Por que colocar a micro ou pequena empresa na Internet?
As Micro e Pequenas Empresas (MPEs) são a maior parte dos empreendimentos no Brasil, mas quando se observa seu nível de transformação digital e o uso da Internet para fazer ou alavancar seus negócios, os números não os mesmos.
Por que esse grupo de empresas ainda se mantém na era analógica? Por que as poucas que “arriscam” ingressar no digital, não o fazem por completo? Quais os obstáculos que enfrentam? Quais as vantagens e como ingressar na Internet?
O artigo de hoje pretende tratar as questões acima e servir como um ponto de partida para mudar essa realidade…
A presença digital e a transformação digital nas Micro e Pequenas Empresas (MPEs)
Periodicamente são divulgados estudos e pesquisas que visam apresentar o cenário nacional das empresas por setor, por ramo de atuação, ou por outros critérios de segmentação, como o porte e que tem nas Micro e Pequenas Empresas, também chamadas de MPEs, um grupo extremamente importante.
Dentre os estudos mais recentes, publicado em marco de 2022 e conduzido pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) em conjunto com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a pesquisa nomeada como “Maturidade Digital das MPEs Brasileiras”, revela uma série de informações importantes.
As micro e pequenas empresas já são cerca de 90% dos empreendimentos, contribuindo com 30% do PIB e oferecendo mais de 50% dos postos de trabalho existentes no país. Ou seja, são vitais para a economia!
No entanto, quando são observados indicadores dos níveis de transformação digital e presença digital, eles não acompanham sua participação no mercado.
O que fica claro nesse e em outros estudos e pesquisas semelhantes, é que apesar de muitos empresários e donos desses negócios saberem ou apenas suspeitarem que evoluir seus negócios do ambiente analógico para o digital, é importante e em alguns casos é determinante até mesmo para a sua sobrevivência no médio ou longo prazo, não o fazem por uma série de razões:
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Falta de conhecimento do que precisa ser feito;
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Quando se sabe o que precisa ser feito, não sabe como fazer;
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Não têm conhecimento das tecnologias existentes;
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Pouca ou nenhuma intimidade com o universo digital;
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Receio de ingressar em áreas que não dominam;
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Dificuldade em encontrar parceiros com know-how / expertise para ajudá-los no processo;
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Não têm recursos para investir;
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Implantam apenas o que é mais acessível, o que é exigência do mercado e que os concorrentes já fazem;
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Falta de tempo para estudar e investir no trabalho que teria que ser feito;
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Fazer parte das principais redes sociais, é suficiente;
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Desconhecimento quanto a que vantagens / benefícios ou ganhos traria para o negócio.
A lista de razões acima para um grande número de empresas manterem-se atuando como no século passado ou com níveis mínimos de presença na Internet e com baixo nível de transformação digital, em algum momento e nível, influenciará no seu fim precoce.
De acordo com o IBGE, 48% das empresas brasileiras fecham em até três anos. No universo de motivos, costuma constar a pouca atualização tecnológica frente às demandas do mercado.
Naturalmente que existem uma série de questões que podem fazer com que um negócio não prospere e nosso objetivo não é dar resposta a todos, mas àqueles que estão relacionados com os benefícios que a transformação digital e a presença online podem produzir.
Benefícios / vantagens da presença digital de micro e pequenas empresas
É sabido por parte de quase todo mundo, que estar presente na Internet (presença digital), tanto quanto for possível, traz benefícios.
Mas como algumas pesquisas revelam, direta ou indiretamente, alguns donos de negócios menores – as PMEs – têm a visão equivocada que é algo apenas reservado para grandes empresas.
Essa crença acaba ganhando força, quando bem ou mal, conseguem manter-se no mercado, mesmo estando 100% fora da Web ou fazendo o mínimo, como oferecendo um número de WhatsApp para realizar alguns atendimentos e uma conta no Instagram, para colocar algumas poucas informações, anunciar uma promoção ou alguma publicação pequena.
Produzem com isso pouco engajamento e apenas mantém aqueles que já são clientes, mas são incapazes de angariar novos. Também raramente conseguem usá-las par
No entanto, mesmo com a sobrevivência da empresa e até diante de algum sucesso, aqueles que não aproveitam as oportunidades, não sabem que poderiam estar melhor.
1. Visibilidade
Ter um site institucional, um blog, usar as principais redes / mídias sociais, uma conta de e-mail profissional, inscrever-se no Google Meu Negócio, aumenta a visibilidade da empresa perante a concorrência e as demais empresas da região que mantiverem-se no analógico.
Aqueles que se limitam ao ponto comercial, só serão alcançados pelos clientes que transitam com alguma regularidade na região. Não há chance de contato por parte de alguém que nunca tenha passado na porta do estabelecimento, mas que eventualmente resida ou trabalhe por perto.
2. Clientela
A constituição da clientela está intimamente relacionada com o benefício anterior, ou seja, mesmo os clientes que nunca ou raramente tenham passado em frente, podem vir a se tornar clientes, porque localizaram o estabelecimento na Internet.
Vale destacar que a busca local e o Google Maps, têm sido cada vez mais usados para localizar estabelecimentos nas imediações da residência ou do trabalho.
Quanto mais opções a empresa dispõe (site, blog, Google Meu Negócio, redes sociais, etc), mais chances de ter um novo cliente.
3. Alcance
Relacionado aos dois benefícios anteriores, o alcance vai além do geográfico que costuma ser um fator restritivo em muitos pontos comerciais.
Dependendo da natureza do negócio, ele não precisa ficar limitado às imediações ou apenas ao bairro em que está localizado.
Com parcerias bem constituídas com empresas de logística / entregas, limitações regionais podem até mesmo deixar de existir.
4. Atendimento
O atendimento presencial é muitas vezes a chave dos negócios físicos. Porém a Internet e especialmente por conta do lockdown imposto pela pandemia de Covid-19, reforçou a importância de canais de atendimento além do presencial.
Assim, as empresas que oferecem múltiplos canais e além dos que tradicionalmente existem, como WhatsApp e telefone (fixo ou celular), podem atender uma gama maior de clientes constituídos e possíveis, pois estes têm mais opções, como por exemplo, um formulário de contato no site, um chat de atendimento, um e-mail, help desk, bem como a centralização de todas as possibilidades existentes em uma página de contato e que pode conter os links para todas as redes sociais da empresa (Face, Insta, Twitter, Whats, etc).
5. Informações
Apesar das redes sociais serem um importante meio de fornecer informações sobre a empresa, seus produtos / serviços, elas não são o melhor e nem podem ser o único meio de fazê-lo.
Um site institucional, com uma boa página de produtos, quem somos, pode ser muito mais completa e esclarecedora para os candidatos a clientes, mas também para possíveis parceiros, fornecedores.
6. Produtividade
Principalmente nas questões quando se pensa nos contatos telefônicos ou presenciais, como únicas formas de atendimento prestado. Nestas modalidades, só é possível atender um cliente por vez, período no qual o colaborador está exclusivamente dedicado a uma só pessoa.
Já pelos canais de atendimento possíveis pela Internet (e-mail, chat, help desk, formulário de contato, etc), pode-se atender no mesmo intervalo de tempo mais pessoas.
Desmistificando a presença de micro e pequenas empresas na Internet
Muitas vezes não basta que o empresário saiba o quão vantajoso pode ser incluir sua empresa na Internet. Como vimos, há crenças equivocadas que os impedem de pelo menos tentar.
1º Mito – é caro investir em um site
O investimento necessário para criar um site a partir do zero, está ao alcance de praticamente todo mundo.
De início há apenas dois “gastos” para se preocupar: registro de domínio e plano de hospedagem. Sim, nada além disso!
O registro de domínio, que é o que lhe dá o direito de usar um endereço para acesso ao site, do tipo www.meunegocionaweb.com.br, custa R$ 39,99 / ano.
Já um plano de hospedagem de sites, pode sair por R$ 15,99 / mês para periodicidades de pagamento trimestrais, ou algo como R$ 11,00 mensais, se optar por pagamentos anuais. Ou ainda menos, para periodicidades maiores.
Com uma boa pesquisa, em algumas empresas, como a HostMídia, o pagamento da hospedagem em periodicidade anual, ainda lhe garante a primeira anuidade gratuita do registro de domínio.
Um plano básico e de entrada como o citado, oferece conta de e-mail associada ao domínio e um construtor de sites, no qual é possível criar um site básico, mas que contenha tudo para iniciar sua presença online.
2º Mito – é difícil criar e manter um site
Logicamente que existem muitos sites que requerem bastante conhecimento técnico e algumas vezes, até uma equipe de manutenção e de produção de conteúdo.
Mas estamos falando de micro e pequenas empresas e, portanto, de um site que, pelo menos inicialmente, será um apoio e um ponto de presença para além das redes sociais. Não precisa – e não deve – ser imenso e sofisticado. Pense como o ponto de partida para evoluir gradativamente.
Como citado no mito anterior, praticamente qualquer plano de hospedagem oferece ferramentas de construção de sites, que nada mais são do que um sistema visual pelo qual é possível criar sites com boa aparência, sem que seja necessário nenhum conhecimento técnico.
A criação e eventual edição, não é mais difícil do que criar uma apresentação.
3º Mito – são necessários muitos conhecimentos técnicos
Criação e manutenção do site e uso de recursos da hospedagem, são procedimentos que não são mais complexos que muitos dos recursos que já estamos habituados nos apps que temos no smartphone ou nos recursos das redes sociais que utilizamos.
Como é na HostMídia, há um suporte técnico habilitado a auxiliar os usuários nas situações quotidianas, como a configuração de conta de e-mail, por exemplo.
Além disso, há uma série de tutoriais que cobrem os procedimentos mais comuns.
4º Mito – Não sei se dará retorno
Este tipo de receio não deve ser encarado diferentemente do retorno do negócio em si. Em outras palavras, o nível de dedicação e retorno, são proporcionais.
Obviamente que um site simples, não trará o mundo até sua empresa. Porém, a grande vantagem de todo site, é que ele pode evoluir com pouco investimento monetário, bastando que haja alguma dedicação em aprendizado e tempo para aprimoramento.
Tal como esse artigo, que é dedicado àqueles que estão pensando em dar os primeiros passos, temos em nosso blog e em muitos outros bons sites na Internet, farto material que ensina praticamente tudo o que há para saber a respeito, como por exemplo:
5º Mito – já estou nas redes sociais
De fato algumas redes sociais têm servido para alguns negócios e especialmente durante a pandemia, exerceram papel fundamental.
No entanto, há pelo menos três aspectos mais críticos que precisam ser considerados para não limitar a presença digital às redes sociais:
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Contrariamente ao que muitos imaginam, nem todo mundo está nas redes sociais. Apostar apenas nelas, é abrir mão de um contingente importante de clientes;
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Assim como o Orkut, muitas redes sociais terão seu fim. Como fica a empresa? E mesmo antes, a popularidade e nível de adesão de cada uma varia com o tempo, deixando a empresa dependente dessas oscilações;
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A necessidade que as empresas têm de constituir uma imagem glamourizada e que muitas vezes não é condizente com sua realidade.
Conclusão
O ingresso na Internet por parte das micro e pequenas empresas, muitas vezes esbarra em razões e mitos que não são justificáveis ou são de fácil solução.