O que é Recursos Humanos? Seu papel e importância nas empresas

Contratar, demitir, pagar salários e cuidar dos benefícios. Resumidamente esse era o papel do Departamento de Recursos Humanos em um passado bem remoto. Para muita gente, especialmente os que estão fora dessa área, ainda é.

Na prática e já há algum tempo, essas atribuições representam apenas uma parcela do papel que o setor de RH tem em organizações de todos os portes.

Entender o que é os “recursos humanos” e quais suas atribuições, é fundamental para que as estratégias e o planejamento de uma empresa sejam conduzidos adequadamente.

O que é Recursos Humanos?

Para muitos ainda é o departamento da empresa que cuida das questões burocráticas que envolvem os seus trabalhadores. Mas isso ficou no passado, bem distante por sinal.

E se ainda é assim na sua empresa, cuidado! Você está parado no tempo e subutilizando o potencial e a importância dessa área tão essencial quanto Vendas, Marketing ou Produção, que geralmente são tidas como as mais importantes.

Aliás dizer que área “A” ou “B” é mais importante que “C”, é o mesmo que dizer que o coração e o pulmão são mais importantes que o estômago ou qualquer outro órgão. Você não vive bem se algum deles falhar, assim como uma empresa também não.

Como termo composto, recursos humanos é o conjunto de pessoas representadas pelos colaboradores e gestores de uma empresa. Comumente e de acordo com o contexto em que é usado, designa também uma área ou departamento das organizações e é esse o foco do nosso bate papo.

Por essa razão, é habitual quando se pretende referir ao departamento, utilizar Gestão ou Administração de Recursos Humanos e que é a área da empresa responsável por conduzir todas as ações que envolvem administrar os talentos, as competências, o desempenho de todos os profissionais da empresa. Muitas vezes é denominado simplesmente de RH.

Também pelo mesmo motivo e para que não se confunda o coletivo de profissionais, com o departamento e suas responsabilidades, que quando queremos tratar do primeiro, usarmos capital humano da empresa.

É capital humano, porque em certa medida representa o patrimônio humano da empresa.

Mas afinal por que o Recursos Humanos – o departamento – ou a Gestão dos Recursos Humanos é tão vital para empresas de todos os portes?

Fica fácil quando se entende o papel do RH atualmente.

O papel da Gestão de Recursos Humanos

Você já sabe que não restringe-se a rotinas administrativas e de cunho burocrático, mas e o que mais?

Já desde os tempos em que Administração – como assunto acadêmico – começou a considerar aspectos que vão bem além de métodos e processos para se fazer as coisas dentro de uma empresa, que a Administração de Recursos Humanos vem tendo importância mais estratégica.

É mais do que comprovado e sabido que o aproveitamento de competências, de talentos e aptidões, definição de perfis psicológicos, promoção da motivação, relacionamento interpessoal, programas de treinamentos e capacitação e uma série de outros aspectos que estão relacionados às pessoas desempenhando funções profissionalmente, são decisivos na obtenção dos resultados e consequentemente dos objetivos das empresas.

De forma mais simples possível, é colocar a pessoa com o perfil mais adequado à função, dotada de aptidão, conhecimento, experiência, adequadamente motivada, com boa disposição a relacionar-se com os grupos com os quais interage, recebendo treinamentos e dispondo dos recursos básicos necessários, para que ela produza o melhor resultado possível.

Essa aparente obviedade, é o papel do Gestão de Recursos Humanos.

Parece simples, não é?

Mas é justamente aí que começa o desafio.

Empresas são constituídas por pessoas e é por meio delas que tudo é feito. Mas ser simples, é algo que pessoas não são.

Essencialmente, não há pessoas melhores que outras, mas as pessoas certas para cada coisa.

Um operário da indústria não é necessariamente melhor ou pior que um gestor do alto escalão da mesma indústria. Apenas que cada um tem conhecimentos, experiências, aptidões e outros fatores que os habilitam a fazer o que fazem.

Esse mesmo gestor colocado a fazer o que o operário faz, possivelmente terá um desempenho bem inferior. Bem como o inverso também costuma ser verdade.

Há as pessoas certas para cada posição.

Inclusive, fala-se no meio que é comum na eventual ausência de um gerente de vendas e diante da dificuldade de encontrar um que seja bom, promover o melhor vendedor da equipe ao cargo, supondo que seu desempenho como vendedor o habilite a ser um gestor na área.

No entanto, não é raro perder um ótimo vendedor e ganhar um péssimo gerente. Mas isso é tema de outro bate papo.

Pode-se dizer que é aí que começa o trabalho da Administração de Recursos Humanos e que consiste de determinar o perfil mais adequado de profissional para ocupar cada cargo e que deve estar alinhado com o planejamento e estratégias da empresa.

De modo geral os recursos humanos são responsáveis por:

  • Determinar o perfil psicológico e profissional das pessoas para cada cargo na empresa;

  • Conduzir processos onde são recrutados e selecionados os profissionais em acordo com o que se pretende para as vagas existentes e o perfil previamente estipulado;

  • Criar e implantar programas de treinamento e integração dos novos colaboradores;

  • Identificar e instituir programas de treinamento para suprir carências ou dotar os colaboradores de novos conhecimentos;

  • Medir e avaliar desempenhos;

  • Avaliar e promover o clima organizacional e as relações interpessoais, bem como políticas voltadas a motivação;

  • Instituir e conduzir políticas de Marketing de Incentivos;

  • Gerenciar benefícios;

  • Cuidar e promover a comunicação intraempresarial;

  • Criação e implantação de um plano de cargos e salários;

  • Desenvolvimento de talentos e que pode e deve estar integrado ao item anterior, servindo inclusive de aspecto motivacional.

E além das rotinas administrativas que todos já associam ao RH, alguns outros papéis que envolvem o capital humano da empresa, como por exemplo, o outplacement e que nada mais é do que uma assessoria que ajuda o profissional que é desligado a se recolocar no mercado de trabalho.

Ou seja, o RH de uma empresa é o grande responsável por viabilizar os resultados que a empresa tem por meio de pessoas, ou do seu capital humano.

E para aqueles que pensam que isso é privilégio de grandes empresas, as quais têm muitos profissionais e recursos para ter todos os departamentos formalmente constituídos, isso não é verdade!

Administrar Recursos Humanos, é antes de mais nada um conceito e uma política ao alcance até mesmo das pequenas empresas.

A diferença pode estar no tamanho e no refinamento da política de incentivos, ou na frequência e qualidade dos treinamentos ou ainda simplicidade ou complexidade do processo seletivo, mas os propósitos devem ser sempre os mesmos, a partir da compreensão do seu papel e da sua importância.

A realidade do RH nas empresas

Micro e pequenas empresas podem não ter as condições necessárias para manter um RH típico e atuante de acordo com todas as suas possibilidades, seja por que o número de colaboradores não requer atenção em 100% do tempo ou mesmo pelo custo que eventualmente manter uma estrutura completa represente.

Não importa a razão.

O que importa é que toda empresa, independente do seu porte, precisa dispor do arsenal de serviços e benefícios que a Gestão de Recursos Humanos é responsável.

Como fazer nesses casos?

Já há uma série de modelos, desenhos e alternativas que podem servir ao seu negócio e que vão desde o desmembramento do RH e suas atribuições relacionadas ao capital humano, seu desempenho e sua qualidade de vida no ambiente organizacional, das funções mais burocráticas e administrativas, como folha de pagamento, benefícios e questões relacionadas a legislação trabalhistas e que são da alçada do Departamento Pessoal.

Separar Recursos Humanos do Departamento Pessoal pura e simplesmente, não implica em redução de custos e/ou diminuição do quadro funcional. Porém na medida em que isso ocorre, pode-se terceirizar um ou o outro, ou até mesmo ambos.

Já há algum tempo empresas de serviços contábeis além da prestação de serviço de ordem tributária, também encarregam-se das rotinas administrativas do Departamento Pessoal, como a documentação dos colaboradores, os trâmites em caso de desligamentos, férias, folha de pagamento e demais rotinas do dia a dia das empresas.

A grande vantagem desse alternativa, é que toda a parte legal e burocrática associada é entregue a quem tem experiência e conhecimento nos aspectos administrativos e na legislação que regulamenta as relações empregatícias.

Já na parte relativa aos Recursos Humanos, empresas de consultoria na área, prestam pacotes de serviços diversos envolvendo o papel do RH como mantenedor e desenvolvedor do capital humano da empresa.

Esse assessoramento pode ir desde a definição de perfil de candidatos para uma vaga, os procedimentos de recrutamento, entrevistas, testes de perfil e psicológicos e até mesmo um envolvimento mais intenso no quotidiano da empresa, conforme as necessidades, desejos e possibilidades da empresa.

Algumas das vantagens de terceirizar a Gestão dos Recursos Humanos por meio de uma consultoria de RH, são:

  • Resultados – muitas das melhores empresas do segmento trabalham voltadas a resultados, condicionando seus objetivos como prestadores de serviço, ao atingimento e cumprimento das necessidades e desejos da empresa onde a consultoria é prestada;

  • Independência – desde que dada a autonomia necessária, a consultoria de RH não tem vínculos e não estabelece relacionamentos com o staff permanente, o que lhe dá condições de atuar com isenção e também porque é comprometida com resultados;

  • Agilidade – a alocação de serviços pode ser maior ou menor de acordo com o surgimento de novas demandas e as possibilidades da empresa de forma quase imediata. Outra implicação direta, é que a variação de demanda, natural conforme variações do mercado, não acarreta em aumento ou diminuição da estrutura interna;

  • Visão – a vantagem da ótica de quem está de fora. Muitas vezes ocorre a miopia ou a incapacidade de se enxergar possíveis problemas por ser parte dele, nos casos de departamentos de RH internos e permanentes;

  • Experiência – como prestam serviços a empresas de diferentes segmentos e portes, adquirem uma experiência bem mais ampla, a qual é benéfica na identificação de problemas e na tomada de decisões;

Assim, beneficiar-se do que um RH típico e completo pode oferecer, é algo ao alcance da maioria e uma questão de escolher as opções disponíveis.

Conclusão

O papel da Gestão de Recursos Humanos ou simplesmente do Departamento de RH, vai bem além de simplesmente contratar e desligar pessoas, pagar salários e administrar benefícios como um vale transporte ou cesta básica. O papel estratégico é fundamentais para o atingimento dos objetivos da empresa e da formação de um capital humano eficaz e coeso.

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