8 dicas práticas para usar IA como assistente de conteúdo Web

Todo mundo que trabalha produzindo conteúdo para a Web, conhece muito bem todos os desafios dessa atividade, os quais parecem ainda mais difíceis de serem superados, desde que os conteúdos gerados pelos grandes modelos de linguagem – ou IAs generativas, se preferir – começaram a proliferar por todos os cantos.

Como acompanhar e disputar com essa “concorrência” quase desleal e desumana, é a pergunta que muitos se fazem, especialmente aqueles que sabem o valor do conteúdo feito “à moda antiga.

Mas pode ser diferente, se você souber tirar proveito inteligente do que as inteligências artificiais têm para oferecer, por mais redundante e irônica que pareça essa afirmação!

Ou seja, no bate-papo de hoje nós vamos dar dicas práticas de como usar de modo ético e produtivo o potencial das IAs na produção de conteúdo textual.

Chega de enrolação e vamos ao que interessa!

Usar ou não a inteligência artificial na criação de conteúdo?

Quem acompanha o blog, deve conhecer bem as razões – as objetivas e as nem tanto – pelas quais não se deve entregar a tarefa da produção de conteúdo para os grandes modelos de linguagem, ou apenas LLMs (Large Language Model) para os íntimos.

Não é nosso propósito voltar a discutir a questão aqui. Já apresentamos todos os motivos nos posts abaixo, caso você ainda não os tenha lido:

No entanto, possivelmente o que não tenha ficado absolutamente claro em nenhum desses posts, é que não precisa ser 8 ou 80. Não se trata de dizer “aqui IA não entra” ou de não reconhecer que há sim utilidade nesse advento tecnológico e, sobretudo, que esse é um caminho sem volta.

A questão é: saiba usar para ajudar e não para substituir o ser humano!

Por que usar IA na criação de conteúdo?

Agora que você percebeu que não se trata de proibir por completo ou de entregar tudo para uma IA, vamos começar nos despindo de preconceitos e entender os porquês de recorrermos aos melhores modelos existentes atualmente.

A ideia é aproveitar o melhor dos dois mundos!

  • Produtividade – admita que a velocidade com que entregam respostas, é infinitamente maior ao que pessoas são capazes. Saber tirar proveito disso para ganho de tempo e melhor a produtividade, é sim uma atitude inteligente;

  • Precisão – conteúdos verdadeiramente bons, dependem da exatidão, da precisão e da veracidade das informações fornecidas e as boas IAs conseguem ajudar a garantir esse aspecto;

  • Abrangência – conforme veremos logo mais, se usado como um verdadeiro assistente, o produtor conseguirá criar conteúdos mais completos, mais abrangentes, verdadeiramente íntegros;

  • Eficiência – ser eficiente quanto aos objetivos de cada conteúdo, ou seja, que eles convertam mais, eduquem mais, gerem mais engajamento, visibilidade e autoridade tópica;

  • Utilidade – no final de tudo, ao melhorar diferentes aspectos dos conteúdos criados, espera-se que como consequência, que eles sejam cada vez mais úteis aos visitantes do site e além disso, satisfaçam os algoritmos dos buscadores, como fica evidente no Core Update de Agosto / 24, mencionado anteriormente.

Como usar IAs de modo inteligente para criar conteúdo?

Antes de falarmos daquilo que a maioria quer saber, é preciso fazermos algumas ressalvas:

  • Não ao CTRL+C / CTRL+V – lembre-se que o uso é para auxílio / suporte para a criação do conteúdo e não de substituição ao trabalho de escrever. Se preferir, você usará a IA como seu assistente pessoal;

  • Não confie cegamente – saiba que há casos nos quais ocorrem imprecisões e até as chamadas “alucinações de IA”, que são resultados enganosos ou totalmente incorretos, mas que podem parecer verdadeiros se não forem checados;

  • Diversifique – teste e use diferentes modelos, seja para ter um universo maior de possibilidades, seja para avaliar qual se aproxima mais do que se quer e precisa;

  • Engenharia de Prompt – saber criar e refinar instruções (engenharia de prompts) é essencial para obter resultados precisos. Assim, informar contexto, objetivo e público-alvo do conteúdo, além de efetuar solicitações objetivas e claras, favorece uma resposta mais adequada;

  • IAs favoritas – ao longo do texto a seguir, citamos a título de exemplo, algumas das mais populares, mas que não necessariamente são as melhores para os respectivos usos. Portanto, teste e escolha as melhores para sua realidade.

Com esses pontos em mente, vamos ao que interessa…

1. Revisão

Se você já é um escritor experiente, já domina bem as técnicas de SEO e quer apenas uma facilidade extra quando o trabalho está quase pronto, submeter seu texto para revisão e avaliação, pode economizar uns minutos e identificar erros que às vezes passam desapercebidos, seja por conta da correria para cumprir prazos, seja por distração, seja por cansaço mesmo.

É possível submeter textos a todas as principais IAs, as quais avaliam aspectos como fluidez, clareza, foco no público-alvo, tom, correção gramatical e ortográfica, entre outros fatores.

Para que essa análise seja eficiente, contextualize completamente o conteúdo, informando onde será publicado (blog, redes sociais, site de conteúdo, etc), a persona ou o público-alvo, o objetivo do conteúdo, etc.

Além da revisão poupar algum tempo de trabalho, também funciona como uma espécie de “aval externo”, dando sugestões do que melhorar e destacando o que está bom.

2. Integralidade

Precisa que um assunto esteja completo, que não falte nada, mas a memória está te traindo? Por exemplo, lembra que um determinado assunto se fundamenta em 10 princípios, mas só consegue se lembrar de 8.

Eis um bom momento para pedir ajuda ao ChatGPT, Gemini ou outra IA da sua confiança.

Ao solicitar que a ferramenta verifique se o assunto está completo, íntegro, tem-se a garantia de que tudo que é relevante dizer, foi dito. Também é útil para verificar se os aspectos relevantes de um tema foram devidamente explicados.

3. Resumos

Quem escreve, frequentemente tem que ler, pesquisar e se informar, antes de elaborar determinados conteúdos. Isso pode significar horas de trabalho e ainda assim, algum dado, alguma informação importante, ser esquecida.

Imagine um jornalista ser encarregado de fazer a cobertura de uma importante autoridade estrangeira ao país e ter que incluir na matéria dados de visitas anteriores. Com o passar do tempo, as notícias antigas “saem do radar” dos sites de buscas, dificultando o trabalho de pesquisa do jornalista.

Esse é um exemplo de situação no qual é possível solicitar um resumo que contenha as informações que se necessita e que evita que se tenha que efetuar diversas buscas, dar muitos cliques e ainda assim, não ter a certeza de que tem tudo que precisa.

Na prática, qualquer cenário que exige pesquisar em muitos sites, em muitas páginas diferentes, solicitar um resumo economiza tempo e ajuda na obtenção da informação que será usada no conteúdo.

4. Insights e inspiração

Quem nunca sentou em frente ao PC e ficou paralisado por intermináveis minutos diante da tela em branco, sem ideia alguma para começar, que atire a primeira pedra!

Escrever uma introdução que chame a atenção do leitor e desperte nele o desejo de continuar, pode ser mais desafiador do que desenvolver o assunto propriamente dito. Embora tenhamos até escrito um post sobre “Como ser criativo na produção de conteúdo?”, no dia a dia, as coisas podem ser um pouco mais complicadas.

Que tal pedir umas ideias ao DeepSeek ou ao Grok? Embora as IAs estejam longe de serem gênios criativos, o resultado pode servir para ter insights, elaborar uma metáfora interessante, ou quem sabe uma analogia útil, lembrando que o objetivo é buscar inspiração.

5. SEO

Ainda não é um craque em SEO? O texto está pronto, mas precisa ajustá-lo para os mecanismos de busca?

Essa é outra situação na qual é fundamental dedicar atenção aos prompts utilizados, pois é necessário informar todas as variáveis envolvidas, como público-alvo, palavras-chave primárias, palavras de cauda longa, etc, ao submeter o texto para avaliação.

Ainda que muitas IAs não sejam experts em SEO, algumas sugestões e dicas servem para refinar o texto e torná-lo mais otimizado para os motores de busca.

6. Tom e estilo

A tarefa de escrever para diferentes mídias e tipos de sites, exige que o escritor saiba variar o tom e o estilo de escrita em cada conteúdo, afinal o que pode servir muito bem para um blog, em uma rede social pode ser totalmente ineficiente.

E mesmo nas redes sociais, as coisas podem funcionar de modo bem diferente. Um texto pensado para o LinkedIn pode soar formal demais e demasiado longo no Instagram, por exemplo.

As IAs podem ajudar a adaptar o tom e o estilo do conteúdo para diferentes plataformas ou públicos. Lembrando que ao pedir para reescrever um parágrafo com tom mais descontraído, mais técnico ou mais persuasivo, não se quer que ela faça o seu trabalho, mas que mostre um caminho mais adequado ou uma alternativa mais atraente.

7. Títulos e chamadas

Criar bons título para os conteúdos, que sejam descritivos e objetivos ou chamadas de impacto que convertam, nem sempre é fácil, seja porque há os limites de caracteres exibidos nas páginas de resultados dos motores de busca (as SERPs), seja porque a criatividade faltou.

Essa é uma tarefa que também pode ser delegada, com sugestões, variações de títulos, subtítulos e chamadas para redes sociais, com foco em engajamento, SEO ou clareza.

Aqui a ideia é entregar o texto e com base no propósito e no conteúdo, solicitar variações de título com foco em cliques, ou diferentes chamadas para stories com CTA (Call To Action). Execute o prompt em ao menos dois chats de conversação diferentes, compare os resultados e inspire-se.

8. Criação de roteiros

Elaborar um bom conteúdo textual, é mais do que simplesmente escolher palavras para expressar ideias e sentimentos. Requer que haja uma estrutura lógica, ligando cada conceito, dividindo e agrupando assuntos, respondendo perguntas e amarrando tudo de forma que faça sentido e, acima de tudo, que seja útil ao leitor.

Mas às vezes, ainda que o escritor saiba o conteúdo, ele não consegue conectar bem todos esses pontos e é aí que uma inteligência artificial pode “dar uma mãozinha”. Antes de escrever, você pode solicitar para estruturar o seu conteúdo, criando um roteiro com os tópicos principais, a ordem lógica de cada conceito, dando sugestões de seções, etc.

Esse tipo de prompt ajuda a ter uma visão geral do conteúdo e serve como um roteiro para desenvolver o assunto adequadamente, ressaltando que para isso é essencial informar o tema, a abordagem e enfoque pretendidos, o público-alvo, o tipo de publicação e a mídia.

9. Tropicalizando o conteúdo (dica bônus)

Por fim, mas não menos importante, não custa lembrar que a maioria dos grandes modelos de linguagem é estrangeiro, o que por si só não é um problema.

Entretanto, há questões que as IAs mais populares podem não desempenhar muito bem, quando o conteúdo criado envolver particularidades regionais, hábitos e a cultura dos brasileiros.

O que fazer em casos assim?

Recorra às inteligências artificiais brasileiras. Elas são modelos desenvolvidos no país, treinados primariamente com textos em português brasileiro, o que confere a eles maior capacidade de lidar com as nuances linguísticas, gírias e expressões idiomáticas próprias da nossa cultura.

Sim, os conjuntos de dados usados no processo de aprendizagem (Machine Learning) e treinamento, foram prioritariamente fontes de dados brasileiras, incluindo livros da nossa literatura, artigos acadêmicos de universidades brasileiras e outros conjuntos de dados (datasets) locais.

Além de responder questões relacionadas com a cultura brasileira de modo mais preciso e com mais profundidade, tanto o Sabiá-3.1, como a Amazonia IA, cumprem rigorosamente as diretrizes da LGPD.

Portanto, está na hora de conhecer e prestigiar a tecnologia desenvolvida em solo brasileiro!

Conclusão

Aumente a sua produtividade com dicas práticas e éticas para criação de conteúdos Web originais e úteis, usando a inteligência artificial como assistente.

Comentários ({{totalComentarios}})