Tudo o que você precisa saber sobre CMS

O processo de conhecer o que é preciso para ter um site, seja ele de qualquer tipo, significa se deparar com uma grande variedade de termos, a maioria deles estranhos e por isso, uma série de receios, dúvidas e indecisões surgirem.

Em meio a essa legítima sopa de letrinhas, um termo que é essencial saber tanto quanto possível, são os CMSs.

Por isso, o presente conteúdo pretende responder perguntas, como: O que é um CMS? Para que eu preciso de um CMS? Como eu uso um CMS?

Então comecemos do começo!

O que é um CMS?

Como a maioria deve imaginar, é uma dentre as muitas siglas usadas no segmento e é originária do inglês, significando Content Management System, que traduzido para o português, é Sistema de Gerenciamento de Conteúdo.

Mais do que saber o significado da sigla em português, entender o que essas palavras representam, ajuda a compreender muito sobre os CMSs.

Basicamente um site é uma reunião de conteúdos sobre um assunto, sobre empresas, sobre produtos, pessoas, serviços, hobbies e paixões, notícias, etc.

E tais conteúdos podem ser os mais diversos, como apenas texto, texto e imagens, vídeos e o que mais você conseguir se lembrar que compõe um site.

Com esse conceito em mente, um CMS é um sistema que facilita o gerenciamento dos mais diversos tipos / formatos de conteúdos.

Mas não se trata apenas de organizar tudo, mas de fornecer recursos para que aqueles que acessam o site, possam fazê-lo com praticidade, boa usabilidade, navegabilidade e acessibilidade, com bom desempenho e de forma agradável e intuitiva.

Resumidamente, o CMS é responsável por praticamente tudo que representa a parte visível de um site e acessível pelos visitantes e que podemos dividir em:

  • Layout – é como os diversos elementos (menus, ícones, rodapé, barras laterais, etc) estão distribuídos e organizados em cada página;

  • Design – contempla também o layout, mas envolve as formas, as cores, as fontes, as proporções e que somados são responsáveis pela aparência / estética;

  • Função – refere-se tanto à função principal do site (galeria de imagens, loja virtual, blog, fórum de discussão, etc), como também ao conjunto de ferramentas que contribuem para usabilidade e navegabilidade dos usuários;

  • Dados – conteúdos em seus diferentes formatos (texto, imagens, tabelas, vídeos, produtos e informações relacionadas, etc) correspondem aos dados que são exibidos no site.

  • Administração – variados recursos de administração do site, como fornecimento de métricas / estatísticas de visitação, publicação de páginas, edição de conteúdos, backup de dados do site, etc.

Lá nos primórdios da Internet, quem não tivesse o conhecimento técnico para criar um site manualmente e tudo o que está associado, teria que contratar um profissional ou uma empresa especializada na criação de sites, que ficavam responsáveis pelo trabalho de criar, dar forma e inserir o conteúdo que se desejasse.

A depender do trabalho envolvido no site, especialmente os maiores e mais sofisticados, era algo que se tornava acessível apenas a uns poucos.

A solução veio com os CMSs!

Por que eu preciso de um CMS?

Objetivamente, porque eles são muito fáceis de se trabalhar e porque lhe entregam um resultado muito bom.

Se não fosse suficiente, há outros bons motivos, mas significa voltar um pouco no tempo. Mais precisamente ao período que historicamente corresponde à primeira bolha da Internet, culminando no ano de 2000, quando muita gente ingressou na Internet e quando muitos fizeram seus primeiros sites.

Tudo era novidade e muita gente ficou inicialmente de fora, em parte pela falta de informação precisa de como entrar e o que esperar da Internet, em parte porque se você não tinha conhecimento técnico, tinha que pagar para alguém fazer seu site.

Sim, porque como alternativa, podia-se aprender tudo que era necessário, algumas vezes usando a própria Web nesse aprendizado, no entanto naquela época não havia tamanha disponibilidade de informação que há hoje e encontrá-la, também não era tão fácil como é agora.

Aliado a essas questões, as ferramentas existentes na ocasião, não eram muitas e os resultados obtidos embora fossem razoáveis para a época, a criação de uma simples página poderia consumir várias horas ou até mais de um dia de trabalho.

As principais, como o HotDog PageWiz, o Macromedia Dreamweaver ou o Microsoft FrontPage, exigiam adquirir licenças e faziam parte de pacotes maiores de aplicativos.

Mesmo facilitando o trabalho de criação e manutenção de sites, ainda exigiam o aprendizado de aspectos que nem sempre estavam ao alcance de todos, da disposição em aprender ou mesmo da dedicação do tempo necessário.

Foi quando, vimos surgir uma série de aplicações que podiam ser instaladas no ambiente de hospedagem, com as quais podia-se criar sites com aparência razoavelmente boa, investindo pouco tempo de aprendizado e muitas vezes gratuitas, já que eram parte dos benefícios dos melhores planos de hospedagem.

Eram os primeiros CMSs chegando ao mercado, embora ainda não fossem chamados assim.

Para citar apenas dois dos mais famosos e que permanecem assim até hoje, temos o Wordpress e o Drupal. O primeiro nasceu destinado a ser uma plataforma de gerenciamento de blogs e o segundo, aos sites de conteúdo, dois tipos de sites que eram dos mais numerosos na época.

O conceito prosperou e não demorou a termos uma variedade de CMSs destinados a servirem ao desenvolvimento e gerenciamento de tantos tipos de sites quantos existiam, sendo que muitos deles entregavam os mesmos benefícios:

  • Flexibilidade – constituía-se uma plataforma extremamente flexível de criação de sites, graças ao conceito de plugins ou complementos e que basicamente são trechos de programação adicional, que ampliam as funcionalidades originais do CMS;

  • Facilidade de aprendizado e uso – boa parte dos mais populares, não exigiam um aprendizado e utilização maior do que o necessário em uma suíte de escritório, como o Microsoft Office, por exemplo;

  • Suporte – apesar de maioria não oferecer suporte, exceto diante de opções pagas, era comum que a própria comunidade de desenvolvedores se mobilizasse e oferecesse alternativas, em fóruns, dicas em blogs, tutoriais, etc;

  • Gratuito – alguns dos mais usados CMSs foram iniciativas isoladas de desenvolvedores e criadas sob o conceito de software livre (open source) e frequentemente gratuito.

Esse conjunto de motivos foi um forte impulso a uma nova geração de sites e possibilitou que todo mundo pudesse ter um.

Como utilizo um CMS?

Eis aqui outra razão pela qual usar um CMS para criar e gerenciar um site, é algo a se considerar: Disponibilidade!

Atualmente todas as boas empresas de hospedagem fornecem aplicações integradas ao ambiente de hospedagem, que tornam o processo de dispor de um CMS para criação e gerenciamento de sites, algo extremamente simples.

Geralmente as opções disponíveis são acessíveis por meio do painel de controle da hospedagem e provavelmente você terá a sua disposição um instalador automático de CMSs, de forma que após escolher qual o mais indicado às suas necessidades, com apenas um clique e menos de 2 minutos de espera, você terá o objeto da sua escolha à sua disposição.

A opção mais popular e uma das melhores e mais completas, é o Softaculous mas há outros instaladores igualmente bons e repletos de bons CMSs.

Ele pode constar como um dos ícones do painel de controle (Softaculous Apps Installer), cujo clique conduz à página em que as opções estão disponíveis e agrupadas por categorias que representam o tipo de site que você pode criar, como por exemplo, blogs, sites de conteúdo, e-commerces, fóruns, etc.

Como escolher o melhor CMS?

Recomenda-se que antes de mais nada, que uma vez que tenha definido o tipo de site que criará, verifique e pesquise as opções disponíveis.

Na Internet, encontrará muitos sites que abordam as vantagens e principais dificuldades de cada CMS. Fique atento ao que dizem os usuários, cujas opiniões são um ponto de partida importante para fazer uma boa escolha.

Mas só isso não basta, uma vez que as boas e as más experiências nem sempre refletem bem as melhores características de cada um e ajudam no processo de escolha.

O mais adequado, é usar um conjunto de critérios objetivos:

  • Flexibilidade – atente à flexibilidade de cada opção, como por exemplo, o aspecto “camaleão” do Wordpress, que é especialmente desejável para você não ter que migrar de plataforma a cada mudança dos ventos;

  • Plugins – os plugins são o aspecto mais importante para além do núcleo da aplicação, na medida que eles são responsáveis por acrescentar praticamente qualquer nova funcionalidade ao CMS. Por exemplo, no caso do WordPress, há até plugins que o transformam de uma plataforma de blog em um site de comércio eletrônico. Assim, os que oferecem maior quantidade e diversidade de plugins, tendem a ser melhores escolhas;

  • Segurança – a segurança do CMS é um fator essencial, ainda que se saiba que não existe sistema – e não apenas CMS – que seja 100% seguro. Todavia, os que são amparados por comunidades maiores e mais ativas, disponibilizem atualizações mais frequentes;

  • Escalabilidade – a capacidade do projeto crescer e oferecer mais recursos e atender mais usuários, é fundamental, afinal você não vai querer ter que mudar de plataforma bem no momento em que seu site está crescendo;

  • Portabilidade – a capacidade / facilidade de ser portátil, ou seja, de mudar de ambiente de hospedagem, precisa também ser levada em consideração, já que nem toda empresa de hospedagem faz a migração de hospedagem como é o caso da HostMidia;

  • Personalização – refere-se tanto à parte estética do site, como dos recursos e é importante tanto em termos da identidade visual da marca, como pela experiência do usuário. Isso é obtido pelos temas / templates e que assim como os plugins, podem ser os mais variados;

  • Desempenho – bom desempenho é essencial para prover uma boa experiência aos visitantes, bem como é um dos fatores de ranqueamento dos sites de busca. Tenha em mente que desempenho também está intimamente relacionado com o número de visitantes simultâneos e com a quantidade de plugins instalados e ativos. CMSs que exigem ter muitos plugins ativos, podem ser um problema nesse quesito;

  • Popularidade – o que é mais popular costuma ser também o que reúne mais qualidades. Entretanto, os mais populares também são os mais usados e, portanto, são alvos mais visados pelos criminosos digitais, razão que deve ser levada em conta e sendo assim, considerar CMSs alternativos pode ser um bom caminho;

  • Investimento – muitos dos principais CMSs são gratuitos, mas alguns dos melhores plugins e temas para eles, são pagos, sendo que algumas vezes o investimento é justificável;

  • Mobile – já há um bom tempo que a maior parte dos acessos aos sites é feito por dispositivos móveis, razão pela qual o CMS ele próprio ou por meio de plugin, deve ser capaz de gerar a versão mobile do site;

  • Requisitos do ambiente – todos os CMSs têm exigências mínimas e recomendadas em termos de requisitos do ambiente de hospedagem, como linguagem de programação e respectivas versões, bibliotecas / extensões, banco de dados, montante de memória RAM, processamento, número de processos, etc. Verifique se seu plano de hospedagem é compatível com tais requisitos.

Quais os CMSs mais usados?

Obviamente esta é uma informação dinâmica, tanto quanto é a própria Internet.

Um exemplo disso, é que o CMS OsCommerce que já foi dos mais usados para sites de e-commerce, atualmente não chega a 1% de utilização.

Por essa razão, vamos comentar brevemente sobre opções conhecidas e que estão há algum tempo no mercado, sem levarmos em consideração qual é a melhor sob qualquer prisma.

Outro ponto que precisa ser considerado, é que há plataformas que naturalmente têm menor participação porque também há menor quantidade de sites do seu tipo, como é o caso dos sites de conteúdo comparativamente aos blogs, por exemplo.

Wordpress

Não há como começar qualquer lista do tipo, sem mencionar o CMS que há muitos anos vem liderando folgadamente os rankings de mais usados, entre todas as categorias existentes.

Falar mais sobre, é quase filosófico e uma breve pesquisa no Google sobre o assunto, vai lhe dar muito mais informação do que você é capaz de ler.

A primeira das razões do seu sucesso e que possivelmente tenha sido uma das principais, é a facilidade de uso. É dos mais simples e intuitivo.

Mas há outras qualidades. Embora tenha nascido como ferramenta para criação de blogs, ele hoje pode ser usado para criação de uma grande variedade de sites e até sites de e-commerce, graças aos inúmeros plugins existentes, os quais são desenvolvidos por terceiros e que conferem funcionalidades das mais diversas ao Wordpress.

A terceira razão também facilitou muito a vida de quem optou pelo WP, como é também conhecido, é o enorme volume de informações de todo tipo a seu respeito, desde o processo de instalação manual, o esclarecimento de dúvidas de utilização ou resolução de problemas.

Essa característica, ainda gerou um círculo virtuoso: mais informação sobre, fez com que mais gente usasse. Mais gente usando, gerou mais informação disponível e assim sucessivamente.

Joomla

O Joomla já rivalizou com o Wordpress, quase dividindo o posto de CMS mais usado no mundo.

Foi a opção preferida para quem desenvolvia sites de conteúdo, até que começaram a surgir plugins para o WP que resultavam em resultados semelhantes ao que o Joomla produzia, mas com uma facilidade maior na administração do site.

Essa inclusive é uma crítica frequente, que é o painel de administração mais complexo se comparado ao WP. Todavia, é preciso lembrar que o tipo de site que é seu principal alvo, também requer mais recursos que um blog.

Também se deve considerar que algumas vezes uma solução especializada, tende a entregar um resultado melhor do que uma que faz o mesmo por intermédio de um plugin.

Drupal

O Drupal é um dos CMSs mais antigos e mais poderosos e nos últimos anos, tem disputado com o Joomla o posto de segundo CMS mais utilizado.

Os resultados dos projetos criados neste CMS, costumam ser muito elogiados por seus administradores, que frequentemente destacam que a variedade de possibilidades que a plataforma oferece, são muitas.

O preço que se paga de se ter sites tão bons, é que é considerada uma das plataformas mais difíceis de se trabalhar, visto que tem muitas opções / ferramentas.

Por outro lado, conta com uma numerosa e ativa comunidade que atua no sentido de fornecer suporte, atualizações e que se traduz em literalmente dezenas de milhares de módulos gratuitos que ampliam e personalizam a funcionalidade do Drupal “básico”.

Isso tem servido como principal justificativa para que aqueles que optem pelo CMS, não o troquem por nenhum outro.

PrestaShop

Atualmente a solução mais popular para sites de e-commerce é o PrestaShop, teve que disputar com nomes que já foram referência no segmento, como o citado OsCommerce e o Magento, sendo que o último passou a integrar um pacote da Adobe, o Adobe Systems.

Entre suas virtudes, estão a boa conciliação de uma boa gama de recursos, sem exigir tanto do ambiente de hospedagem como o Magento, embora soluções para este tipo de site, demandem por si só, mais recursos computacionais que de costume.

É Open Source, desenvolvido em PHP e MySQL.

Conta contra, o fato de que já há um bom tempo não tem recebido atualizações, o que tem feito com que muitos utilizadores buscarem alternativas mais modernas e atualizadas, como o Shopify, que nem mesmo é um CMS, mas um serviço.

PhpBB

O phpBB (PHP Bulletin Board) reina praticamente absoluto em sua categoria.

É usado por milhões de pessoas diariamente, e consiste do sistema gratuito e open source para fóruns de discussão mais utilizado no mundo.

Possui extenso painel de administração, que permite a personalização até mesmo dos recursos mais complexos sem ter que editar o código diretamente.

Mesmo sendo gratuito e open source, conta com variadas opções de suporte da comunidade, seja por meio de canais no Discord e IRC, diversos fóruns e sites, bem como ampla documentação.

Moodle

O Moodle (acrônimo de "Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment") é outro exemplo de plataforma que praticamente não tem concorrentes a altura.

É um CMS, mas é acima de tudo, um LMS (Learning Management System) ou sistema de gerenciamento de aprendizado.

Em outras palavras, é uma ferramenta orientada a EaD (Ensino a Distância), que se tornou uma das mais usadas e por isso mesmo, a mais popular no segmento.

É robusta, possui muitos módulos que ampliam suas funcionalidades, mas é extremamente exigente em termos de recursos do ambiente de hospedagem.

Outra característica que ficou comum no caso do Moodle, é a capacidade de personalização, havendo muitas empresas que se especializaram em personalizar o CMS, tanto alterando o núcleo da aplicação, como por intermédio da criação de módulos específicos.

Conclusão

Os CMSs são aplicações web que popularizaram e democratizaram a presença das pessoas e empresas como produtoras e gestoras de conteúdo para Internet.

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