Guia completo: Como melhorar a taxa de conversão do site?

Se você administra um site, sabe que não basta atrair muitos visitantes se eles entram e saem sem fazer nada. É quase o mesmo que um restaurante lotado, mas os clientes não fazem pedidos. É aí que entra a taxa de conversão, uma das métricas mais importantes para medir o sucesso das suas estratégias digitais.

Melhorar esse índice virou quase uma obsessão para aqueles que querem “fazer seu site vender”!

Mas apesar de toda essa atenção, muita gente ainda se pergunta: “O que realmente influencia – positiva ou negativamente – a taxa de conversão?” ou “Como melhorá-la de forma consistente?”.

Se essa dúvida tira o seu sono, no bate-papo de hoje vamos destrinchar o conceito de taxa de conversão, mostrar como ela aparece em diferentes etapas da jornada do cliente, e principalmente, revelar os fatores que ajudam a turbinar os seus resultados, mas também os que podem arruiná-los.

Está pronto para transformar seu site em uma máquina de conversão? Então vem com a gente!

O que é taxa de conversão?

Taxa de conversão é uma métrica muito usada no Marketing Digital para medir o sucesso de uma ação dentro do seu site. Em termos simples, ela indica – percentualmente – quantas pessoas realizaram uma ação desejada, como comprar um produto, preencher um formulário ou clicar em um botão, em relação ao total de visitantes.

Imagine que você criou uma página para divulgar um curso online. Cem pessoas visitaram essa página e dez delas se inscreveram, ou seja, a sua taxa de conversão foi de 10%.

Bem intuitivo, não é?

Sabemos que muitos não gostam de matemática e nem de fórmulas. Mas essa é simples:

Taxa de conversão = (número de conversões ÷ número de visitantes) × 100

Ela apenas expressa a eficiência do seu site!

Mas não pense que conversão é só venda. Pode ser também:

Enfim, essa taxa serve para quantificar o resultado de qualquer ação que você queira estimular no visitante e que faça parte das suas estratégias digitais.

Aliás, diferentes etapas da jornada do cliente podem ter suas próprias taxas de conversão. Entender isso é essencial para identificar gargalos, oportunidades, assim como o que está funcionando e o que não.

Visto de outra forma, a taxa de conversão também indica o grau de eficiência do investimento feito para provocar uma ação desejada.

Exemplo de aplicação de múltiplas taxas de conversão

Uma única campanha pode conter várias taxas de conversão e enxergar isso é essencial para mapear o desempenho em cada etapa da jornada do cliente, além de tirar o máximo proveito das ações realizadas.

Imagine que você lançou uma ação de e-mail Marketing para divulgar o pré-lançamento de um novo produto ou serviço. O e-mail contém um link para uma landing page criada especialmente para essa campanha.

  • A primeira taxa de conversão pode ser calculada dividindo o número de pessoas que clicaram no link pelo total de e-mails enviados.

Na landing page, entre outras coisas, há uma pesquisa rápida. Quem a responde, ganha um brinde exclusivo.

  • Nesse caso, a segunda taxa de conversão corresponde ao número de pessoas que responderam à pesquisa dividido pelo total de visitantes da página.

Para participar do evento de lançamento – realizado via uma ação de live Marketing – é necessário confirmar presença clicando em outro link e preencher um rápido cadastro (nome e e-mail). Ao fazer isso, o visitante recebe as credenciais de acesso.

  • Logo, aqueles que quiseram participar do evento de lançamento, em relação ao total de visitantes da landing page, produzem a uma terceira taxa de conversão.

Durante a transmissão ao vivo, aparecem QR Codes estratégicos que dão acesso a uma oferta especial e ao programa de pré-venda.

  • A quarta taxa de conversão pode ser calculada com base naqueles que escanearam os QR Codes, apenas visando a oferta especial.

  • Mas há ainda uma quinta taxa de conversão, calculada a partir do número de interessados no programa de pré-venda.

Esse exemplo mostra que uma única campanha, além de conter múltiplos CTAs (Call to Action ou chamadas para ação), tem também as respectivas taxas de conversão, cada uma revelando o desempenho de uma etapa específica.

Monitorar essas taxas separadamente ajuda a entender onde o público está engajando mais, onde há desistências e onde é possível otimizar a experiência para aumentar os resultados.

Como conseguir melhores taxas de conversão?

Melhorar a taxa de conversão começa por entender que podem haver vários fatores que influenciam esse indicador e saber que eles variam conforme o modelo de negócio, o público-alvo e as ações realizadas.

Há muito conteúdo por aí sobre o tema, mas muitos materiais ignoram aspectos importantes ou se concentram demais em apenas alguns pontos. Por isso, antes de sair aplicando “fórmulas mágicas”, é essencial dar um passo atrás e refletir sobre o que realmente significa “conversão” para o seu modelo de negócio.

Afinal, o que é considerado uma conversão pode mudar bastante dependendo do produto ou serviço oferecido, da estratégia de Marketing – seja o tradicional, seja o digital – utilizada e, principalmente, do perfil do seu público.

Por exemplo: a jornada de compra de um cliente fiel é diferente daquele que nunca teve contato com sua marca. E mesmo entre os novos visitantes, duas personas distintas podem ter comportamentos completamente diferentes.

Imagine um entusiasta de tecnologia e um usuário leigo navegando por uma página de smartphones. Se você aplicar a mesma abordagem para ambos, é provável que um deles se sinta perdido ou desinteressado.

Portanto, conseguir melhores taxas de conversão exige:

  • Segmentação adequada do público – conhecer quem são as suas personas, as respectivas necessidades, desejos e expectativas e como cada uma delas se comporta;

  • Personalização da experiência – ajustar o conteúdo, a linguagem usada e a apresentação das ofertas para cada perfil;

  • Mapeamento da jornada do cliente – deve-se identificar os pontos de contato e os momentos-chave da jornada de cada público;

  • Definição precisa da conversão – saber exatamente qual ação você quer estimular em cada etapa e naturalmente, os respectivos CTAs;

  • Medições e testes constatantes – coletar e usar os dados para tirar conclusões precisas, validar hipóteses e realizar ajustes de ações e estratégias.

Com isso em mente, vamos agora aos fatores que influenciam diretamente a taxa de conversão — tanto os que ajudam quanto os que atrapalham.

Fatores que influenciam positivamente a taxa de conversão

Nunca é demais lembrar que dependendo do seu modelo de negócio e até mesmo de algumas particularidades das suas ações, o nível de influência varia ou mesmo pode nem se aplicar. Por outro lado, alguns elementos são quase universais quando o assunto é melhorar a taxa de conversão.

Não se assuste se tudo isso parece muito complexo agora. Você não precisa de uma equipe de cientistas de dados para começar e as coisas ficarão mais claras conforme tratarmos de cada fator.

1. Persona bem definida

Conhecer a persona – ou as personas, quando há mais de uma – é o ponto de partida para qualquer estratégia que realmente converta. Parece óbvio, mas ainda é comum vermos campanhas que falham justamente por ignorarem esse “detalhe”.

Não adianta ter um conteúdo excelente se ele está sendo entregue para a pessoa errada. É como oferecer uma churrasqueira cheia de carne para um vegano convicto, não importa o quão suculento esteja o churrasco, a conversão será zero.

Outro exemplo, imagine um post sobre investimentos no mercado financeiro sendo exibido para alguém que está endividado e mal consegue pagar as contas. Por mais bem escrito que seja, não vai gerar interesse e muito menos conversão.

Esses casos ilustram que direcionar ações para a persona errada, não só reduz a taxa de conversão, como pode gerar rejeição, irritação e até prejudicar a imagem da marca.

Atirar para todos os lados, não é inteligente nem mesmo quando a verba para as campanhas é abundante. Há exemplos clássicos de marcas que ficaram estigmatizadas por esse comportamento, que frequentemente é visto como intrusivo, repetitivo, inoportuno, chato mesmo para falar o português claro.

Definir bem a persona significa entender:

  • Quem ela é em detalhes;

  • O que ela busca (necessidades, desejos e expectativas);

  • Quais são suas dores e limitações;

  • Como ela consome conteúdo;

  • Qual o motivo para a agir.

Pense na sua persona como o seu cliente mais típico. Quem é ele? O que ele pergunta quando entra na sua loja? Quais são as dúvidas que ele tem antes de fechar negócio? O site precisa responder a essas mesmas perguntas. Quanto mais preciso for o retrato do cliente padrão, maiores as chances de criar experiências que realmente engajam.

2. Conteúdo relevante e útil

Conteúdo é rei” – e isso não é só um clichê do Marketing Digital. É um fato inquestionável!

O conteúdo é o que atrai o visitante, mantém seu interesse e, acima de tudo, é o que o induz a realizar uma ação desejada.

Mas atenção: não basta ser bem escrito, bonito ou cheio de palavras-chave. O conteúdo precisa fazer sentido para quem o consome. Ele deve resolver uma dúvida, atender a uma necessidade, provocar uma reflexão ou até mesmo apenas servir de entretenimento, dependendo da sua estratégia.

Imagine alguém que entra no seu site buscando dicas para economizar na conta de luz. Se ele encontra um artigo sobre investimentos em energia solar, com linguagem técnica e voltado para empresas, provavelmente vai sair em segundos. O conteúdo pode ser ótimo, mas não é para ele.

Por outro lado, se esse mesmo visitante encontra um post com “5 truques simples para reduzir sua conta de luz em casa”, com linguagem acessível e exemplos práticos, a chance de engajamento e conversão aumenta muito.

Além disso, o conteúdo precisa ser:

  • Originalconteúdo original tende a ser mais interessante, exclusivo, útil e receber mais atenção;

  • Honesto – deve entregar o que o título sugere, sem promessas exageradas e satisfazendo o que o visitante busca;

  • Legível – bem estruturado, com subtítulos bem descritivos, linguagem clara e concisa, listas de tópicos e parágrafos curtos e diretos;

  • Alinhado – cada etapa da jornada exige um tipo de conteúdo diferente, desde o informativo até o persuasivo;

  • Prático – de nada adianta um conteúdo que pareça completo, se o visitante não consiga tirar proveito dele, não consegue aplicar na sua realidade.

As premissas acima são reforçadas pelo Core Update de Agosto/2024, quando o Google passou a valorizar ainda mais os conteúdos realmente úteis, ou seja, aqueles que entregam valor real ao usuário. Isso afeta diretamente o ranqueamento nas buscas e, por consequência, a taxa de conversão.

Quer entender melhor como isso afeta seu site? Leia o post "Core Update de Agosto/2024 e os conteúdos úteis pra valer!".

Conteúdo que não entrega o que promete, ou que não conversa com a persona certa, gera rejeição, baixa duração de sessão e, claro, taxas de conversão decepcionantes.

3. Atendimento eficiente e personalizado

Se o seu modelo de negócio envolve qualquer tipo de interação direta com o cliente – seja para tirar dúvidas, seja para prestar suporte, seja para concluir a venda – o atendimento pode ser um dos maiores influenciadores da taxa de conversão.

Imagine que um visitante está quase finalizando uma compra, mas tem uma dúvida simples sobre o prazo de entrega que o site falhou em esclarecer. Se ele encontra um canal rápido e eficaz, como um chat de atendimento ou WhatsApp, e recebe a resposta que precisava, a conversão acontece.

Agora imagine o contrário. Ele não encontra nenhum canal, ou demora para receber uma resposta. Em vez da ação esperada, o visitante retorna para a página de resultados dos sites de busca – as SERPs – atrás de quem dá a resposta que ele precisava. Adeus conversão!

Portanto, a ausência de qualidade no atendimento, nenhuma personalização, indiferença ou canais inadequados, são alguns motivos suficientes para comprometer os resultados. E isso afeta não só a conversão imediata, mas também a percepção da marca, o que impacta futuras decisões de compra.

Um bom atendimento deve ser:

  • Ágil – ninguém gosta de esperar, especialmente em ambientes digitais. Aliás, a agilidade é uma das razões que as pessoas optam por essa via;

  • Clareza e precisão – a informação deve ser objetiva, sem margem para dúvidas. Sempre que possível, evite jargões técnicos ou termos que o cliente pode desconhecer;

  • Multicanal – disponibilizar tantas opções quanto possível, como chat, e-mail, telefone, redes sociais e independente da escolha feita, o padrão de atendimento deve ser igual (omnichannel);

  • Personalizado – é preciso tratar cada cliente como único, estando atento aos seus anseios particulares;

  • Humanizado – mesmo que automatizado, precisa soar empático, atentando e respeitando as necessidades emocionais e psicológicas dos clientes;

  • Efetivo – o cliente quer soluções e não desculpas, justificativas ou mais dúvidas. Especialmente em atendimentos voltados à resolução de problemas, não se pode “terceirizar a culpa”.

Empresas que investem em atendimento de qualidade não só convertem mais, como também fidelizam clientes e reduzem o churn rate (taxa de perda de clientes em um intervalo de tempo).

4. Reputação digital

A reputação digital é um dos fatores mais decisivos na hora de converter visitantes em clientes, especialmente nas etapas iniciais da jornada, quando o consumidor ainda está formando sua opinião sobre a marca.

Hoje, antes de comprar qualquer coisa, é comum que o consumidor faça uma rápida pesquisa na Internet. Ele quer saber se a empresa é confiável, se o produto realmente funciona, se o atendimento é bom e se outros consumidores tiveram experiências positivas.

Agora imagine que ele encontra uma enxurrada de reclamações em sites como Reclame Aqui, nas avaliações do Google ou comentários desfavoráveis nas redes sociais. Mesmo que sua oferta seja excelente, a conversão dificilmente vai acontecer.

Por outro lado, uma empresa com boa reputação digital, construída com base em atendimento de qualidade, entrega no prazo, produto que cumpre o que promete e comunicação ágil e transparente, tende a converter muito mais.

A confiança do cliente na marca é sem dúvida um dos mais fortes fatores de influência.

E vale lembrar que para construir uma boa reputação pode ser necessário muito tempo, mas para destruí-la, bastam segundos e uma ação inconsequente e desastrada. Um único post viral negativo pode comprometer anos de trabalho.

Entre muitas coisas, a reputação digital é constituída por:

  • Avaliações em sites especializados;

  • Comentários nas redes sociais;

  • Depoimentos de clientes;

  • Participação em fóruns e comunidades;

  • Respostas e interações nas críticas e elogios;

  • Transparência nas políticas e práticas da empresa

Monitorar e cuidar da reputação digital é essencial para manutenção de uma boa taxa de conversão e para garantir que os visitantes não abandonem sua marca antes mesmo de conhecer o tratamento que você dedica a eles ou quão bom seu produto é.

5. Proposta de valor

Preço importa e muito, na maioria das vezes. Mas quando o assunto é conversão, o que realmente pesa é o valor percebido. Ou seja, o que o cliente acredita que está ganhando em troca do dinheiro que ele está pagando.

Muita gente confunde preço com valor. Um produto pode custar R$ 500 e parecer caro para um visitante, mas se ele entender que aquilo resolve um problema importante, economiza tempo, oferece exclusividade ou traz algum benefício emocional, o valor percebido muda e a chance da conversão acontecer aumenta sensivelmente.

Imagine dois cursos online, sendo que um custa R$ 199,00 e promete ensinar “tudo sobre Marketing”. O outro custa R$ 399,00 e enfatiza que é voltado para quem quer aumentar as vendas no varejo, contém vários cases reais, uma área para dúvidas, amplo material didático e acesso a uma comunidade exclusiva.

Mesmo custando o dobro do primeiro, o segundo pode converter muito mais, porque a proposta de valor está clara e alinhada com a dor do público.

Uma boa proposta de valor precisa:

  • Ser específica – quanto mais clara e objetiva, melhor;

  • Resolver uma dor real – não adianta oferecer algo que a persona não sente falta;

  • Comunicar com precisão – o visitante precisa enxergar o benefício claramente;

  • Acessível nos momentos estratégicos – uso de subtítulos, CTAs, descrições e até nos depoimentos, incentivando o visitante.

Se o visitante não entende o que está ganhando, ele não vai se sentir motivado a agir. E se ele achar que está pagando mais do que deveria, sem enxergar o valor, a conversão simplesmente não acontece.

6. Experiência do usuário (UX)

A experiência do usuário – ou UX (User Experience) – constitui outro fator de peso na conversão. Mesmo que o conteúdo seja ótimo, o produto tenha valor e a campanha esteja bem segmentada, se o visitante não conseguir navegar com facilidade, são grandes as chances dele não perceber nada disso.

Sim, porque ao entrar em um site que demora para carregar, tem botões escondidos, textos confusos e um layout desorganizado, mesmo que houvesse prévio interesse no produto, a frustração supera a vontade de comprar e o que ele precisava, simplesmente não consegue acessar. E se o “desastre” não estivesse completo, passa-se uma imagem de amadorismo ou falta de cuidado. Para um pequeno negócio, isso é fatal, pois a credibilidade é tudo.

Agora pense no oposto, um site rápido, com navegação intuitiva, visual agradável, informações claras e CTAs bem posicionados. A experiência é fluida, o visitante encontra o que procura e se sente seguro para seguir adiante.

Inclusive, tal como é com conteúdo útil, o Google valoriza muito a experiência que o usuário tem em cada site, conforme mencionamos no post “Experiência na Página: Por que se preocupar com esse fator de ranqueamento do Google?

A UX envolve diversos elementos, como:

  • Desempenho – os elementos principais devem carregar rapidamente, em especial nos acessos mobile;

  • Design responsivo – o site precisa funcionar bem em qualquer tela: celular, tablet ou desktop;

  • Navegação intuitiva – menus claros, estrutura lógica e caminhos fáceis para a ação desejada. Dê preferência ao trio “navegabilidade, usabilidade e acessibilidade”;

  • Hierarquia visual – destacar o que importa, como ofertas, botões e informações-chave, fazendo uso correto dos conceitos de hierarquia visual;

  • Formulários simples – um bom formulário de leads, não precisa parecer uma entrevista de emprego. Quanto menos campos, maior a chance de preenchimento e, portanto, conversão;

  • Feedback visual – mensagens de confirmação, alertas e indicadores ajudam o visitante a entender o que está acontecendo

A experiência do usuário não é só estética, tem papel funcional e estratégico. E quanto mais fluida e agradável ela for, maior a probabilidade de conversão.

7. Uso correto de CTAs

Os CTAs – Call to Actions – são os “convites” que existem na página e que orientam o visitante sobre o que fazer a seguir. Eles funcionam como placas de sinalização em uma estrada: sem elas, o visitante pode até estar interessado, mas não sabe qual direção seguir e pode acabar desistindo.

Em um site, eles são os elementos que claramente indicam o caminho a seguir quando o interesse for despertado. Podem se manifestar por meio de um link, um botão, um ícone ou até uma boa imagem clicável.

Um bom CTA precisa ser visível, direto e contextualizado. Frases genéricas como “clique aqui” ou “saiba mais” podem funcionar em alguns casos, mas não são tão eficazes quanto comandos específicos, como “Baixe o e-book gratuito”, “Solicite uma demonstração” ou “Garanta sua vaga com desconto”.

Inclusive o texto âncora dos links também contribui para o SEO!

Imagine um visitante que está lendo um artigo sobre como melhorar a gestão de tempo. Ao final, há um botão que diz “Veja nossos planos”. Isso é vago. Agora, se o botão disser “Experimente grátis nossa ferramenta de produtividade por 7 dias”, a conversão tende a ser muito maior, porque o CTA deixa explícito o benefício que ele terá.

Além disso, o posicionamento do CTA é fundamental. Ele precisa estar:

  • Bem posicionado – em áreas bem visíveis da página, ao final de conteúdos, em pop-ups ou banners laterais;

  • Destaque visual – cores de destaque, tamanho adequado e espaçamento que chama atenção sem poluir visualmente;

  • Linguagem objetiva – a informação deve ser objetiva, clara e fazer uso de verbos de ação e foco no benefício;

  • Adaptado ao contexto – cada etapa da jornada exige um tipo de CTA diferente

Outros fatores que favorecem a taxa de conversão

Além dos elementos já abordados (persona, conteúdo, atendimento, reputação, proposta de valor, UX e CTAs), existem outros fatores que, embora menos discutidos, também exercem influência direta sobre a taxa de conversão e, portanto, se puderem ser trabalhados, aumentam ainda mais as chances de sucesso.

Alguns deles são:

  • Provas sociais – as provas sociais são predominantemente os depoimentos, as avaliações, os estudos de caso e até números de clientes atendidos, os quais ajudam a validar a oferta e gerar confiança;

  • Garantias e políticas claras – oferecer garantia de satisfação, política de devolução transparente ou período de teste gratuito, são recursos que reduzem o risco percebido e estimulam a ação;

  • Urgência e escassez – frases como “últimas unidades”, “promoção válida até hoje” ou “vagas limitadas” criam gatilhos mentais que aceleram a decisão;

  • Segmentação de campanhas – quanto mais bem segmentada for a campanha, maior a chance de atingir o público certo com a mensagem certa;

  • Remarketing inteligente – reimpactar visitantes que não converteram com mensagens personalizadas pode recuperar oportunidades perdidas;

  • Integração com ferramentas de automação – fluxos automatizados de e-mail, notificações e CRM ajudam a manter o visitante engajado e conduzi-lo até a conversão

Esses fatores funcionam como aceleradores ou reforços das estratégias principais. Quando bem aplicados, podem fazer a diferença entre uma campanha mediana e uma campanha de eficiente.

Fatores que influenciam negativamente a taxa de conversão

Se o objetivo é aumentar a taxa de conversão, é fundamental não apenas aplicar boas práticas, mas também identificar e eliminar os fatores que sabotam os resultados.

Muitas vezes, o esforço para melhorar a performance de um site ou campanha é comprometido por detalhes que passam despercebidos. Pior ainda quando esses fatores negativos podem anular completamente o impacto das ações positivas, fazendo com que o visitante desista antes mesmo de considerar a proposta.

Por isso, é essencial estar atento a esses pontos de atrito. Eles podem estar no conteúdo, na estrutura, na abordagem ou até na forma como a marca se comunica. E quando não são corrigidos, acabam gerando rejeição, abandono e baixa conversão, ainda que se ofereça um bom produto ou serviço.

1. Falta de clareza na proposta de valor

Se o visitante não entende o que está sendo oferecido, por que aquilo é relevante para ele e o que ele ganha ao realizar a ação proposta, dificilmente vai converter e geralmente ele se apega apenas ao preço cobrado.

A proposta de valor é o “porquê” por trás da oferta. É o que responde à pergunta: “Por que eu devo pagar por isso?”.

Quando essa resposta não está clara, o visitante se perde, hesita ou simplesmente abandona a página. Mais ainda, ele vai achar caro!

Imagine um site que vende um software de gestão, mas não explica para quem ele serve, quais problemas resolve ou quais benefícios entrega. O visitante enxerga apenas o preço, vê alguns recursos técnicos, mas não entende como aquilo se aplica à sua realidade.

O resultado você já sabe. Ele não compra.

A falta de clareza pode se manifestar de várias formas:

  • Textos genéricos ou vagos – que não dizem exatamente o que está sendo oferecido;

  • Excesso de jargões técnicos – que afastam quem não domina o assunto;

  • Foco em características – descrever funcionalidades ou características, sem mostrar o benefício que elas geram. Leigos, em particular, não compram motivados por características, mas pelo ganho que elas significam;

  • Ausência de direcionamento – não deixar claro qual é o próximo passo ou o que o visitante deve fazer.

Uma proposta de valor mal comunicada não só reduz a conversão, como também prejudica a imagem da marca, passando a sensação de que ela não sabe exatamente o que está vendendo ou para quem.

2. Conteúdo desalinhado

Se o conteúdo não conversa com quem está lendo, ele não engaja e tampouco converte.

Imagine que você tem um site voltado para pequenos empreendedores que estão começando a vender online. Se o visitante encontra um artigo cheio de termos técnicos sobre “funil de automação avançado com segmentação por comportamento”, ele provavelmente vai se sentir perdido, confuso e sem vontade de continuar lendo

O conteúdo pode até ser bom, mas não é para ele.

Esse tipo de desalinhamento acontece quando:

  • Persona não está bem definida – e o conteúdo acaba sendo genérico ou fora de contexto;

  • A linguagem é inadequada – um conteúdo técnico para leigos ou informal demais para um público mais profissional;

  • Conteúdo não resolve – fala sobre o que a marca quer mostrar e não sobre o que o visitante queria encontrar.

Tenha em mente que se o seu conteúdo não satisfaz o seu público, provavelmente há algum – ou vários – concorrente pronto para atendê-lo.

3. Design / layout confusos

Design e layout não se resumem à estética do site. Eles devem ter também papel funcional.

Na prática, quando há elementos demais competindo pela atenção do visitante, a conversão sofre.

Pop-ups surgindo a todo momento, excesso de publicidade online (em especial no acesso mobile) com banners piscando em todos os cantos, cores conflitantes, fontes diferentes ou com legibilidade difícil e informações espalhadas pela página, são o cenário perfeito para criar confusão.

O visitante não sabe onde focar, não encontra o que quer e até perde a paciência.

Esse tipo de poluição visual pode gerar:

  • Desorganização – o site parece amador e/ou pouco confiável, impactando na imagem da marca;

  • Dificuldade de leitura – textos mal formatados ou com contraste ruim, comprometem a legibilidade e o conteúdo;

  • Desvio da ação principal – o visitante se distrai ou se perde e não faz o que se pretendia;

  • Irritação – elementos que comprometem a experiência e a intenção inicial do visitante, tendem a irritá-lo;

  • Desconfiança – em situações extremas, o público pode olhar com desconfiança caso clique em algo, afinal há tanta coisa por todos os lados.

Saiba que aqui, menos é mais! Um layout limpo, com foco no conteúdo e nos CTAs certos, ajuda o visitante a tomar decisões com mais clareza e segurança e isso impacta diretamente na tomada de decisão e, claro, na ação do internauta.

4. Promessas exageradas ou clickbait

A prática do clickbait já foi amplamente usada, especialmente por aqueles que só se importam com o número absoluto de visitantes e consiste em usar títulos sensacionalistas, exagerados, mas com conteúdos que não entregam o que os títulos sugerem.

Essa prática nada ética, não apenas afeta negativamente a taxa de conversão, como produz outros efeitos colaterais até mais danosos, como uma reputação ruim e a perda da confiança.

Prometer demais e entregar de menos, é uma das formas mais rápidas de mandar o cliente embora.

Títulos chamativos como “Descubra o segredo que ninguém quer que você saiba” ou “Ganhe dinheiro dormindo” podem até gerar alguns cliques, mas dificilmente geram conversão. Isso porque o visitante percebe que foi atraído por uma promessa vazia, ou pior, sente-se enganado.

O clickbait prejudica a conversão porque:

  • Cria expectativa irreal – o conteúdo não corresponde ao que foi prometido;

  • Gera desconfiança – o visitante passa a duvidar da marca e da oferta;

  • Afasta visitantes qualificados – atrai curiosos, mas não quem realmente está pronto para agir.

Ser direto, honesto e relevante é sempre mais eficaz do que tentar “enganar” o clique. A conversão vem da confiança, que não se constrói com exageros.

5. Processo de conversão longo

Quanto mais etapas o visitante precisa cumprir para concluir uma ação, menor a chance de ele chegar até o fim.

Na prática, ao incluir formulários com inúmeros campos, várias páginas intermediárias desnecessárias, validações excessivas ou exigência de cadastros antes de mostrar qualquer informação básica, são exemplos de barreiras e quanto mais delas houver, maior a chance do visitante desistir.

Alguns sinais de processo mal desenhado:

  • Formulários com muitos campos obrigatórios;

  • Exigência de login antes de visualizar a oferta;

  • Fluxos com várias páginas até a finalização;

  • Falta de clareza sobre o tempo ou esforço necessário.

A conversão precisa ser simples, rápida e intuitiva. Se o visitante sente que está sendo testado, que vai perder tempo, ou ainda que o benefício não compensa o seu esforço, ele abandona, mesmo que tivesse manifestado interesse.

6. Falta de pós-clique

Nem todo mundo sabe, mas a conversão não termina no clique. Se o visitante realiza uma ação – como preencher um formulário, baixar um material ou solicitar contato – e não recebe o retorno correspondente, a experiência fica incompleta.

Esse descuido pode gerar frustração, perda de interesse e até desconfiança. Afinal, se a marca não interage mais após conseguir o que queria, será que é confiável?

Lamentavelmente muitas empresas concentram seus esforços apenas até a efetivação da venda.

Porém, em especial no caso dos novos clientes, é a partir desse ponto que a experiência de consumo realmente acontece. É quando as pesquisas de satisfação têm a chance de captar dados para melhoria do produto / serviço, quando o suporte técnico ou assistência autorizada vai se deparar com os desafios que precisam ser superados e que os componentes importantes na formação da reputação da empresa, da marca e do produto, serão produzidos na mente do consumidor.

Ignorar” o cliente após o clique, não influencia diretamente a taxa de conversão atual, mas impacta nas vendas futuras. O nível de influência é difícil de mensurar na taxa de conversão, mas aparece em outros indicadores, como por exemplo, o cliente que não faz a segunda compra, porque sua experiência anterior não foi 100% satisfatória.

E como se não bastasse, perde-se também a oportunidade de criar uma ponte para ações de Marketing de Relacionamento.

Erros comuns no pós-clique:

  • Não enviar confirmação ou agradecimento – o visitante fica sem saber se a ação foi registrada;

  • Demora no retorno – especialmente em pedidos de contato ou orçamento;

  • Falta de continuidade – não há conteúdo complementar, e-mails de acompanhamento ou próximos passos claros;

  • Desconexão entre promessa e entrega – o que foi oferecido não chega ou não corresponde ao esperado.

O pós-clique é parte da jornada. Um bom acompanhamento reforça a confiança, mantém o visitante engajado e aumenta as chances de conversão futura ou até de fidelização.

Conclusão

Produzir aumentos nas taxas de conversão, é um trabalho contínuo e que envolve vários fatores, os quais têm diferentes graus de influência, mas que mesmo assim são importantes.

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