Como trazer visitantes com conteúdo técnico?
As dicas e princípios para criação de conteúdo para seu site, blog ou seja lá qual for o tipo de site que você mantenha e com isso atrair visitação, são muitas.
No entanto, para alguns tipos de negócios, há aspectos que são pouco explorados ou que não aproveitam todo o potencial. Estamos falando de conteúdo técnico.
Por isso, no post de hoje, dependendo do seu ramo de atuação, você descobrirá como criar conteúdo que se destaque em relação aos seus concorrentes, quando os possíveis clientes efetuarem pesquisas mais específicas em sites de busca.
O que é conteúdo técnico?
Genericamente é todo conteúdo elaborado com objetivo de fornecer dados e informações mais profundas, detalhadas e com enfoque técnico sobre um determinado tema ou mesmo sobre um produto e que frequentemente podem ser necessárias ou interessar para profissionais da área associada ou para clientes com necessidades específicas.
Fica mais fácil compreender, quando usamos situações reais da vida.
Consideremos para nosso exemplo, algo que muita gente conhece – um notebook.
Entre todos que estão pesquisando sobre notebooks para comprar, teremos aqueles que basicamente buscam um que se encaixe em seu orçamento.
Haverá também aqueles que além disso, busquem por conciliar determinadas especificações ao menor preço possível.
Já um terceiro grupo, prioriza características bem especiais do hardware, porque são exigências fundamentais para o uso que farão do equipamento, ou porque precisam de garantia de desempenho em alguma aplicação. Pode ser o caso de um público gamer, por exemplo.
Para o primeiro grupo, talvez saber o quanto de memória RAM tem, não signifique nada. Alguns nem sabem exatamente o que isso signifique. Para o segundo, além de ser importante, saber se é possível fazer upgrade, pode ser um fator importante. No caso do terceiro, além da possibilidade de upgrade, a distinção entre DDR4 e DDR5, se o processador habilita dual channel, qual a frequência e quem sabe até o fabricante, faz toda a diferença.
Para os últimos, isso se aplica também às demais características de hardware (processador, monitor, SSD, etc) e que nesse caso, constam – ou deveriam constar – sob as especificações técnicas do equipamento.
Ou seja, o nosso grupo de usuários mais exigente, mais do que ter interesse, precisa ter acesso à informações técnicas precisas e completas e que são decisivas para fazerem sua escolha.
Tal tipo de situação vai além do caso exemplificado e bastante comum, quando o assunto envolve equipamentos eletrônicos, podendo ser pertinente também na área automotiva, engenharia em geral, indústria de software, medicina, agronomia, entre várias outras.
Não precisa ser apenas um conjunto de dados detalhados de um produto.
Pode ser um white paper, um artigo detalhando uma pesquisa ou um estudo, por exemplo.
Como um conteúdo técnico atrai visitantes?
Conteúdos técnicos atraem os visitantes que assim como aqueles pertencentes ao terceiro grupo do nosso exemplo, buscam por informações mais profundas e completas a respeito de algo.
Esse tipo de visitante normalmente está mais disposto a dedicar mais tempo em pesquisas em sites de busca e eventualmente até o Google Acadêmico, a depender do assunto, usam mais palavras-chave e frequentemente combinando-as, bem como as palavras de cauda longa (long tail), abusam de terminologia específica e valorizam as fontes confiáveis.
Quando são profissionais da área, estão habituados a incluir em seus favoritos os sites que fornecem conteúdos mais detalhados, com riqueza e especificidade das informações e sabem onde localizar dados como um serial number, um part number, ou outros tipos de dados técnicos que são essenciais para fazerem seu trabalho.
Mas para que tudo isso seja possível, é preciso que o conteúdo correspondente exista e seja indexado pelos sites de busca, que significa fazer o velho e bom trabalho de SEO, porém com vistas a esse conteúdo especializado.
Como produzir conteúdo técnico?
Finalmente chegamos a parte que interessa…
O primeiro ponto que é preciso atentar, é que separar o conteúdo técnico, como fazem muitos, não é o caminho.
Por que isso acontece?
Porque não é raro que os responsáveis por conteúdo, sejam pessoas do Marketing Digital ou que são focadas em seus princípios e que estão mais preocupadas com os fundamentos de SEO e de Marketing de Conteúdo e que não têm o embasamento técnico necessário e desejável para dar esse enfoque e que algumas vezes precisa ser bastante avançado.
Por outro lado, aqueles que dominam o conhecimento técnico, podem não estar familiarizados com a linguagem do Marketing, para elaborar textos com apelo mais comercial e de acordo com os fatores de ranqueamento do Google e demais sites de busca.
É um dilema que precisa ser tratado e que só tem duas soluções: contratar alguém que domine as duas bases (técnica e Marketing), o que não é fácil, ou remover o abismo que separa ambos e colocando-os para trabalhar em cooperação.
Feito isso, há uma série de aspectos que precisam ser observados:
1. Palavras-chave técnicas
É preciso trabalhar todas as palavras-chave técnicas que costumam ser usadas por quem busca conteúdo técnico e nisso o pessoal especializado no produto, precisa listar os termos e jargão técnico usualmente utilizados por quem é da área, de preferência com uma hierarquia de uso para ajudar a quem produzirá o conteúdo, a determinar o número de ocorrências de cada uma.
O contexto em que os termos são utilizados, também importa para que o responsável pela produção do conteúdo, seja capaz de fazer uso adequado do jargão da área, bem como definir questões para links de outros conteúdos (link building interno), explicações e até subtítulos / intertítulos e porções especiais de texto.
No final, o staff técnico deve revisar os textos, tanto para checar se não existem erros de conceito, de utilização, bem como de compreensão.
2. Títulos do conteúdo
Os títulos de conteúdos são de elevada importância em SEO. Sua escolha adequada, pode fazer muita diferença nas SERPs e consequentemente na atração do público-alvo.
E não só os títulos, mas também os subtítulos ou títulos de nível 2 (h2) e nível 3 (h3).
A ocorrência de determinadas palavras-chave de cunho técnico e de maior relevância, não só podem, mas em alguns casos devem constar desses subtítulos.
3. Conteúdo
Há conteúdos que podem ser produzidos especificamente para determinados públicos, mas o mais interessante é que possa atender tanto aos leigos, quanto aos especialistas, como é o caso de uma página de produto. Não há sentido em produzir duas diferentes.
Mas para isso, é preciso que cada porção de conteúdo possa atender às diferentes necessidades.
Usando como base uma página de produto do nosso notebook de exemplo, pode haver a seção de características gerais e que atende ao primeiro e segundo grupos e as especificações técnicas bem detalhadas, que suprem os interesses do terceiro.
Os subtítulos também servem como contêineres de conteúdos, agrupando as informações e sinalizando ao visitante do que trata, de forma que ele pode escolher o que consumir ou não.
As listas de tópicos ou numeradas, são outra forma de organizar a informação e que facilita a localização, organização e leitura e de quebra, contribuem para a indexação pelo site de busca.
Já as tabelas, apesar de facilitarem ainda mais a organização, não são a melhor forma de apresentar conteúdo para os algoritmos dos buscadores, que apesar de serem lidas e indexadas, não as apresentam nos resultados. Sendo assim, use-as apenas quando for absolutamente necessário.
4. Imagens
Determinados conteúdos técnicos podem receber importante contribuição de imagens e aqui novamente o exemplo do notebook, é um bom ilustrativo do que estamos falando.
Há até casos melhores, como peças mecânicas e componentes, por exemplo. Mas para além de servir ao visitante, se bem utilizadas, as imagens também podem contribuir para o SEO.
Ao salvar as imagens, usar o modelo para o nomeá-la e inclui-lo também no campo caption e alternative text dos metadados, bem como na tag alt (alternative text) do HTML, favorece a página e as respectivas imagens constarão das SERPs para imagens.
5. Download
Embora exista razoável quantidade de conteúdos em outros formatos indexados pelo Google, como PDF e até DOCX e outros formatos, não é a melhor maneira de apresentar conteúdo.
Há algumas razões, mas entre as principais, está a visualização e a falta de responsividade, quando o mesmo é aberto em diferentes tamanhos / resoluções de tela.
Portanto, evite ao máximo apresentar conteúdo técnico apenas tendo como opção o download.
É possível e até aconselhável, por exemplo, fornecer um manual para download, para aqueles que desejam ou precisam ter um manual de um produto adquirido. No entanto, o conteúdo técnico que pode incrementar a visitação, deve constar também da página principal a qual a informação está atrelada.
Manuais também não são capazes de contemplar a experiência do usuário na página e que constitui importante fator de ranqueamento do Google.
Conclusão
Criar conteúdo técnico observando alguns princípios básicos, pode ser decisivo para atrair um contingente importante de visitantes.