A importância da busca interna no site e como fazer

Um dos recursos de um site mais úteis e mais antigos, a busca interna dos sites, são bem mais do que uma simples cortesia ou facilidade fornecida aos seus visitantes.

Para o administrador do site, é bem mais do que uma simples ferramenta e pode literalmente servir de bússola ao seu desenvolvimento, tanto em termos de conteúdo, como em termos administrativos.

Se você ainda não aproveita todo o seu potencial, chegou a hora de mudar essa situação.

O que é a busca interna do site?

Mais do que responder que a busca interna do site é o recurso que permite aos visitantes localizarem a(s) página(s) que contém conteúdo relacionado com a(s) palavra(s) pesquisada(s), essa pergunta aparentemente retórica, tem o objetivo de nos fazer pensar sobre as razões pelas quais alguém a utiliza.

Encontrar conteúdos relacionados com uma palavra-chave

A função primeira e que de tão óbvia, muitas vezes é desprezada, esconde possíveis problemas e que precisam ser avaliados sob o contexto do site.

Se são feitas pesquisas frequentes por termos que para você administrador, seriam facilmente encontrados por uma navegação simples e com poucos cliques, pode ser que para os visitantes não está tão fácil assim de localizar. Ganha força essa teoria, quando se trata de um site institucional ou mesmo um site de e-commerce.

Afinal, mesmo em uma grande loja virtual, encontrar um modelo de uma geladeira, de uma ou duas marcas específicas que o candidato a comprador dá preferência e de um determinado tamanho (capacidade em litros), deve ser um procedimento simples usando os filtros que normalmente existem e que têm justamente essa finalidade.

Pesquisas a respeito, apontam que em torno de 40% dos visitantes de sites de comércio eletrônico usam o nome de um produto ou a categoria da qual fazem parte. Portanto, quando esse percentual é significativamente maior do que a média, reforça-se a possibilidade de que encontrar algo não está sendo tão fácil e direto como deveria ser e que o filtro deve ser reavaliado.

Por outro lado, em sites de conteúdo, portais, grandes blogs, nos quais há centenas ou milhares de páginas, ainda que estejam bem divididos por seções, o percentual de uso das buscas internas pode mais do que dobrar, sem que isso seja um indicador de que a localização por navegação, é trabalhosa.

Indicador de confiança / preferência

A segunda razão para a utilização da busca interna do site, é a confiança que o visitante tem ou a preferência que ele dá ao site para entregar o conteúdo que ele quer / precisa.

Sim, porque o simples fato do visitante optar pela sua busca interna, em vez de retornar para a página de resultados dos sites de busca (SERP), pode significar que:

• Ele não se interessa tanto pelos demais resultados exibidos na SERP que o trouxe até ali;

• O acesso ao site foi direto e é nele que o visitante pretende encontrar o conteúdo buscado.

Quer mais conteúdo

Ele não se satisfez com o que encontrou, especialmente se ele desembarcou no site vindo de uma SERP e o tempo de permanência na página foi baixo.

Se somado a esse cenário, a busca contém uma palavra-chave long tail (de cauda long), indicando um refinamento, ele quer mais especificidade e que por sua vez pode ser um indicador que talvez você precise melhorar o link building interno e/ou trabalhar a questão de post pilar e posts satélites.

Em qualquer das situações acima, exceto se o visitante não se deu ao trabalho de avaliar o conteúdo, devem haver links que o conduzam a assuntos relacionados e que dispensariam que ele tivesse que recorrer a busca interna.

De modo complementar, se o resultado da busca não retornou o que foi pesquisado, é indicador de um tema que precisa ser criado.

Conhecer melhor o site

Ainda há os casos nos quais o visitante foi bem impressionado pelo que encontrou e quer conhecer melhor o site.

E essa é uma situação que é reforçada pelos sites de conteúdo e blogs, particularmente os especializados, nos quais o internauta que chegou e acabou de conhecer, quer saber se outros conteúdos que lhe interessam, correspondem ao primeiro que ele acessou.

É quando muitos “favoritam” o site e que posteriormente receberá outras visitas para se informar, passar o tempo, divertir-se, enfim, os motivos que levam as pessoas a navegar, sem necessariamente ser para comprar algo ou usar um serviço web.

Qual a importância da busca interna no site?

Além de ser um “facilitador” de navegação, vimos que a busca interna pode fornecer ao administrador do site, vários possíveis indicadores relacionados com as visitas.

Mas tudo isso, ainda representa uma visão superficial do quão importante ele pode ser.

Do ponto de vista do visitante, imagine o inverso, ou seja, um site sem uma busca interna. Se ele precisar ou quiser encontrar algo e não tiver tempo ou paciência de clicar aqui e ali, ele pensará: “Que droga! Será que não se importam que eu encontre o que quero? Não tem um simples campo de busca?!”.

Em outras palavras, é na sua ausência que se vê que é muito mais do que uma facilidade, ou uma cortesia. É essencial e pode simplesmente expulsar o visitante e deixá-lo com a impressão de que o site é negligente, é pouco profissional, ou outras impressões negativas.

Para o administrador, além do que já abordamos, é com base nas buscas que ele tem a oportunidade de saber:

• Quais assuntos mais interessam aos visitantes;

• A especificidade ou o foco de determinados temas;

• O quão leigo ou especialista são os visitantes;

• O refinamento que precisa ser dado a determinados assuntos;

• Trabalhar melhor os títulos e subtítulos dos conteúdos.

Como deve ser a busca interna do site?

Agora que já está claro porque é essencial uma busca interna, é preciso estar atento a características que devem estar presentes no recurso para que sua implantação e uso sejam eficazes.

De modo geral, as dicas relativas às características da ferramenta de busca interna, consideram as convenções mais comuns e a eficiência da navegabilidade / usabilidade para os usuários.

1. Posicionamento

O posicionamento ou em que lugar o recurso deve ser disponibilizado, é o primeiro passo importante.

O design e layout do site deve contemplar uma posição estratégica e não onde couber.

A maioria dos sites de conteúdo e portais, coloca em posição superior na página, próximo ao menu horizontal – quando é essa sua posição – e no canto direito.

Sempre considere a hierarquia visual da página, reservando à ferramenta uma posição de destaque.

Outro ponto relacionado, é que a posição deve ser a mesma em todas as páginas. Se em cada uma ou se em diferentes seções do site, o campo de pesquisa muda, além da confusão, você pode provocar aborrecimento no internauta por ter que ficar procurando.

2. Aparência

Uma busca deve parecer uma busca, por mais óbvia que pareça a afirmação. No entanto, por vontade de inovar ou porque o design foge do convencional, eventualmente visitamos sites nos quais temos que experimentar cliques naquilo que lembra vagamente uma ferramenta de busca, para saber se realmente é.

Usar o tradicional ícone de lupa e o campo de preenchimento de texto, é convenção que qualquer visitante já está familiarizado e torna o recurso rapidamente reconhecível.

3. Busca básica, deve ser básica

Outra aparente obviedade, mas que assim como na dica anterior, há quem queira inventar.

Lembre-se que a mais popular e bem-sucedida busca da Internet – o Google – começou e manteve-se sempre simples. As pessoas digitam o que buscam, clicam na lupa ou apertam o enter e “voilà”!

Reserve os filtros ou parâmetros para uma busca avançada, para a página de resultados e que devem ser usados quando o visitante não encontrou o que foi exibido na primeira pesquisa.

Inclusive há quem coloque uma mensagem do tipo: “Não encontrou o que buscava? Clique aqui”.

Com isso, o usuário tem a chance de utilizar os filtros que a ferramenta dispuser para buscas mais avançadas.

4. Dê-lhe segurança

É altamente conveniente que antes do primeiro resultado, apareça uma mensagem curta sobre o que está sendo exibido, como: “resultados para busca de ‘motor de combustão interna’”.

Isso é especialmente útil para aqueles que já fizeram algumas buscas no próprio site e nos sites de busca e já não têm mais certeza do que pesquisaram e podem fazer uma nova busca que não seja repetida e que entregue exatamente os mesmos resultados, o que além de frustrante, tira a paciência do usuário.

5. Dê-lhe informações

Informar também quantos resultados a busca retornou, é adequado e particularmente útil quando a lista de resultados incluir muitas páginas.

Além disso, tal como os principais sites de busca fazem, além do título associado às páginas, destacar em negrito ou mesmo em outra cor as palavras usadas na busca no trecho de texto correspondente, pode ajudar o usuário a decidir em qual dos links clicar quando houver muitos, apenas lendo o trecho no qual os termos pesquisados estão presentes.

6. Cuidado com excesso de informação

A página de resultados precisa ser o mais dinâmica que for possível. Significa carregamento rápido e facilidade para acessar o conteúdo buscado.

Por isso esteja atento a quanta informação é exibida em cada ocorrência. Títulos demasiadamente longos e trechos de texto nos quais constam as palavras-chave utilizadas, não devem ocupar muito espaço e cuja preocupação reside naqueles que estão usando um smartphone.

Apesar de que os aparelhos com telas grandes e elevadas resoluções são muitos e comuns, nem todo mundo tem um. Preocupe-se sempre com aqueles que não têm as melhores condições de visualização.

7. Publicidade

Se seu site tem publicidade online, cuidado novamente com os excessos.

O mais indicado é não ter área de publicidade na página de resultados. Primeiro pela razão imediatamente acima.

Em segundo, porque não é possível controlar a velocidade de carregamento da publicidade de terceiros e não há nada pior do que ter a intenção de clicar em um resultado e ao fazê-lo, o objeto do toque / clique, ser deslocado porque uma publicidade tomou o seu lugar e levou o visitante para outro site. Algo muito comum no acesso mobile.

A irritação que isso pode causar, pode expulsá-lo do site.

Deixe a publicidade para a página que ele visitará após o toque / clique.

8. Limite os resultados

Se houver muitos resultados, use o recurso de paginação, ou seja, um limite de resultados por página.

A ideia leva em consideração novamente os usuários de smartphone, os quais diante de uma página com rolagem “infinita”, podem ser perder e não saber exatamente o que já viram ou não.

Aqui novamente é útil recorrer ao que é convencional. Portanto, 10 resultados por página e ao final, o(s) link(s) da(s) outra(s) página(s) de resultados, de forma que se possa navegar entre elas.

Note que o princípio do que é mais comum, deve prevalecer sempre. Usuários sentem-se incomodados quando têm que aprender coisas novas para chegarem onde querem.

9. Links

Utilizar cores de links indicando os já visitados e aqueles que ainda não, é também essencial.

Não force ou obrigue o usuário a ter que se lembrar de quais páginas ele já visitou, porque estará dando mais trabalho de navegação a ele e irritando-o.

Quem retorna a uma página já visitada, sem que fosse essa sua intenção, apenas porque o site não é “gentil” em sinalizar, pode perder a paciência e dar a oportunidade a outro site de fazer o que o seu deveria fazer por ele.

10. Não à redundância

Não permita resultados repetidos, só porque as palavras pesquisadas aparecem mais de uma vez em diferentes trechos do texto.

Pelas mesmas razões que já mencionamos, é o tipo de perturbação que além de desnecessária, empurra o visitante de volta aos sites de busca e seus concorrentes.

Conclusão

Implementar uma busca interna no site, é muito mais do que apenas fornecer uma facilidade aos visitantes. Pode ser tão crucial quanto outros recursos.