O que é EaD, vantagens e desvantagens e 5 plataformas gratuitas

O EaD (Ensino a Distância) não é exatamente uma novidade.

Ao longo dos últimos anos, tem crescido rapidamente, tanto no ambiente acadêmico, como também no corporativo e até mesmo como alternativa profissional para aqueles que detêm algum conhecimento que possa interessar a quem busque capacitação profissional.

Particularmente com a necessidade do distanciamento social para frear o avanço da COVID-19, observou-se um aumento pela implantação de plataformas de ensino ou educação a distância.

A proposta desse artigo, é esclarecer as dúvidas mais frequentes, fazer algumas considerações sobre as plataformas gratuitas, bem como abordar um pouco sobre as principais.

O que é EaD?

EaD é a sigla ou acrônimo para “Ensino a Distância” e que envolve o uso de tecnologias que possibilitam ensino, capacitação, treinamento e tudo que envolve tais práticas, sem que tanto alunos como professores estejam presencialmente e simultaneamente em um mesmo espaço físico, como ocorre no modelo tradicional de ensino.

O ensino ou educação a distância pode ocorrer de diversas formas, a depender tanto da proposta, dos objetivos pretendidos por quem ensina, dos recursos (investimento necessário, tecnologia disponível, etc), da metodologia de ensino / aprendizado, entre outros fatores.

Assim, dependendo do modelo adotado pela instituição ou empresa que aplica a educação a distância, as aulas podem ser em tempo real ou gravadas.

Geralmente em escolas, faculdades e universidades, as aulas ocorrem de modo similar ao modelo presencial, ou seja, em tempo real e em dias e horários preestabelecidos, de forma que possa haver a interação entre alunos e professores, tal como ocorre presencialmente.

Mas isso não é necessariamente uma regra e ao contrário, em muitos cursos universitários, especialmente os que são 100% nessa modalidade, os alunos têm liberdade de assistirem as aulas (gravadas) nos dias e horários que mais lhes convir.

Quando há propostas distintas, como em muitas situações do ambiente corporativo, as aulas podem ser gravadas, permitindo que os treinandos assistam as aulas nos dias e horários que são mais adequados e que não conflitem com a jornada de trabalho.

Quando surgiu o EaD?

O conceito de ensino ou educação a distância, não é exatamente novo.

No Brasil e no mundo, iniciativas que podem ser classificáveis como tal, já existem há décadas. O que muda, são as tecnologias para viabilizá-lo.

Se partirmos do conceito que toda forma de ensino, educação ou qualificação profissional que não exija a presença do professor e do aluno em uma sala de aula física, para a transmissão do conhecimento, é EaD, é possível encontrar iniciativas qualificáveis como tal, desde a década de 40 no Brasil.

No início, os cursos de ensino a distância, recebiam a denominação de cursos por correspondência, onde o material didático (apostilas, livros, manuais, etc), era enviado por correio mediante o pagamento de taxas.

Ao fim, um exame era submetido ao aluno e devolvido também por correio, para emissão de um certificado de conclusão, que não necessariamente era reconhecido pelo MEC, mas que em teoria habilitava o treinando para exercer alguma atividade profissional.

Com a popularização da Internet e, sobretudo, conforme novas tecnologias surgiram, a conectividade e inclusão digital aumentaram, começaram a surgir plataformas que possibilitavam aproximar-se dos resultados do modelo presencial, onde um docente ministrava aulas que podiam ser assistidas simultaneamente por alunos em diferentes localidades e com bom nível de interação, a exemplo do modelo presencial.

O modelo ganhou adeptos e espaço inicialmente no ambiente acadêmico, mas aos poucos as vantagens de se poder educar pessoas sem a necessidade de deslocá-las fisicamente, fez o ensino a distância desenvolver-se também no âmbito corporativo.

Hoje o modelo é amplamente adotado e já há empresas especializadas em fornecer tecnologia, infraestrutura e mesmo conteúdo para capacitação em diversos níveis.

Já há até mesmo empresas cujo produto, é conectar de um lado quem tem algo a ensinar (produtores de conteúdo), com quem quer aprender.

Quais os tipos de EaD?

Os tipos estão intimamente ligados à proposta. Em outras palavras, se destinam-se a aplicação em alunos do ensino fundamental e médio, nível superior ou graduação, pós-graduação, técnico ou profissionalizante, cursos livres, capacitação, educação corporativa.

Com diferentes públicos, os quais têm realidades e necessidades diferentes, acaba por haver distinção dos tipos de ensino a distância e que também implica nas características de como a instrução dos discentes ocorre.

Ensino Fundamental e Médio

Desde 2017 o MEC (Ministério da Educação) regulamentou por meio do decreto 9.057 de 2017 o artigo 80 de outro decreto (9.394/96), que permite em algumas circunstâncias a modalidade de EaD para alunos do ensino fundamental e médio.

Recentemente, por ocasião da pandemia do coronavírus, foi flexibilizada a adoção dessa modalidade de difusão do saber.

Como o tipo faz supor, é direcionado à formação de alunos tendo como base o conteúdo programático estabelecido pelo Ministério da Educação e, portanto, há pouca flexibilidade em termos de teor.

Nível Superior / Graduação

Assim como no ensino fundamental e médio, os cursos de nível superior oferecidos em modalidade EaD, estão sob regulamentação do MEC, sendo que para este tipo o decreto normativo é o Decreto 5.622, de 19.12.2005.

Cursos em nível de graduação já são muitos, bastando ao interessado verificar a avaliação que a instituição tem, bem como se o curso escolhido é reconhecido pelo Ministério da Educação, no Cadastro Nacional de Cursos e Instituições de Educação Superior – e-MEC.

Em muitas faculdades / universidades, a alternativa EaD de graduação assemelha-se ao método presencial. Tem a mesma duração, a mesma carga horária e, mais importante ainda, o diploma é exatamente o mesmo, já que muitos diplomas não apresentam diferenciação indicativa de conclusão de forma presencial ou a distância.

Como alternativa aos métodos tradicionais, já mostrou que é eficiente e por essa razão, muitas empresas não apresentam qualquer tipo de restrição a ter colaboradores formados via EaD.

Pós-graduação

Este tipo também está sob regulamentação do MEC.

Para o seu público, é ainda mais adequado o modelo remoto de aprendizagem, pois é comum que o orientando tenha que conciliar a atividade profissional e a formação.

Além disso, mesmo nos moldes tradicionais, de muitas instituições de ensino, a carga horária de orientação e aulas, já ocorria com razoável flexibilidade, baseando-se no perfil predominante do aluno, nas suas atribuições e no que se espera dele como pessoa e profissional.

Técnico / profissionalizante

A busca por cursos técnicos ou profissionalizantes, ocorre por aqueles que querem ou precisam entrar mais cedo no mercado de trabalho e que muitas vezes por aspectos econômicos e sociais, têm que conciliar atividade profissional e estudos.

Também precisam estar regulamentados pelo MEC para recebimento de um certificado válido e aceito no mercado de trabalho.

O público predominante, encontra no modelo a distância, um importante diferencial e assim como nos cursos de graduação em nível superior, o certificado tem igual valor aos obtidos presencialmente.

Cursos livres / Capacitação

Esse tipo é independente de regulamentação ou chancela do Ministério da Educação.

Mas mesmo assim e a depender da instituição emissora do certificado, contam em termos de bagagem profissional, pois muitas empresas associadas à capacitação têm know-how, histórico e bom conceito no mercado como formadores.

A demanda por conhecimento específico que leva a especialização profissional, tem sido uma exigência cada vez maior por parte de empresas de todos os segmentos, como forma de se tornarem mais competitivas.

Educação corporativa

Com pretensões semelhantes aos cursos livres e de capacitação, cada vez mais o ambiente de negócios requer colaboradores mais qualificados, como meio para aumento de produtividade, melhor qualidade de produtos e serviços, entre outros benefícios evidentes.

A vantagem de fornecer treinamentos próprios, elaborados pela empresa e usando sua infraestrutura, comparativamente aos que são ofertados por terceiros, é poder direcionar o aprendizado, o conteúdo programático e a aplicabilidade às situações reais da empresa, sem contar que na maior parte dos casos, o investimento também é menor.

O que é necessário para implantar EaD?

A implantação de uma metodologia EaD depende de vários fatores, como por exemplo, quantidade de possíveis alunos, frequência das aulas, tipo de conteúdo que se pretende disseminar, perfil dos alunos, disponibilidade de recursos, para citar alguns.

Assim, se a quantidade de alunos é pequena e a necessidade de aulas não é frequente, é indicado recorrer a empresas especializadas. Investir em uma implantação própria, na maior parte desses casos, pode não ser o melhor caminho.

Basicamente toda estrutura de EaD deve dispor dos seguintes requisitos mínimos:

  • Boa conectividade com a Internet, o que se entende por boa velocidade de conexão da internet, que seja estável e que tenha um bom volume de tráfego de dados;

  • Plataforma de EaD e que nada mais é do que o sistema que contempla as videoaulas gravadas ou em tempo real, download de material de apoio, biblioteca virtual, fórum e/ou chat, sistemas de avaliação, etc;

  • Um plano de hospedagem personalizado ou outra solução de hospedagem dependendo em que a plataforma de EaD é instalada e por meio da qual os usuários (alunos e professores) realizam o acesso;

  • Dependendo de como forem formuladas as aulas, um ambiente (pequena sala) apropriado para a gravação ou a transmissão das aulas;

  • Computador conectado à Internet, com câmera e microfone.

  • Recursos audiovisuais e didáticos, como lousa magnética, flip-chart ou programas equivalentes, por meio dos quais o docente compartilha sua tela para ilustrar sua aula.

Como funcionam os cursos a distância?

Naturalmente podem haver muitas particularidades de acordo com o propósito, o perfil do público (alunos), a metodologia de ensino, os recursos didáticos empregados, a instituição que ministra o curso, entre outros.

Mas em linhas gerais, os alunos conectam-se à plataforma de EaD, o que é feito por um domínio, tal como o acesso a um site qualquer e fornecendo um usuário e senha individual, têm acesso às aulas disponíveis e programadas e demais recursos.

Nas modalidades de aulas ao vivo ou em tempo real, a imagem do professor é transmitida fazendo uso de uma webcam ou outra câmera conectada ao computador, de forma semelhante às famosas lives.

Eventualmente o docente ou facilitador, pode selecionar para exibição da imagem da webcam de algum aluno que faz uma pergunta ou participação na aula, tal como em aplicativos como o Zoom, o TeamViewer, ou outro de netmeeting.

Nas aulas gravadas, as mesmas podem ser assistidas a qualquer tempo, pausadas e retornadas, como fazemos com qualquer vídeo do YouTube, Vímeo, ou outros serviços de vídeos na web.

Todos – ou os principais – sistemas de Ead, também contam com um fórum de discussões interno à plataforma, em que temas das aulas, dúvidas e tudo que for relacionado, pode ser discutido com outros alunos e os docentes. Alguns têm chats com o mesmo objetivo.

Área de downloads de material de apoio, apresentação das aulas, planilhas, documentos, é outro dos recursos mais básicos que toda plataforma de EaD costuma disponibilizar.

Por fim, muitos também fornecem ferramentas para avaliações online e que correspondem às provas ou exames de avaliação conhecidos dos métodos presenciais de ensino.

As diferenças de sistemas de EaD

Há uma variedade imensa de soluções, o que uma pesquisa rápida é capaz de revelar, sendo que a maioria, é destinada ao segmento corporativo, ou seja, treinamento de equipes de trabalho ou aperfeiçoamento profissional.

A grande maioria é constituída de serviços pagos, cujos valores costumam variar de acordo com número de treinandos e de treinamentos que são possíveis realizar, que acaba significando estruturas maiores para suportar o EaD. Nesse modelo, a empresa “aluga” a infraestrutura da empresa especializada em EaD e é capaz de um certo nível de personalização para adequação à sua realidade.

Entre as principais características dos ambientes comerciais, está o dinamismo do conteúdo, flexibilidade e escalabilidade.

No caso de grandes empresas, elevada frequência com que algum contingente de colaboradores precise de treinamento, ou se é uma necessidade recorrente, investir em soluções próprias, é mais adequado por permitir graus de personalização maior e pode exigir um investimento muito menor.

Geralmente as soluções acadêmicas são mais restritas e apesar do objetivo final ser o mesmo – ensinar pessoas – os métodos ou meios empregados no aprendizado, bem como as exigências didáticas e administrativas, são diferentes, as soluções também costumam ser.

As plataformas normalmente usadas nas escolas e universidades, são mais estáticas, na medida em que sempre os mesmos conteúdos são disponibilizados, ou mudam pouco ao longo do tempo, para contingentes mais ou menos iguais de alunos.

Por esse perfil, é comum encontrarmos universidades utilizando soluções open source, as quais permitem uma personalização maior e que assim permanecem por longos períodos.

Devido às diferenças existentes entre os ambientes corporativos e os acadêmicos, é raro encontrar uma plataforma que seja utilizável com os mesmos resultados em ambos.

Quais as vantagens do EaD?

Algumas das vantagens dessa modalidade de ensino já devem estar aparentes e muitas já mencionamos.

De qualquer forma, a fim de que fiquem claras as vantagens, vamos aos motivos que fazem com que essa forma de disseminar o conhecimento tenha um nível de adoção cada vez maior:

  • Menor investimento em infraestrutura por parte das empresas (faculdades, universidades, escolas, empresas, empresas de treinamento, etc) que precisam educar pessoas;

  • Diminuição dos custos para receber o treinamento, como traslados, refeições, hospedagem, etc;

  • A comodidade de poder assistir as aulas gravadas sem exigência de presença em dias e horários fixos, nos modelos em que elas não são em tempo real;

  • Nas plataformas em que há bibliotecas virtuais, o acesso ao material de apoio, livros, apostilas e outros materiais, pode ser feito a qualquer dia e horário, exigindo apenas um smartphone;

  • Organização, disciplina e responsabilidade são características que o aluno de EaD acaba desenvolvendo para ter um bom aproveitamento do curso;

  • Como os custos da instituição de ensino são menores, essa alternativa também costumam ser mais baratas que nos métodos presenciais, representando mensalidades menores;

  • Economia de tempo em deslocamentos comparativamente aos métodos presenciais;

  • A flexibilidade e o alcance que o ensino a distância possibilita que a instituição conte com docentes que não teriam condições de ministrar aulas no modelo presencial, por residirem em outras localidades, por exemplo, o que acaba também sendo um benefício para o aluno;

  • O aprendizado também pode ser melhor, pois o aluno pode assistir mais vezes a mesma aula e nos momentos em que ele achar mais oportuno;

  • Apesar de não haver a interação física, plataformas com ferramentas adequadas podem oferecer um bom nível de interação usando a tecnologia, onde a comunicação fica registrada no chat, no fórum, ou em outros recursos de comunicação eventualmente disponíveis;

  • Para quem já tem um plano de hospedagem, onde abriga o site institucional, blog ou outro tipo de site, fazer um upgrade de plano e instalar uma plataforma de EaD, pode ser muito simples e agregar valor ao capital humano da empresa.

Vantagens das plataformas gratuitas

Aqui vamos abordar as vantagens das plataformas gratuitas que podem ser instaladas e configuradas em uma conta de hospedagem para uso da empresa ou de uma instituição de ensino.

É importante salientar que nesse universo, o que pode ser uma vantagem para alguns, pode ser desvantagem para outros.

Um exemplo clássico, é o velho embate entre software proprietário versus código aberto (Open Source), que coloca de um lado os adeptos do Windows e do outro, os defensores do Linux.

Também vale mencionar que de acordo com diferentes cenários, o que pode ser vantajoso para uns, para outros pode não ser. No caso de uma empresa que oferece alguns poucos e eventuais treinamentos, optar por soluções prontas e moldadas às suas necessidades, escolher uma solução paga e pronta para uso, é certamente melhor.

Já uma universidade, que repetirá o mesmo conteúdo quase que indefinidamente, investir em uma plataforma hospedada sob seu domínio, é o indicado.

Por fim, lembremos que plataformas gratuitas não são sinônimos de plataformas open source, embora todas as 5 opções que apresentaremos logo a seguir, são gratuitas e de código aberto e com base nisso que elencaremos as vantagens e desvantagens em relação às plataformas pagas.

Investimento

Em um primeiro momento, o investimento no aplicativo que é o coração do sistema de ensino a distância, é gratuito, dispensando o investimento em licenças, que no caso de muitos alunos, pode encarecer bastante as soluções pagas.

Como em sua maioria são adotados em escolas e universidades, é comum haver docentes ou mesmo alunos com conhecimentos em programação, banco de dados e outras exigências técnicas para implantação, manutenção e personalização.

No caso de aulas gravadas, elas podem ser revistas inúmeras vezes, o que também diminui o custo com hora trabalhada, especialmente para situações em que o mesmo curso deva ser aplicado de forma recorrente, como por exemplo, treinamentos para novos funcionários.

Personalização

A personalização para atender as necessidades e a metodologia de ensino utilizada, é geralmente muito maior do que nos modelos pagos.

Sendo que algumas das empresas que fornecem esse serviço, há limites pouco flexíveis em certos aspectos de customização, ou dependem exclusivamente do proprietário do software para aplicar qualquer nível de personalização.

Infraestrutura

Universidades ou escolas e mesmo empresas que tenham infraestrutura de servidores, podem utilizá-los para hospedar a plataforma, contribuindo também para a redução de custos.

Outros equipamentos que geralmente são necessários para suporte à elaboração das aulas, geralmente já existe nas instituições de ensino e empresas, dispensando investimento.

Liberdade

Como todo software open source, há liberdade para utilização e independência da empresa que detém a propriedade do software.

Nos casos open source, há ainda a liberdade de modificação, permitindo que a personalização.

Dependendo da plataforma escolhida, ainda há módulos, plugins que ampliam as funcionalidades e até mesmo empresas que trabalham nessa personalização.

Segurança

Há a certeza de que é possível melhorar e mesmo corrigir problemas e falhas associadas à segurança, sem dependência do proprietário do código, nem que tampouco exista compartilhamento de informações indesejadas.

Ainda ao adotar localmente ou mesmo em uma conta de hospedagem, VPS ou servidor dedicado, há a garantia de que eventuais dados incluídos na plataforma, estarão sob exclusivo acesso e tutela do administrador, dos docentes e alunos.

Atualização

Manter a plataforma atualizada, não depende de cronogramas de um proprietário ou de terceiros.

Desvantagens das plataformas gratuitas

Mas como tudo, não há apenas vantagens a serem consideradas ao se escolher entre fazer uso de uma plataforma gratuita e open source de EaD e um prestador de serviços especializado.

Suporte

Quem não tem pessoal capacitado para atender eventuais problemas ou corrigir falhas e com foco dependente exclusivamente da existência e disponibilidade de uma comunidade que normalmente fornece colaboração, por meio de fóruns ou mesmo da contratação de uma empresa ou profissionais habilitados.

Custos

Plataformas gratuitas exigem serviços de hospedagem para hospedar a plataforma, caso não tenham infraestrutura própria ou que não atenda os requisitos do sistema.

A depender da quantidade de usuários, pode ser necessário contratar um VPS ou mesmo um servidor dedicado.

Se também não dispuser de pessoal qualificado, pode ser necessário dispor de programadores ou pessoal de TI para ajustes e personalização.

No entanto, a depender do volume de treinamentos / aulas, quantidade de alunos e recorrência, ainda assim o custo pode ser menor do que contar com os serviços de uma empresa de EaD ou uma outra solução paga.

Conhecimento

Personalizar, ampliar e manter sistemas gratuitos, exige necessariamente conhecimento técnico.

Nas plataformas pagas, geralmente isso faz parte da prestação de serviço, bem como o suporte que é oferecido supre carências de know-how.

5 plataformas de EAD gratuitas

A seguir listamos 5 opções de plataformas de EaD gratuitas e que também são open source.

A ordem em que aparecem, não necessariamente indicam as melhores ou mais populares.

Cada qual tem suas próprias características e benefícios. Antes de optar por uma, é adequado fazer uma pesquisa mais extensiva em seus respectivos sites, quanto ao que cada uma oferece.

Também é importante destacar, que no caso de todas, o cliente HostMídia pode instalá-las facilmente através do instalador automático de CMS Softaculous.

Moodle

O Moodle existe desde 2001 e possivelmente é o sistema de gestão de aprendizagem (LMS ou Learning Management System) mais popular do mundo.

Foi criado por um educador e programador e atualmente conta com uma comunidade de professores, pesquisadores e programadores que o mantém e continua seu desenvolvimento.

É também a plataforma mais usada no ambiente acadêmico, apesar de ser um sistema exigente em termos de recursos mínimos para rodar. No entanto, devido ao seu elevado grau de adoção, por ser open source e haver uma grande comunidade envolvida, a sua personalização permite criar sistemas bastante orientados a objetivos e necessidades específicas.

Outra decorrência da sua popularidade e de ser um software de código aberto, é que há um razoável número de empresas que tem expertise na personalização do Moodle, produzindo alternativas baseadas nesse CMS, bastante poderosas e orientadas a objetivos específicos. Não é difícil encontrar desenvolvedores com bons conhecimentos para personalização do Moodle.

Chamilo

O Chamilo é outro projeto colaborativo, iniciado em 2010.

Ele é resultado de um fork (desenvolvimento independente oriundo do código de outro software ou projeto) do projeto Claroline – uma solução francesa bem popular, mas paga.

Segundo seus mantenedores, o Chamilo destaca-se por ser uma das mais fáceis plataformas de EaD para utilização, tornando o trabalho dos docentes bastante mais fácil do que a maioria das opções.

Há algumas empresas privadas que contribuem no desenvolvimento de soluções, melhorias e plugins para a plataforma, mantendo-a com código aberto e gratuita, mas que em paralelo prestam serviço de consultoria a clientes / usuários eventualmente desejosos de soluções mais específicas baseadas no Chamilo, mas que nesse caso, são projetos pagos.

Forma LMS

Assim, como o Chamilo, o Forma LMS é um fork de outro projeto que iniciou gratuito, mas atualmente é pago – o Docebo LMS.

Assim que o projeto que deu origem ao Forma LMS mudou seus rumos e tornou-se uma solução comercial, a comunidade de usuários e clientes se uniu para manter vivo o sistema e desde 2012 tem criado novos módulos, lançado patches e correções.

Atualmente a plataforma desenvolveu-se bastante em relação ao fork do qual nasceu e tem recebido muitos elogios dos usuários, como um sistema completo e funcional e já foi considerada a melhor solução de código aberto para e-learning (aprendizado eletrônico)

O projeto mantém-se 100% colaborativo e no seu site, a associação incentiva a colaboração como patrocinador ou colaborador técnico para desenvolvimento e manutenção do software.

Omeka

Embora se preste ao uso como EaD, o Omeka não nasceu com esse propósito.

Resultado de uma iniciativa de financiamento coletivo e atualmente mantido por um conjunto de oito institutos e fundações, ele surgiu com a proposta de ser um meio de expor conteúdo digital, como de bibliotecas e museus.

Constitui um sistema simples e leve, que pode cumprir o papel de fornecer conteúdo digital com vistas ao ensino, embora não contemple todos os recursos que os melhores sistemas do gênero oferecem.

Há duas versões gratuitas do software (Omeka S e Omeka Classic), com abordagens diferentes, sendo que constitui uma integração de recursos compartilháveis a partir de sites distribuídos e a segunda é mais destinada a projetos educacionais centralizados, respectivamente.

Gibbon

O Gibbon, segundo consta no seu próprio site, foi a “resposta à falta de plataformas escolares poderosas, utilizáveis e de código aberto”.

É uma plataforma de EAD típica, orientada ao apoio de docentes na disseminação de conhecimento.

A preocupação do projeto, que é liderado por cinco desenvolvedores voluntários, é oferecer uma ampla gama de módulos que seja capazes de cobrir as mais diversas realidades de escolas.

A sua estrutura modular, permite ativar ou desativar facilmente cada módulo, mudando suas funcionalidades rapidamente.

O universo de escolas que usam a plataforma, tem se mostrado empolgado com seu uso e as contribuições que a plataforma oferece.

Conclusão

O crescimento contínuo dos modelos de ensino ou educação a distância, é resultado das vantagens dessa modalidade e fez surgir uma ampla gama de soluções pagas e gratuitas, sendo que o primeiro grupo predomina no segmento corporativo e o segundo, no acadêmico, em que também têm destaque as plataformas open source.

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