E-commerce: o que é e 9 motivos para ter um

Obviamente ninguém tem a condição de lhe dizer o que fazer do seu negócio e, portanto, não é esta nossa pretensão, mas se você ainda não tem um e-commerce, já considerou a possibilidade de ter um?

Se ainda não, ou mesmo que a resposta seja sim, mas a ideia ainda não saiu do papel, reserve uns minutos e reflita sobre algumas informações e dados que vamos lhe apresentar e ao final você mesmo será capaz de responder se já não é a hora de ter um e-commerce.

O que é e-commerce?

Pode parecer desnecessário responder o que é e-commerce, pois a maioria dirá que são as vendas pela Internet e que é equivalente a eletronic commerce, ou comércio eletrônico.

A questão oculta por trás dessa resposta, são as implicações de comercializar por essa via, como por exemplo, fazer uso de uma plataforma pela qual o processo de venda – ou de compra na ótica do cliente – ocorre e que envolve o site, os métodos de pagamento ou gateway de pagamento, estoque, frete e logística de entrega, o Marketing Digital, entre outras ocupações diversas para que tudo transcorra adequadamente.

Afinal, não significa que criar uma loja virtual contendo seus produtos, que automaticamente as vendas passarão a acontecer no ambiente online.

Antes de mais nada, tal como com qualquer outro site na web, você tem que realizar um trabalho para ser visto, encontrado e da mesma forma que no mundo físico, seus clientes precisam de algum nível de atendimento, seja por meio de um chat de atendimento, um pós-vendas ou mesmo um FAQ esclarecendo as dúvidas mais comuns.

Se para muitos o ingresso no universo das vendas online simplesmente ainda não aconteceu por falta de conhecimento e/ou por acreditar que tudo que é necessário envolve muito trabalho e investimento, a quantidade de pequenos negócios no comércio eletrônico mostra que os desafios não são tão grandes como se imagina.

Dados sobre o e-commerce no Brasil

Os números do crescimento do e-commerce no Brasil e no mundo, certamente tiveram uma influência grande pela questão sanitária iniciada em 2020, mas independente da ordem de crescimento, há razoável consenso entre os especialistas, que a pandemia apenas acelerou um movimento que já se desenhava de forma sólida e consistente.

De acordo com o relatório realizado pela Ebit | Nielsen em parceria com o Bexs Banco, empresa especializada em câmbio e soluções de pagamentos digitais internacionais, o e-commerce bateu recorde de vendas no primeiro semestre de 2021, atingindo R$ 53,4 bilhões em faturamento, representando um crescimento de 31% comparado ao semestre anterior.

Se comparado o primeiro trimestre de 2021 com o período equivalente de 2020, o aumento foi de 57,4%.

Foram mais 78,5 milhões de transações online nos três primeiros meses do ano.

Os números também foram impulsionados por novos compradores, ou seja, quem fez pela primeira vez uma compra por meio da Internet e que são 17% do total. Eles foram responsáveis por 31% de aumento no ticket médio comparativamente aos consumidores recorrentes.

Março em 2021 foi responsável pelo recorde histórico no volume de vendas do e-commerce brasileiro, não sendo maior apenas que de novembro de 2020, mês em que ocorre a Black Friday.

Os sites de busca e as redes sociais, são os principais canais para trazer visitantes, mas determinados segmentos, como autosserviço, petshop e farmácia, têm índices maiores de visitantes que chegaram por digitação direta do nome do negócio, o que revela a importância do Top Of Mind e do trabalho de branding.

Recomendação aparece como quarta principal forma acesso, reforçando a relevância do engajamento.

Segundo dados da pesquisa realizada em parceria pela PayPal e BigDataCorp, em 2021 atingimos no Brasil a marca de 1,59 milhão de sites de comércio eletrônico, número que representa 6% do varejo brasileiro, um crescimento relativo a 2020, superior a 22% e que por sua vez já havia crescido 40% se comparado a 2019.

São 789 novas lojas online criadas por dia no Brasil.

O volume de lojas consideradas de médio porte – aquelas que recebem entre 10 mil e 500 mil visitantes / mês – saltou de 2,5% em 2020, para 9,92% do total em 2021. Por outro lado, 83,43% dos pequenos sites de e-commerce no Brasil são os que recebem até 10 mil visitas mensais.

Mais de 65% das ofertas de produtos nos e-commerce brasileiros custam menos de R$ 100,00.

Por fim, a Black Friday 2020 movimentou 3,1 bilhões de reais apenas no dia 27 de novembro em plena pandemia, aumento de 24,8% em relação a 2019. Foram de 4,6 milhões de pedidos, com ticket médio de 679 reais.
As vendas da Black Friday tem significativa importância, porque participam dela empresas que vendem os mais variados produtos e serviços e assim pode-se deduzir que não são apenas alguns setores que puxam as vendas.

É também preciso reiterar que os dados não contemplam as vendas presenciais. O varejo físico teve queda de 25,5%.

Ou seja, se por um lado há vários indicadores da economia que mostram que atividade econômica teve um comportamento tímido ou mesmo negativo em alguns setores, o panorama para as empresas com atuação no comércio eletrônico, foi bem mais favorável.

Isso tudo também indica que aquelas que ainda não fazem vendas pela Internet, perderam terreno e participação para as que fazem.

Motivos do sucesso do comércio eletrônico

Entender as principais razões para o sucesso do comércio eletrônico no Brasil e no mundo, é fundamental até mesmo para saber que caminho percorrer se decidir-se por mudar sua condição atual e aderir a este modelo de negócios.

Que há um grande movimento de transformação digital, isso é inegável, mas o que talvez falte a algumas empresas, é compreender o que precisa ser feito para se ter uma presença digital compatível com o momento e as demandas dos consumidores.

1. Mudanças de paradigmas

A Internet definitivamente foi responsável por mudar muitas coisas na vida das pessoas. O velho paradigma da compra presencial, é um deles e entre tudo o que tem se visto ao longo deste tempo, o comportamento do consumidor tem sofrido uma transformação sem precedentes.

Pode-se mesmo afirmar que temos de um lado o consumidor presencial que ainda não prescinde do contato com o produto, com o atendimento do vendedor e das rotinas que envolvem os modelos comerciais tradicionais, mas do outro lado, surgiu e cresce a percentuais significativos, o consumidor digital.

As novas gerações (Millenials, Z e Alpha) – e que são a maioria da população – comprar pela Internet, é o novo normal.

2. Novas necessidades

A Internet e os tipos de sites, aplicativos e tecnologias associadas, permitiram que o consumidor experimente coisas e situações inéditas, as quais vêm para suprir novas necessidades e estimular o surgimento de outras.

Hoje ele compra praticamente qualquer coisa, não importando onde ele esteja. Pode ser uma metrópole ou um rincão afastado e com escassas opções de lojas físicas. Não faz diferença.

Este consumidor tem ao seu alcance um acervo incrível de comodidades e produtos, que visam atender tudo que se possa imaginar. E não são só bens de consumo. Muitos serviços também estão disponíveis a qualquer um, independente de onde se esteja fisicamente.

3. Comodidade

Um dos principais fatores de sucesso, vem da comodidade. Ao toque de uma tela ou um clique de mouse, ele dispõe de aplicativos de comparação de preços, pesquisas de empresas, fornecedores, informações sobre os produtos, opiniões de outros consumidores, prazos e formas de entregas, fotos, vídeos com avaliações e unboxings e muito mais, isso sem contar o que vem por aí.

Antes, dependendo de onde o consumidor estivesse localizado, uma saída para comprar um computador novo para a família, poderia representar uma manhã inteira de idas e vindas às lojas, trânsito, estacionamento, caminhadas, bate papos com vendedores e muitos folders e cartões nos bolsos.

Agora, na volta do almoço, no metrô ou na sala de espera do dentista, resolve-se a questão em poucos minutos, sem stress e sem complicação.

4. Poder

Isso tudo tornou o consumidor mais exigente e colocou mais poder em suas mãos.

Suas escolhas, seu julgamento e até mesmo a imagem que ele tem das empresas e dos produtos e serviços que elas oferecem, está muito mais ligado ao que ele consegue ver delas na tela que ele tem a sua frente.

Pelas avaliações que pode fazer quanto ao atendimento, aos produtos e serviços consumidos, seja no site ou no aplicativo, os comentários que pode fazer, o compartilhamento das experiências nas redes sociais, ele tem voz.

As empresas que enxergam isso e são capazes de atuar visando sua satisfação, têm a seu favor um importante aliado.

5. Alcance e visibilidade

A presença digital bem planejada e executada, pode encurtar a distância que as separa de grandes negócios. Seja por adotar tecnologias acessíveis, por realizar um bom trabalho de Marketing Digital, por relacionar-se bem com seu público e conseguir engajamento dele, ou por realizar parcerias estratégicas, um negócio que nasce pequeno no meio digital pode ser proporcionalmente muito bem sucedido.

Estar presente na rede mundial de computadores por meio de um trabalho consistente e bem fundamentado, pode dar a visibilidade que não seria possível e acessível a muitos pequenos negócios.

E ainda que não se possa ou se queira ter alcance e visibilidade globais, é possível destacar-se da sua concorrência até mesmo em menor escala, como nos exemplos das buscas locais.

Por outro lado, para boa parte dos consumidores, se você não pode ser encontrado na Internet, para eles seu negócio não existe.

6. Satisfação

Quando um consumidor opta por adquirir algo através de um site de comércio eletrônico, ele está optando por economizar tempo e dinheiro, ter mais opções, mais informação, menos preocupações, menor trabalho, mais comodidade.

É preciso lembrar dos motivos anteriores e que no fim de tudo significam mais satisfação por parte do consumidor, que é o que toda empresa busca.

7. Rentabilidade

Para as empresas, também é um ótimo negócio, pois dependendo da forma como é estruturado o seu comércio eletrônico, consegue-se aumento nas vendas, redução nos custos (estoque, funcionários, instalações físicas, mobiliários, etc), maior alcance geográfico, visibilidade, entre outras vantagens.

É mesmo difícil imaginar motivos para não ter um.

8. Acessibilidade

Do ponto de vista do que precisa ser feito, as possibilidades são muitas, bem como as facilidades.

Há tecnologias e empresas especializadas em suprir tudo que é necessário para se lançar um bom site de e-commerce, começando pelos mais diversas tipos de hospedagem de sites, passando pela escolha do CMS e os aspectos de segurança como SSL, gateways de pagamento, serviços de entrega e culminando na divulgação.

Muitas das ações necessárias para se ter sucesso, significam algum estudo, tempo e trabalho, o que ganha sustentação ao relembrarmos que maioria esmagadora dos sites do gênero, são de pequenas empresas.

Detalhes mais precisos do que se fazer, vêm com a definição do que se pretende em termos de atuação.

Sempre é um bom conselho conversar com empresas e profissionais do segmento, colhendo dicas e procurando apoio de quem tem experiência e pode tornar mais acessível caminho para o sucesso.

9. 24/7

Esse é outro forte motivo - fazer vendas 24 horas por dia, 7 dias por semana!

O seu cliente pode comprar seus produtos a qualquer hora, qualquer dia da semana, diferente de um negócio que é limitado aos dias e horários de funcionamento tradicionais.

Quantas pessoas - entende-se clientes - que ou não podem ou mesmo têm conveniência em comprar nos horários em que o varejo funciona?

Deixar de vender porque seu negócio está fechado, não existe no e-commerce.

A esta altura você consegue imaginar o que passa na cabeça do consumidor que não encontra sua empresa e seus produtos para comprar através de um e-commerce?

Conclusão

O e-commerce já foi apenas uma alternativa a mais dada aos clientes. Pelas vantagens que proporciona aos consumidores e empresas, por atender novas demandas resultantes da transformação digital que a Internet propiciou e apresentando resultados e taxas de crescimento vigorosos, acima do desempenho da economia de uma forma geral, ter um canal de comércio eletrônico deixou de ser apenas uma opção de comercialização e em pouco tempo deverá ser o principal canal de muitos segmentos.

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