O que são cookies? Tudo o que você precisa saber...

Se você veio atrás de uma receita caseira dos deliciosos biscoitos, veio ao lugar errado! O nosso papo é sobre cookies de Internet.

O nome é o mesmo, mas se há alguma semelhança, termina por aí.

Provavelmente sua pesquisa tem a ver com a quantidade de sites que você visita e que ao serem acessados, exibem algo parecido com isso: “nós usamos cookies para personalizar anúncios e melhorar a sua experiência no site. Ao clicar em ‘aceito’, você estará concordando com nossa política de privacidade”.

Afinal o que são esses tais cookies, é o que muita gente tem perguntado. Também é natural imaginar que tipo de implicação há em aceitar ou não, bem como o que se deve fazer se o site permitir personalizar as permissões.

Então vamos esclarecer tudo isso…

O que são cookies?

Um cookie é um arquivo de texto que o site visitado pode armazenar no seu disco rígido quando você permite, juntamente com os demais arquivos que compõem o site, como imagens, arquivos HTML, ícones e outros arquivos que compõem o cache do navegador.

Geralmente os cookies de Internet são incrivelmente simples e ao mesmo tempo extremamente importantes, tanto para os usuários, como para os sites que são visitados por estes usuários.

Ao retornar a um site previamente visitado, a página acessada é capaz de recuperar o arquivo correspondente ao cookie que ela gerou, para “lembrar” desse acesso anterior e das suas preferências do visitante, por exemplo.

Assim, se você efetuou alguma personalização, efetuou uma busca interna, efetuou um login em uma área de usuário, todas as informações relativas a essas ações podem constar do cookie, para que você não tenha que repetir a personalização feita e informar novamente seu usuário e senha, na visita seguinte.

Graças aos cookies, que você não precisa efetuar o login todas as vezes que acessa seu e-mail do Gmail, ou o Facebook, a não ser que você tenha efetuado a limpeza do cache do seu navegador web ou utilizado um programa que faça esse tipo de limpeza, como o CCleaner.

Como funcionam os cookies?

Os dados contidos no arquivo de texto, ocorrem pelo menos aos pares, sendo uma chave correspondente ao nome e outra ao valor dessa chave ou identificador. Isso é tudo que os dados do cookie são.

O site só pode recuperar os dados armazenados em sua máquina, relativos ao cookie que ele gravou, ou seja, ele não tem acesso aos outros cookies gravados por outros sites, nem qualquer outra coisa em sua máquina.

Quando você digita uma URL de um site da Web no seu navegador, ou clica em um resultado da busca orgânica do Google ou no link externo contido em outro site, o navegador envia uma solicitação da página correspondente a essa URL ao site.

Suponhamos que você esteja acessando o serviço de e-mail gratuito do Gmail.

Então o navegador efetua uma busca na área do disco reservada ao armazenamento de cookies, pelo arquivo que o Gmail configurou e salvou no disco. Se encontrá-lo, o navegador enviará todos os pares de dados contidos no arquivo para o servidor do Gmail junto com a URL.

Se nenhum dado de cookie for enviado pelo navegador, o Gmail assume que não há uma visita anterior e então o servidor web cria um novo ID para esse acesso e o cookie correspondente.

Cada site visitado pode produzir diferentes conteúdos para os cookies gravados, o que significa que os pares de chaves e conteúdos variam.

O que há em um cookie?

Como mencionamos, cada site inclui em um cookie informações diferentes e que são definidas de acordo com seus interesses, necessidades e aspectos técnicos do site.

Portanto, é possível ter informações de usuário e senha, data de expiração, chaves e valores para diferentes áreas do site, fuso horário, entre muitas possibilidades.

É possível visualizar o conteúdo dos cookies de cada site que você acessa. Por exemplo, se você utiliza o Novo Edge, ao pressionar a tecla F12 e localizar à esquerda o cookie correspondente, verá os nomes das chaves, os respectivos valores, o domínio associado, o caminho, a expiração, o tamanho em bytes, entre outras possíveis informações.

Valores do cookie

Ao pressionar novamente F12, a janela de modo de desenvolvedor que foi aberta no procedimento acima, é fechada.

Por que cookies são importantes?

Além do que já vimos, ou seja, facilitar ou melhorar a experiência de navegação dos visitantes, devido a questões técnicas diversas, ao atribuir um cookie com um ID exclusivo para cada visitante, ele institui um método razoavelmente preciso de contagem de visitantes únicos, quantos visitantes são novos, quantos estão retornando e com que frequência ele retorna.

Os sites podem armazenar as preferências do usuário de forma que possam ter uma aparência diferente para cada visitante, quando por exemplo fornecem possibilidades de personalização dos recursos.

É graças a isso que se você informa seu CEP em um marketplace, a cada vez que consultar um produto, pode saber automaticamente o frete praticado por cada vendedor, sem que tenha todas as vezes que informar o CEP.

Inclusive o atual funcionamento dos sites de e-commerce e o conceito de carrinho, só é possível por conta dos cookies. Cada item que você adiciona ao seu carrinho é vinculado ao seu ID contido no cookie e armazenado no banco de dados do site. Ao finalizar a compra, ele recupera as informações do banco de dados de forma a poder listar cada item incluído no carrinho e vinculado ao ID.

Note que a importância do cookie no exemplo acima, é porque ele contém um ID (um nome de chave e respectivo valor) único que o diferencia dos demais visitantes e que permite vincular e resgatar do banco de dados todas as informações relativas ao preenchimento de formulários, cliques, navegação e tudo o que foi feito naquela sessão de acesso.

Quais os tipos de cookie?

Quando avaliamos sob a ótica do “tempo de vida”, há dois tipos de cookie: cookies de sessão e cookies persistentes.

  • Cookie de sessão – se um cookie não contiver uma data de validade, ele é denominado cookie de sessão e é armazenado na memória e não é gravado no disco. Quando você encerra o navegador, ele permanentemente apagado da memória;

  • Cookie persistente – se o cookie contiver uma data de validade, ele é denominado persistente e por vezes também cookies primários ou permanentes. Esse é o tipo usado por exemplo, no Gmail ou no Facebook, que é gravado no disco do seu dispositivo e que evita que você tenha que informar os dados de acesso toda vez que retorna aos respectivos sites. Na data de validade estipulada na criação, o cookie será removido do disco.

Porém há também um terceiro tipo que envolve polêmica a seu respeito – cookies de terceiros e/ou de rastreamento.

Cookies de terceiros e cookies de rastreamento, não são sinônimos, mas na grande maioria das vezes, os de terceiros são gravados com o propósito de efetuar rastreamento.

Como é de se supor pelo nome (de terceiros), eles são utilizados por um domínio que não é aquele que você está acessando e tem por objetivo, rastrear o usuário, coletando informações como por exemplo, o seu histórico de navegação e que vão permitir orientar ações por parte da empresa responsável pelo cookie, como a exibição de publicidade com base nos sites e páginas que o usuário acessou.

Há muitos usuários que não se importam com isso, mas há aqueles que nem mesmo sabem que essa prática está sendo adotada, seja porque não leram a política de privacidade do site acessado e simplesmente aceitaram ou na pior hipótese, o site não teve uma postura ética e não está adequado à LGPD e não informa a respeito.

O que está em jogo e que é uma das razões da discussão, é a privacidade do internauta que não está sendo respeitada, mas há outras possíveis consequências negativas para o visitante.

Cookies são seguros?

Essa é uma pergunta frequente de muitos usuários.

O cookie propriamente não oferece risco. Conforme explicamos, é apenas um arquivo de texto e como tal, não oferece o risco potencial de um malware.

Independente de qual tipo de chave e valor seja gravado, ele não consegue produzir ações no seu dispositivo. Ele não é um arquivo executável e por isso não oferece risco por si só.

A preocupação deve ser por conta do tipo de informação que está sendo obtida, se por exemplo, um cookie de rastreamento foi gravado. A partir dos seus hábitos de navegação, técnicas de engenharia social podem ser usadas visando explorar aspectos de segurança inerentes ao mundo digital.

Ou seja, o cookie propriamente não é inseguro, mas as informações que ele pode dispor a seu respeito, podem acarretar problemas de segurança e desdobramentos relacionados.

Como gerenciar os cookies?

Diferentes navegadores para desktops, notebooks, ou dispositivos móveis, como um smartphone Android, oferecem também diferentes níveis de proteção para algumas situações mais comuns.

Uma das alternativas, é o modo privado ou anônimo. Todos os principais navegadores têm essa opção, por meio da qual os cookies relativos a todas as páginas acessadas, bem como histórico de navegação, dados de sites, senhas, URLs, e dados de formulário, são removidos quando o navegador é encerrado.

Dependendo do browser e da versão, outras opções podem ser configuradas ou estar disponíveis por padrão.

Geralmente pode-se efetuar o gerenciamento de cookies acessando a opções configurações, sabendo-se o que está permitido para todo e qualquer site, o que está bloqueado, bem como estipular uma lista de sites com preferências específicas.

Também é possível pela mesma opção, remover todos os cookies, ou removê-los na opção de remoção de histórico de navegação.

É importante salientar que os passos necessários variam de acordo com o navegador, a versão usada e até se trata-se de versão para desktop ou mobile, sendo necessário verificar no menu ajuda o tutorial correspondente

Conclusão

Os cookies são arquivos de texto que são utilizados pelos sites que visitamos e os navegadores usados para tais acesso, que entre outras coisas possibilitam comodidades e recursos, para internautas e donos de sites, mas que também envolvem nossa privacidade e até mesmo a segurança no mundo digital.

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