O que é link building interno, importância e dicas de uso
Quem administra um site, qualquer que seja o seu tipo, tem muitas coisas para se preocupar e na lista das mais importantes, por diversos motivos, figura o link building interno.
Você não concorda? O link building interno não está entre as suas prioridades mais altas?
Pois saiba que deveria e que um trabalho bem pensado e executado em cima dos seus conceitos, pode ser determinante para o sucesso do seu site!
O que é um link de site?
A esmagadora maioria das pessoas, dirão: “Ah, mas eu sei o que é um link de site!”.
Não é apenas responder, o propósito único da pergunta, mas de fazê-lo pensar com mais profundidade na questão e compreender melhor a importância do link building interno.
Esse estrangeirismo e que já consta de muitos dicionários, por tão difundido que se tornou o seu uso, significa ligação.
É bem mais do que isso, pelo menos para nossas pretensões.
Se você é muito jovem, não sabe como eram os primeiros sites lá no fim da década de 1990 e por isso, segue um print de como parecia uma das páginas do xerox.com no ano de 1997 e que foi extraído do WayBack Machine.
Por mais bizarra que possa parecer comparada às páginas atuais, na época essa e outras páginas já faziam uso dos links e que tal como é em muitos sites até hoje, destacam-se pela cor azul.
Para os nativos digitais, é tudo muito óbvio e intuitivo. Já nasceram em um mundo dominado por links e cliques.
Mas esse recurso, bem como as imagens e as possibilidades de diagramação do conteúdo, foram um marco crucial, pois permitiam que as pessoas navegassem entre diferentes conteúdos apenas clicando nos tais links e algumas vezes, nas imagens.
Foi a “mágica” que o HTML introduziu em um mundo até então predominantemente analógico.
Era tudo muito novo, mas aos poucos as pessoas começaram a compreender que tudo que continha um link, indicava um relacionamento.
Relacionamento entre conteúdos, é a razão de ser de qualquer link, ou se preferir, é o que faz a ligação entre duas páginas e delas com outras tantas.
Quais os tipos de link?
Costuma-se dividir os links em dois tipos: links internos e links externos.
Os externos, são os que fazem a ligação ou relacionamento com endereços ou URLs de outros sites / páginas. Mais especificamente, um domínio diferente, já que você pode ter um site institucional e um blog sob um mesmo domínio. São dois sites diferentes, mas que fazem uso de um mesmo domínio.
Já os internos, como seria de se esperar, são os que fazem a ligação ou relacionamento, com outros conteúdos – ou trechos – do mesmo site e/ou domínio.
Dentro desse tipo, temos os navegacionais e que são os que permitem acessar outras páginas ou áreas do site e que são por exemplo, os utilizados nos menus ou nos cabeçalhos e rodapés. Há também os contextuais e que são representados pelos que aparecem ao longo de um texto ou mesmo nas imagens que cumprem o papel de conteúdo.
Ainda nessa categoria – dos contextuais – podem haver aqueles que têm também função navegacional, quando remetem a outro trecho do mesmo texto, por exemplo, permitindo que o leitor vá rapidamente ao trecho do texto que deseja.
Alguns sites usam tal recurso, ao incluir uma espécie de índice dos tópicos existentes, de forma que o usuário não precisa fazer uma leitura sequencial / linear do conteúdo, pulando aquilo que eventualmente queira.
Com essa ideia em mente, já podemos responder à próxima pergunta.
O que é link building?
Building significa o processo de construção, tal como a construção de uma casa ou de um carro, em que cada parte que compõe o todo, é planejada em termos de tamanho, de características e da posição que ocupa para que desempenhe tão bem quanto possível a função que se espera, da casa, do carro, ou do que tenha sido construído.
E é exatamente a mesma coisa quando falamos de link building.
Ou seja, link building é planejar o uso dos links com base nas características de cada conteúdo que é acessível e pelos relacionamentos existentes entre eles e no que se pretende no final.
Se para você pode parecer um tanto nova esse tipo de abordagem e, portanto, um tanto confusa, pense na escola. Lembre-se das suas aulas de Língua Portuguesa ou de Matemática.
Você só conseguia fazer bem a análise sintática de uma frase, conhecendo o que era sujeito, o que era verbo, bem como objeto direto e indireto, preposições e outras estrutura. No caso da matemática, encontrar as raízes de uma equação de segundo grau, exigia também conhecer as quatro operações elementares, além de exponenciação e radiciação.
Em ambos os casos, havia relacionamento entre os assuntos e que no caso da análise sintática, eram o sujeito, os verbos e os objetos. No caso da equação de segundo grau, o relacionamento era com as quatro operações e exponenciação e radiciação.
Já no caso do nosso “primitivo” site da Xerox, o visitante que nele desembarcava para ter informações da empresa, poderia acessar a partir do texto que continha tais dados, também o relatório anual do ano anterior, o de informações financeiras direcionadas aos possíveis investidores e ainda uma página de FAQ.
Portanto, havia links (relacionamentos / ligações) para assuntos relacionados e que possivelmente interessariam aqueles que lá estavam.
A mesma facilidade não era possível para nosso estudante colegial e que se precisasse lembrar a diferença entre objeto direto e indireto, precisaria buscar no livro, na apostila ou nas anotações no caderno.
Para quem tem um blog sobre gastronomia nos dias de hoje, uma página que contém uma simples receita de spaghetti Carbonara, mais do que apenas ser um passo a passo de como preparar a iguaria, deve preocupar-se em apontar essas ligações / relacionamentos com outros assuntos de possível interesse.
Ao indicar que o melhor tipo de massa, é do tipo seca, em vez das frescas, colocar um link para o artigo que trata das massas secas e quais os tipos de molho que são mais adequados para elas. E por falar nisso, molho é outra palavra-chave do assunto e para a qual também deve haver uma ligação para o conteúdo “tipos de molho”.
Tanto no site da Xerox, quanto no hipotético blog de gastronomia, o trabalho feito foi de link building interno, porque fez uso apenas de links internos.
Já quando disponibilizamos o link para o WayBack Machine, foi um externo.
Agora que nossa abordagem ampliou sua visão sobre o assunto, vamos tratar da sua importância prática…
Qual a importância do link building interno?
O link building interno tem importância para os usuários / visitantes e para o trabalho de SEO (Search Engine Optimization ou Otimização para motores de busca).
Para os visitantes, o link building produz os seguintes benefícios:
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Como já vimos, mostra os relacionamentos com outros assuntos os quais ele pode se interessar;
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Facilita sua navegação e chegar rapidamente em outros conteúdos;
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Também contribui para o consumo do conteúdo, como os links contextuais com função também navegacional;
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Convida o visitante para determinadas ações (CTA ou Call To Action);
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Contribui para impulsionar conteúdos novos e estratégicos e até produzir engajamento, quando por exemplo, possibilita o compartilhamento nas redes sociais;
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Serve para conduzir os usuários ao longo da jornada de compra, mostrando o caminho que ele deve seguir;
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Favorece a diminuição da taxa de rejeição, na medida em que links para assuntos relacionados, são uma segunda possibilidade do visitante que não encontrou exatamente o que queria, encontrar.
Sob a ótica de SEO, a importância é um tanto menos ampla, porém mais profunda.
Distribuição de autoridade
Costuma-se dizer que “Fulano é autoridade no assunto X”, quando a pessoa é tida como referência em conhecimentos sobre aquele assunto.
Analogamente, autoridade de domínio ou de uma página perante os mecanismos de busca, é quando segundo seus critérios e fatores de ranqueamento, o domínio ou página é referência no tema abordado.
Quando falamos em distribuição de autoridade, uma página que aponta ligações ou relacionamentos para outras páginas, transfere parte de sua autoridade a elas.
É como a pessoa que é autoridade em um assunto. O que ela diz, as pessoas são inclinadas a seguir, a acreditar, aceitar como verdadeiro.
O conceito por trás disso, é mais profundamente explicado em nosso post sobre link juice.
SEO on page
SEO on page é resumidamente o conjunto de ações com vistas ao SEO feitas nas páginas de um site.
Os robôs dos mecanismos de busca nunca param de vasculhar a Web para entender a estrutura do seu e de todos os demais sites. Se por exemplo, você não tem um sitemap, embora devesse ter, são os links internos uma das formas dos robôs identificarem a existência das páginas para as quais o links apontam.
Quando você usa links internos corretamente, você está implicitamente indicando ao robô que página A está relacionada à página B e assim com todas as outras para as quais existem links apontando.
No exemplo do blog de gastronomia, se além do link para o conteúdo sobre massas secas, houver no segundo, um link para a receita de Carbonara, como uma das formas de preparo ideais para esse tipo de passa, esse relacionamento é ainda mais explícito e forte. Ou visto de outra forma, há relacionamento de A para B e de B para A.
Ao combinar com a distribuição de autoridade, uma página que é referenciada por várias outras, cresce em autoridade.
Contexto
Avaliar com critério e rigor o contexto no qual são empregados os links, também ajuda na avaliação dos algoritmos dos buscadores sobre a relevância das páginas nas quais existem tais links.
Lembre-se que uma das principais preocupações do Google e demais, é listar nas páginas de resultados (SERPs) os conteúdos que melhor respondem às pesquisas feitas e sendo assim, um conteúdo que oferece uma gama adequada de relacionamentos e que são coerentes com o tema central, ou seja, estão bem contextualizados, têm maiores chances de darem essas respostas.
5 dicas para o link building interno
Apesar de parecer simples, conseguir os melhores resultados com o link building interno, requer conhecer algumas dicas e sugestões que podem potencializar os benefícios tanto para os usuários do site, quanto para os algoritmos dos buscadores.
1. Texto Âncora
Texto âncora é a porção de texto na qual o link está presente e que usando este próprio exemplo, é composto pelas palavras “texto” e “âncora”.
A escolha das palavras usadas como âncora, é importante para:
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O contexto perante o conteúdo, quando se pensa em resultados de SEO. Dessa forma, evite âncoras que não exprimem o relacionamento e o assunto ao qual o link conduz, como “clique aqui” e “saiba mais”;
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Quando possível, prefira usar palavras presentes na URL ou no título do conteúdo, ou pelo menos, que sejam descritivos sobre o conteúdo do link, também chamada de correspondência semântica;
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A correspondência exata, ou seja, quando as palavras do texto âncora são exatamente as mesmas, é positiva para usuário e para efeitos de SEO;
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O uso de URLs, embora menos comum, pode ser positivo e adequado, quando por exemplo, faz sentido e/ou é necessário. Como no caso de informar no texto que o endereço de um site é tal e colocar o link no endereço;
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Ocasionalmente faz-se uso de textos âncoras mais extensos, como no caso de palavras-chave long tail ou de cauda longa. Propositalmente fizemos uso no próprio exemplo, mais uma vez, para demonstrar seu uso e para diferenciar e dar mais especificidade de outro link em que exista apenas a palavra-chave “normal”;
2. Quantidade de links
Não há uma regra definida e tampouco uma quantidade recomendada de links possíveis. Tecnicamente, pode-se colocar inúmeros.
No entanto, é preciso ter em mente o que tratamos até aqui, ou seja, é preciso fazer sentido.
Por que?
Primeiramente por causa do contexto. Especialmente em um momento em que a Inteligência Artificial promete estar cada vez mais presente e integrada aos sites de busca, como é o caso do novo Bing com GPT, será cada vez mais fácil para os algoritmos identificarem se os links estão adequados ao contexto do conteúdo.
Em segundo, é até recomendável colocar vários links internos a depender do assunto e se você tem relacionamentos correspondentes e relevantes.
Porém uma página com 50, com 40 ou até mesmo 30 links, parecerá para os algoritmos que seu critério de recomendação ou não exista, ou talvez você esteja usando uma técnica comum no passado e que há um bom tempo já não funciona.
Resumindo, em vez de beneficiar, prejudica o site e a página.
Em terceiro, quanto mais links houver, mais o link juice será “repartido” e consequentemente, menor autoridade é recebida por cada página de destino.
Por fim, porque deve servir ao propósito para o qual foram criados. Lembre-se sempre do marco evolutivo que eles representaram. Deve ser para facilitar a vida do seu visitante e não criar uma grande poluição visual e tampouco para fazê-lo abrir 10 outras páginas e perder o foco do que ele veio fazer.
No final, vale mais a pena escolher alguns bons conteúdos ou que sejam essenciais, do que incluir links para 100% de tudo que existe relacionado no seu site.
3. Ferramentas e alternativas
Links internos não precisam em 100% dos casos e necessariamente estarem vinculados a um texto âncora dentro dos textos principais de cada página.
Seja porque você têm alguns ghost writers que não conhecem todo o seu conteúdo, seja porque o design e layout do seu site permitem e/ou favorecem, seja por outra razão, há formas alternativas de trabalhar o link building interno e usufruir dos benefícios junto aos usuários e sites de busca.
É caso da sidebar do WordPress, caso seu site seja baseado nele. É comum sites que aproveitam a área para os posts mais lidos, em destaque, os mais recentes, ou os que tratam de assuntos que outros visitantes também se interessaram.
Há plugins do WordPress inclusive destinados aos posts mais populares.
Em nosso próprio blog, ao fim de cada post, sempre indicamos outros de assuntos que têm relação ou que podem interessar aos nossos leitores.
Outro recurso que utilizamos e que é bem popular em muitos blogs, é a nuvem de tags e que também baseia-se em oferecer uma lista de palavras-chave relacionadas e que no nosso caso, é o mesmo que fazer uma busca interna para a palavra clicada.
4. Post pilar e posts satélites
A estratégia de criação de conteúdo conhecida como estrutura de post pilar e posts satélites, é bastante comum e ótima para construir autoridade em torno de um tema.
Baseia-se no princípio de que o post pilar e que recebe esse nome por ser o centro ou alicerce de um assunto, o qual é tratado em termos dos seus conceitos principais e algumas vezes de forma mais genérica e ao mesmo tempo abrangente.
Em torno dele, há vários outros posts que tratam de situações mais específicas ou desdobramentos do assunto central / principal. São os satélites, pois giram em torno do principal, da mesma forma que os satélites em relação aos planetas.
É o caso novamente do exemplo das massas e que consistiria do post pilar. Já os satélites, seriam “massas frescas”, “massas secas”, “massas curtas”, “massas longas”, “massas recheadas”, etc.
Na situação hipotética em questão, haveria links no post pilar sobre “massas” para todos os satélites e deles para o pilar, fortalecendo sua autoridade reciprocamente, mas sobretudo, daquele que deve ser o principal – massas.
O objetivo é que quando alguém pesquisar por “massas”, o nosso blog seja autoridade no assunto, pois há muito conteúdo relacionado!
Ao se fazer o mesmo com molhos, receitas, dicas de preparo, tempo de cozimento e outros aspectos associados, favorecem-se as pesquisas que também incluem tais palavras-chave.
5. Dê liberdade de escolha
A última dica, não é a menos importante – dê liberdade de escolha ao seu leitor.
Sempre que possível e quando fizer sentido, não obrigue o seu visitante a clicar em um link interno, como única alternativa. Obviamente um link para um carrinho, para o download de um conteúdo ou como uma etapa de processo, é necessário que seja assim.
Mas em se tratando de um link contido em um texto, opte por apresentar também uma versão resumida e que evita que ele tenha que clicar para saber do que se trata.
É o caso de definições, de terminologias, de explicações de outros conceitos ou temas.
O texto no qual está contido o link deve ser suficiente e aqueles que desejam se aprofundarem ou ir além, têm a liberdade de fazê-lo clicando.
Fizemos isso por exemplo, em texto âncora, explicando o que é. Todavia, demos a oportunidade a quem quer ou precisa, de saber ainda mais, fornecendo o link para um artigo inteiro e dedicado ao tema.
Dessa maneira, o link foi contextualizado perante os buscadores e fomos respeitosos com você que chegou até aqui e dispensou-nos uns minutos de atenção!
Conclusão
O trabalho de link building interno vai bem além de incluir alguns links para outras páginas do site. Pode ser decisivo para aparecer nos sites de busca.