Por que investir nas pessoas traz ótimo retorno ao seu negócio?

É intuitivo e razoavelmente sabido que investir no negócio, é essencial para obter resultados melhores e crescer.

Entretanto, se você é o responsável pela decisão de quanto, quando, como e onde investir, será que está fazendo do jeito certo?

Você considera investir nas pessoas da empresa, sejam os colaboradores, sejam os gestores? Você tem conhecimento do retorno que isso pode produzir? Sabe como fazer?

Esse é dos melhores investimentos que se pode fazer e é sobre isso que trataremos nesse post.

Por que é importante investir em pessoas?

Porque na grande maioria dos muitos processos internos e externos de muitas empresas, parte significativa do resultado é intimamente dependente de pessoas, ou se preferir, seus colaboradores.

Ainda que empresário, o dono do negócio, ou mesmo o gestor que ocupa posição de destaque no processo decisório da empresa, resolva investir em tecnologias diversas, em novos e modernos maquinários, em instalações físicas maiores, ou até na contratação de mais mão de obra, há um outro componente essencial nessa equação – as pessoas envolvidas.

Não importa se a nova tecnologia voltada a como fazer as coisas (processos e POPs) ou presente por meio de um sofisticado sistema de última geração, representou elevado investimento monetário, se em ambos os casos o fator humano está presente, mas não foi levado em consideração.

Assim como novas e modernas máquinas, talvez não funcionem em seu máximo potencial, ou quem sabe até quebrem, se quem as opera não foi lembrado, tanto por falta de capacitação, como porque está insatisfeito profissionalmente.

Como também ter um lugar amplo e novo, bem como mais colegas de trabalho para dividir as responsabilidades profissionais, pode não produzir nenhuma diferença, se uma série de outras necessidades desse capital humano, não são atendidas.

Visto dessa forma, não investir nas pessoas implica comprometer os resultados. Portanto, vamos mudar um pouco a abordagem e averiguar que vantagens as empresas podem ter ao investir no seu capital humano.

Quais as vantagens de investir em pessoas?

Como faz a maioria, podemos elaborar uma lista razoavelmente grande de vantagens diretas e indiretas quando as empresas direcionam parte de suas atenções e investimentos para seus clientes internos.

E há uma sutileza oculta no trecho acima.

Em vez de tratarmos das pessoas que trabalham na empresa como colaboradores, funcionários ou qualquer outra designação, preferimos usar clientes internos.

Sim, porque quando se olha para as pessoas como clientes, tal como os externos ou finais, os internos também têm necessidades, desejos e expectativas que precisam ser atendidos.

Quando são avaliados mais detalhadamente esses aspectos, fica mais fácil perceber onde queremos chegar:

Sobrevivência – que é suprida por questões básicas, como o salário e os benefícios (plano de saúde, vale-refeição, cesta básica, etc) necessários a existência do indivíduo e daqueles que eventualmente dependem dele (família);
Segurança – as pessoas precisam se sentirem seguras e isso costuma ocorrer em parte como consequência do item acima, mas também quando conseguem vislumbrar seu futuro dentro da empresa, graças a um plano de cargos e salários, ou porque recebem capacitação profissional e/ou são reconhecidos pelos seus esforços e resultados;
Ambiente – o ambiente de trabalho e tudo associado, como os relacionamentos com os pares, com seus superiores e também com os subordinados, com outros departamentos e até a formação e manutenção dos grupos de trabalho, influenciam o clima organizacional e por consequência, os resultados globais;
Afeto – a conquista do respeito de todos e a reciprocidade, a valorização recebida e a autoestima, a confiança em si próprio e nos demais, como também na empresa, são alguns dos aspectos relacionados com os fatores de afeto e que também influenciam os resultados e atendem as necessidades;
Realização – por fim, mas não menos importante, todo ser humano almeja se realizar nas mais diversas esferas e, portanto, ser aceito e reconhecido, ver seus problemas solucionados, sentir-se produtivo e criativo, aprender e desenvolver-se, contribui para sua realização pessoal.

Quando a empresa tem sucesso em atender a esse conjunto acima de necessidades dos seus clientes internos, de modo direto e indireto, ela dá MOTIVOS para AÇÃO, ou se preferir, ela produz motivação nas pessoas.

E como se sabe, motivação é uma importante mola motriz de muitas outras coisas e que no caso de uma empresa, significa:

Aumento da produtividade e diminuição dos índices de retrabalho;
Maior retenção de talentos e menor rotatividade / turnover, favorecendo a gestão de talentos;
Melhora no clima organizacional;
Aumento da qualidade de produtos e serviços;
Relacionamento aprimorado com clientes externos e internos;
Clima mais propício para o surgimento e para o exercício de liderança;
Mais empatia, engajamento e comprometimento;
Comunicação mais eficiente;
“Vestir a camisa da empresa” muda de discurso para realidade.

Quando investir nos colaboradores?

Todo momento é um bom momento para investir nas pessoas, mas quando se compreende a sua importância, passa a fazer parte do conjunto de políticas da empresa. Deixa de se manifestar em ações isoladas e pontuais, para se tornar uma rotina tal como qualquer outra.

Deve ser responsabilidade dos Recursos Humanos – ou de quem faça seu papel – elaborar e implantar os meios necessários para que o investimento no capital humano, seja parte da cultura organizacional e se reflita em cada aspecto do quotidiano.

Sob essa ótica, por exemplo, as avaliações de desempenho passam a serem feitas com o objetivo de identificar o que precisa ser feito para melhorar e não para punir. As metas e objetivos, passam a ser estabelecidas mais com base no que as pessoas são capazes de entregar e no que o cenário permite, do que meros números desejáveis.

No entanto, podem haver momentos especialmente estratégicos e decisivos:

Acirramento da concorrência;
Estagnação do crescimento da empresa e dos próprios colaboradores;
Quando a empresa precisa mudar e/ou inovar no mercado em que atua;
Momentos de crise econômica;
Conquista de novos mercados.

Ou seja, sempre que o fator humano for essencial para o resultado, e que constuma ser frequente, a empresa precisa dedicar-se ainda mais aos seus clientes internos.

Como investir nos colaboradores?

Empresas ainda não habituadas a essa visão mais dedicada aos seus colaboradores, podem achar que investir neles resume-se a pagar melhores salários e dar mais treinamentos, ou quem sabe a instituição do Marketing de Incentivo.

São sim três formas comuns, mas não são e nem devem ser as únicas. Aliás, há várias outras que nem mesmo envolvem investimento monetário direto.

Quando, por exemplo, é parte da sua cultura organizacional formar gestores, em vez de contratá-los “prontos” do mercado, a empresa está investindo nos seus colaboradores. Na mesma linha, estão políticas de cargos e salários que preveem que antes de contratar externamente, é aberto um processo interno para avaliar possíveis candidatos.

E já que tocamos nesse assunto, as que contratam não apenas a partir de exigências em experiência e histórico profissional, mas que também dão chances com base no potencial, no perfil e no conjunto de soft skills, estão investindo no candidato e o que ele pode entregar no futuro.

Estão fazendo uma aposta no lucro futuro, se preferir.

Claro que incentivar o aperfeiçoamento e desenvolvimento profissional, por meio de custeio de cursos, aplicação de treinamentos, reciclagens, ou quem sabe um programa de educação corporativa, costuma produzir ótimos resultados e inclusive precisa ser parte fundamental do processo de formação de líderes e gestores.

Voltando atrás, quando mencionamos investir em um novo e moderno prédio, é também investimento nas pessoas, quando a razão para a mudança tem como principal propósito fornecer um ambiente físico mais adequado ao desempenho das atividades de cada um.

Nessa mesma linha, tudo que signifique melhoria na qualidade de vida no trabalho, é também dedicar-se às pessoas. Como é também, quando conscientemente adere a uma abrangente e consistente pauta ou agenda ESG, lembrando que a sigla designa preocupação com o meio ambiente (Environmental), responsabilidade social (Social) e governança corporativa (Governance)

Logo, imaginamos que deve ter ficado suficientemente claro o sutil, mas relevante uso que fizemos anteriormente do termo cliente interno, o qual é vital para o sucesso de toda e qualquer empresa.

E investir nesse cliente, é a certeza de investir nos resultados!