Principais erros no conteúdo do site institucional

Quantas vezes acessamos sites institucionais de empresas dos mais diversos segmentos e até de grandes empresas e saímos como entramos, ou seja, sem que ele tenha cumprido minimamente quaisquer dos seus papéis?

É mais frequente do que deveria ser. Muitos sites institucionais cometem não apenas um, mas muitos erros que impedem que ele cumpra basicamente a função que se espera dele.

Quer saber quais os principais problemas e como não cometer os mesmos erros?

Qual o papel de um site institucional?

Por mais desnecessário que possa parecer, não são todos que compreendem o papel de um site institucional.

Como o nome faz supor, o principal papel de um site institucional é contribuir para a imagem da instituição no mercado, o que passa por apresentar tão detalhadamente quanto possível seus produtos / serviços, sua história, seus valores, missão e caracterizar sua marca. No mínimo, mas pode – e convém – ir além disso.

Em outras palavras, ele é basicamente destinado a dizer tudo o que é relevante sobre a empresa para aqueles que ainda não a conhecem ou sabem pouco a seu respeito. Mas também servir para ampliar o conhecimento a seu respeito por parte dos clientes e até melhorar seu relacionamento com aqueles já constituídos.

Por que é importante saber o papel do site institucional?

É importante ter em mente o papel do site institucional, para que os responsáveis por ele verifiquem constantemente se o seu conteúdo e o modo como ele está formatado, cumprem sua finalidade.

Se não for assim, o site passa a ser apenas figurativo.

Mais do que isso, não é raro ouvirmos de muitos responsáveis por sites do tipo, que o site não vende, não traz clientes, não gera oportunidades de negócios. Não serve para nada!

Não é sem razão, afinal muitas vezes o site existe apenas porque alguém na empresa acredita que é preciso haver um. Mas ele é criado e mantido sem propósito, sem método, sem avaliações e cuidados mínimos, mas essenciais.

Com isso em mente, vamos ao motivo que o trouxe aqui

10 principais erros dos sites institucionais

Antes de mais nada, é preciso salientar que não basta corrigir eventuais erros e que automaticamente após isso, o site produzirá novas perspectivas de negócios.

Tenha em mente que esse é apenas um passo entre um conjunto de ações que visam com que seu público-alvo chegue ao seu site e ao fazê-lo, ele possa acrescentar informação, esclarecimento de dúvidas, produção de interesse, atendimento de necessidades.

É preciso trazer visitantes e estes precisam ser a persona para a qual você desenvolve suas ações. Para tanto, é preciso também fazer um trabalho planejado e consistente de Marketing Digital.

1. Conteúdo mal elaborado

Quando falamos em conteúdo mal elaborado, referimo-nos a tudo que isso implica.

Muitos “dizem” no site o que seus sócios ou quem administra a empresa gostaria de dizer se fosse convidado a falar da sua empresa, o que muitas vezes não coincide com o que o cliente gostaria de saber.

Essa é outra obviedade, mas que não é vista assim por muitos. Portanto, pense em responder tudo o que todos que passaram pelo processo de constituição como clientes, perguntaram e os novos ainda perguntam.

O tipo de informação que os clientes solicitam, inclusive deve servir para orientar que áreas, seções ou páginas o site deve ter. Assim, se por exemplo, há muitas perguntas frequentes cujas respostas não se encaixam bem em determinadas páginas, criar um FAQ passa a ser importante.

Ainda em termos de exemplos, se é frequente que queiram saber onde encontrar os produtos para comprar, incluir essa informação no site, também será preciso.

Erros na elaboração do conteúdo também relacionam-se com clareza da informação, erros ortográficos e gramaticais, quantidade e exatidão dela, atualização de dados diversos (ex: novos modelos), uso abusivo de terminologia técnica ou da sua área de atuação, bem como recursos para que o visitante localize o que procura, como um campo de pesquisa.

2. Página “Quem somos” confusa

Alguns empreendedores têm o que se chama de miopia em relação ao seu negócio, o que faz com que para eles o produto ou a especificação de um serviço é muito evidente.

Mas é preciso lembrar que um dos motivos que traz um visitante, é justamente conhecer o que para ele não salta aos olhos claramente.

Possivelmente as páginas “Quem somos” da grande maioria dos sites institucionais, são as mais confusas e inúteis entre todas.

Muitos usam uma linguagem prolixa, complicada e repleta de termos não comuns ou que não fazem parte do que usamos no nosso dia a dia, possivelmente baseados na falsa premissa que isso dá alguma sofisticação, elegância e até contribui para uma imagem mais séria da empresa. Ledo engano!

Você pode – e deve – ser simples e direto, o que por sua vez não significa que você vai produzir apenas meia dúzia de linhas e sem cuidados linguísticos. Incluir algo como “produzimos soluções avançadas e tecnológicas para garantir aos nossos clientes seu sucesso”, não diz absolutamente nada sobre o que você faz ou quem é.

Cuidado com esse tipo de texto!

Pense no que gostaria de ouvir se você mesmo fizesse a mesma pergunta. Mais ainda. Quanta paciência você teria para ouvir a resposta.

3. Conteúdo pobre

Não confunda conteúdo pobre, com quantidade de conteúdo. Até pode ser em alguns casos, mas não em todos.

O exemplo que demos da empresa que “produz soluções”, é um típico exemplo de conteúdo pobre, na medida em que ele não acrescenta nada, não informa e não responde perguntas ou esclarece dúvidas do visitante. Ao contrário, cria mais uma.

O conteúdo pobre será pobre sempre que faltarem informações ou quando elas não servirem para “educar” seus visitantes. Quando eles saírem do site como chegaram ou estiverem insatisfeitos por não terem encontrado o que buscavam.

E conteúdo não é somente texto. Há diferentes formatos de conteúdo e dependendo do tipo de produto que você tenha, imagens por exemplo, são fundamentais. Mas não adianta incluí-las se forem em quantidade insuficiente, se não tiverem um padrão de qualidade e tamanho.

Em alguns casos, vídeos podem ser necessários.

4. Página de produtos mal elaborada

páginas de produtos que nem mesmo deveriam existir. Não é incomum encontrarmos produtos de determinadas empresas, cujas informações técnicas são mais completas em e-commerces que os revendem, do que na própria página do fabricante.

Informações completas são essenciais para determinados tipos de produtos, como um smartphone, ou um notebook. Nesses casos, até mesmo a possibilidade de download do manual, é de grande importância.

Assim como no erro anterior, imagens de boa qualidade fazem parte e ajudam a confirmar visualmente dados textuais, como por exemplo, o número de conexões USB.

Ainda usando o exemplo do notebook, o recurso de comparar modelos é bastante relevante e contribui positivamente.

É importante não esquecer que a medida em cada vez mais as pessoas compram pela Internet, tudo aquilo que antes os clientes poderiam satisfazer-se por uma avaliação presencial em um ponto de venda, agora precisa ser satisfeito por um site.

5. Descuido com a aparência

“A primeira imagem é a que fica”, é uma frase que entre outras coisas revela a importância da aparência.

Os primeiros segundos de contato visual com um site que nunca havia sido visitado, pode até determinar se o visitante permanece ou se ele retorna para a página de resultados do site de busca – a SERP.

E mesmo aqueles que ficam, podem consciente ou inconscientemente assumir que uma empresa que é negligente com seu site, também pode ser em relação aos seus produtos / serviços, em tempos que a presença digital é tão ou mais importante do que uma loja física.

O que acontece na mente do cliente ao se deparar com a fachada de uma loja, também acontece quando ele desembarca na home page ou quaisquer outras páginas do seu site.

E se não fosse o suficiente, o layout, as imagens, a fonte, as cores e como tudo isso se relaciona, deve estar em sintonia com a marca e a imagem que a empresa pretende construir.

6. Ter desempenho ruim

Com que frequência é medida a velocidade do site?

O tempo de carregamento das páginas, o funcionamento dos recursos, o tempo de download e páginas de erros e links com problemas, são aspectos que depõe contra o site.

Tenha em mente que apesar do 5G, a realidade no Brasil é que ainda há muitos usuários – a maioria na verdade – que acessam sites por seus smartphones, ainda por conexões 4G e 3G. Páginas pesadas nesses casos, vão afetar consideravelmente o desempenho.

Pela mesma razão, ter uma versão mobile, faz toda a diferença, já que páginas concebidas para dispositivos móveis carregam mais rapidamente, porque entre outros fatores, levam em consideração tal aspecto.

7. Parado no tempo

Sites sem atualizações de qualquer natureza, por anos ou mesmo vários meses, são outro erro comum.

Os problemas de um site que parou no tempo, são muitos. Entre os principais, temos:

  • Aparência antiquada. Além disso, os visitantes que retornam supõem que não deve haver nada de novo para ver;

  • Se o site faz uso de CMSs, possivelmente tem problemas de segurança e até de funcionamento dos recursos, por não ter sido feita atualização do CMS e dos seus plugins;

  • Falta de atualização também implica ausência de informações no caso de produtos / serviços novos e outras obsoletas;

  • Sites obsoletos e sem adequação com as novas tecnologias, tendem a produzir uma experiência na página negativa, o que também piora o ranqueamento;

  • Sites que coletam dados dos usuários, precisam adequar-se às novas legislações, como é o caso da LGPD e a PEC 17/2019;

  • Sem novos conteúdos e atualizações nos antigos, o resultado do SEO que eventualmente tenha sido feito no passado, degrada com o tempo e perante novos conteúdos concorrentes.

8. Cópia da concorrência

Não é de hoje que existe a falsa e perigosa crença de que copiar um concorrente que tem êxito, é um dos passos para no mínimo acompanhá-lo.

E não estamos falando de copiar literalmente, mas de se basear no site dos concorrentes para criar o seu. Pode até haver algum benefício se você não souber nada a respeito. Mas também você pode estar copiando os erros deles.

Independentemente disso, originalidade de conteúdo é fundamental para os sites de busca, bem como o seu site deve ter uma identidade própria, alinhada com a filosofia da empresa e sua orientação com seu público.

9. Sem integração

Se além de um site institucional, você também está presente nas redes sociais, ou tem um blog, ou um e-commerce, ou tudo isso e mais alguma coisa, mas se não existem conexões e integração, seu site é como uma ilha.

Ele está isolado e não cumpre o papel que deveria. Lembra de qual deve ser o seu papel?

Não estamos falando apenas de ter links para as redes sociais, mas de produzir conteúdo que estimule que os visitantes experimentem tudo o que você criou para eles.

Por isso, se por exemplo, você fez uma postagem no Instagram relacionada a um novo produto, produzir uma landing page e “convidar” os seguidores para verem mais detalhes no site, é o mínimo que se espera.

A integração aumenta as chances de produzir engajamento e contribui para aumento nas taxas de conversão.

10. Ser regido por paradigmas

Um paradigma é um modelo concebido e aceito de como as coisas devem ser. O paradigma do site institucional, diz que todo site institucional deve ter uma home page, uma página de produtos ou serviços, outra para o quem somos e uma de contato e quem sabe alguma coisinha mais.

A maioria se contenta com isso.

Mas não precisa ser necessariamente assim, tanto porque nesse ponto você sabe que não deve ser pobre em conteúdo, porque não deve copiar a concorrência, porque esse modelo de site institucional é antiquado e não evoluiu com o tempo, entre outras consequências negativas.

E é simples ir além. Se sua área é de alimentação, incluir informações nutricionais, receitas, dicas de conservação, curiosidades sobre os alimentos, são apenas alguns tipos de conteúdo que podem satisfazer seus clientes, bem como contribuem para um trabalho de Marketing de Conteúdo.

No fim de tudo, avalie seu site sob todos esses aspectos, para que você não esteja na situação em que ter um site é pior do que ter site nenhum!

Conclusão

Muitos sites institucionais cometem erros comuns e básicos e que quando somados, afetam negativamente os resultados e o papel que eles deveriam ter.

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