Marketing de Conteúdo para sites de micro e pequenas empresas

Ser encontrado na Internet, é obsessão para alguns e um simples desejo para outros. Seja em qual das extremidades você se encontra ou em determinado ponto entre elas, quem tem um site, espera em algum grau que ele traga novos clientes.

Para isso acontecer uma das fórmulas mais comentadas, é o Marketing de Conteúdo, que devidamente integrado com técnicas de SEO, pode fazer toda a diferença entre ser apenas mais um em meio a milhões ou ganhar destaque nas primeiras ocorrências dos resultados orgânicos.

Porém as micro e pequenas empresas se veem em um impasse, visto que geralmente os responsáveis pelos respectivos sites, não enxergam como aplicar as inúmeras dicas que os muitos sites que tratam do tema, apresentam.

Mas isso termina aqui. A partir de agora, você não vai mais ter motivos para não dispor de um site institucional verdadeiramente atrativo para seu público potencial e para os mecanismos de busca.

O paradigma do site institucional

Se você não tem muita certeza do que seja um paradigma, ele é resumidamente um modelo que determina como algo deve ser.

Dito isso, é compreensível e esperado que as pessoas quando criam conteúdo para seus sites, espelhem-se no que os concorrentes já estabelecidos fazem.

É o modelo mental – consciente ou inconsciente – que estabelece que “se meus concorrentes fazem, deve funcionar”, ou “se todo mundo faz, por que eu vou ser o único a não fazer?”, ou ainda “vou fazer como todos fazem, porque eu nunca fiz”.

Esse tipo de comportamento – ser regido por paradigmas – é comum à grande maioria das pessoas e de fato não é fácil fugir de algo assim, visto que é uma crença arraigada na mente da maioria ao longo de muito tempo.

O primeiro passo rumo a instituir práticas de Marketing de Conteúdo eficazes, é romper com esses paradigmas.

Especialmente quando se avalia sites de micro e pequenas empresas, as quais invariavelmente não têm recursos para investir em uma agência de criação ou mesmo um profissional freelancer ou web designer experiente, que as aconselhe quanto ao que deve ser feito.

Os erros mais comuns nos sites de micro e pequenas empresas

Imagine um consumidor que tenha que comprar uma camisa e ao fim do processo de escolha, tenha que decidir entre três camisas brancas, de algodão, de modelos bastante parecidos, de marcas / fabricantes que não conheça.

Ou seja, no cenário hipotético descrito, porém tão comum, o consumidor tem 3 produtos quase idênticos que em função da ausência de diferenciação, acabam por fazê-lo decidir-se pelo mais barato, desde que naturalmente o preço também não seja o mesmo.

Esse tipo de situação é usual a todos os segmentos da atividade comercial, levando a uma guerra por preços, quando os clientes em potencial não veem benefícios aparentes nos produtos ou serviços que consomem.

E se algum visitante chega ao seu site ou da concorrência e tudo o que vê são sites muito semelhantes em relação ao conteúdo que exibem, ele vai se encontrar na mesma situação das camisetas. Advinha o que o fará escolher?

Mais do que isso, para os mecanismos de busca, a situação não será diferente.

Lembremo-nos que o papel do Marketing de Conteúdo, é produzir conteúdo, mas que sobretudo atenda o que os visitantes buscam, bem como os mecanismos de busca, que entre 1000 sites semelhantes, indexarão 1000 conteúdos quase da mesma forma.

Em outro exercício de imaginação, suponha que você busque uma empresa de contabilidade para assessorar sua empresa, já que toda empresa formalmente constituída precisa desse serviço. Ao fazer a busca no Google, se deparar com uma lista extensa de opções e ao clicar em várias delas, encontra:

  • Pelo que vimos até aqui, o primeiro erro é fazer exatamente o mesmo – ou muito próximo – do que a concorrência faz em termos de conteúdo;

  • Outro grande problema, é não dizer nada que de fato importe. Coisas como “profissionais experientes”, “capacitados”, “atendimento diferenciado”, “comprometidos com o sucesso da sua empresa”, “tradição”, “responsabilidade”, “motivados”, é comum nos sites da maioria. Tudo isso é naturalmente importante, mas pressupõe-se que seja o básico e comum a todas. Além disso, dificilmente alguém pesquisa no Google “contabilidade comprometida com o sucesso da minha empresa”;

  • A não ser que a empresa tenha atuação em todo o território nacional, é comum ter que se procurar sua localização para saber se seus produtos / serviços estão disponíveis na localidade do visitante;

  • Não conter respostas a dúvidas frequentes que surgem em um primeiro contato, é outro erro recorrente. Quando se responde no site aos problemas e dúvidas usuais de possíveis clientes, aproxima-se daquilo que um internauta costuma pesquisar e que pode aumentar as chances de levá-lo ao seu site;

  • No caso do nosso exemplo (setor contábil), é comum o uso de terminologia da área, que para os leigos pode não significar absolutamente nada. Quando necessário usar termos técnicos, é conveniente fornecer uma breve explicação a respeito, afinal alguém que está abrindo sua empresa, obrigatoriamente sabe a diferença entre “lucro real” e “lucro presumido” e suas implicações?;

  • Na contramão do tópico acima, há os que são muito vagos e não contém os termos que provavelmente conterão mais pesquisas, como por exemplo, “legislação trabalhista”, “dívida tributária”, “abertura de empresa”, etc. Lembre-se de ao incluir o que falta, explicar;

  • Em um segmento como o contábil, é natural que o cliente em potencial tenha muitas dúvidas e mesmo um site bastante completo, não esclareça a totalidade delas. Nesses e em outros casos, dispor de uma variedade de canais de atendimento, bem como os horários em que cada um está disponível. Não é raro ter que buscar um telefone para contato ou um formulário de preenchimento trabalhoso e que acaba “expulsando” o visitante;

8 Dicas para planejar o conteúdo de sites de micro e pequenas empresas

É óbvio que há exceções e alguns sites levam em conta preocupações que fazem deles bons exemplos de como aplicar o Marketing de Conteúdo para informar e ranquear bem no Google. Mas infelizmente, em muitas áreas essa não é a regra.

Vamos aos principais pontos que a maioria dos sites de micro e pequenas empresas não fazem:

1. Pense como o cliente

Toda vez que o telefone toca, que perguntas as pessoas que estão do outro lado lhe fazem? Quais suas preocupações? O seu site responde a tudo isso?

Tente não pensar como o profissional da sua área, mas como o cliente o vê e o que ele espera ouvir de você e da sua empresa.

2. Cuide da linguagem

Não apenas do formalismo, dos protocolos e da correção gramatical, mas acima de tudo da compreensão e da comunicação que ela é capaz de produzir e para isso, ela deve ser clara até aos mais leigos.

3. Diga o que importa

Como vimos nos erros mais comuns, é habitual uma apresentação da empresa e dos seus produtos e serviços, que pode parecer correta, com adjetivos que valorizam, mas que não importam ao cliente.

Diga o que ele quer ouvir – no caso ler – e que geralmente é o que ele coloca nos termos da busca no campo de pesquisa do Google.

4. Vá além do básico

Há a crença de que sites institucionais são básicos e têm uma estrutura formal e rígida (home, quem somos, nossos serviços, contato, etc).

Não se consegue produzir conteúdo que venda suficientemente bem a imagem da empresa e consequentemente produzir algo que agregue valor e diferenciação, com um site com uma estrutura como essa.

5. Tenha foco

De nada adianta trazer visitantes de todos os lugares se a sua atuação é regional ou se há setores da atividade comercial que você não tem expertise para atender.

Visitantes que você não pode atender por qualquer razão, sairão do site rapidamente, voltando aos resultados da pesquisa e aumentarão sua taxa de rejeição. Por isso, direcione o seu conteúdo.

6. Valorize o tempo do seu cliente

Estamos falando de Internet e se alguém optou por chegar a você pelo site, quer comodidade, em vez de pegar um telefone para resolver o que seu site não é capaz de fazer por ele.

Pense em que ferramentas ou recursos ajudam nesse sentido, bem como que formatos de conteúdo favorecem o consumo de informação.

7. Quebre paradigmas

Mais do que isso, não seja diferente apenas para não fazer o que todos fazem. Seja diferente para ser útil e para dar motivos aos visitantes para voltarem e consumirem o conteúdo que importa e que ninguém oferece como você.

8. Cause uma primeira boa impressão

Isso tem a ver com a estética do site, mas acima de tudo, com dizer de forma clara e direta o que os visitantes esperam. Não use de rodeios e não tente reter visitantes com recursos como “cadastre-se para receber mais informações”.

Isso em muitos casos aborrece e leva o internauta para quem consegue ser mais direto e atender de forma ágil e transparente.

Conclusão

Aplicar os conceitos de Marketing de Conteúdo para trazer visitantes e posicionar adequadamente o site de micro e pequenas empresas nos mecanismos de busca, é mais do que simplesmente produzir milhares de palavras que farão parte do seu site. A forma, o propósito, a utilidade, entre outras preocupações, são fundamentais para que o conteúdo cumpra o papel para o qual foi criado.

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