O que são bancos de dados? Tudo o que você precisa saber

Você pode até não saber bem o que é, ou se sabe, pode não se dar conta da sua importância, mas independente do quanto sabe a respeito, é certo dizer que se não fossem os bancos de dados, boa parte do que temos hoje no mundo atual, não existiria.

Criar, manter e fazer uso de um banco de dados, é algo que hoje está acessível a toda organização ou mesmo uma pessoa qualquer, sem que se exija muitos conhecimentos e mesmo investimentos de qualquer natureza, graças a tecnologia de que dispomos.

Quer saber mais a respeito? Então vamos do começo!

A origem dos bancos de dados

No passado, particularmente no ambiente organizacional, encontramos a situação que deu origem aos bancos de dados. Na época os dados que tinham relevância para uma empresa, eram armazenados em papel.

Assim, era comum que grandes empresas mantivessem arquivos (gaveteiros para armazenar pastas), com pastas que continham folhas de papel com dados sobre fornecedores, vendas, compras e tudo o mais que em algum momento precisava-se saber para que a empresa tomasse decisões e mesmo funcionasse com o mínimo de organização.

A consulta aos dados necessários sobre algo, era manual, trabalhosa, demorada e estava sujeita a erros.

Com o desenvolvimento da computação, na década de 60, a IBM desenvolveu por meio de pesquisas, os primeiros modelos de bancos de dados, onde esses dados que antes estavam registrados em papel e por mais bem guardados que estivessem, não facilitavam a consulta, migrassem para meios digitais e fossem mais facilmente e rapidamente consultados.

Os modelos criados na ocasião, são os que conhecemos como modelos de rede e hierárquicos de bancos de dados. Ainda existem, mas são pouco utilizados e para fins mais específicos.

A migração dos dados antes restritos ao papel, para os primeiros bancos de dados, pode ser encarada como o pontapé inicial para o fenômeno que hoje chamamos de transformação digital.

É importante destacar que a partir da criação dos bancos de dados, que passou a considerar-se a diferença entre dado e informação. O primeiro é apenas um valor ou registro de algo e que isoladamente não tem sentido. Já a informação pode-se dizer que é a reunião de dois ou mais dados que se relacionam organizadamente, com sentido e produzindo algum conhecimento e uma ou muitas ações.

Partindo dessa conceituação, os bancos de dados foram desenvolvidos de forma a armazenar e extrair não apenas dados tais como nomes, produtos, quantidades, valores, datas, ou o tipo de dado que se tenha armazenado, mas tirar informação e produzir ações com base em conclusões, tendências, probabilidades e estimativas da avaliação feitas sobre os dados armazenados.

Visando facilitar o uso do conteúdo para produzir informação utilizável de maneira prática, na década de 70 surgiu o tipo de banco de dados mais usado atualmente e que se baseia no modelo relacional, segundo o qual os registros são organizados em tabelas e as tabelas relacionam-se entre si.

Há dependência ou relação entre as informações contidas nas diferentes tabelas, razão pela qual recebeu tal nome.

Assim, em uma possível – entre muitas – relação, você pode ter uma tabela de fornecedores, que contenha dados (razão social, endereço, ramo de atividade, produtos, etc) e uma de pedidos, que contenha o histórico de pedidos feitos a esses fornecedores.

Graças a esse modelo, por meio de uma consulta feita, usando um SGBD (Sistemas Gerenciadores de Bancos de Dados), é possível entre outras coisas, saber quantos pedidos foram feitos a um determinado fornecedor em um período, o montante comprado, a quantidade de um determinado item, o valor médio, mínimo e máximo dos pedidos e uma série de informações, com apenas um clique.

É claro que até chegarmos à conveniência e rapidez de que dispomos hoje, um longo caminho foi percorrido e a confluência de muitas tecnologias foi necessária.

Portanto, bancos de dados – ou databases como também são chamados – são recursos computacionais para armazenar de forma organizada de acordo com modelos previamente estipulados, os quais definem os tipos de bancos, com o objetivo de guardar e extrair informação classificável e utilizável por meio de um SGBD.

Como funciona um banco de dados?

SQL (Structured Query Language) é a linguagem usada para se efetuar ações sobre um banco de dados relacionais.

Assim, por meio do SQL, é possível gerenciar a totalidade dos dados (registros) gravados em cada tabela, sendo que um banco de dados é a coleção de todas as tabelas nele existentes.

O gerenciamento de dados ocorre quando o cliente SQL se comunica com um banco de dados, realizando operações que podem ser a seleção de dados de diferentes tabelas, a alteração, criação, exclusão, junção de tabelas, ou seja, a tudo que envolva a manipulação de cada valor contido em cada tabela.

As tabelas têm relação entre si, de forma que por exemplo, uma tabela de produtos, pode ser vinculada a uma tabela de fornecedores, bem como a tabela de vendas e com a de estoque, de tal forma que a cada venda feita, uma atualização na tabela do estoque é processada, bem como o atingimento de um determinado volume de itens no estoque, pode gerar um novo pedido junto aos respectivos fornecedores.

Além disso, diferentes usuários podem ter diferentes privilégios associados a tais dados, como por exemplo, apenas leitura, criação de um banco, executar comandos SQL, ou acesso a apenas algumas tabelas ou controle total sobre tudo.

O sistema que é apto a realizar tudo isso, é chamado de sistema de gerenciamento de banco de dados relacional (SGBD).

Bancos de dados populares

Servidores SQL diferentes, criados por diversas organizações, com características próprias, mas que em essência realizam o mesmo – gerenciamento de dados. Entre muitos exemplos, temos o MySQL, SQLite, PostgreSQL, MariaDB, MongoDB e que no caso, são soluções Open Source.

Mas há também muitas soluções proprietárias, como o Oracle usando seu próprio SQL, o banco da IBM, que utiliza IBM Db2 e o SQL Server, da Microsoft.

A importância dos bancos de dados

Não há modo mais prático de demonstrar a importância dos bancos de dados, do que citar algumas das suas utilizações mais comuns.

Começando pelos sites dinâmicos, às pesquisas de Marketing, dos sistemas de ERP ou CRM, da sua rede social mais usada ou da pesquisa que você realiza no Google, passando pela mala direta impressa que recebia no passado ou do e-mail Marketing que você envia atualmente e até das muitas pesquisas científicas que servem como base de desenvolvimento de quase tudo o que temos a nossa volta, há sempre um ou muitos bancos de dados por trás de tudo.

Ao passar no caixa do supermercado, da loja de roupas ou sapatos, ou no magazine, há uma aplicação que é responsável por associar o código de barras ao preço, eventuais descontos ou promoções, dar baixa no estoque e se você tem algum cadastro, pode alimentar o CRM da empresa, ajudando-a saber melhor que você mesmo, seus hábitos de consumo.

Quando você acessa um site de e-commerce e clica no menu correspondente a smartphones, a programação associada a esse clique, desencadeia uma pesquisa na tabela que contém todos os modelos do item procurado, assim como a de estoque e que informa quando um ou mais modelos estão indisponíveis.

Blogs, fóruns, portais de conteúdo e todo tipo de site que você conseguir se lembrar que é baseado em CMSs como WordPress, Drupal, Moodle, ou outros, fazem uso extensivo de bancos de dados.

Quando você saca seu celular do bolso em busca de comida em um aplicativo de delivery de fast food, o serviço utiliza banco de dados. O serviço de streaming de música também. O app que o ajuda a chegar a um endereço, é outro que depende de gigantescos databases.

E todo o comportamento dos internautas, por meio dos seus desktops, notebooks, smartphones, acessando serviços, redes sociais, sites e tudo o que compõem a Internet, é rastreado e os passos digitais que são deixados, alimentam outros bancos de dados que vão ajudar as empresas a saber o que cada um de nós mais gosta no universo digital.

Difícil mesmo, é achar algo que não dependa dessa tão difundida tecnologia de armazenamento e organização de informação.

É verdade que se não existissem como os conhecemos hoje, alguma alternativa existiria, já que o volume de dados existentes e que são gerados a cada ação das pessoas, só faz crescer e se hoje fossem armazenados como eram no passado, possivelmente viveríamos rodeados por montanhas de papel e sem termos condição de acessá-las de modo útil e produtivo.

Conclusão

Bancos de dados são o centro de boa parte dos serviços que utilizamos hoje, a tal ponto que é possível afirmar que não existiriam como os conhecemos, se não houvessem os bancos de dados. Graças a eles que é possível armazenar e utilizar de modo viável e produtivo, informação que gera conhecimento e muitas das facilidades do mundo moderno.

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