O que é Pop-up e os 7 erros mais comuns no seu uso
Eles existes há muito tempo e desde então criaram uma fama ruim e difícil de reverter, especialmente na mente de quem convive com eles desde os primórdios da Internet – os pop-ups.
Entender o que aconteceu com os pop-ups e porque chegaram até mesmo a serem considerados uma das grandes pragas da Internet no passado, é importante para não cometer os mesmos erros e procurar tirar proveito do seu uso nas estratégias de Marketing Digital.
A proposta desse artigo, não é defender ou condenar o seu uso, mas indicar as condições para um uso mais adequado, especialmente sob a ótica de quem mais importa, ou seja, seu visitante.
O que é Pop-up?
Em seu surgimento, um pop-up basicamente constituía-se de uma pequena janela que aparecia repentinamente na frente da janela do seu navegador de Internet.
Inicialmente o objetivo era meramente publicitário, como a exibição de uma pequena arte que pedia um clique para um site de um anunciante, por exemplo.
Geralmente usava-se para dar destaque em relação aos demais banners ou formas de publicidade existentes em uma página.
No entanto, seu uso aos poucos ganhou formatos e propostas diferentes, a tal ponto que alguns só podiam ser fechados após o internauta clicar na publicidade nele contida e ser direcionado para o site alvo da mesma.
Sites cujo conteúdo pudesse trazer algum risco ou evidentemente maliciosos, usavam-nos em abundância e na maior parte das vezes produziam infecção por algum tipo de malware.
O seu uso indiscriminado e cada vez maior, bem como as consequências negativas, causava incômodo e irritação ao ponto de fazer surgir aplicativos especialmente desenvolvidos para bloqueá-los, até que isso passou a ser um recurso de todos os navegadores de Internet.
Aos poucos isso fez com que seu uso diminuísse, mas a imagem e sua utilidade positiva, já estavam comprometidas.
Assim, utilizações adequadas para pop-ups, como na exibição de dados, de um gráfico ou um simples vídeo, mantendo a página de origem para retornar após a visualização, acabavam sendo impossibilitadas.
Pop-ups maliciosos
Pop-ups com propósitos duvidosos ou menos confiáveis, são criados com a ideia de obrigar ou induzir os usuários para clicar em algo neles. Um pop-up assim, pode incluir uma mensagem e um botão “Fechar” ou “Cancelar”, mas na verdade o link associado ao botão não encerra o pop-up.
Um pop-up malicioso pode abrir um outro pop-up, fazer abrir uma outra aba no navegador com um site que não se pretendia acessar ou o pior e baixar um malware ou instalar algo que não se queira no navegador ou computador.
O indicado nesses casos, é fazer uso de um atalho de teclado como Ctrl-W ou Alt-F4, ou abrindo o Gerenciador de Tarefas, selecionando o programa do navegador e clicando em “Finalizar Tarefa”, já que nos casos mais extremos, ele pode até mesmo "bloquear" certas combinações de teclas.
Tipos de pop-up
Os formatos e as maneiras de gerar um pop-up mudaram, especialmente pelas possibilidades que as linguagens de programação e a tecnologia introduziram.
Em alguns casos, não há semelhança estética com os primeiros pop-ups.
Mas apesar da aparência diferente, o conceito ainda é o mesmo, quando se tem um conteúdo que é exibido a frente, na maior parte das vezes independente da vontade do visitante do site e que oculta de modo parcial ou completo o conteúdo da página a partir do qual foi gerado.
Basicamente há quatro tipos de pop-up que caracterizam-se pela maneira como são gerados ou que tipo de condição precisa ser satisfeita para que eles apareçam:
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Pop-up por scroll – quando a barra de rolagem do navegador chega a um ponto determinado, o pop-up é gerado. Esse tipo permite que você exiba o conteúdo do pop-up quando o leitor alcançar o trecho do conteúdo relacionado, como por exemplo, o download de um e-book que trata do assunto que está sendo abordado, ou um link para uma loja que tem o produto mencionado, entre outras possibilidades;
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Pop-up por clique – a ideia é gerar o pop-up somente por meio de um clique do usuário, o que pode ser útil em algumas situações, como por exemplo, em uma loja virtual para oferecer um cupom de desconto, alguma promoção ou até mesmo como no passado, para exibir um vídeo de um produto ou uma galeria de imagens;
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Pop-up por tempo – o pop-up aparece automaticamente depois de um determinado tempo de permanência na página. Normalmente estipula-se um tempo fixo, a partir do qual o pop-up é gerado. Sua adoção parte do princípio que se o visitante está a determinado tempo na página, ele tem possível interesse em conteúdos relacionados;
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Pop-up por intenção de saída – nesse tipo, ele é acionado quando o visitante leva o mouse para fora da área de navegação da página. Quem defende esse modelo, justifica que ao exibir o pop-up nos momentos finais do visitante na página, não se está interrompendo outra atividade ou sua visualização do conteúdo.
O grande problema é quando o uso do pop-up não leva em consideração os porquês das ações dos visitantes.
Um exemplo concreto, é o visitante deslizar o mouse para fora da área visível da página, porque vai abrir um outro programa ou mesmo clicar em outra aba do navegador e não necessariamente vai sair do site e um pop-up de intenção de saída é exibido.
É muito chata essa situação!
Inclusive é por essa razão que o Google tem incluído nos fatores de ranqueamento, a avaliação de como um pop-up influencia a experiência na página e pode punir sites em que seu uso afete essa experiência.
Os 7 erros mais comuns no uso de pop-ups
Muita gente que usa um pop-up no site, comete os mesmos erros e alguns novos, que fizeram estes úteis instrumentos serem odiados.
A seguir vamos listar os erros que tem feito com que os visitantes de hoje irritem-se e vejam seu uso como algo negativo em vez de um benefício do site, atrapalhando a experiência do usuário no site.
1. Pop-up para reter visitantes
Felizmente essa não é a situação mais comum. No entanto, ainda há sites que usam o tipo “intenção de saída” – às vezes também chamado de “exit intent” – com o objetivo de tentar reter o visitante e usam frases como “você quer realmente sair?” ou em sua versão menos invasiva “Antes de sair cadastre-se para receber um e-book ou nossa newsletter”.
Sinceramente, se você faz planejamento de conteúdo, se você trouxe a persona para quem aquele conteúdo foi pensado e desenvolvido, se você tem outros conteúdos que são atrativos, se você faz um bom trabalho de SEO, se você está nas redes sociais e tem uma ampla presença digital, esse visitante vai voltar.
Não será qualquer desses artifícios usando um pop-up, que irão impedir que ele vá e não volte mais se não houver motivos para fazê-lo.
Em vez disso, use um pop-up por scroll e conforme o visitante avança no conteúdo, ofereça de modo cortês e elegante material adicional ou complementar ao conteúdo do site, sem que o pop-up cubra o conteúdo ou atrapalhe sua leitura.
2. Pop-up que cobre o conteúdo
Não é nada raro o uso de pop-up por tempo ou por scroll, que uma vez ativado, cubra o conteúdo mesmo que parcialmente, mas que ao surgir impede que o leitor prossiga sem antes fechar o pop-up.
Particularmente e a depender do ponto da leitura, isso pode ser muito irritante. Muitos visitantes simplesmente fecham o pop-up sem ler nada do que nele está contido, pelo incômodo que seu surgimento provocou.
É indicado nesses casos, fazer surgir nas laterais do site e próximo a parte baixa da página, as vezes acompanhada de algum breve sinal sonoro, para chamar-lhe a atenção, mas não desviá-lo do principal se essa for sua vontade.
O próprio Google fornece essa como sendo uma das justificativas que o usuário pode dar para não exibir conteúdos de publicidade, tamanho é o desconforto que isso causa no usuário.
3. Pop-up que não é honesto
Quando oferecer alguma coisa usando um pop-up, seja o mais claro, objetivo e honesto que for possível com seu visitante.
Não é incomum que ao clicar para receber aquele PDF ou e-book prometido, ter que acessar um outro site, preencher um cadastro, uma pesquisa e as vezes uma sucessão de coisas que tornam um processo mais burocrático do que para comprar um imóvel.
Ao se proceder dessa forma, você criou a expectativa de que estava dando algo simples, fácil e útil, mas em troca pede muito mais do que vale o seu suposto “brinde”.
Além do mais, quando qualquer ação decorrente do pop-up estiver relacionada a coleta de dados do visitante, isso precisa ocorrer de acordo com o que estipula a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados).
4. Pop-up em excesso
Não basta seguir todas as recomendações anteriores e achar que por isso, pode-se colocar pop-ups em todas as páginas do site e para as mais diferentes situações.
Graças àos bons plugins para uso em CMSs, há ferramentas de pop-up que permitem saber qual pop-up e quando ele foi exibido para um usuário. Não há nada mais chato do que ter clicar para recusar uma mesma oferta repetidas vezes.
Além disso, se todas ou a maioria das suas páginas tem algum pop-up, à medida em que o visitante avança pelo site ou blog, ele começa a apenas fechar os pop-ups que surgem e já nem mesmo lê o seu conteúdo, simplesmente porque perde a paciência.
Cada pop-up deve ser absolutamente necessário, bem planejado e executado.
5. Pop-up sem métricas
É outro erro comum. Da mesma forma como muito criam uma página e esquecem-se dela, também criam os pop-ups e os esquecem.
Assim como a implementação de qualquer recurso, qualquer mudança ou atualização em um site e que deve ser acompanhada para averiguação das consequências da mudança, o uso de um pop-up deve seguir o mesmo conceito.
Ou seja, quantas pessoas passaram a interagir de acordo com a proposta do pop-up? E se eu mudo o seu conteúdo? O que acontece quando mudo o tamanho? A posição? O tipo de pop-up?
Saber responder a essas e outras perguntas, ajuda a saber o quão útil ele está sendo ou não.
6. Não agregar valor
Essa é uma das principais razões pelas quais um pop-up torna-se chato ao invés de útil – não agregar valor!
Muitos enganam-se e acham que vão vender aquela mercadoria que está encalhada no estoque ou as pessoas vão começar a fazer o download do pior e-book que você tem no site, porque criou um pop-up para eles.
A mercadoria pode estar encalhada porque está cara e o e-book ninguém faz o download, porque não é interessante. Criar um pop-up para eles, é oferecer o que ninguém quis. A solução para esses dois exemplos, é outra, mas que não vem ao caso nesse artigo.
Ao contrário, ofereça o que é objeto de desejo da maioria. Com isso você agrega valor e fará com que o visitante esteja atento às próximas ofertas, além de ajudar a desconstruir a ideia de que pop-ups são chatos e inúteis.
Se por exemplo, o internauta está há um determinado tempo na parte de características do seu produto, é um bom momento de fazer surgir um pop-up do chat de atendimento ou para uma página do fórum, em que outros usuários discutem sobre suas experiências.
7. Pop-up que todos fazem
Aqui como em muitas áreas, há uma crença de que se todo mundo faz, deve ser bom. Deve trazer resultados.
É preciso cautela, especialmente ao assumir que se todos fazem, você também deve fazer. Isso é um paradigma.
Primeiro porque há diferentes tipos de site e mesmo dois tipos aparentemente iguais, podem ter propósitos e filosofias distintos. Além disso, não necessariamente o seu concorrente faz o que é melhor e o que dá mais resultado.
Deve-se avaliar com cuidado os porquês do uso de qualquer coisa em um site, incluindo um pop-up. Estude, planeje, teste, sempre tendo em mente o quão satisfeito o seu visitante ficará.
Conclusão
O pop-up é quase tão antigo quanto os primeiros sites na Internet. Ele pode ser muito útil ou apenas confirmar a fama de uma das coisas mais chatas em qualquer site. Evitar os principais erros que muita gente comete, vai ajudar a tirar proveito desse importante recurso.