Quais são os tipos de site e qual é o melhor para meu negócio?
No princípio, quando a Internet ainda estava se popularizando, os sites eram estáticos e boa parte deles contava apenas com blocos de textos e eventualmente alguma imagem ou foto.
Com o tempo, as coisas mudaram e um leque mais amplo de opções e tipos de sites começou a surgir, como reflexo de diferentes necessidades, desejos e expectativas, tanto dos visitantes, quanto das empresas por trás desses sites.
A concorrência no ambiente virtual, assim como no mundo real, não é fácil e por essa razão, cada vez mais as empresas precisam de uma abordagem estratégica no momento de conceberem seus negócios na Internet.
Conhecer os tipos de sites que existem, bem como quais são melhores para cada negócio e os propósitos das empresas, é fundamental para construir uma presença digital eficaz.
Qual o melhor tipo de site para meu negócio?
Você pode estar se perguntando, “como escolher o melhor tipo, se nem conheço quais são os tipos?”, certo?
Calma! Logo você compreenderá e será capaz de responder por si próprio.
Ao longo da evolução da Internet, alguns tipos de sites surgiram com características bem definidas, como por exemplo, os blogs.
Identificar e classificar um blog, geralmente é simples.
Mas nem todo site pode ser enquadrado em um tipo ou é fácil reconhecer a que categoria pertence.
Isso porque algumas vezes, sob um domínio é possível encontrar partes do conteúdo que assemelham-se a sites institucionais, partes que caracterizam uma loja virtual e parte cumpre o papel de blog.
Ou seja, mais do que atribuir uma classificação formal a um site, é preciso compreender o papel que tem um site que assume diferentes formatos, tanto para a empresa, quanto para seu público.
Uma classificação quanto ao tipo, é importante por isso. Porque permite que a empresa enxergue qual a função primária que o tipo em questão tem. No exemplo citado, o site é multifuncional. Muitos sites podem sê-lo.
Outro ponto chave nisso, é o público. Em alguns casos, mais do que público-alvo, a persona.
Persona, é a classificação mais específica e detalhada que se dá a um visitante. Uma empresa e seu site, podem – e devem – ser focados nessa persona, sendo que pode haver mais de uma em alguns casos.
Portanto, definir o tipo de site mais adequado ao seu negócio, começa por definir a função que o site terá e quem são as personas para as quais o site deve falar. O que esse tipo fará por essas personas, que problemas e perguntas pretende resolver, ou que outros objetivos ele devem cumprir.
E já deve ter ficado claro também – pelo exemplo dado acima – que pode-se ter mais de um tipo de site ou que ele não precisa necessariamente ser tipificado, mas que deve atender a um propósito.
Não se cria e mantém um site apenas porque todos dizem que toda empresa deve ter um!
Com isso em mente, vamos aos tipos...
1. Site Institucional
Sites institucionais funcionam como um cartão de visitas online, podendo ter pouco efeito em termos de conversão para visitantes não familiarizados com o seu negócio.
Geralmente, esses sites contam com seções mais descritivas sobre a empresa, tal como seus produtos e serviços, uma área “quem somos” e uma página de contato, onde estão disponíveis os canais de atendimento. Esse é o padrão básico dos sites institucionais mais simples e que muitas empresas têm.
Como eles – os básicos e clássicos sites institucionais – costumam ser limitados quanto à ações possíveis de Marketing de Conteúdo, justamente pelo conteúdo limitado, novas estratégias têm sido aplicadas para potencializar esse modelo de site.
Trazer visitantes com esse tipo de site, requer ações frequentes de Marketing Digital, como por exemplo, links patrocinados.
Sem ações ativas, aparecer nas páginas de resultados dos motores de busca – as SERPs – fica limitado às buscas que envolvam termos especificamente relacionados à empresa e suas marcas, como por exemplo, a busca pelo nome / modelo de um produto.
Exceção é feita quando se trata de empresas e marcas muito conhecidas / populares. No entanto, geralmente essas marcas costumam ter sites institucionais mais elaborados e frequentemente são referenciados por outros sites, com avaliações de lançamentos, vendas em sites de e-commerce, comentários em fóruns, etc.
Ainda assim, é possível fazer um trabalho de SEO no site, se houver um investimento em conteúdo.
Mais do que simplesmente ter uma página com os produtos da empresa e algumas poucas informações, deve-se criar uma página que vende.
Para isso, fornecer informações completas sobre cada produto e aquelas que frequentemente são mais buscadas pelos consumidores, comparativos entre modelos, um extensivo FAQ, download de manuais, tutoriais de uso, características técnicas e benefícios, é uma maneira de enriquecer o conteúdo e ampliar as chances dos respectivos produtos constarem nos resultados das buscas orgânicas.
2. Blogs
Os blogs estão entre os tipos mais populares de sites.
As razões do seu sucesso, são muitas, mas entre as principais, a facilidade de criação e manutenção, bem como a versatilidade em termos de conteúdo e para os visitantes, a riqueza de conteúdo e facilidade em consumi-lo.
Os blogs pessoais foram os primeiros a ganhar terreno na Internet. Mas logo as empresas enxergaram neles um meio de atrair seus públicos, produzindo conteúdos que eles pudessem se interessar.
Ao mesmo tempo, aproximaram-se dos seus consumidores em potencial, usando uma linguagem menos formal que a presente geralmente nos sites institucionais, além de conteúdo prático e útil.
Conteúdo é a característica principal de um blog, o qual geralmente é produzido com base em um assunto principal e/ou que tenha relação, como por exemplo, gastronomia, música ou cultura geek.
Certos produtos, favorecem muito criar conteúdo associado.
A indústria alimentícia, por exemplo, logo notou esse potencial e não demorou a proliferar o surgimento de blogs de receitas, tendo como ingredientes seus produtos, potencializando assim o aspecto institucional das respectivas marcas.
3. Loja virtual / e-commerce
As lojas virtuais e sites de comércio eletrônico (e-commerce), constituem outro tipo popular e que cresce continuamente.
Se no começo havia receio de comprar pela Internet, à medida em que novas tecnologias garantiram a segurança das transações, bem como favoreceram montar operações completas para vender online, os consumidores aderiram à facilidade e aos benefícios que a compra online trouxe.
Estima-se que apesar do momento econômico conturbado, haverá um crescimento de 26% do setor no Brasil em 2021.
Parte desse sucesso, também deve-se às medidas de restrição de circulação de pessoas no comércio físico, mas independente disso, ano a ano o setor vem acumulando números positivos.
Criar uma pequena loja virtual, é algo relativamente simples. E mesmo criar um grande e-commerce, não representa mais o desafio e o investimento que foi para os desbravadores e grandes nomes do setor.
Se no princípio era necessário começar do zero, contar com uma equipe de programadores e web designers para personalizar um CMS e cuidar de aspectos como um gateway de pagamento, está ao alcance de muita gente.
Os cuidados são os mesmos que são exigidos para a maior parte dos sites atualmente: a segurança (SSL, IP dedicado, hospedagem de sites, etc), versão mobile, boas imagens, navegabilidade, preocupação com a experiência do usuário, seção de FAQ e naturalmente uma retaguarda administrativa eficiente, para por exemplo, cuidar da logística das entregas.
4. Site one-page / mini-site
Esse é um tipo de site que vem crescendo bastante.
Bastante usado por pequenos negócios, ou quando se quer enfatizar um produto.
Os sites one-page ou mini-site possuem a grande vantagem de serem fáceis de administrar, por resumirem todo o conteúdo em uma única página subdividida por seções que são acessíveis todas na mesma página.
São bastante adequados para empresas com uma audiência jovem e dinâmica, familiarizada com esse tipo de linguagem e acostumada com a rapidez da Internet e que não tem muita disposição em ficar clicando em intrincados menus que desdobram-se em submenus.
O caráter de página única, com o conteúdo disposto em forma linear, permite uma leitura fluída e facilita encontrar rapidamente o que se procura.
Muitas universidades, escolas e empresas de Marketing têm optado por esse recurso, tanto pelo perfil do seu público quanto pela possibilidade de oferecer informação com rapidez.
A indústria de hardware também tem optado por esse formato, geralmente criando sites desse tipo para lançamentos de produtos e que acaba sendo uma evolução do tipo seguinte.
5. Hotsites
Os hotsites surgiram também nos primeiros anos da Internet.
Seus primeiros representantes, são legítimos exemplos das primeiras ações de Marketing Digital.
Hotsites, ou “sites quentes”, objetivam dar destaque a um assunto ou tema e que pode ser o lançamento de um produto ou um evento, como um show.
Por sua característica, costumam ser temporários, ou seja, são terminados ou tirados do ar após um prazo, quando o lançamento já não é mais novidade, ou quando o evento já ocorreu.
Eles exigem ações mais ativas de Marketing Digital, para conseguir visibilidade, já que não se dispõe do tempo necessário para que o trabalho de SEO e Marketing de Conteúdo consigam conferir-lhe um bom posicionamento orgânico.
Embora ainda há quem goste e opte por esse tipo de site para as situações descritas, atualmente tem se optado por landing pages.
6. Landing Pages
As landing pages ou páginas de aterrissagem, recebem esse nome por ser a página em que o visitante “desembarca”, vindo de uma SERP ou do link de uma outra página ou de um e-mail Marketing.
Ou seja, é uma página especialmente preparada para receber um vistante que foi trazido por uma ação de Marketing Digital, ou Marketing de Conteúdo, ou visto de certa forma, por ambas.
Embora possa parecer-se com um hotsite em termos de conceito, uma landing page não é um site completo, como é um hot site e em termos de formato, assemelha-se mais ao tipo one-page / mini-site.
O foco principal é trabalhar com todo conteúdo em uma única página para apresentação do produto / serviço, geração de leads, conversão e venda. Não necessariamente tudo isso, já que por exemplo, o propósito pode ser o download de um e-book, ou o preenchimento de um cadastro.
Uma landing page, é um tipo apropriado para medir os resultados de uma ação de Marketing Digital, para a qualificação de leads e para educar sua audiência, dependendo do seu conteúdo, formatação e propósito.
7. Fóruns de discussão
Mais conhecido apenas como fóruns, este tipo consta também entre os formatos de conteúdo mais antigos.
Entre suas principais características, uma é determinante para seu sucesso – a administração.
De todos os tipos o único que possivelmente dê maior trabalho de administração, são os sites de e-commerce. Isso porque um fórum bem sucedido, é caracterizado por grande participação dos visitantes, que não apenas leem o conteúdo, mas são parte fundamental na produção desse mesmo conteúdo.
Esse conteúdo é composto pelos posts (ou postagens), threads ou topics – comumente chamados de tópicos em português – e que correspondem às interações das perguntas e comentários feitos pelos visitantes sobre um assunto específico.
A inserção desse conteúdo deve ficar sob controle dos administradores e moderadores do fórum, os quais têm o papel de filtrar se o conteúdo é pertinente e está de acordo com as políticas de uso e participação.
Outro ponto característico, é a composição dessa audiência, que reúne pessoas com interesses comuns – o tema principal do fórum – mas com diferentes níveis de conhecimento. Ao mesmo tempo, há o leigo e que é quem traz a dúvida e os usuários mais experientes, que têm o papel de esclarecer ou resolver o problema apresentado.
Há exemplos emblemáticos desse tipo de site, como por exemplo, o Clube do Hardware, um caso de sucesso e que é uma importante referência brasileira quando o assunto é hardware, o que acaba sendo uma ótima vitrine para anunciantes do segmento.
8. Sites de Conteúdo
Grandes nomes da Internet representaram esse tipo.
Eles ainda existem, mas não na quantidade que havia no passado. De forma semelhante aos blogs, os sites de conteúdo são especializados em um tema ou assunto central, em torno do qual é desenvolvido conteúdo relacionado.
Um típico e longevo site de conteúdo, é o Whiplash.
O assunto central é o Rock ‘n’ Roll e o Heavy Metal. Ele traz notícias e novidades do universo desses gêneros musicais, a agenda de shows das bandas, resenhas dos CDs, seções diversas (discografias, galerias, curiosidades, etc), colunistas, informações de bandas e artistas.
Ou seja, a proposta de um site de conteúdo característico, é de senão esgotar, abordar tanto quanto é possível tudo o que o aficionado pelo assunto se interessa.
Da mesma forma que os fóruns, é uma ótima alternativa para publicidade dirigida para empresas de segmentos específicos.
Em termos práticos, um site de conteúdo difere-se de um blog pelo sistema de navegação, que nos sites de conteúdo é similar a um site institucional, com seções ou categorias mais claras para cada tipo de conteúdo e formatação e design característicos.
Os blogs em certa medida “aposentaram” alguns sites de conteúdo, por apresentarem um conteúdo mais especializado e assim o visitante que não se interessa por todo o universo Rock ‘n’ Roll, mas por apenas algumas bandas, agora podia encontrar tudo sobre seu conjunto favorito no blog oficial da banda ou mesmo um mantido por alguém que compartilha do mesmo “fanatismo”.
9. EAD (Ensino À Distância)
A oferta de bons CMSs voltados à criação de sites de EAD, fez com que esse tipo de site se tornasse popular, o que intensificou-se ainda mais com o distanciamento social imposto pela pandemia do coronavírus.
Basicamente são sites que reúnem recursos áudio visuais, áreas de professores ou facilitadores e dos alunos, entre outras ferramentas didáticas, para possibilitar o ensino sem necessidade da presença física em uma sala de aula convencional.
Se inicialmente foi usado como recurso pedagógico por escolas, faculdades e empresas de treinamento, passou a ser usado também por empresas, para ministrar treinamentos a colaboradores geograficamente distribuídos em diversas regiões, como nos casos de empresas com atuação nacional e/ou multinacional.
10. Portais de conteúdo
Os portais são ainda mais diversos e completos do que os sites de conteúdo citados anteriormente.
Você certamente os conhece e deve acessar algum, como o Globo.com ou o Yahoo!, que condensam uma grande quantidade de dados, informação e conteúdo.
O que os diferencia dos sites de conteúdo, é a diversidade de temas abordados. Geralmente contam com notícias, economia, política, esportes, atualidades, tecnologia, cultura, lazer, moda e ainda outras seções e serviços, como meteorologia, indicadores financeiros, etc.
O objetivo de condensar tanta informação é o fato de os portais serem voltados para alcançar vários públicos e que por essa razão, também podem servir de vitrine para as mais diversas personas.
Gerenciar um site tão repleto de informação, não é tarefa fácil, especialmente em casos como o site da Globo.
Há outro formato de administração, em que sites de conteúdo são incorporados à plataforma do portal, para produzir o conteúdo específico de cada tema, monetizando-os de acordo com a visitação que conseguem trazer para o portal ou por outros acordos mais específicos.
Dada a complexidade desse tipo de site, sua adoção é mais restrita, os investimentos são substancialmente maiores e seus propósitos mais estratégicos.
11. Tutoriais e DIY
Um tutorial é um conjunto de passos para fazer algo. DIY, é o acrônimo de Do It Yourself ou faça você mesmo.
No fundo podem ser a mesma coisa, com nomes diferentes.
Em termos práticos, o site de tutoriais está comumente relacionado a procedimentos como instalação do Windows, ou a configuração de uma conta de e-mail, porque surgiu relacionado a procedimentos de informática. Mas não necessariamente está limitado nesse tipo de situações.
Já os sites de DIY, em sua maioria mostram procedimentos ou métodos para atividades manuais, como por exemplo, reformar uma mesa, pintar uma parede, ou trocar a tapeçaria de uma poltrona.
Seja qual for o fim, ambos são destinados a pessoas que gostam de fazer as coisas por conta própria, ou precisam, porque não podem pagar a quem faça.
Esse tipo de conteúdo, cuja procura tem aumentado bastante, tanto serve para SEO, como para publicidade. E por isso, empresas de ferramentas, tanto criam seus próprios sites de DIY, como anunciam e patrocinam sites de terceiros.
Tanto um site de tutoriais, como de DIY, se bem concebidos, prestam-se como boas ferramentas de Inbound Marketing e SEO.
Conclusão
Os tipos de site que existem, variam em função do formato, do conteúdo, do público ao qual se destinam e o propósito que têm. Compreender as particularidades de cada tipo e conciliar com o seu negócio, é fundamental para o sucesso na Internet.