Como criar conteúdo do site da micro e pequena empresa?
Quantas vezes você acessou sites de empresas e saiu deles da mesma forma que entrou, ou seja, sem respostas. Ou pior, com ainda mais dúvidas do que tinha antes
Pois saiba que eles são muitos e em alguns segmentos, são a maioria. Mas a pergunta que importa no caso, é: “Será que o seu site não se inclui nesse imenso grupo?”.
Se o seu site corresponde ao de uma micro ou pequena empresa, são grandes as chances de que o conteúdo seja parecido com tantos outros, ainda que você tenha se preocupado com alguma diferenciação ou que ele tivesse a “cara da empresa”.
Quer mudar isso? Quer que o seu conteúdo reflita verdadeiramente o negócio? Mais ainda, quer que ele traga de fato clientes?
Então atenção, porque nas próximas linhas vamos te ensinar como fazer…
O cenário das micro e pequenas empresas
Antes de entrarmos nas dicas e exemplos práticos de como criar conteúdo para o site de uma micro ou pequena empresa, é de fundamental importância entender o cenário dessas empresas no Brasil e que se você está aqui, é porque se inclui nele.
Isso porque muitas das “fórmulas” que existem ou são traduções de conceitos criados por especialistas de atuação e reconhecimento global, ou são bastante adequadas e aplicáveis apenas às grandes empresas e grupos empresariais e que por sua vez, também são geralmente o foco desses especialistas.
E bem, você e a maioria se esforça para fazer tudo – ou o máximo possível – igualzinho consta nos diversos guias que prometem revelar todos os “segredos”, afinal eles são os “gurus” do assunto.
Mas a realidade de uma micro e pequena empresa, pode e geralmente é, bastante diferente e por essa razão, nem tudo que vale para elas, vale também para sua empresa.
A conclusão óbvia, é que os resultados também pode ser bem diferentes.
Outro ponto importante, é o efeito prático desse mundo de informação que existe na Internet sobre criação de conteúdo.
É provável que você tenha pesquisado muito a respeito, para tentar aplicar pelo menos alguns dos conceitos defendidos e com isso, obter o sucesso que a Internet pode produzir, não é mesmo?
Mas nesse ponto, voltamos ao início desse bate-papo, ou seja, muita coisa você não entendeu, ou entendeu, mas não soube como ajustar e aplicar à realidade do seu negócio. A verdade é que a linguagem usada, não ajuda. Um monte de palavras e termos que a maioria não conhece e as explicações que acompanham essa conversa toda, mais confundem do que esclarecem.
Todos dizem que o mais importante, é ter muito claro quem é a persona, mas complicam demais na hora de dizer que persona nada mais é do que aquele consumidor que você conhece muito detalhadamente a seu respeito e que representa o cliente mais típico da sua empresa.
Conhece não porque encomendou uma extensa e complexa – e também cara! – pesquisa a uma empresa especializada, mas porque você atende pessoalmente e com frequência muitos desses clientes, conversa com eles, alguns são clientes há anos e há até casos em que você já esteja atendendo a segunda geração da família.
Mas apesar de todo o conhecimento que você tem do segmento em que atua, da concorrência, dos clientes, a teoria que existe aos montes nos mais diversos sites, não explica como aliar um conhecimento ao outro e produzir resultados reais.
Você se cansa, fica desanimado, acha tudo muito complicado e no final, acaba fazendo como todos os seus concorrentes já fazem. Já falamos sobre isso, em especial no “paradigma do site institucional”, no post sobre Marketing de Conteúdo para micro e pequenas empresas e cuja leitura recomendamos, pois tem tudo a ver com esse aqui.
O resultado não poderia ser outro. Seu site institucional recebe umas poucas dezenas – ou nem isso – de visitas mensais, meia dúzia de consultas divididas entre e-mail e atendimento telefônico e nenhuma venda, ou pelo menos alguma que você consiga identificar claramente.
É óbvio, afinal compreender o Google Analytics, as tais métricas do site, os tão falados Marketing Digital e SEO e mais a imensa sopa de letrinhas da área e ainda conseguir por reunir e aplicar tudo, parece coisa de louco!
Se você se enxergou nesse cenário, então o próximo tópico promete mudar a forma de criar conteúdo para o site, sem ter que ser um especialista em Internet e todos os seus “segredos”.
7 dicas para criar conteúdo para sites de micro e pequenas empresas
Antes de colocarmos a mão na massa, é importante salientarmos alguns pontos.
Nem tudo é aplicável da mesma forma, uma vez que a variedade de negócios é imensa. Em outras palavras, o que pode servir muito bem a um estabelecimento varejista, pode ser impraticável no caso de um prestador de serviços residenciais.
Da observação acima, conclui-se que não é possível cobrirmos de exemplos a variedade de atividades comerciais existentes.
A ideia é “ensinar” como pensar e enxergar o seu negócio com os olhos dos seus clientes e não com seus próprios.
1. Modelo ou tipo de site
A primeira dica não é propriamente sobre conteúdo, mas frequentemente afeta sua criação e logo isso ficará mais claro.
Seu site não precisa seguir nenhum modelo ou tipo de site mais comum. Não se apegue a rótulos, porque isso em alguma medida limita o seu conteúdo.
Pense nos sites institucionais típicos. Todos eles – ou a grande maioria – têm uma estrutura básica, composta por uma home page, uma página de produtos ou serviços, a página quem somos, outra de contato ou fale conosco. Eventualmente e dependendo do que o empresário acha importante mostrar aos seus clientes, alguma outra.
A partir desse modelo, a grande maioria pensa em conteúdo para preencher cada uma dessas páginas e acaba caindo na mesma armadilha, ou seja, mudam as palavras do conteúdo, mas dizem as mesmas coisas. Na verdade, não dizem nada do que os possíveis clientes queriam encontrar.
A realidade é que a maioria dos sites institucionais é muito chato, quadrado, ultrapassado e não vende nada a ninguém. Quase um peso morto!
Ou você acha realmente que alguém lê e quem lê, sente-se impactado pelo conteúdo formal, minuciosamente estudado e repleto de palavras estranhas ao vocabulário popular e que costuma caracterizar a página “quem somos” de muitos desses sites? Sinceramente, não!
E aqui retornamos ao princípio, porque no caso de uma grande empresa que busca outra capaz de lhe prestar um serviço, isso pode ser de alguma relevância, mas que não condiz com a realidade de um operário que busca um advogado trabalhista para representá-lo em uma ação contra seu antigo empregador.
2. Use sua experiência e conhecimento dos seus clientes
Quanto mais experiência atuando em um segmento, mais conhecimento se tem daqueles que são seus clientes típicos (personas, se preferir), a qual deve servir para elaborar os conteúdos do site.
Quais as perguntas que os clientes mais frequentemente fazem nas diferentes situações de atendimento? Quais dúvidas mais comuns? Que objeções costumam ocorrer nas diferentes situações de vendas? O que ocorre mais comumente no pós-venda? Quais as necessidades e desejos que os produtos / serviços mais importam a eles? Por quais razões eles escolhem comprar da sua empresa e não dos concorrentes?
Certamente tudo isso deve ser também usual em relação aos clientes em potencial e, portanto, precisa constar como conteúdo do tipo de site escolhido.
3. Avaliações do Google
Não tem tanta experiência assim, ou pior, está ingressando na área? Use as avaliações do Google para conhecer o que se passa na cabeça do seu público.
Quando se pesquisa sobre estabelecimentos comerciais no Google e as empresas em questão tem um “Perfil da Empresa”, entre as informações relacionadas ao negócio, há uma parte reservada para “perguntas e respostas”.
Note que somadas aos comentários contidos nas avaliações, da mesma forma que no item anterior (experiência / conhecimento), constituem tanto as questões corriqueiras, quanto as importantes para que alguém dê preferência para uma empresa em detrimento de outras.
4. Use imagens
A Web hoje em dia é muito mais visual do que textual e conteúdo na forma de imagens, é também conteúdo informativo.
Considere um notebook, por exemplo. Boas imagens, em quantidade suficiente e que exploram os detalhes do equipamento, podem ser tão ou mais úteis do que apenas uma extensa ficha técnica do modelo.
Não que conteúdo técnico não seja importante. Sim, é. Mas apenas para uma parcela. E os leigos?
Ou quem sabe no caso de um restaurante, situação na qual fotos dos ambientes, dos pratos, da cozinha, são bem mais convidativas do que qualquer coisa que se diga, sobre o chef, sobre os preparos, ou qualquer outra questão.
5. Use suas redes sociais
Se sua empresa está nas redes sociais, aproveite o conteúdo que é produzido para elas e use-os também no seu site, especialmente as que são mais visuais, como é o caso do Instagram, TikTok e YouTube.
Sim, porque os vídeos delas são facilmente incorporáveis. Inclusive se seu site é baseado no WordPress, há plugins que tornam o processo fácil.
Além de poupar trabalho de criar conteúdos exclusivos, consegue-se enriquecer o site com outros formatos de conteúdo que muitas são mais propícios ao consumo, que é o caso dos vídeos.
Esse é um cuidado importante, porque como se sabe, nem todo mundo está nas redes sociais.
6. Crie conteúdos de consumo rápido
É preciso ter em mente que mais do que nunca, quem usa a Internet, busca respostas simples, diretas, objetivas e que muitas vezes são decisivas para fazerem sua escolha.
Mas também há gerações que possuem características que literalmente as afastam de determinados tipos de conteúdo, como um texto igual a esse. São raros os Millennials, Z’s e Alphas que “perdem” seu tempo lendo qualquer coisa que não possa ser escrita em uma ou duas linhas, exceto quando for absolutamente necessário.
Em vez disso, preferem procurar um vídeo e melhor ainda se for um short ou um reels, os conhecidos vídeos curtos do YouTube e Instagram.
Mas quando por qualquer razão o conteúdo na forma de texto for a única opção, procure responder de forma objetiva e direta, similar ao que se usa em um FAQ. Aliás, se for o caso, pode ser parte importante do seu site.
Quando se combina com essa com as dicas 3, 4 e 5, consegue-se algo que constitui uma dificuldade frequente dos pequenos negócios, que é a produção de conteúdo novo e posicionar bem nas páginas de resultados para determinadas pesquisas. Além disso, favorece a próxima dica.
7. Frequência de conteúdos
A frequência e a constância na produção de novos conteúdos, é um fator que contribui para o engajamento dos clientes / visitantes. Saiba que nenhum site, nenhuma conta em rede social, que parecem abandonados ou que seus conteúdos são antigos, conseguem manter seu público.
O internauta é movido por novidade.
Por isso, não se preocupe em esgotar um assunto em um post ou em uma publicação qualquer, seja no blog, seja em uma rede social. Estude desdobramentos, outras abordagens, particularidades e detalhes sobre um tema e que podem gerar um conteúdo novo.
Esse tipo de tratamento, se combinado com as dicas 3, 4, 5 e 6, permitirá que sempre seja possível criar algo novo, interessante e atraente a uma parcela do seu público.
Conclusão
A produção do conteúdo do site de micro e pequenas empresas, deve levar em consideração as particularidades que as diferem das médias e grandes empresas.