Webwriting: 15 dicas para melhorar sua escrita para Web
Para muita gente escrever não é algo que pareça simples e natural.
Mais ainda quando da escrita dependem o posicionamento nos sites de busca e a atração e retenção de visitantes para seu site.
Porém é possível sim criar conteúdo na forma de texto e que cumpra bem o papel de atrair visitantes, produzir interesse e de quebra, posicionar bem nos principais buscadores.
Para isso, vamos tratar dos princípios e cuidados que você deve adotar e de algumas dicas práticas para criar textos eficazes quanto aos nossos objetivos.
O que é webwriting?
Objetivamente e se você conhece alguma coisa de inglês, deve presumir que webwriting é a escrita destinada à Internet.
Quem ainda dá apenas os primeiros passos nessa área, pode ser perguntar: “por que deve haver uma escrita destinada à Web?” ou “que diferenças existem entre criar textos para Internet e outras mídias?”.
Indo direto ao ponto novamente, porque a Web tem suas particularidades, da mesma forma que os livros têm, a televisão tem, os jornais têm e o que mais você conseguir se lembrar, também tem.
Até mesmo um livro de ficção difere de um livro didático ou de um livro técnico.
Há um grande conjunto de características que diferenciam bastante o modo de como as palavras são empregadas em cada um dos três tipos de livros citados. E todos são livros!
Portanto, webwriting envolve um conjunto de técnicas, princípio e reflexões com o objetivo de tornar os textos produzidos consumíveis para o público que se destinam e ao mesmo tempo, para os algoritmos dos buscadores, entenda-se aqui, o Google e o Microsoft Bing.
Por que é importante conhecer os princípios de webwriting?
Conhecer e, sobretudo, aplicar com eficácia os princípios de webwriting, é essencial para além de produzir conteúdo claro, objetivo e informativo, deve ser suficientemente persuasivo e contribuir para converter e/ou vender.
Tenha em mente sempre e pelo menos dois pontos:
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Se seus textos não são lidos, não servem para nada. Para isso, eles precisam aparecer bem posicionados no Microsoft Bing e no Google;
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Se seus textos são lidos, mas não são compreendidos ou não respondem o que os visitantes querem, também não servem de nada.
O caminho para cumprir esses dois aspectos, necessariamente passa por tem ciência e utilizar consciente e corretamente as dicas que apresentaremos a seguir.
15 dicas de escrita para Web (webwriting)
Antes de listarmos e comentarmos cada uma das dicas de como realizar uma escrita eficaz para web ou webwriting, se preferir, é importante destacar que a combinação de várias delas produz um resultado melhor do que isoladamente.
Também é importante saber identificar o que é mais apropriado a cada tipo de site. Ou seja, algumas dicas devem ser adaptadas de acordo com o propósito do conteúdo, de tal modo que o formalismo – não exagerado – de um site institucional de determinados segmentos, pode ser menos rigoroso em seu blog, por exemplo.
1. Prática leva à perfeição
O velho ditado de que a prática leva à perfeição, vale aqui da mesma forma que vale para tudo na vida.
Quanto mais tocamos um instrumento, mais nos exercitamos em um esporte, mais escrevemos para a web, melhor tendem a ser nossos resultados.
Em outras palavras, se você ainda está dando apenas os primeiros passos, não cobre os mesmos resultados daqueles que já têm anos nisso.
Com o tempo, a prática, a aplicação dos princípios a seguir, a observação e aperfeiçoamento do que foi feito e a persistência, seus textos tendem a melhorar.
Saiba cobrar-se, mas saiba também dar-se tempo para evoluir.
2. Conheça a persona
Mais do que uma dica, essa é uma exigência.
Não é possível aplicar nenhum princípio que traga resultados eficientes e consistentes, se você não sabe para quem fala.
O retrato mais fiel e detalhado de quem consumirá o conteúdo, é a persona.
Da mesma forma que na palavra falada ou nas diversas mídias existentes, o que é dito e como é dito, varia de acordo com o público para quem o conteúdo se destina.
Além disso, o conhecimento detalhado da persona implica em saber das suas necessidades, seus desejos, expectativas, dúvidas e problemas. São essas as questões que os textos do seu site devem atender.
Ficará mais clara a importância de conhecer bem seu leitor, conforme comentarmos as próximas dicas.
3. Linguagem
A linguagem utilizada depende essencialmente de quem lê o conteúdo que você produz.
Não é apropriado e nem produz resultado algum, escrever para estudantes secundaristas, como se escreve para advogados.
Mas não é só a persona que determina a linguagem, mas também o propósito. Uma empresa de software pode usar uma linguagem mais formal em seu site institucional e um pouco menos em seu blog. Se ainda tem um fórum, o administrador pode ser mais sucinto e ao mesmo tempo mais didático nas suas intervenções.
Ou seja, a linguagem precisa ser adaptada também de acordo com as circunstâncias.
4. Terminologia da área
A terminologia é também conhecida como jargão técnico ou jargão da área e nada mais é do que o conjunto de palavras específicas que são usadas em cada área profissional.
Adotar terminologia requer cuidados. Quando sua persona é certamente da mesma área, tudo bem usar e abusar dos termos técnicos.
Mas no caso de um site cujos visitantes não são profissionais da área, o uso deve ser restrito às situações em que for absolutamente necessário, quando por exemplo, não existe sinônimo ou correspondente compreensível por parte de leigos. E nestes casos, é adequado haver um link do termo para um glossário ou outro conteúdo que explique do que se trata.
Não havendo conteúdo que possibilite isso, procure explicar resumidamente ao que o termo se refere.
5. Estrangeirismos
Estrangeirismo é o uso de palavras de origem estrangeira.
Tal como no caso da terminologia da área, saiba dosar seu uso.
Alguns estrangeirismos são populares e, portanto, podem ocorrer naturalmente. Ainda assim, se sua persona é um leigo no assunto, convém proceder tal como nos casos de terminologia.
O uso de sinônimos quando for possível, é o mais indicado, sendo possível usar ambos quando ficou claro que são equivalentes.
6. Privilegie a escaneabilidade
A escaneabilidade é o exercício de construir o texto de tal forma que é fácil localizar porções específicas dele ou partes desejáveis do conteúdo por parte do visitante.
Usando uma linguagem mais informal, é distribuir e organizar a informação de modo que o leitor consiga em um passar de olhos, encontrar e captar as informações mais relevantes.
Tornar um texto escaneável ao leitor, consiste de usar outras dicas que listaremos a seguir, como a divisão em subtítulos / intertítulos, tópicos, listas, divisão em parágrafos, negrito e até outros conteúdos não textuais, como imagens e infográficos, por exemplo.
Quando se age assim, mesmo que se leia apenas algumas poucas coisas, facilmente o visitante consegue identificar onde está cada porção de informação e direciona sua atenção de acordo com seus interesses.
7. Títulos e subtítulos / intertítulos
Escolher títulos e subtítulos – que alguns também chamam de intertítulos – que sejam bons, significa mostrar ao visitante do que trata o trecho de texto a seguir e assim, fica fácil a ele decidir se lê ou se parte para outra parte.
Conseguir isso, envolve usar a palavra-chave mais relevante no assunto abordado.
A divisão do conteúdo usando subtítulos, contribui para a escaneabilidade, na medida em que visualmente fica fácil diferenciar porções específicas de texto.
O uso de palavra-chave, também é positivo em termos de SEO, porque o algoritmo do buscador identifica que há relevância associada ao termo.
8. Estrutura de tópicos / listas
Estrutura de tópicos e listas, são outro recurso que favorece a escaneabilidade, uma vez que é fácil identificar em meio ao restante do texto, as frases ou sentenças que estão organizadas sob esse tipo de estrutura.
O visitante pode direcionar – se desejar – sua atenção e ter uma leitura mais dinâmica e rápida, pois na maioria das vezes a extensão do conteúdo em tópicos ou listas, tende a ser menor.
Sites de busca também dão pontos positivos com vistas ao ranqueamento para conteúdo apresentado dessa forma, pois sabe-se que a experiência do usuário no consumo de conteúdo assim, é positiva.
Um exemplo de lista, é exatamente o que você lê agora, em que apresentamos 15 dicas de escrita para Web.
Por fim, uma lista torna a diferenciação de cada ponto mais clara e objetiva do que se usarmos texto corrido.
9. Tamanho dos parágrafos
Um dos grandes desafios, especialmente aos iniciantes, é romper com os conceitos aprendidos ainda na escola e com os paradigmas consolidados de que um parágrafo deve encerrar uma ideia.
Entre todos os princípios de webwriting, aprender a construir parágrafos menores, de apenas 3 ou 4 linhas, ou ainda 60 ou 70 palavras no máximo, é dos mais difíceis.
Implica em ser mais conciso, mais objetivo e até mesmo a encontrar outras formas de colocar suas ideias em palavras. É “falar” mais, com menos...
O tamanho menor dos parágrafos na escrita para web, comparativamente aos livros, por exemplo, deve-se ao perfil de muitas personas que pertencem às gerações mais novas, como a Z e Alpha, que são menos dispostas a ler grandes textos, como também pelo grande número de acessos por dispositivos móveis, nos quais longos trechos de texto são mais cansativos para acompanhar.
10. Uso de palavras-chave e seus sinônimos
Fazer o correto uso de palavras-chave e seus sinônimos é importante tanto para o leito, como para os algoritmos dos sites de busca.
É preciso cuidado para não exagerar no número de ocorrências, sob risco de ser penalizado por parecer SPAM para o Google ou o Bing.
Dosar quando e onde utilizar, combinado com os recursos de escaneabilidade, faz com que o visitante localize mais facilmente o que procura.
Já o uso de sinônimos, quando for possível, favorece aqueles que buscam por termos diferentes da maioria.
11. Comunique-se com eficácia
Comunicar-se com eficácia significa compreender o que é comunicação e todos os seus elementos e principalmente quais são os fatores que constituem ruído e, portanto, atrapalham-na.
Ruído é tudo que impede da mensagem ser compreendida por seu interlocutor.
É a palavra que ele não conhece o significado. É também a explicação muito longa. Mas pode ser ainda a definição formal e que não usa a linguagem do visitante.
Logo é importante ler e reler tudo que é escrito. Se possível, submeta os conteúdos a outras pessoas. Peça opiniões, faça perguntas e faça-as explicar os conceitos mais difíceis, de modo a comprovar que a informação foi transmitida com clareza.
12. Humanos vs robôs.
Para quem você escreve? Para robôs ou para pessoas?
Para ambos!
Mas não se esqueça do que já destacamos antes, ou seja, de nada adianta textos magníficos que simplesmente não aparecem nos sites de busca e, portanto, nunca serão lidos, ou vice-versa, são ótimos para os algoritmos, mas quando os visitantes chegam à página, não se sentem estimulados a prosseguir.
Aplique tão bem quanto possível todas as dicas de SEO e Marketing de Conteúdo, mas nunca se esqueça que sem os seres humanos, seu trabalho é inútil.
13. Plágio de conteúdo
Jamais, por nenhuma razão, copie nem apenas uma linha de conteúdo alheio. Isso é plágio de conteúdo.
Se for absolutamente necessário, como no caso de uma citação, deixe claro que se trata de uma transcrição de terceiro e dê os devidos créditos. Mais ainda. Peça autorização ao autor.
Privilegie sempre a originalidade do conteúdo e que também é uma dica importante, afinal o leitor muitas vezes visitará outros sites e saberá distinguir tanto o que é único, quanto o que é copiado.
14. Link building interno
O link building interno, é o trabalho de incluir links para outros conteúdos dentro do próprio site.
Faça quando necessário, quando fizer sentido, como no exemplo que demos de terminologia da área. Se houver necessidade de usar um termo técnico, mas há um post ou artigo que detalha o tema, inclua um link.
Isso amplia o conteúdo para além do texto, dá mais abrangência ao assunto e ainda contribui para SEO.
Quando não houver conteúdo para tanto, use referências externas de sites com autoridade sobre o assunto, o que torna o assunto mais sólido, consistente e com credibilidade.
15. Leia muito
Todo bom escritor, também costuma ser um bom leitor.
Ao lermos muito, assuntos diferentes, escritos por diferentes e bons escritores, enriquecemos naturalmente nosso cérebro com diferentes técnicas, estilos, jeitos de expressar ideias e sentimentos, ampliamos nosso vocabulário e ainda aprendemos coisas novas.
Avalie como outros profissionais fazem webwriting. Mas seja crítico e sensato, sabendo identificar o que é bom e que cumpre o papel de comunicar e ao mesmo tempo ser leve, agradável e prático.
Teste em seus próprios textos e aos poucos desenvolva seu próprio estilo.
Conclusão
Webwriting é conhecer e aplicar de modo eficiente um conjunto de princípios e técnicas de escrita para a Web, visando leitores e sites de busca.