Como ganhar dinheiro com a monetização de sites?

Se não são todos, a maioria esmagadora daqueles que criam um site, qualquer que seja o seu tipo, tem como objetivo direto ou indireto, faturar.

Mas quem nunca teve um, entre as muitas dúvidas, a que aparece sempre entre as primeiras, é: quais as formas de monetização existem?

Conhecer sobre monetização e quais as mais comuns, é essencial tanto para atingir o objetivo pretendido, como até mesmo para direcionar o desenvolvimento do site.

O que é monetização de sites?

Não se trata apenas de responder a pergunta do presente tópico, mas de estabelecer uma diferenciação importante.

Exceto por alguns blogs e alguns sites ainda lá nos primórdios da Internet e que nada mais eram do que a manifestação da paixão dos seus donos em torno de algum assunto, atualmente e como afirmamos logo no início, todo site costuma ter entre seus propósitos, o retorno financeiro.

Pode ser o caso de um blog de uma empresa, cuja existência vise esclarecer dúvidas dos seus clientes, atrair por meio de conteúdo (Inbound Marketing) pessoas de um determinado público-alvo ou de uma persona, ou apenas servir como instrumento institucional, contribuindo para a formação da imagem da marca (branding) na mente dos consumidores.

Qualquer das intenções acima, implica em retorno financeiro, ainda que não seja direto e nem imediato ou mesmo difícil de mensurar. Em algum momento, a empresa por detrás do blog, ganhará algo com sua manutenção.

Porém quando se aplicam métodos e instrumentos que produzam um retorno monetário imediato, visível, direto e quantificável, estamos falando de um mecanismo de monetização do site.

Em outras palavras, monetização é a forma de produzir retorno financeiro diretamente a partir de um – ou mais de um – recurso empregado no site.

Condições para eficiência dos mecanismos de monetização de sites

Antes de entrarmos no assunto propriamente dito, é importante lembrarmos alguns aspectos que são essenciais para a eficiência do retorno obtido, independente da escolha que se faça dos mecanismos de monetização.

Muitas vezes encontramos pessoas dizendo que uma determinada forma de monetização não é boa, não dá retorno, quando na verdade a origem do problema não está no mecanismo, mas nas condições adequadas para que ele funcione.

Isso porque há muitos que fazem parecer que ganhar dinheiro na Internet é fácil, rápido e não exige quase nada e muitos acreditam nesse mito.

1. Visitantes

A condição mais básica, é ter visitantes, por mais óbvia que pareça a afirmação.

No entanto, muitos donos de sites cometem muitos erros perseguindo esse objetivo, seja porque apenas preocupam-se em ter muitos visitantes, mas não os “certos”, seja porque não têm paciência e querem queimar etapas importantes e necessárias, como a produção “artificial” de tráfego, a qual cai quando os artifícios para produzi-lo cessam, ou ainda quando não há motivos para produzir tráfego orgânico, que é aquele que ocorre naturalmente pela qualidade do conteúdo que se tem.

2. Confiança

Da mesma forma que as marcas precisam conquistar a confiança dos seus clientes, os sites também precisam, afinal de certa forma os visitantes também são clientes, cujo produto de consumo, é o conteúdo que você apresenta no site.

Em casos como dos influenciadores digitais, que “nasceram” nos blogs antes de irem para as redes sociais e vlogs, é a confiança neles por parte dos seus seguidores, que os alçaram à condição de influência.

Como veremos, alguns mecanismos de monetização só darão o retorno possível, se houver credibilidade, a qual também se constrói ao longo do tempo e do conteúdo produzido.

3. Continuidade

É preciso haver continuidade, ou seja, não basta um ótimo conteúdo que viralize.

Na Internet – como em muitas áreas – o ditado de que “uma andorinha não faz verão”, também tem fundamento.

É ela que entre outras coisas ajudará a produzir a fidelização dos visitantes, os quais retornam, trazem outros visitantes, produz engajamento, o qual também é resultante do fator anterior – confiança.

4. Conhecimento da audiência

Conhecer a audiência, o público-alvo, a persona a qual se destina o conteúdo, é condição necessária para a eficácia do que vimos até a aqui.

Sem esse conhecimento, nem as estratégias para trazer visitantes terão os efeitos necessários e tampouco, a eventual publicidade visando a monetização também será efetiva.

5. Autoridade

Quando se fala em autoridade, há dois enfoques – sites de busca e visitantes.

Quanto mais autoridade um site tem perante os mecanismos de busca (Google e Bing), melhor tende a ser seu posicionamento nas páginas de resultados e por consequência, mais visitantes.

Mas os visitantes precisam enxergar credibilidade no seu conteúdo, o que acaba estando intimamente relacionado com ter e produzir mais confiança.

8 mecanismos de monetização para sites

Uma vez que você tem ciência das condições mínimas e básicas, chegou o momento de tratarmos daquilo que o trouxe até aqui.

É importante ressaltar que não necessariamente um mecanismo é melhor do que outro.

Os resultados possíveis podem variar para diferentes donos de sites e que podem depender do tipo de público, do conteúdo, da forma como são usados, da área de atuação, de sazonalidade e até de variáveis externas.

Por essas razões, nosso propósito não é de apontar o melhor, mas apenas apresentar as possibilidades e conforme você achar alguma que se adéque ao seu site, ir mais a fundo em seu conhecimento.

Aliás, em muitos casos, pode-se adotar dois ou mais, de modo complementar.

Por fim, não abordaremos as formas indiretas de monetização, como o site que serve com portfólio online de um fotógrafo, afinal vai contra a nossa “definição” do que é monetização de sites e porque na verdade o site no caso é instrumento de promoção profissional. Ou ainda um site de e-commerce no qual a sua natureza primária já representa monetização.

1. Google AdSense

Não há como iniciar uma lista do tipo, sem começar pelo mecanismo que está entre os mais usados, o Google AdSense, ou apenas AdSense como costuma ser referenciado.

A ferramenta é destinada à veiculação publicitária para vários tipos de site, de forma que possibilita a exibição de anúncios em diferentes formatos, remunerando o site de acordo com cliques e visualização.

Resumidamente, um site que use o mecanismo, terá inserida publicidade nos espaços determinados por seu administrador, com base em um algoritmo que tenta encontrar o que pode ser mais interessante e relacionado com o conteúdo do site e com palavras-chave previamente escolhidas.

Essa correspondência e a relevância que o conteúdo publicitário deve ter, é o elemento central, afinal é um negócio em que o Google está presente nas duas pontas. Ou seja, a plataforma faz a ponte entre quem quer anunciar e quem quer exibir esses anúncios.

O quão boa é essa intermediação, definirá o quão satisfeitos todos sairão – anunciante, veículo e Google.

A monetização se dá por CPC ou CPM, sendo que a primeira é a sigla para “Custo Por Clique” e a segunda significa “Custo por Mil Impressões”.

No CPC é preciso que o visitante clique e acesse o site correspondente ao anúncio. Já no CPM, basta a visualização do anúncio por parte da sua audiência.

Os valores pagos dependem de variáveis como oferta, demanda e concorrência. Determinados termos, temas e palavras-chave, são mais concorridos que outros e, portanto, são mais caros tanto para anunciantes, como remuneram melhor os sites que exibem os anúncios.

2. Espaço publicitário

Essa é das formas mais antigas e que perdeu espaço com avanço de plataformas como o AdSense, muito em função da comodidade que oferece a quem vende o espaço publicitário.

Isso porque entre muitas coisas, quando você vende um espaço no seu site para uma empresa anunciar, é preciso ter um sistema que emita relatórios, métricas, dados de audiência, de tal forma que o anunciante tenha como avaliar a eficiência do seu investimento.

A grande vantagem para ambos, é que ao tirar um intermediário (o Google), o custo de quem anuncia pode ser menor e o ganho de quem recebe, é maior.

Além disso, pode-se tanto escolher onde a publicidade será exibida e quem exibe, decidir de quem exibir, algo que fica totalmente sob controle do Google, no AdSense.

3. Programa de Afiliados

Outra forma de monetização comum, são os programas de afiliados.

Muito adotado por influenciadores digitais, é um tipo de mecanismo que é fortemente dependente da já citada confiança, uma vez que a monetização vem das indicações feitas a um parceiro comercial e que são efetivadas.

É dupla confiança, uma vez que o visitante comprará o produto / serviço que foi promovido pelo site, por confiar na avaliação / indicação feita e o site que confia que está sendo efetivamente pago por todas as vendas que ele produziu.

A forma dos pagamentos varia de acordo com os diversos programas de afiliados existentes, mas de modo geral a remuneração é uma comissão previamente estabelecida por cada produto vendido.

4. Patrocínio

Embora possa parecer para alguns que é como a venda de espaço publicitário, o patrocínio tem particularidades.

Normalmente o patrocínio representa uma verba fixa por intervalo de tempo, independente de números de visitantes e, portanto, não exige cliques ou visualizações.

Os contratos de patrocínio podem variar bastante em vários aspectos, mas em geral o site deve promover a marca que paga o patrocínio de modo mais orgânico do que a publicidade convencional. Assim, por exemplo, um blog de um atleta exibe fotos / vídeos dos treinos e das provas que participa, usando a marca patrocinadora.

O patrocinador geralmente aparece como alvo de conteúdos, como em avaliações, testes, unboxing, tutoriais e o que mais a criatividade conseguir produzir.

5. Doações

Tem aumentado a modalidade de doações, especialmente para sites independentes e pessoais.

Por esse mecanismo, sites que têm um público fiel e que muitas vezes são verdadeiros fãs do site, os visitantes fazem doações com o objetivo de ajudar a manter o site vivo, pagando custos e despesas.

Já inclusive há serviços que servem como plataforma própria para essa finalidade, visando dar transparência e segurança tanto a quem doa, como quem recebe as doações, como é o caso do Patreon.

Não raras vezes, os visitantes que contribuem, tornam-se membros do site e têm direito a eventuais conteúdos extras, recebem brindes, participam de promoções e sorteios, ou outras ações que funcionam como reconhecimento por sua contribuição.

Algumas plataformas de doação, tem faixas de valores para contribuição, de tal forma que os sites inscritos podem receber o mínimo de alguns visitantes e valores superiores de outros.

6. Área de membros

Eis outro mecanismo que pode ser confundido com o anterior, mas que também reserva diferenças importantes.

A primeira, é que um site que tem áreas de membros, é desenvolvido e mantido com esse fim. Ou seja, se no modelo de doações teoricamente e na maioria das vezes, todo mundo tem acesso a todo o conteúdo, nesse há claramente determinados conteúdos que só são acessíveis por quem é membro, com páginas exclusivas acessíveis por meio de login.

A segunda, é que o valor para ser membro, é único e determinado. No caso das doações, pode-se ter um doador que contribuiu com R$ 2,00 e outro com R$ 50,00, por exemplo.

Nesse modelo, é preciso que exista conteúdo que justifique a adesão como membro e isso tem como consequência a terceira diferença importante, dois tipos de conteúdo – o gratuito e o pago.

Note que o gratuito deve ser tão bom que gere estímulo para aspirar o pago. Se for muito fraco ou parecer que só existe para despertar a curiosidade, pode não cumprir seu propósito.

7. Conteúdo patrocinado

Nesse mecanismo que se confunde com o patrocínio convencional, a principal diferença é que a promoção do patrocinador é eventual, ou seja, se dá pontualmente.

Nesse modelo, o patrocinador paga uma só vez por um conteúdo patrocinado que pode ser um post, um vídeo ou um podcast, por exemplo.

É uma modalidade que vem apresentando crescimento e geralmente envolve testes, uso, apresentação e dúvidas sobre produtos, apesar de que não necessariamente está limitado a essas situações.

Para conferir maior credibilidade e transparência e até por questões éticas, normalmente o autor do conteúdo informa aos visitantes que se trata de conteúdo patrocinado.

8. Produtos digitais

Essa é uma alternativa bem comum entre os grandes produtores de conteúdo e que possuem muita autoridade sobre determinados temas.

Se além de bons conteúdos gratuitos e de livre acesso, há a disponibilidade para ir além e produzir o que se conhece como conteúdos ricos, como e-books, webinars e cursos, é possível comercializá-los para aqueles que têm necessidade / interesse de ir além.

É o que o mercado tem chamado de produtos digitais.

Conclusão

Conhecer quais são e como funcionam os mecanismos de monetização de sites, é essencial para não só garantir sua existência, como ser fonte de renda online.

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