Fazendo um blog post do zero em apenas 5 passos
Está apenas começando o blog da empresa? Não pode contar com uma agência para criar o conteúdo, nem tampouco com um ghost writer experiente? Tem tido dificuldade e levado muito tempo para escrever os primeiros posts do blog?
Independentemente do motivo, é fato que escrever blog posts pode ser um verdadeiro desafio para muita gente.
Se esse é o seu caso, nós vamos lhe apresentar um modo práticos e simples de criar blog posts a partir do zero!
O que é um blog post?
Uma vez que você está aqui, é presumível que saiba do que se trata.
A ideia por trás da pergunta, não é apenas dizer que um blog post é a publicação de um conteúdo do blog, mas de remeter ao que essas postagens representavam quando os primeiros blogs começavam a ganhar projeção, lá por volta do ano 2000.
Para quem não presenciou esse momento, os blog posts eram apenas registros mais informais e descontraídos de algum assunto que seu autor julgava interessante, em um formato também inovador e que rompia com o modelo de apresentação de conteúdo de outros tipos de site, como os institucionais ou os de conteúdo, que eram até então os mais populares.
E essas foram duas características que contribuíram para sua aceitação, na medida que eram mais leves, de leitura mais agradável e de fácil consumo.
Isso é de especial relevância, porque é uma característica que se perdeu em muitos blogs modernos e que estão mais preocupados com SEO e posicionamento orgânico, do que com a pessoa que mais importa para o blog – o visitante. E é por essa postura que dizemos que muito dos conteúdos atualmente – e não somente dos blogs – é mais orientado aos robôs do que para as pessoas.
Em outras palavras, quando você pensar em escrever qualquer post, comece se lembrando da sua razão de ser.
A importância da persona
Mais do que dar uma das muitas definições que existem por aí sobre o que é persona, ou a sua diferença para público-alvo, nosso propósito aqui é fazê-lo compreender sua importância.
Sabe aquela pessoa que você conhece muito bem, porque já teve conversas que foram além da relação comercial, trata até pelo nome e que representa seu cliente mais típico? Pois é, ele é um exemplo de persona e é em pessoas que reúnem características iguais, que você deve satisfazer.
Conhecer o que ele precisa, quer e espera quando acessa o blog, é o ponto de partida.
Mais do que ele gostaria de ler ou que dúvidas gostaria de esclarecer, como é conduzida essa conversa, é também essencial. Mas logo mais a frente, voltaremos a essa questão.
Se não for assim, ele até pode vir a primeira vez porque um determinado assunto apareceu bem posicionado em uma página de resultados dos motores de busca (as SERPs), mas provavelmente ele volte para os resultados, ou não se sinta estimulado a explorar outros conteúdos, nem tampouco retornar no futuro.
Pense que o leitor do blog, é exatamente como o cliente de uma loja de rua, com a única diferença sendo o produto do consumo. Aliás, de acordo com essa ótica, se for um blog de empresa, esse mesmo leitor é cliente duas vezes!
Por isso, sua satisfação é o nosso maior objetivo.
Com isso em mente, vamos ao que lhe trouxe até aqui...
5 passos para criar um blog post a partir do zero
Antes de “colocarmos a mão na massa”, é importante fazer um alerta. Essa é apenas uma proposta de roteiro para elaboração de posts. Não é a única possível, a única correta e nem mesmo a melhor, se é que exista a melhor.
É tão somente adequada, prática, lógica e produz bons resultados.
Uma vez que fizemos o alerta sobre o aspecto mais importante do trabalho (a importância da persona), saiba que ele também é o ponto de partida.
Sim, porque definir o que poderia ser o ponto de partida, que é o tema ou assunto da postagem, deve levar em consideração o que é de interesse da persona.
1. Tema ou assunto do blog post
Definir o tema ou assunto do blog post parece ser algo simples e fácil, não é mesmo?
Sim, parece, especialmente logo que a primeira ideia vem à mente. Mas quando vamos um pouquinho além, logo descobrimos que pode não ser tão simples assim.
Quer um exemplo?
Vamos usar um do nosso próprio blog – Wi-Fi. Se você fizer uma pesquisa por esse tema, encontrará pelo menos 6 conteúdos nos quais a palavra consta no título e, portanto, é o assunto central do conteúdo.
Ou seja, são ao menos meia dúzia de conteúdos relacionados e nem esgotamos totalmente o assunto.
É a típica situação que caracteriza o que se conhece como uma estrutura de post pilar e posts satélites e que consiste de uma postagem que trata de forma mais central e básica o tema (o chamado post pilar) e de outras questões relacionadas ou que “orbitam” em torno do tema central, tal como são os satélites em astronomia.
Logo, quando se enxerga o quão rico é e quais desdobramentos um tema pode produzir, pode-se – e até se deve – criar uma lista dessas alternativas e que servirá para as outras publicações que você trabalhará no futuro.
De novo voltando ao nosso exemplo, antes de falarmos sobre Wi-Fi público, sobre as versões disponíveis (Wi-Fi 5, 6 ou 7), dos aspectos de segurança do Wi-Fi e tudo o mais que pode estar associado, o recomendável é tratar sobre o que é Wi-Fi, como funciona, vantagens e desvantagens e as dúvidas mais comuns a respeito, por exemplo.
É o ponto de partida e também o post pilar.
2. Abordagem e enfoque
Uma vez definido o tema, o próximo passo é determinar a abordagem e o enfoque que serão usados na apresentação do conteúdo.
Parte importante da sua comunicação com o visitante, reside nesse fator.
A escolha da abordagem é talvez das etapas mais difíceis, porque boa parte do desenvolvimento do texto e das ideias, está relacionado com a abordagem. Pode ser contando uma estória (storytelling), pode ser usando uma metáfora bastante boa, pode ser usando analogias com situações quotidianas.
Abordagem é como você entra ou inicia a conversa e como você a conduz ou a desenvolve. Vai desde a abertura e que pode ser decisiva para chamar a atenção do leitor, como para mantê-lo interessado. Sim, porque muita gente e em especial as novas gerações, decidem se prosseguem ou não, em poucos segundos (10 ou menos) de leitura.
A escolha da abordagem mais apropriada, também é importante para atingimento do objetivo principal, que pode ser esclarecer uma dúvida, por exemplo. Para isso, a linguagem deve estar alinhada com a persona (olha ela aqui!).
E não é só isso. Precisa ser compreensível, didática, clara, direta. Se não for, o botão de voltar do navegador é a ação mais provável.
Quanto ao enfoque, refere-se aos pontos que você dará mais destaque e que devem aparecer em uma sequência lógica, do mais importante para o menos, bem como devem ser claramente identificáveis por meio de subtítulos.
E por falar em subtítulo...
3. Título do post
O título do post ou do conteúdo, é também algo essencial, por diversos motivos:
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SEO – nosso foco aqui não é SEO, mas esse fator da otimização para os motores de busca é dos que mais se aproxima das realidades de quem faz uma busca. Quanto mais parecido for o título do post, bem como os subtítulos, com as pesquisas, melhores as chances do conteúdo ser encontrado. Devemos dizer que não é o único fator de ranqueamento, mas tem relevância;
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Foco – ao dizer por meio do título o que será tratado, assim como a escolha dos subtítulos, fica claro o que se dá mais importância e os pontos de atenção do conteúdo;
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Localização – um leitor que vem com uma dúvida específica, encontra mais facilmente o trecho do conteúdo que a esclarece, se os subtítulos forem bem descritivos;
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Abordagem – os subtítulos contribuem para a abordagem na medida que separam logicamente cada tópico relacionado ao tema central (vantagens, desvantagens, história, como funciona, como fazer, exemplos, passos, dicas, etc). Também são responsáveis por dar coesão ao todo do conteúdo.
Há dois métodos – não os únicos – bastante práticos e eficientes para determinar os subtítulos e consequentemente do que eles devem tratar:
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Pesquisa – faça uma pesquisa no Google ou no Bing e veja na parte “As pessoas também perguntam”, que outras dúvidas normalmente ocorrem em relação ao tema que você está escrevendo;
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Brainstorming – temos um post dedicado ao brainstorming, que é uma técnica poderosa na elaboração do conteúdo e que serve de ponto de partida para determinar cada parte do conteúdo e naturalmente, os subtítulos. É bastante recomendável sua leitura.
4. Desenvolvimento dos tópicos
Nesse ponto nós já temos o “esqueleto” do nosso conteúdo e resta desenvolver cada um dos tópicos.
Aqui pode valer uma nova rodada de brainstorming tendo como ponto de partida a palavra-chave de cada subtítulo.
Mas a depender do que foi imaginado para a abordagem, pode-se seguir por outros caminhos.
Se a nossa persona (olha ela mais uma vez!) é um leigo, você precisa abusar dos exemplos e das analogias com coisas e situações que todos conhecem. Esse é um caminho interessante porque torna o acompanhamento do conteúdo mais fácil.
Em casos assim, é preciso explicar as diferenças e, portanto, talvez seja oportuno dedicar uma parte do conteúdo para tanto ou ter um outro conteúdo especialmente destinado a isso. Anote, porque se ainda não existe um conteúdo para fazer o link building interno, quando o respectivo conteúdo for feito, você deve atualizar o post incluindo-o.
Outros cuidados envolvem recorrer a dicionários e os respectivos significados das palavras, seus sinônimos, a etimologia e a semântica. Tudo isso contribui para enriquecer o conteúdo e até pode servir para ideias novas.
E por falar em ideias novas, recomendamos fortemente a leitura dos artigos sobre “originalidade de conteúdo”, “como ser criativo na produção de conteúdo” e “escassez de conteúdos”, os quais contém uma série de conceitos para desenvolver os tópicos.
5. Revisão
Ao conseguir aplicar eficientemente as dicas todas que demos, no quarto passo a maioria pode imaginar que o trabalho praticamente está finalizado e basta dar uma lida, no sentido de encontrar algum errinho de digitação e publicar, certo?
Existe a revisão de conteúdos para web como uma etapa bem minuciosa e que envolve verificar uma série de aspectos. Entretanto é de se supor que se é você mesmo quem está produzido, não deve ter alguém que desempenha o papel de revisor.
Mas isso não impede que você revise, porém atento a um pouco além de apenas identificar erros ortográficos, algo que a maior parte dos editores de texto já faz automaticamente.
Verifique na revisão:
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Ortografia – apesar de haver a checagem automática da ortografia em quase todo editor, há palavras de grafia semelhante e que a correção ortográfica não acusará, como iminente e eminente. Ambas estão corretas, mas têm significados distintos;
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Persona – tudo o que foi escrito e a forma utilizada para fazê-lo, atendeu quem mais importa? Certifique-se que você satisfez seu cliente;
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Correção da informação – toda informação que você incluir precisa estar correta. Cheque por diferentes fontes e que sejam confiáveis, do contrário seu conteúdo será objeto de desinformação e fake news, comprometendo a reputação do blog;
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Palavras-chave – se você fez um bom brainstorming, você produziu uma lista de palavras-chave relativas ao tema. Verifique se todas estão presentes e em bom número, o que não significa exagero. Ocasionalmente, considere usar sinônimos das principais, seja para não exagerar, seja porque às vezes as pessoas pesquisam por elas;
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Completude – todas as informações que são relevantes para o tema e a abordagem escolhidos estão presentes? Muitas vezes ao lermos de forma atenta e refletida o que escrevemos, ocorrem-nos coisas que poderiam ser incluídas ou talvez alteradas para que fiquem melhores e mais expressivas do que pretendemos;
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Objetividade - lembra do começo e da pergunta sobre o que é blog post? Verifique se você conseguiu o ser direto, objetivo, leve e produziu algo de consumo rápido. Diferentemente do nosso blog que já tem muitos anos e leitores, você ainda está dando os primeiros passos. Comece devagar e com consistência;
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Estilo – nesse estágio não se espera que o estilo de escrita tenha se manifestado em você, pois é algo que exige tempo e prática. Porém desde os primeiros textos, ele vai sendo lapidado e a revisão é uma boa oportunidade para reescrever frases, trechos ou até parágrafos inteiros e que revelam o seu jeito próprio de colocar ideias em palavras;
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Gramática – os melhores editores de texto também já são capazes de apontar erros de concordância verbal, por exemplo, mas da mesma forma que a corretor ortográfico, não são perfeitos. Para ajudá-lo nisso, também temos um post que dá dicas de como “não derrapar no português”.
Conclusão
Mesmo sem prática, sem experiência na produção de conteúdo para blogs, é possível obter resultados bastante bons, seguindo um roteiro de dicas práticas.