Desenvolvedor Web: Os desafios de ingressar no mercado de trabalho

Depois de muita pesquisa, de conversas com gente da área, da leitura de muitos artigos e notícias relacionadas, você resolveu se dedicar e investir na formação de desenvolvedor Web, mas agora que se considera formado, o ingresso no mercado de trabalho está sendo um verdadeiro desafio?

Sim, embora tudo aponte para um segmento no qual a oferta de vagas parece boa e as perspectivas de crescimento também são melhores do que de muitas outras carreiras, a realidade de quem tenta iniciar sua carreira, não parece tão promissora como era quando essa profissão foi escolhida, não é mesmo?!

Se você se viu nessa situação, nosso bate-papo de hoje é com você e tem como objetivo ajudá-lo nessa aparentemente impossível empreitada.

Cenário do mercado de trabalho para desenvolvedores Web

É fato que o cenário do mercado de trabalho para os desenvolvedores Web nos últimos anos, chegou a ser empolgante. No máximo variou entre bom, muito bom e ótimo e especialmente por ocasião da pandemia, período no qual boa parte das empresas que ainda não tinham uma presença digital sólida, correu para se atualizarem.

Em função desse cenário, não raras vezes a mídia divulgou dados do quão carente o mercado estava de profissionais qualificados, impulsionando ainda mais a busca por formação na área.

No entanto, passado o momento mais crítico da pandemia e o arrefecimento econômico que ocorreu, não que o mercado de trabalho não precisasse mais desses profissionais, mas então passou a priorizar aqueles com experiência comprovada e capacidade de entregar resultados no menor prazo possível.

A margem de erro ficou mais estreita e frequentemente já nem existia e as empresas não dispunham de tempo para esperar acontecer.

Sendo assim, aqueles que chegaram ao mercado de trabalho orgulhosos de ostentarem um currículo recheado de linguagens de programação, frameworks, plataformas de desenvolvimento, conceitos e tecnologias Web, começaram a se frustrar porque por mais que tivessem estudado, feito vários cursos, ou até conseguido um diploma de nível superior, quem deveria lhes dar uma oportunidade, agora também quer algo que essa dedicação não contempla – experiência na área.

Sim, porque além da necessidade imediata, as filas de candidatos exatamente nas mesmas condições, só vêm aumentando.

Pessoas cuja única experiência residia nos poucos projetos acadêmicos ou talvez no trabalho de conclusão de curso (TCC) e que por mais que tenham sido bem feitos e tenham se aproximado de soluções boas e inteligentes, são apenas simulações.

O mercado quer ter a certeza do que você pode entregar e isso, só a experiência atesta.

Nesse ponto, você e todo mundo nas mesmas condições, deve estar se perguntando: “como terei experiência, se ninguém está disposto a me dar essa experiência?”.

Esse é um dilema que não apenas os desenvolvedores Web têm que superar, mas profissionais das mais diferentes áreas quando enfim se formam e tentam ingressar no mercado de trabalho.

Entretanto, um desenvolvedor Web tem alguns trunfos a seu favor, que aqueles que optaram por carreiras em outras áreas, não têm…

8 dicas para ingressar no mercado de trabalho de desenvolvimento Web

É importante lembrar que o principal entrave da legião de candidatos nas mesmas condições, é a falta de experiência, a qual não se “inventa” de uma hora para a outra.

Portanto, o que veremos a seguir é muni-lo de informações que o coloquem em destaque perante os demais, aos olhos dos Recursos Humanos das empresas nas quais você se candidatar.

1. Estágio

A primeira “dica” não é para todos, mas apenas para quem ainda está fazendo uma faculdade e, portanto, ainda dispõe de tempo e pode se antecipar a situação que um dia ocorrerá.

Toda faculdade exige uma carga horária mínima comprovada de estágio para conclusão do curso. Porém, muita gente, por diferentes razões, apenas cumpre um estágio em qualquer empresa e frequentemente atuando em áreas e ocupações que nem tem relação direta com o desenvolvimento Web, apenas para cumprir a exigência da faculdade.

Assim, é extremamente importante direcionar o estágio, para atuar na área de interesse. Quando possível, estagiar além do período mínimo e não apenas os seis meses que a maioria exige, também conta favoravelmente.

Deve estar claro, que com isso, o estágio para além de uma exigência acadêmica, passa a contar como uma experiência real e quanto maior for a sua duração, melhor.

2. Site pessoal

O segundo ponto, baseia-se em aplicar seus conhecimentos em proveito próprio, por meio de um site pessoal.

Criar e hospedar um site, requer um investimento mínimo e acessível para a imensa maioria, graças aos valores praticados em muitas empresas de hospedagem, sendo que há até planos gratuitos nos casos mais críticos.

No entanto, por aproximadamente R$ 10,00 mensais e R$ 40,00 ao ano, já é possível dispor de todos os principais recursos de um plano de hospedagem e um domínio nacional próprio.

Por exemplo, no caso da HostMídia, ao contratar o plano de hospedagem Start com pagamento anual, a primeira anuidade do domínio é gratuita e se tem tudo o que um site profissional proporciona, como uma conta de e-mail profissional associada ao domínio próprio, certificado SSL, entre outros, o que sem dúvida dá uma roupagem mais profissional ao seu projeto.

Escolher o tipo de site adequado, planejar seu conteúdo, seus recursos, é ao mesmo tempo uma maneira de mostrar seus conhecimentos colocados em prática e funciona ele próprio como um item do seu portfólio.

Um Web dev sem um site para chamar de seu, é como um candidato a cozinheiro que não tem uma receita só sua ou um músico que não tenha composto nada. Mas quando se tem um site bem pensado, você mostra que é capaz de lidar com os eventuais desafios que todos os demais também têm.

Além disso, quando se fala em portfólio online, o seu site pode – e deve, como veremos adiante – conter uma área / página destinada especialmente a essa finalidade.

3. Trabalho voluntário

Entre as muitas razões que a maioria que decide por ser um Web dev, uma é certamente que todo mundo, uma hora ou outra, precisará ingressar na Internet. Seja um parente, seja um amigo, seja um vizinho, seja um lojista na sua vizinhança.

O que há de comum entre todos eles, é que eles não têm nada ou no máximo estão em duas ou três redes sociais, porque não sabem como fazer um site, não sabem o que um pode fazer por eles, ou até quando sabem, não sabem por onde começar, ou pior, acreditam que não precisam, porque todo mundo está nas redes sociais.

Mas você sabe tudo isso e muito mais, certo?

Nessa hora, você tem que buscar e se voluntariar a ajudá-los. Nem que seja talvez por um “contrato de risco”, ou seja, você só recebe se apresentar os resultados da sua proposta, do projeto que você concebeu para eles.

Ah, mas eu vou trabalhar de graça?”, muitos dirão.

Não. Na pior das hipóteses, você conduzirá projetos simples, mas reais, práticos e que resolvem problemas de verdade e que mais tarde integrarão a página de portfólio do seu site e que comentamos anteriormente.

Visto de outra forma, criará a solicitada experiência.

Essa mesma experiência que você adquire, é matéria-prima para artigos em um possível blog anexo ao seu site, talvez tratando das vantagens de se usar um framework PHP ou quem sabe, de como configurar um servidor para rodar corretamente um determinado app que você criou, para a pizzaria próxima da sua casa.

Ao agir dessa forma, em vez de ter apenas uma folha de papel – o seu currículo – na qual constam listados os seus conhecimentos, você demonstra na prática que efetivamente os possui.

4. Indicações

As pessoas e as empresas, conhecem outras pessoas e outras empresas, têm vizinhos e que também podem ter as mesmas – ou semelhantes – necessidades e desejos dos primeiros.

Por isso, se você fez bem o trabalho anterior, ainda que de graça, conseguiu produzir satisfação neles e chegou a hora de pedir indicações.

Nesse ponto, pelo menos em relação ao indicado, você já tem um parâmetro que não é mais, “não tenho experiência”!

Você já não parte mais do zero. Tem uma referência, ou até quem sabe mais de uma, afinal há os outros “projetos voluntários” aos quais você se dedicou.

É a sua chance de começar a ser remunerado pelo que faz e acumular mais experiência.

5. Git e GitHub

Desnecessário para quem é da área, dizer o que é e para que serve o Git e sua alternativa mais popular, o GitHub.

Usar o GitHub nos projetos anteriormente citados, também é uma forma de atestar a sua experiência. Inclusive, é comum que a medida que se avança em processos seletivos, os candidatos com melhores currículos sejam indagados sobre suas contas / usuários na plataforma.

É por meio do GitHub, que o recrutador com crivo técnico, terá uma ideia do que você é capaz, para além do que consta no currículo.

Ou seja, é também parte do portfólio e uma alternativa para mostrar que você sabe, em vez de apenas afirmar que sabe.

6. Empreendedorismo Digital

Apesar de tudo o que você fez até aqui ter como propósito trabalhar para alguém, na verdade também fez de você um empreendedor digital, ainda que por motivações e finalidades diferentes.

Aliás, há um razoável número de casos de pessoas que descobrem sua natureza empreendedora, apenas tentando sobreviver.

Dependendo do quão bem você se saiu nas etapas 3 e 4, não só é possível lucrar mais do que inicialmente, como até mesmo superar a remuneração de um trabalho como Web dev iniciante, ampliando sua prestação de serviços com um plano de revenda de hospedagem.

Muitos revendedores já foram apenas desenvolvedores e que enxergaram que nessa nova condição, poderiam oferecer uma solução mais completa aos seus clientes, como por exemplo, suporte e manutenção.

Tornar-se um revendedor de hospedagem, também possibilita aos mais engajados, adquirir conhecimentos e prática que nem mesmo os cursos mais completos são capazes de oferecer, como configurar uma conta, conhecer a fundo um painel de controle, ou quem sabe, ter acesso aos bastidores do ambiente de hospedagem.

E se já não fosse suficientemente atrativo, se adequadamente administrado, pode ser conciliável com o trabalho como empregado em uma empresa, resultando em fonte de renda adicional.

Caso isso lhe interesse ou talvez seja, necessário em algum momento, empresas como a HostMídia cuidam da migração para você.

7. Suas ideias

Quando na faculdade, na mesma medida que vamos aprendendo as coisas, vão surgindo as ideias. Algumas se materializaram e estão por aí. Inclusive, uma bem famosa deu origem aquela que já foi a principal rede social e que você deve saber de qual estamos falando.

Talvez seja o momento de investir parte do tempo que você ainda tem e aproveitar que você já dispõe de uma infraestrutura de hospedagem, para tirar aquelas velhas ideias do papel.

Pode ser aquele sistema ou app que facilite pedir mais uma gelada happy hour. Quem sabe, um novo plugin que acrescenta uma nova funcionalidade ao WordPress. Dependendo do que for, seu próprio site pode servir de laboratório.

Nesse patamar, além de exercitar – e adquirir mais experiência – o que você conhece, você mostra que entre suas qualidades, a criatividade e a iniciativa são algumas delas e que são soft skills altamente desejáveis para quem pretende atuar na Internet.

8. Redes sociais

Não é de hoje que os responsáveis pelo processo de recrutamento e seleção, também avaliam as redes sociais dos candidatos em algum momento.

Por isso, cuide com inteligência, carinho e discernimento do conteúdo das suas redes sociais.

Os tipos de assuntos pelos quais você se interessa, o que posta e que empresas você segue, os cursos pós-formação e/ou especialização que você eventualmente está fazendo, os livros que está lendo, podem dizer muita coisa a seu respeito.

Lembre-se também que as redes sociais têm sido um meio para fazer negócios e não apenas socializar, por mais que ultimamente elas mereçam mais serem chamadas de antissociais.

E essa é mais uma razão pela qual é importante zelar pelo conteúdo daquelas que você participa. Ou será que você terá que dizer que não está em nenhuma ou ficará constrangido em fornecer a um selecionador ou candidato a cliente, quando pedirem seu contato no Insta ou Face?

Conclusão

Dependendo de quais caminhos você escolhe, tentar ingressar inexperiente no mercado de trabalho do desenvolvimento Web, pode ser ou não um grande desafio.

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