Versões do PHP: diferenças e por que atualizar?

Se você tem um site desenvolvido em PHP – é provável que sim – a leitura atenta e completa desse artigo, é obrigatória!

Isso porque vamos tratar hoje das diferenças e melhorias que acompanham cada nova versão da linguagem de programação mais usada para sites. De quebra, você entenderá os motivos pelos quais é importante atualizar a versão usada no site e tão importante quanto, como fazer a atualização.

Nesse conteúdo, vamos tratar também de alguns aspectos mais básicos, destinados àqueles que têm um site, mas nenhum conhecimento técnico da linguagem. Apenas instalaram um CMS, como o WordPress e assim que mantém seus sites.

Vamos ao que interessa…

O que é PHP?

PHP, é a linguagem de programação criada em 1994 por Rasmus Lerdorf, já objetivando páginas web dinâmicas e que tornou-se um acrônimo recursivo, ou seja, que faz menção a si mesmo, significando “PHP Hypertext Preprocessor” ou traduzindo-se para o português, “Preprocessador de Hipertexto PHP”.

Entre as linguagens de programação usadas para criação de sites, o PHP é a escolha de cerca de 78% deles, segundo o W3Techs, o que significa dizer que de cada 5 sites baseados em alguma linguagem, 4 foram desenvolvidos em PHP, razão pela qual dissemos no começo, que é provável que seu site tenha sido desenvolvido nele.

Não é um dado que surpreende, quando se sabe que o WordPress – o CMS mais usado no mundo – com um market share de mais de 60%, faz uso dele e que a maior parte dos outros integrantes da lista, também baseiam-se no PHP.

As diferentes versões do PHP

Apesar de haver versões anteriores, foi só em 2004, a partir da versão 5 do PHP, que a linguagem viu sua adoção subir vertiginosamente.

De lá pra cá, a linguagem chegou à versão 8.1, sendo que não tivemos oficialmente a versão 6 e suas derivações.

Houve um grande hiato de tempo entre o primeiro release da versão 5 e a versão 7 (03 de dezembro de 2015), devido a questões de ordem técnica.

Em função disso, por muito tempo foram lançados releases de versões a partir da 5, como 5.1, 5.2, 5.3, 5.4, 5.5, 5.6 e se é que podemos chamar assim, “subversões” destas, como é o caso da 5.6.0 (Agosto/2014) e 5.6.40 (Janeiro/2019).

Observa-se que por mais estranho que pareça, o último lançamento da 5.6 – o release da 5.6.40 – ocorreu depois do lançamento da versão 7.0. Acontece que só a partir da versão 7 foi implantado um período determinado para fornecimento de suporte por parte do PHP para versões e que tem sido de 2 anos.

Depois disso, o suporte é descontinuado.

Mas até então, as versões como as 5.6.X, eram majoritariamente caracterizadas como pequenas melhorias em funcionalidades já existentes, correções de bugs e de questões de segurança identificadas nas anteriores e que podem ser verificadas clicando-se no changelog da versão que deseja verificar, como esse da versão 5.6.40.

Ou seja, a versão 5.6.40 comparativamente com a 5.6.39 e predecessoras, não representa uma versão nova em termos de incrementos significativos de recursos ou mudanças importantes que fizessem merecer a classificação de 5.7.0, por exemplo.

Fica fácil compreender a partir daí, o porquê de termos o último release da 5.6, tanto tempo depois do lançamento da versão 7.0 e porque tivemos a 5.5.38 depois da 5.6.23.

Toda essa “confusão” e por tanto tempo, acarretou que tivéssemos muitos sites e CMSs para os mais diferentes tipos de sites, criados com base em versões 5.X.X do PHP. Por ocasião da versão 7.0 e mesmo depois dela, especialmente pelos releases de versões baseadas na 5, muita coisa continuou sendo feita e mantida em derivadas dela.

Apesar de muitos sites já utilizarem as versões mais recentes, na mesma página de estatísticas do W3Techs, é possível ver que além de servir como linguagem para 78% dos sites, de cada quatro destes, um ainda baseia-se nas versões derivadas da 5, o que é relevante.

Nesse ponto alguns de vocês podem estar se perguntando: “bem, mas e daí?”, certo?

A resposta tem a ver com a próxima pergunta que nos propusemos responder...

Por que atualizar a versão do PHP?

Atualizar a versão do PHP implica em benefícios diversos, relacionados ao desempenho do site, a sua segurança e até mesmo possibilidade de oferecer novos recursos ou funcionalidades para os visitantes.

Compreender melhor o porquê, passa por entender o que significa uma nova versão ou mesmo um release ou as chamadas “subversões”.

Entre a versão 5.0 e seu último release – 5.6.40 – houve uma série imensa de mudanças, desde novas e melhores formas de se programar, bem como recursos que foram depreciados ou deixaram de existir.

O salto foi ainda maior com as versões 7.X.X, que receberam uma nova engine e que simplificadamente, é o que interpreta a programação e produz os resultados que observamos, bem como uma lista extensa de modificações em relação às versões 5.X.X e até mesmo correções de bugs diversos e questões associadas à segurança.

Há vários testes e estimativas por aí e que apontam ganhos do PHP 7, da ordem de até nove vezes mais rápido que o PHP 5.6. Em termos médios, a versão 7 permite que o sistema realize o dobro de solicitações no mesmo intervalo de tempo e quase metade da latência.

A alocação de memória RAM também foi otimizada, embora as variações pode oscilar bastante dependendo do que se pretende com a programação correspondente.

Na prática, tudo isso tem como consequência:

Desempenho do site

Devido à nova engine, o tempo para executar requisições, o número de solicitações em função do tempo e o consumo de memória, um mesmo recurso de um site deve acontecer mais rapidamente e consumir menos recursos da hospedagem (número de processos, utilização de CPU e memória).

Novas e melhores funcionalidades

O aprimoramento da linguagem facilita a implementação de novos recursos em CMSs e plugins, os quais também podem funcionar com melhor desempenho do que em implementações sob versões antigas.

Segurança

Existem problemas de segurança que não estão relacionados com programação mal concebida, mas à vulnerabilidades da própria linguagem.

Quanto mais antiga a versão, mais vulnerabilidades existentes e não corrigidas, lembrando que a versão 5.4 não é atualizada desde 2015 e a 5.5, desde 2016.

Erros fatais vs exceções

Nas novas versões erros fatais são tratados como exceções.

Nas versões antigas, erros do tipo acarretavam em fim da execução do código, mas com a nova abordagem, dependendo do erro, seu site pode ainda ser exibido e funcionar em determinadas condições, de tal modo que o tratamento dos erros é melhor administrável e o usuário não é penalizado.

Suporte do CMS

Muitas vezes, os desenvolvedores de CMSs, de plugins e de temas, não têm condições e nem tempo para testar a compatibilidade com versões mais antigas da linguagem.

Assim, toda atualização em CMSs pode resultar em erros diversos com a versão da linguagem ou mesmo nem funcionar. Isso fica evidente ao navegarmos por fóruns como do WordPress, em que boa parte de erros comuns, devem-se a incompatibilidades entre atualizações do CMS, dos plugins e temas e versões do PHP.

Não é possível dizer das razões acima, que alguma tenha mais importância que as demais. Todavia, a atualização do núcleo do CMS, dos plugins e dos temas, é algo que a maioria dos administradores de sites faz ou pelo menos tem ciência da sua importância. Logo, isso só será possível, atualizando-se a versão do PHP disponível na sua conta de hospedagem.

Vale destacar porém, que o inverso também é verdade. Ou seja, atualizar o PHP, geralmente obriga-o a atualizar o site, seja ele baseado em um CMS qualquer, seja a programação proprietária de um web designer ou programador.

Por tal razão, se você convenceu-se pelos motivos que mencionamos, que deve atualizar o PHP, esteja preparado para mexer em tudo que faz uso dele.

Como atualizar o PHP?

A atualização do PHP nas boas empresas de hospedagem é algo simples e rápido.

Mas antes de efetuar a mudança, reiteramos que é provável que seu site apresente problemas. Alguns podem ser facilmente resolvidos e outros podem exigir atualização da programação, que no caso de um CMS, pode implicar em atualizar o núcleo da aplicação, plugins e temas.

O adequado é antes realizar testes, observando erros do servidor, os logs de erros do sistema, bem como erros que podem aparecer em determinadas páginas que não são exibidas como deveriam ou nos dados exibidos.

Caso você seja leigo no assunto e, portanto, não saiba interpretar os erros, há dois caminhos.

O primeiro é pesquisando nos fóruns do CMS existentes. O segundo, é desativando plugins e ativando-os um a um, até ver quando o erro acontece.

Salientamos ainda, que não necessariamente você deve atualizar para a última ou mais recente versão. Consulte qual a suportada, bem como configurações e extensões exigidas pelo CMS usado. É para essa que você fará a atualização.

É preciso ficar claro que quanto maior a diferença entre a versão que você tem rodando e aquela para qual pretende atualizar, maiores as chances de consequências.

Qual saber a versão do PHP?

Há diferentes formas, mas uma que serve independente do ambiente de hospedagem que você tenha, bem como da aplicação, consiste em criar um arquivo PHP que lhe dá informações diversas sobre seu ambiente, nomeando-o como phpinfo.php.

Nele, copie, cole o código a seguir e salve-o na pasta public_html.

<?php phpinfo(); ?>

A seguir, basta abrir o navegador de sua preferência e acessá-lo pelo seu domínio

https://www.seudominio.com.br/phpinfo.php

Note que não é adequado manter esse arquivo na conta, uma vez que eventuais invasores poderão ter informações que facilitem eventuais tentativas de explorar vulnerabilidades na sua conta. Remova-o quando não for mais necessário.

Atualizando o PHP na HostMídia

Clientes HostMídia conseguem atualizar para diferentes versões do PHP, diretamente no painel de controle, com alguns cliques e rapidamente.

  • Acesse o painel de controle e procure por “Selecionar Versão do PHP”;

  • Na página “PHP Selector”, aparecerá a versão atual do PHP, sendo clicável o que abrirá as opções disponíveis;

  • Selecione a que deseja usar e depois clique em “Definir como atual”, que aparecerá onde antes aparecia aquela que estava sendo usada;

  • Aguarde até que apareça a nova e ao lado o texto “current”;

  • Abaixo aparecem o que se conhece por extensões ou bibliotecas do PHP;

  • Marque as caixas de seleção daquelas que forem exigidas por seu CMS e aguarde a mensagem que foi ativada;

  • Na parte superior da mesma tela, você tem as “opções” do PHP e que são configurações específicas. Algumas são clicáveis, da mesma forma que as extensões e outras são campos de texto que devem ser preenchidos com valores requeridos pelo seu site.

Tanto as opções, como as extensões, são informações que devem ser fornecidas pelo responsável pelo site.

Para algumas questões mais básicas e eventuais dúvidas de como proceder com a mudança da versão, para quem não é cliente HostMídia, é indicado recorrer ao suporte técnico do seu hosting, pois há painéis sem essa opção e mesmo nos que oferecem o recurso, pode ter diferenças em relação ao que informamos.

Conclusão

Atualizar o PHP para uma versão mais recente, vai significar um site com melhor desempenho, mais seguro, com novos e melhores recursos.

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