As 10 Redes Sociais mais usadas no Brasil

Apesar de que nem todo mundo está nas redes sociais, é inegável que o contingente das pessoas que está, é imenso e por essa razão, conhecer tantos detalhes quanto for possível do cenário no país, tem valor ímpar para aqueles que pensam de modo bem planejado sua presença digital.

Por isso, como vimos fazendo já a algum tempo, atualizamos o ranking das redes sociais mais usadas no Brasil.

Mas não se trata apenas de mais um top 10, como há muitos por aí. A ideia é contextualizar os dados, de modo que os responsáveis das estratégias possam tomas decisões mais embasadas e consequentemente, colham resultados melhores.

Por que seu negócio deve estar nas redes sociais?

Sejam as empresas dos mais diversos segmentos de atuação e de diferentes portes, sejam os profissionais liberais, autônomos e freelancers, sejam ainda os usuários finais, é no mínimo intuitivo que estar em alguma rede social, em algum momento traz algum tipo de benefício.

Todavia, para um negócio qualquer, as razões precisam ser mais precisas e fundamentadas.

Os diferentes dados estatísticos disponíveis, apontam que em média 60% da população global está presente em alguma rede social. No Brasil, esse número é superior a 70%, o que confirma o que a maioria suspeita, ou seja, que o brasileiro é um grande adepto desse fenômeno Web.

Aliás, em 2023, já se passaram 17 anos da criação daquela que se não foi a primeira, foi a mais popular e mais bem-sucedida rede social até então – o Orkut.

Quando o Orkut surgiu, ingressar nele não era possível para todos e as pessoas nem sabiam bem do que se tratava. Era preciso receber um convite de alguém que já fizesse parte da rede e que só poderia enviar até 30 convites.

Os primeiros a ingressar, foram os colaboradores do próprio Google, onde Orkut Büyükkökten um engenheiro de software turco trabalhava e que concluiu o projeto independente de rede social que havia concebido inicialmente na Universidade de Stanford.

Mas isso não foi limitação para seu gigantesco e rápido crescimento, logo dominando o mundo e especialmente usuário brasileiro.

Apenas 4 anos depois de sua criação, em 2008, o Brasil tomou o posto de país com maior número de usuários do Orkut no mundo, com mais de 40 milhões, condição que se manteve até o encerramento da rede, 10 anos depois.

Durante esses 17 anos, várias outras redes sociais surgiram, cada qual com suas próprias propostas e conceitos, muitas vezes bem diferentes das mais populares, mas assim como a primeira, algumas também naufragaram e diferentemente dela, sem terem alcançado o mesmo sucesso.

São algumas dezenas de sites / serviços com enfoque na relação social entre pessoas, ainda que a proposta inicial não tenha sido essa, como é o caso do YouTube, o qual alguns classificam não como rede social, mas mídia social.

Não importa de qual plataforma estamos falando, o fato é que entre as mais populares, o Brasil sempre apareceu nas primeiras posições quando o assunto é o número de usuários, comprovando o poder e influência que as mídias sociais têm em "Terra Brasilis".

Porém a aparente maior paixão que o brasileiro tem pelas redes sociais, não é razão suficiente para justificar que todo negócio deve concentrar esforços para estar nelas. É preciso ir além e ser mais específico.

Principais razões do uso da InternetFonte: https://www.gwi.com/

Quando avaliamos os dados acima, vemos que em termos médios, 3 em cada 4 pessoas justificam que entre os principais motivos para usarem a Internet, estão a busca por informações (finding information) e a pesquisa sobre como fazer coisas (researching how to do things).

Esse é um importante dado, que explica em parte o sucesso de determinados canais em uma das principais redes sociais no país, novamente o YouTube.

Se até não muito tempo atrás tinham destaque youtubers cujo conteúdo era mais difícil de definir em uma só ou pouquíssimas palavras, canais como “Manual do Mundo” ou os menos genéricos “Ciência Todo Dia” e “SpaceToday”, vêm angariando um público que mostra que brasileiro gosta de conteúdo de qualidade e de conhecer os porquês das coisas, até em um tema tão específico, como trata o último.

Na esteira de como fazer as coisas, pode ser algo para comer, como é o caso do canal da “Paola Carosella”, ou talvez coisas do dia a dia e de modo prático e rápido, como se propõe o “Almanaque SOS”, ou quem sabe cuidados com o corpo, como ensina o “Renato Cariani”.

Não importa o assunto, está claro que cada vez mais o brasileiro busca conhecimento avalizado e bem fundamentado e o YouTube e a forma como esse tipo de conteúdo pode ser consumido, é praticamente imbatível.

Em outras palavras, ainda que alguém não se sente à frente do seu notebook ou passe a mão no celular para deliberadamente acessar uma rede social qualquer, pode acabar em uma, por outras razões.

Todavia, ainda que a dedução acima nos dê mais subsídios para decidir, ainda não é suficiente. A mesma pesquisa acaba por reforçar um dado anteriormente observável.

Principais razões do uso das redes sociaisFonte: https://www.gwi.com/

Vê-se que diferentemente do que somos inicialmente inclinados a supor, quando a intenção é acessar uma rede social, a principal motivação dos usuários, é manter contato com amigos e familiares (keeping in touch with friends and family).

As razões que justificam o porquê de acessar a Internet, caem para quarta e quinta posições, apesar dos dados não serem exatamente relativos a situações idênticas.

Logo, vê-se que quando mudam as intenções, mudam também as motivações.

Conhecer essas motivações do usuário, faz toda diferença!

Considerações sobre os dados usados

Antes de irmos ao ranking, é preciso destacar alguns aspectos dos dados usados para determiná-lo. Isso se faz importante, especialmente porque no intervalo de apenas alguns meses, ou semanas às vezes, muita coisa pode mudar e exemplos não faltam para sustentar essa afirmação.

Foi o caso por exemplo do Threads, que por ocasião do seu lançamento pareceu que seria a real ameaça ao Twitter – na verdade agora X – que o Mastodon e o Koo falharam em ser. Em poucos dias conseguiu 100 milhões de usuários, para pouco tempo depois observar uma queda de 20% no número de usuários ativos.

Especificamente em relação aos dados, optamos por nos basear no Digital 2023 Global Overview Report, um grande compilado de dados elaborado pela We Are Social em parceria com a Meltwater e deveu-se ao fato de que nos últimos anos (desde 2015) esse tipo de relatório vem sendo feito com base em dados colhidos junto a nomes importantes e conhecidos no segmento, como GWI, Statista, Data.ai, Semrush, GSMA Intelligence, entre outros.

Outro fator que deve ser levado em consideração, é que diferentes metodologias podem ser utilizadas no levantamento de dados estatísticos e que podem resultar em algumas discrepâncias a depender da empresa que os apresenta.

Um exemplo, é a frequência de acesso necessária para considerar um usuário como ativo. Diferentes frequências, resultam em diferentes números totais de usuários ativos por rede social.

Apesar disso, quando comparamos os dados do relatório da We Are Social, com outros números apresentados em outras fontes também dignas de crédito, observam-se diferenças pequenas, da ordem de 2 ou 3% ou até inferior, o que confere segurança na avaliação.

Com essas considerações em mente, vamos ao que interessa…

Quais as redes sociais mais usadas no Brasil?

A disputa pelas posições de liderança em termos de usuários globais, é acirrada.

No entanto, no Brasil é possível encontrar particularidades. É o caso dos ocupantes da primeira até a quarta posições, que apresentaram mudanças importantes em 2023 se compararmos com 2021, mas que em termos globais, ainda mantém-se inalteradas.

Outro ponto extremamente importante, é que na pesquisa feita o YouTube não consta entre as alternativas de rede social e, portanto, não aparece no ranking da We Are Social. Porém como sabemos que sua representatividade é grande, recorremos a outras fontes para obter o número mais confiável possível e assim calcular o seu percentual.

Pelo resultado obtido, ficará claro porque não poderia ser deixado de fora.

Por fim, mas não menos importante, a população brasileira que tem acesso à Internet, varia entre 79,8% (172,2 milhões) e 82,5% (178,1 milhões) do total de 215,8 milhões estimados na ocasião, quando ainda não havia a divulgação oficial do Censo do Brasil pelo IBGE e que sabemos agora que é inferior.

A nossa população é de 203,1 milhões.

No entanto, como a metodologia se baseia em percentual com base em espaço amostral e isso não muda, é razoavelmente seguro aplicar tais percentuais aos números corretos, que foi o que fizemos.

1. YouTube

Em números absolutos e, portanto, independente de percentuais, são 142 milhões de usuários ativos / mês, segundo dados obtidos do alcance de audiência publicitária, publicados nos recursos próprios do YouTube em abril de 2023.

Esse número é ligeiramente inferior à aplicação do percentual verificado para o WhatsApp no estudo do We Are Social, mas com base em uma população estimada de 215,8 milhões e que vimos ser menor. Logo, ao considerarmos os números do IBGE e que são os oficiais, esses 142 milhões colocam o YouTube em primeiro lugar.

Fundado em 2005, pode-se dizer que o YouTube é sinônimo de vídeos na Web.

A facilidade de publicar um vídeo no YouTube, bastando para isso um celular com câmera e acesso à Internet, foi uma das razões do seu sucesso, já que essa é a atualmente a principal maneira de acesso à rede global de computadores.

A plataforma tem evoluído de modo a adaptar-se às novas demandas, como o Live Marketing e os shorts.

Os números são colossais e alguns são difíceis de quantificar usando os parâmetros que estamos acostumados e do quão grande algo pode ser, como por exemplo, o volume de dados ocupados por todos os vídeos já publicados e, por isso vamos apresentar alguns outros que são representativos do que é o canal e que demonstram seu gigantismo:

  • O YouTube é o segundo maior mecanismo de busca do mundo, por meio da sua busca interna, perdendo apenas para o Google, a quem pertence e o segundo site mais visitado, ficando atrás apenas do Google;

  • Mais de 1 bilhão de horas de vídeos são assistidas diariamente e supera o volume de NetFlix e Facebook somados;

  • Mais de 720.000 horas de vídeo são enviadas para a plataforma diariamente;

  • O YouTube Shorts ultrapassou mais de 50 bilhões de visualizações diárias em fevereiro de 2023.

O YouTube foi o primeiro site de compartilhamento de vídeos em grande escala na Web e está disponível em mais de 100 países, 80 idiomas, com mais de 2,7 bilhões de usuários.

Embora tenha nascido com outra vocação, aos poucos a plataforma tem ganhado contornos de rede social, na medida em que cada vez mais os produtores de conteúdo têm usado o feedback da sua audiência, usado hashtags e conseguindo reunir amantes de diversos temas e capitalizando para outras redes sociais.

Por fim, mas não menos importante, um fator decisivo conta a seu favor, o fato de que seu conteúdo é acessível por qualquer pessoa com acesso à Internet, tendo ou não uma conta na plataforma. Em várias outras, é preciso ter uma conta e às vezes, também ter o app instalado.

2. WhatsApp

Há quem diga que tecnicamente o WhatsApp não é uma rede social típica, mas apenas um aplicativo de comunicação instantânea.

Por outro lado, é preciso considerar que os recursos de socialização de que dispõe, como por exemplo, os grupos, fazem dele também uma espécie de rede social com características particulares.

A verdade é que se trata de outro nome expressivo mundialmente e em nosso país, com aproximadamente 2 bilhões de usuários totais, dos quais 133,9 milhões são brasileiros e com base no número corrigido (dados IBGE).

Independente do número final, 93,4% são usuários ativos / regulares entre 16 a 64 anos, do aplicativo que é mais conhecido por Zapzap por alguns, ou só Zap, por outros. Como a gente sabe que tem gente abaixo e acima desse intervalo, o número é ainda maior e deve colocá-lo bem próximo do primeiro colocado.

Desde que foi adquirido pelo Facebook, o híbrido de aplicativo e rede social, consolidou-se não apenas como uma das principais formas de comunicação digital entre pessoas, mas também no segmento de negócios, onde muitas empresas usam-no para atendimento a clientes em muitas situações, aproveitando-se da familiaridade que os clientes têm com a ferramenta.

Outro atrativo para a utilização “business do Zap”, é o fato de que muitos planos de operadoras de telefonia permitem uso ilimitado do aplicativo, sem descontar do pacote de dados.

Somam-se a isso outros fatores, como a substituição da função de telefonemas do celular “economizando” os créditos do plano de telefonia, as chamadas de vídeo, o uso do internetês que torna a comunicação rápida e fácil e ainda a possibilidade de anexar diferentes formatos de arquivos, fizeram o WhatsApp cair no gosto do brasileiro, sendo difícil imaginar algum concorrente capaz de “roubar” o seu lugar.

3. Instagram

O terceiro lugar não chega a ser uma surpresa. O crescimento e a adoção do Insta – como é chamado por aqui – como sendo uma das redes sociais preferidas, já era imaginado e só faltava um embasamento estatístico para confirmar.

89,8% dos brasileiros entre 16 e 64 anos com acesso à Internet, ou seja, 128,8 milhões (com base no Censo do IBGE) acessam pelo menos uma vez ao mês o Instagram.

Concebido inicialmente para ser exclusivamente acessado no ambiente mobile, embora atualmente seja também possível acessá-lo por um navegador web de desktop, é nítido que seu ambiente ainda privilegia os dispositivos móveis.

Assim como o “Whats”, o Instagram também foi um caso de aquisição por parte do Facebook, no ano de 2012, dessa vez por módicos 1 bilhão de dólares.

Nascido como um aplicativo gratuito de compartilhamento de fotos e vídeos, disponível para dispositivos Apple iOS, Android e Windows Phone, atualmente sua gama de recursos permite usos bem mais flexíveis e úteis para interação, como os reels, perguntas, enquetes, e GIFs animados, para citar apenas o mais comum.

O crescimento de contas empresariais no Instagram, foi imenso e muitas delas têm usado a plataforma para promover sua marca, seus produtos e serviços na rede social. Essas contas têm acesso a métricas de engajamento e impressões, o que possibilita avaliar a eficiência das campanhas realizadas.

O crescimento comercial do Instagram por essas características, é um dos maiores entre todas as redes sociais e também é um forte indicativo da sua vocação para os negócios, servindo de instrumento de inserção de muitas marcas nas redes sociais.

4. Facebook

Os números do Facebook já não são os mesmos de outros tempos, principalmente no Brasil, mas também globalmente, levando inclusive a questionamentos por parte de acionistas quanto aos rumos e decisões equivocadas de Mark Zuckerberg, que aliás suscitaram discussões controvertidas e a possibilidade – remota, é verdade – do fim das redes sociais.

Também foi em razão de uma série de fatos, como nos casos de uso e manipulação indevido de dados (escândalo da Cambridge Analytica), falta de políticas e ações precisas quanto aos conteúdos baseados em fake news, discurso de ódio e total falta de transparência em uma série de questões, que se começou a questionar se em vez do seu caráter primário, não estava merecendo ser chamada de rede antissocial.

Apesar de todos os contratempos, ainda ocupa lugar de destaque, com 86,8% de participação, que equivale a 124,5 milhões de usuários. É ainda um número gigantesco, mesmo diante da perda contínua de usuários ativos e de anunciantes.

Quando avaliamos em termos globais, o país é o quarto em números absolutos de usuários, atrás somente de Índia, Estados Unidos e Indonésia.

Mesmo diante de um cenário que já não é tão positivo quanto foi, ainda é uma rede social versátil e abrangente em termos do público que está presente e consegue oferecer um bom arsenal de funcionalidades que são bastante úteis para uma empresa relacionar-se com seus clientes.

5. TitTok

Na quinta posição um nome que não surpreende e apenas confirma o que já se suspeitava, o consistente e sólido crescimento da rede que foi considerada um fenômeno, conquistando rapidamente um grande contingente de usuários.

O TikTok é o “caçula” do ranking, uma vez que foi lançado em 2016 na China, onde é chamado de Douyin e que inicialmente se resumia a um aplicativo para plataformas Android e iOS, com a finalidade de criar e compartilhar vídeos curtos (15 segundos) na Internet.

Compreensível o sucesso, já que especialmente as gerações mais jovens são particularmente estimuladas por conteúdos de rápido consumo.

Aliás, o êxito enorme que tiveram os vídeos “relâmpagos”, motivou muitas das demais plataformas a criarem versões semelhantes, sendo que cada qual “batizou” com um nome diferente (reels, shorts, etc).

Números publicados nos recursos publicitários da ByteDance, a empresa proprietária, indicam que o TikTok tinha 82,21 milhões de usuários com 18 anos ou mais no Brasil no início de 2023.

Esse número não bate com os dados do Digital 2023 Global Overview Report (65,9% e 94,5 milhões), porém estes dados contemplam usuários a partir dos 16 anos e se sabe que nesse intervalo (16~18 anos), há uma grande concentração de público adepto da plataforma, o que pode justificar a diferença.

Seja qual for o caso, ambos os números confirmam sua posição como 5ª rede mais popular no país.

6. Facebook Messenger

Não é exagero dizer que a sexta posição se deve ao histórico de sucesso da rede que por muito tempo foi líder. Isso porque o Facebook Messenger é o serviço de mensagens e bate-papo gratuito do Facebook, que possui seu próprio aplicativo e plataforma.

O Messenger, como costuma ser chamado, mas que também já foi a designação do mais antigo aplicativo da Microsoft, foi incorporado ao Facebook em 2011 e desvinculado em 2016. A partir de então, o download do aplicativo Messenger tornou-se obrigatório para usuários da rede social para acesso mobile, tanto que na relação de apps ele aparece individualmente.

Com a mudança, deixou de ser possível responder mensagens instantâneas no Facebook, obrigando aos usuários baixá-lo – quando não vinha instalado por padrão nos smartphones – e utilizá-lo.

Além da facilidade da comunicação instantânea entre usuários do Face, contou a seu favor a possibilidade das empresas poderem ter robôs de atendimento e respostas, o que potencializou a atuação com propósito empresarial da “rede principal” (o Facebook) e do comunicador.

São 65,1% dos usuários de redes sociais no Brasil, o que representa pouco mais de 93 milhões de pessoas.

7. Telegram

Se no caso do TikTok não houve surpresa com seu posicionamento, não se pode dizer o mesmo do Telegram, o aplicativo de mensagens russo, que ganhou popularidade inicialmente com as instabilidades no WhatsApp e Facebook Messenger.

Mas não foi só isso que o impulsionou, mas recursos que prometiam diferencial em relação aos “concorrentes”, como a possibilidade de criar “chats secretos” e mensagens que eram removidas automaticamente após um período, ou ainda grupos imensos com até 200 mil usuários.

No Brasil em particular, os 59% de usuários e que significam mais de 84 milhões, predominam os homens, das classes A e B e majoritariamente na faixa etária até 29 anos. Porém observou-se que entre os serviços do tipo, seus usuários são os que produzem o menor engajamento, o que é um dado importante a se considerar, quando o assunto é fazer negócios.

Entre os recursos mais comuns, os usuários podem fazer chamadas com vídeo, enviar mensagens e trocar fotos, vídeos e arquivos de qualquer tipo, mensagens silenciosas e agendadas, traduções de bate-papo e mensagens e usar bots.

8. Kwai

A terceira “novidade” do ranking, o Kwai (na China é chamado Kuaishou), assim como o TikTok, é uma rede criada na China e também baseada no compartilhamento de vídeos curtos, embora seja anterior, o que responde quem “copiou” quem.

Apesar de ter “desembarcado” no Brasil só em 2019, já são 80 milhões de usuários (55,8%), predominantemente jovens e adolescentes.

Tanto no Brasil, como no mundo, além do conceito de vídeos curtos, seu sucesso deveu-se a um grande sistema de monetização de conteúdos, que possibilita remunerar mesmo quem não tem muitos seguidores e inclui uma variedade de ações, desde o envio de convites, chech-in diário na plataforma, assistir vídeos e completar atividades, que rendem “Kwai Golds”, uma moeda da plataforma que uma vez que se atinge um determinado valor, pode ser resgatado.

Esse mecanismo e a facilidade de acumular Kwai Golds, seduziu muitos adolescentes, ajudando a impulsioná-la.

9. X (antigo Twitter)

Se no passado o Twitter – agora apenas X! - sempre figurava nas primeiras posições e constituía uma rede quase obrigatória de qualquer pessoa, ultimamente ela vem perdendo posições sucessivamente.

Sim, suas principais características, são também suas marcas registradas e diferenciais, como as hashtags e os trending topics e a utilização muito prática, rápida e que torna a interação entre pessoas, extremamente simples.

Apesar do declínio, ainda são mais de 68 milhões de usuários (47,7%), razoavelmente distribuídos em diferentes perfis, o que constitui um fator de atratividade ainda.

Entretanto, desde que Elon Musk adquiriu a empresa, uma sucessão de decisões, declarações e mudanças nas políticas e nos termos de uso, tem desagradado a grande maioria dos usuários, os quais têm buscado uma alternativa. Talvez só não tenha sucumbido perante concorrentes em potencial, como Mastodon, Koo e mais recentemente o Threads, porque nenhum se propôs a oferecer seus principais recursos de modo exatamente igual.

Já são anos acostumados ao jeito direto e rápido do Twitter / X de fazer as coisas.

A verdade é que o conjunto de polêmicas envolvendo a rede, vai bem além do que Musk cria e alimenta, como por exemplo, o uso exagerado de robôs ou a disseminação quase incontrolada de fake news e a falta de políticas claras para seu controle.

10. Pinterest

Encerrando o ranking das 10 redes sociais mais usadas no Brasil, aparece o Pinterest, com pouco mais de 66 milhões de usuários (46,4%).

O Pinterest chegou a ocupar a terceira posição entre as redes preferidas pelos brasileiros, porém perdeu terreno frente ao avanço de outras, como o Instagram.

O conceito que deu forma ao Pinterest é muito interessante e se você o compreende, o nome torna-se extremamente óbvio.

Todo mundo já viu quadros de cortiça feitos para se colocar fotos, notas, pedaços de papel e qualquer coisa com o objetivo de formar um mural de lembretes e coisas interessantes para ver e se lembrar, fixadas com tachinhas coloridas, que em inglês levam o nome de Pin.

Ou seja, prenda com um “pin”, alguma coisa de “interesse”. Bem interessante, não é?

Casa usuário dispõe de um conjunto de interesses selecionáveis, como por exemplo, decoração, gastronomia, tecnologia, moda, artes, etc e a partir daí a própria ferramenta aponta perfis compatíveis com os interesses do usuário, que podem ser seguidos ou não por ele.

Embora a ideia seja seguir pessoas que tenham interesses comuns aos nossos, que é o que forma a rede de relacionamentos, isso não é uma condição ou restrição.

É considerada como uma rede feminina, já que a absoluta maioria dos usuários são mulheres, as quais são razoavelmente bem distribuídas por faixa etária.

Bônus do ranking das redes mais usadas

Quando comparamos o ranking 2023 com os anos anteriores, se por um lado vemos nomes que pareciam apenas promessas, por outro, desapareceram outros que pareciam sólidos, como é o caso do LinkedIn, que conta com mais de 52 milhões de usuários ativos (36,5), que lhe coloca na 11ª posição, se o ranking contemplasse mais posições.

Não que ele tenha “encolhido” em número de usuários, até porque cresceu cerca de 7 milhões em relação a 2021, mas um crescimento que foi inferior ao apresentado pelas redes que fizeram com que ele deixasse a 5ª posição ocupada dois anos antes.

Outro nome que parecia promissor, mas cuja evolução não foi suficiente para manter sua posição, foi do Snapchat. Ele cresceu de 4% para 20% em dois anos, o que o coloca em 12º lugar na preferência nacional.

Conclusão

Conhecer as redes sociais mais populares no país, é ótima oportunidade para as empresas ampliarem seus relacionamentos e a comunicação com seus clientes constituídos e potenciais.

 

 

 

 

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