Criando uma página de produtos que vende

Pense em quantas vezes você navegou por diferentes páginas e sites em busca de informações sobre um produto que pretendia comprar. Todos nós já fizemos isso muitas vezes e é parte do processo de compra de tudo o que vamos comprar pela primeira vez.

Isso não representa problema. Passa a ser quando você tem que acessar vários sites diferentes, porque o site do fabricante ou da empresa que está vendendo o produto, não tem toda a informação que você quer saber!

Toda vez que acontece algo do tipo, significa que a página de produtos falhou em um ou muitos pontos.

Chegou a hora de mudar essa situação tão comum e criar uma página de produtos arrasadora, que ao esclarecer todas ou pelo menos as dúvidas mais comuns, também converte.

A importância da página de produtos do site

Esse é um assunto de deveria ser desnecessário, mas a realidade de muitos sites e a prática comprovam que não é bem assim que funciona.

Quanto mais sofisticado, mais recursos, mais tecnologia embarcada, mais modelos um produto tem, mais comum é termos dúvidas que precisam ser esclarecidas para decidirmos pela compra ou não.

Quer um exemplo? Notebook!

Mesmo quando o principal fator envolvido na decisão é o preço, quem já comprou um notebook quer fazer valer cada centavo pago.

Por essa razão, mesmo os modelos mais básicos ou de entrada, como o mercado costuma chamar, normalmente têm nas suas configurações o principal fator que vai fazer um consumidor em potencial escolher um modelo seu ou da concorrência.

Além disso, outro fator fundamental, é o conhecimento que as pessoas têm – no caso, que elas não têm – da tecnologia embarcada no produto.

Do universo de proprietários, quantos sabem dizer qual a diferença do USB 2.0 para o 3.0? Quais as vantagens de ter um SSD SATA, SATA III ou PCIe NVMe? Ter dois pentes de memória de 8Gb cada ou apenas um de 16Gb, dá no mesmo? Por que é melhor o Wi-Fi 6?

Resumindo, mesmo fornecer informações completas, pode não resultar em nada, pois características não vendem, especialmente para os leigos. O que vende, são os benefícios!

Informações insuficientes, podem literalmente empurrar o internauta para um site de concorrente que trate da dúvida que ele tinha.

Como deve ser uma página de produto arrasadora?

Uma vez que esteja convencido e disposto a resolver a questão da página de produtos do seu site, que não informa, não esclarece e não vende, vamos ao que importa.

Antes porém, é preciso entender que não estamos tratando de um site de e-commerce típico, que vende uma gama de produtos de diferentes marcas e empresas. Embora muitos aspectos podem e devem fazer parte de uma página de produto de uma loja virtual, o enfoque aqui é o site da empresa responsável pelo produto.

Um site de um fabricante ou mesmo o distribuidor ou importador de um produto, deve ajudar a sua rede de revendedores, ou o varejo ou sites de e-commerce a vender, na medida em que consegue “vender” o produto ao consumidor final por esclarecer tudo que ele quer e precisa saber.

1. Experiência na página

Facilidade e clareza no acesso às informações, navegação fácil, velocidade no carregamento da página, design e layout convidativos e intuitivos, direcionando a atenção do visitante para os aspectos mais importantes, se o site é responsivo ou mobile, são alguns dos pontos que constituem a experiência na página de produto.

Naturalmente começa com ele saber que está no lugar correto, especialmente no caso de haver modelos semelhantes em termos estéticos, como no caso de um notebook que usamos como exemplo anteriormente. Destacar o modelo em questão, é crucial.

Mas passa pela forma como estão organizadas e dispostas as informações, a galeria de imagens, as tabelas de dados e demais recursos da página.

Outro ponto que contribui em muito para isso, é oferecer o recurso de comparação de modelos, onde o visitante pode escolher 2 ou mais modelos e ver em uma tabela comparativa, as diferenças técnicas que existem em cada uma das opções.

Ou seja, experiência na página deve ser mais do que uma preocupação com um fator de ranqueamento do Google, mas uma experiência que visa satisfazer o visitante e traduzir-se em conversão, mesmo que indiretamente.

2. Imagens e Vídeos

Para algumas classes de produtos, boas imagens e/ou vídeos podem ser decisivos, especialmente quando a aparência e os detalhes são parte importante do que é avaliado pelo consumidor, como por exemplo, roupas ou um aparelho celular.

Por isso a quantidade e a qualidade das imagens, faz toda a diferença.

Sendo o caso, considere fortemente produzir boas fotos e/ou um bom vídeo dos respectivos produtos. Há fotógrafos especializados em produzir imagens de produtos e que conseguem captar e transmitir os aspectos que importam.

A qualidade desse material, aliado ao formato e tamanho corretos, visando o carregamento, também devem ser bem avaliados. Imagens muito pequenas que não revelam o que é importante, ou demasiadamente grandes que não se adaptam a tela do dispositivo e que demoram muito a carregar, afetam a experiência na página.

3. Informações técnicas, informações gerais e benefícios

Como já dissemos, alguns produtos exigem informações técnicas. Informar tudo o que é possível e relevante, é fundamental quanto mais tecnologia embarcada um produto tem.

Mas não é só esse tipo de informação que importa. Modo de usar e aplicações, público, compatibilidade, dimensões, materiais, enfim há uma série de outras informações que podem ser relevantes no uso quotidiano do produto e que podem fazer a diferença na hora da escolha.

Procure apresentar as informações tanto em termos do valor absoluto, como do benefício. Assim, por exemplo, se o produto usa um hipotético protocolo XPTO de transmissão de dados, ao invés de simplesmente listar como “XPTO 2.0”, informe que ele é duas vezes mais rápido que o “XPTO 1.5” da versão anterior e com 10% a menos de consumo de energia.

Isso é vender pelo benefício que ele oferece e é destinado aos leigos no assunto.

4. Manuais e tutoriais

Fornecer manuais de uso para download, é outro recurso que ajuda tanto a fazer as primeiras vendas, como contribui para um grande contingente de já clientes, os quais muitas vezes já não têm o manual que acompanha o produto.

Também é vital para produtos que podem ter muitos recursos e/ou tem uma utilização não muito simples e intuitiva.

Para contribuir nesse ponto, tutoriais que ensinam a usar recursos (features) mais específicos, ajudam em melhor uso do produto, como também podem servir a quem ainda está se decidindo por um produto e tem na sua facilidade de utilização um fator de escolha.

Portanto, manuais e tutoriais colocam um futuro e possível consumidor na condição de usuário, esclarecendo dúvidas que podem ser comuns a muitos.

5. Produtos ou modelos relacionados

Quando um determinado produto não se presta a um possível cliente, seja por questão de preço, seja por ser muito superior ou inferior às exigências de uso, ou por outra questão, é adequado fornecer alternativas.

Indicar produtos semelhantes, mas com especificações que atendem outro público, é uma forma de atender uma maior gama de consumidores.

Digamos que o internauta após clicar em um resultado de uma SERP (Search Engine Results Page ou Página de Resultados do Motor de Busca) tenha desembarcado em uma página da sua câmera fotográfica mais sofisticada e cara. Se ele é apenas um entusiasta que gosta de tirar boas fotos ocasionais, pode ser que até impressione-se com o produto, mas após uma breve olhada, vá atrás de algo mais adequado à sua realidade.

Oferecer um produto ou modelo relacionado, mas de uma categoria inferior, é uma nova chance de converter um cliente.

6. FAQ

Ter um FAQ (Frequently Asked Questions) ou uma área de respostas às perguntas mais frequentes, tem tripla utilidade.

A primeira é a que se imagina e que é de responder às dúvidas que normalmente os clientes fazem. É uma forma complementar de apresentar informações relevantes sobre o produto.

A segunda, tem a ver com SEO. Pessoas que têm a intenção de consumir o seu produto, mas não têm experiência de consumo prévio, normalmente têm dúvidas que muitas vezes são expressas nas pesquisas do Google.

É muito comum vermos em fóruns de discussão, nas redes sociais ou em sites que permitem interação dos visitantes, usuários fazendo perguntas como:

  • “Esse modelo X é compatível com modelo Y?”;

  • “A bateria desse aparelho tem autonomia de quantas horas?”;

  • “Esse aparelho pode ser submerso na água até que profundidade?”;

  • “Se eu fizer um upgrade da memória RAM, eu perco a garantia?”

Ou seja, ao incluir um FAQ que responde dúvidas comuns, acaba por favorecer que a página do produto apareça nas SERPs para todos que fizerem esse tipo de pesquisa.

Por fim e em terceiro, um FAQ também serve para mostrar ao consumidor em potencial que a empresa preocupa-se que seus produtos sejam bem utilizados, que os usuários merecem atenção e de uma forma geral contribui para a formação do conceito e imagem da marca e do produto.

7. Destaque os diferenciais

Se o produto faz uso de materiais recicláveis ou se ele próprio é reciclável, se há um programa de descarte de e-lixo, se o no processo de fabricação há métodos e tecnologias com preocupação ambiental, se o produto é destinado ao público vegano, se a empresa tem atuação com vistas a responsabilidade social, se alguma nova tecnologia é empregada e tudo o que pode significar diferenciação em relação aos produtos concorrentes, deve ser destacado.

Por exemplo, veganos na maior parte dos casos, não consomem de empresas que consomem quaisquer produtos que façam uso de couro e não apenas os modelos que pretendem comprar.

Há quem na dúvida, prefira comprar um produto o qual tem um percentual das vendas revertidas para alguma fundação, instituto ou ONG envolvida em causas sociais.

Selos que representam ou indicam esse tipo de envolvimento, devem constar na página do produto.

Mesmos aspectos as vezes menos objetivos, como durabilidade, facilidade de utilização, podem merecer destaque, desde que haja comprovação em relação aos produtos concorrentes.

Conclusão

Páginas de produtos em sites deveriam vender ou pelo menos esclarecer tantas dúvidas quanto possível, a fim de que um possível interessado não tenha que navegar entre muitos diferentes sites para descobrir se o produto que ele pretende comprar, atende suas necessidades, desejos e expectativas.

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