksmart.
Com o passar do tempo, a ferramenta ganhou outros nomes (Windows Live Search e Live Search), antes de ser rebatizada de Bing e atualmente, Microsoft Bing.
Fazer uma pesquisa no Microsoft Bing, rende alguns resultados diferentes do que estamos acostumados no Google, tanto em termos estéticos, como do conteúdo exibido nas SERPs (Search Engine Results Page).
Isso pode ser particularmente útil quando o que se busca na ferramenta líder, não é exatamente o que se queria, mesmo variando a pesquisa com diferentes termos.
Especialmente no caso de resultados para vídeos e imagens, há quem diga que os resultados são melhores, mais diversificados e têm uma apresentação mais prática.
Vale a pena experimentar.
2. Yahoo!
O Yahoo! já foi líder do segmento de pesquisas.
Aquisições, parcerias e uma série de mudanças em políticas e estratégias, fez com sua participação tenha reduzido drasticamente.
Parte do seu declínio, deveu-se ao fato de que os usuários reclamavam que os sites do seu “serviço de hospedagem” – o Geocities – apareciam em posições privilegiadas nos resultados das buscas.
Entre muitos capítulos de sua história, a empresa chegou a usar a tecnologia do Google e teve até mesmo a chance de comprá-lo, mas não o fez. Possivelmente os responsáveis por tal decisão, hoje lamentem-se.
Atualmente usa a tecnologia do Bing e por essa razão, os resultados das buscas orgânicas são os mesmos da ferramenta da Microsoft, embora sob outra estética e publicidade.
Mas quem sabe uma melhor participação, não faça com que a ferramenta volte a ter um motor de busca próprio e que rendeu-lhe as glórias do passado!
3. DuckDuckGo
O DuckDuckGo é possivelmente a mais popular das alternativas independentes e que de vez em quando surgem com propostas diferenciadas.
Mas se engana quem pensa que ele é novo. Lançado em 2008, foi só nos últimos anos que começou a ganhar destaque, em parte e graças ao aumento da preocupação com privacidade na rede, já que esse é um dos seus diferenciais – ele dá ênfase à privacidade, não registrando as informações do usuário.
Não são registrados os endereços IPs dos usuários, nem seus históricos de cliques e navegação e os cookies apenas quando realmente necessário, o que significa que cookies de rastreamento não são gravados no computador dos usuários.
Em outras palavras, as pesquisas que você faz nele, não farão com que depois toda publicidade que lhe é exibida, seja relacionada ao termo pesquisado.
Quando se faz uma pesquisa utilizando-o, inclusive uma janela flutuante é exibida e que aborda a questão e pela qual é possível instalar uma extensão no navegador que tem por objetivo bloquear o rastreamento.
4. DMOZ
Os diretórios que citamos anteriormente, já foram muito populares e constituíram um tipo importante de site de busca. Um dos sobreviventes desse tipo de site de busca, ainda existe e se você nunca usou um, tem a oportunidade com o DMOZ.
Segundo eles próprios, “é o maior e mais abrangente diretório da web editado por humanos. É construído e mantido por uma comunidade global apaixonada de editores voluntários.”.
Nele você pode usar o campo de pesquisa tal como nos outros sites de busca, mas os resultados serão restritos aos sites que estão listados. Ou pode navegar pelos links de categorias e subcategorias, tal como eram nos diretórios do começo da Internet.
5. Ask
Com que frequência você não quer buscar por um produto ou serviço, mas quer apenas uma resposta a uma pergunta. É isso que o Ask entrega – respostas a perguntas simples do nosso dia a dia.
Ele já foi mais como o Yahoo Respostas, mas hoje assemelha-se mais aos tradicionais sites de buscas.
Além da busca, ele reúne conteúdo sobre entretenimento, cultura e turismo.
Os resultados da busca privilegiam mais resultados em inglês, mas é possível também fazer buscas em português. A vantagem é quando se quer algo diferente do que é exibido nos resultados do Google ou do Bing.
6. WolframAlpha
Você tem perguntas sobre matemática, ciência e tecnologia, cultura geral, artes, finanças, física ou química? Para esse tipo de pesquisa, há uma ferramenta que vai a fundo – o site de busca WolframAlpha.
A grande desvantagem, é que a ferramenta é direcionada ao idioma inglês e consequentemente os resultados também são nesse idioma. No entanto, é possível fazer algumas pesquisas em português e a inteligência artificial do sistema consegue compreender a pesquisa e retornar o resultado correspondente, porém em inglês.
Outro problema de algumas pesquisas em português, é que a ferramenta não faz a tradução correta, sendo necessário refazer a pesquisa em inglês, mas é possível saber por exemplo, quanta vitamina C há em uma laranja, ou resolver uma equação do segundo grau.
7. NationMaster
Precisa ou quer dados estatísticos de mais de 300 setores industriais em diferentes países no mundo? O NationMaster é a ferramenta certa.
Os resultados da pesquisa são fornecidos a partir de dados estatísticos fornecidos pelo Banco Mundial.
Informações sobre a produção de um produto agrícola ou notícias específicas de um país sobre tal item, constam dos resultados da busca nessa ferramenta.
8. DeepDyve
E que tal uma alternativa ao Google Acadêmico? Sim, existe e atende pelo nome de DeepDyve.
Aqui é importante salientar que a exatidão dos termos pesquisados é fundamental. Diferentemente de outras ferramentas de busca em que você pode pesquisar por “computacao quantica”, ou seja, sem “ç”, “~” e “â” e os resultados serão os mesmos que para “computação quântica”, no primeiro caso não haverá resultados para busca, exceto se houver algum conteúdo acadêmico incorretamente grafado.
É possível configurar filtros para ano da publicação, disponibilidade para download, relevância, entre outros critérios.
9. Dogpile
E se o que você quer é ter em um só local os resultados de busca do Google, do Microsoft Bing e do que for mais possível, ainda existe um metabuscador ou metacrawler que faz tudo isso – o Dogpile.
Há apenas um inconveniente no seu uso. No acesso, antes da primeira pesquisa, é necessário resolver um captcha para acesso ao campo de pesquisa. A partir das pesquisas seguintes, as coisas acontecem como nas demais ferramentas.
A aparência é simples, própria e os resultados assemelham-se mais ao que é exibido no Bing, do que no Google.
10. Kompass
Sua empresa busca fazer negócios com outras empresas ao redor do mundo? O Kompass é uma ferramenta de busca com ênfase ao B2B.
A grande vantagem, é que é possível utilizá-la em português e já há informações de muitas empresas brasileiras na sua base de dados.
É possível pesquisar por ramo de atividade, compradores, fornecedores, localização e alguns dos resultados da busca ainda podem ser obtidos em formato Excel, sendo que nesse caso é um serviço pago. Há outros serviços pagos, mas que podem ser importantes para fazer negócios.
11. Yandex
E se você quer variar muito os resultados, sob outro algoritmo de Inteligência Artificial e Machine Learning e os resultados para buscas locais ou mesmo regionais não são relevantes, que tal um representante russo? Sim, o Yandex é a ferramenta líder em pesquisas na Rússia.
Não, você não precisa saber russo ou usar cirílico para pesquisar na ferramenta, embora dependendo do que pesquisar, alguns resultados serão de sites russos.
A ferramenta é bastante rápida e uma das vantagens, é que não há exibição de publicidade nos resultados e consequentemente o rastreamento acaba sendo inócuo.
Conclusão
Quando o assunto é site de busca, a Internet se vê praticamente dominada pelo monopólio do Google. Se você quer voltar a um tempo em que descobrir tudo o que a grande rede pode lhe proporcionar, chegou a hora de conhecer e usar outras ferramentas de busca.