A importância da liderança para obter resultados na empresa

O futuro de toda empresa, entre outras coisas, é dependente de resultados, os quais por sua vez, são também estreitamente determinados por uma série de variáveis, como por exemplo, o seu capital humano, ou seja, colaboradores e gestores.

Entender como acontece essa decisiva influência da liderança exercida pelos gestores na obtenção dos resultados, é o que discutiremos nesse post.

O que é um líder?

Essa é o tipo de pergunta que parece sem sentido responder e todo mundo acha que sabe.

Mas quando você faz sucessivamente indagações a respeito a um grupo de pessoas, não é raro constatar que a visão da maioria, não é errada, mas é limitada.

Para aqueles que gostam de definições, líder é a pessoa que tem algum nível de influência sobre um grupo, a tal ponto de interferir nos resultados que ele – o grupo – obtém.

Em outras palavras, com o líder o resultado tende a ser diferente do que seria obtido sem sua presença e, portanto, influência ou interferência. Mas também os resultados podem diferir, com outro líder à frente do time.

Essa bastante curta e simples definição de líder e que é apenas uma entre muitas possíveis, suscita vários desdobramentos.

Pensemos de trás para frente, ou seja, a partir da palavra “resultado”.

Resultados em todas as áreas – e não apenas nas profissionais – são consequência direta de ações, mas também de omissões, de comportamentos, de reações, de capacitação (pouca ou muita), de treinamento, de conhecimento ou de ignorância, de habilidades, de experiência (ou falta dela), isso sem contar os fatores externos e/ou ambientais, como a concorrência e os clientes, para citar apenas dois dos mais influentes.

O conjunto de aspectos acima mencionados, já é capaz de render discussões inesgotáveis, mesmo não contemplando tudo que é possível.

Justamente em função da complexidade do tema, vamos atentar somente aos primários e, portanto, aqueles imediatos e sob a tutela do líder, ou se preferir chamar assim, do gestor.

Mesmo quem não tem experiência com liderança de equipes de trabalho, ou em quaisquer outras áreas (ex: esportiva ou artística), ou não se imagine capaz de desempenhar tal papel, é razoavelmente intuitivo assumir que o líder é protagonista no atingimento de um resultado, tanto que o desempenho de times de futebol não raras vezes é atribuído aos seus técnicos.

Quando os resultados esperados demoram a acontecer, a troca é feita. E se a partir de então, os resultados mudam, tem-se a convicção que essa era a razão. Exemplos semelhantes não faltam para reforçar essa ideia.

Qual o papel do líder nas empresas?

Não é questão de cargo, nem de hierarquia e tampouco de organograma.

E mais do que apenas um, o líder tem vários papéis. A começar por ser ele mesmo o que espera de seus liderados.

Sim, porque ele é também um colaborador, apenas que ocupando um cargo com mais e maiores responsabilidades. Mas também porque ele deve ser um espelho, um modelo, desenvolvendo vários tipos de liderança sobre sua equipe.

Para tanto, ele deve reunir um conjunto de características, habilidades e conhecimentos, mas acima de tudo, assumir comportamentos que são determinantes no atingimento dos objetivos que a empresa tem.

1. Formação de equipes

A formação de equipes e que alguns preferem chamar de times, dadas algumas particularidades que as assemelham dos times esportivos, é o primeiro fator importante.

Tal como um time, seus integrantes precisam ser responsáveis por diferentes funções na equipe, complementarem-se, cooperarem uns com os outros, comunicarem-se com eficácia, superarem as diferenças e possíveis conflitos interpessoais, tudo em nome de um objetivo comum – os melhores resultados possíveis e/ou pretendidos.

É aspecto relevante e que frequentemente depende de estar em sintonia com os Recursos Humanos, começando pela definição do perfil de cada membro, contratar as pessoas certas de acordo com o definido no perfil e com o conjunto de competências, habilidades e conhecimentos (hard e soft skills) necessários ao cumprimento das suas atribuições.

Mas é ainda acompanhar desde o onboarding (integração de colaboradores), passando pela identificação da necessidade de treinamentos de capacitação, de reciclagem e de aprimoramento, esclarecendo e informando, tal como um coaching deve fazer.

Visando a manutenção de um grupo coeso, deve ser capaz de superar os desafios do convívio de diferentes gerações no mercado de trabalho, bem como manter sua motivação elevada, tanto por conhecer, como por incentivar que todos tenham e persigam metas pessoais e profissionais.

2. Assumir responsabilidades

O segundo grande papel de um líder, é assumir responsabilidades e aqui há pelo menos dois diferentes enfoques, mas igualmente essenciais – responsabilidades perante a empresa e perante sua equipe.

Sob o ponto de vista do comprometimento com a empresa, o líder deve zelar pela perseguição dos seus objetivos, participar da elaboração do planejamento e da sua execução, cumprindo tudo que está estipulado na missão, visão e valores da empresa.

Já para sua equipe, o líder é corresponsável tanto pelos acertos e vitórias, como pelos erros e fracassos. Se não for assim, haverá apenas obediência decorrente da autoridade do cargo, mas não o respeito e tudo o que normalmente está associado.

Um líder no qual os colaboradores confiam, é aquele dialoga e discute, em vez de apenas impor.

É o que acompanha interessado não só nos resultados, mas também no seu desenvolvimento profissional. É o que aponta direções, mas também acata sugestões. Que tem disposição em ensinar e humildade de reconhecer que deve sempre aprender mais. Que o melhor significado de poder, é a possibilidade ou oportunidade de fazer e não no sentido de oprimir quem tem menos do que ele.

3. Ator multiplicador

Um bom líder, deve ser capaz de multiplicar as condições que favorecem a produtividade, o bom clima organizacional, o bem-estar coletivo e também as individualidades, a sinergia, a motivação e a realização.

Aspectos como a qualidade de vida no trabalho e o estabelecimento de metas que sejam ao mesmo tempo alcançáveis e estimulantes, produzindo reconhecimento, recompensa e premiação, são apenas o começo.

Mas envolve outras questões, como uma política de cargos e salários, com participação novamente do RH, ou a criação e implementação de Marketing de Incentivo e naturalmente um bom conjunto de ferramentas que forneçam indicadores para enxergar os resultados obtidos.

4. Consciência do seu papel

Consciência é ser capaz de perceber, notar e ser estimulado por tudo ao seu redor.

Ter noção do seu papel, não é sentir-se orgulhoso da sua importância, mas de que os resultados só virão se sua atuação for a mais abrangente e a melhor possível.

Para tanto, é preciso instituir políticas de gestão de talentos, pois frequentemente dependerá dos seus colaboradores e por isso, identificar e promover os mais habilidosos, é essencial. O bom líder não teme quem pode tomar o seu lugar e ao contrário, investe na formação daqueles que irão sucedê-lo ou a outros gestores, para que eles possam alçar voos mais altos.

Essa consciência deve ajudar a lembrar o valor do seu tempo e que por isso, é preciso saber delegar tarefas.

Nunca esquecer que seu trabalho e de sua equipe devem visar aprimoramento constante e isso deve se refletir nos métodos, nos procedimentos operacionais padrão, nas políticas e reforçar a cultura da empresa, bem como das muitas lições na administração de pessoas que precisam ser aprendidas, pois é por meio delas – as pessoas – que os resultados são obtidos. Tanto os bons, quanto os ruins.

Por fim, mas não menos importante, a consciência do papel de genuíno líder, deve ser construído sobre compromisso com a ética, com a transparência, a justiça, a honestidade, a humanidade e a empatia.

5. Foco em resultados

Ao concentrar-se em bons – ou nos melhores – resultados, somos levados de volta ao motivo que nos trouxe a essa discussão.

Focar em resultados, é trabalhar para maximizar a produtividade, seja por administração do tempo, seja por melhores processos, por redução ou mesmo a eliminação do retrabalho, por tudo isso junto e pela adoção de novas tecnologias.

Apesar de aparecer listado como o último papel, não é o menos importante, porque nenhum é. Se você atentar a todos os papéis acima, notará que todos se complementam e que isso por si só, tenderá a melhorias nos resultados intermediários, com benefício do final.

Perseguir de modo eficiente um número, uma meta, um objetivo, passa por determinar todos os passos necessários ao seu atingimento e que invariavelmente exigirá o desempenho de outros papéis ocasionais, mas essenciais.

Conclusão

Os resultados pretendidos e alcançados por uma empresa, são intimamente dependentes dos papéis que seus líderes assumem no desempenho de suas funções.

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