O que é Android, história, versões e evolução
Em fevereiro de 2021, de cada 100 dispositivos que usam algum sistema operacional, mais de 40 fazem uso de alguma versão do Android.
É o mais usado no mundo, considerando todas as plataformas, superando Windows, iOS, MacOS, Linux ou o sistema operacional que você conseguir se lembrar.
São 15 anos desde que tudo começou, mas foi no já longínquo Março de 2017 que o sistema do robozinho verde alçou a posição de líder entre todos os sistemas operacionais (mobile ou desktop) e só a perdeu por algumas semanas em 2020.
Conhecer um pouco da história dos smartphones e até do seu concorrente direto – o iOS – ajuda a entender sua trajetória de sucesso e sua importância na inclusão digital.
História do Android
Em janeiro de 2007 Steve Jobs anunciava a chegada do iPhone e em parte ajudou aquele que anos mais tarde viria a ser o sistema operacional mais usado no mundo.
Até então, marcas como Blackberry, Nokia, Ericsson, Palm e Motorola, tinham seus próprios sistemas operacionais, os quais equipavam seus próprios aparelhos celulares.
Mas segundo Steve Jobs, na apresentação do iPhone na MacWorld, realizada em São Francisco, os aparelhos celulares na época, eram grandes e pesados. Seus teclados físicos ocupavam muito espaço, tinham muitos botões que tornavam seu uso complicado e também por essa razão, tinham telas pequenas.
Na apresentação ele até isolou uma imagem na qual apareciam quatro aparelhos da Motorola, Blackberry, Palm e Nokia e que mostrava que cerca de metade da área frontal dos aparelhos era reservada aos botões.
Esse era o primeiro paradigma que o iPhone derrubava, ao abandonar os teclados físicos por meio de uma interface que permitia fazer tudo em uma tela maior e sensível ao toque. No uso de aplicativos que exigissem digitação, um teclado virtual e inteligente ficava disponível.
Somado a isso, o aparelho era dotado de real capacidade de usar as funcionalidades e benefícios da Internet, como acesso a sites em um navegador web completo – o Safari – que exibia os sites de forma mais fiel às suas versões de telas grandes, coisa que as versões dos aparelhos “concorrentes” não eram capazes.
Isso inclusive foi a mola propulsora para o desenvolvimento de sites em versão responsiva.
As câmeras traseira e dianteira, ganharam ainda mais sentido, seja para a produção de vídeos e fotos, como o uso da dianteira para vídeo chamadas, já que as conexões 2.5G já começavam a se tornar acessíveis.
Estavam definidos os padrões básicos do que seriam os smartphones a partir de então.
O seu primeiro concorrente viria pouco mais de um ano depois, com a versão 1.0 do Android que equipava o celular HTC Dream. Era um aparelho com “defeitos”, como por exemplo, ainda a presença de um teclado físico deslizante (slide), embora já tivesse tela touch, que o tornava feio e desajeitado, especialmente se comparado ao iPhone.
Essa primeira versão do Android assim como o aparelho da HTC, também carecia de melhorias.
Mas as cartas já estavam na mesa e havia a sinalização de que a Apple não teria vida fácil.
A origem do Android
Ao contrário do que muita gente pensa, o Android não é criação do Google.
Em 2005, o gigante de Mountain View que vinha comprando uma série de startups, comprou a empresa criadora do Android, uma empresa nascida em 2003, que inicialmente desenvolveu um sistema operacional inteligente para câmeras digitais, mas que logo enxergou um potencial maior no sistema, ampliando sua utilidade e características para que pudesse servir como sistema para celulares.
Ao abandonar a ideia original e focar em um sistema para smartphones, a proposta era ser apenas mais uma opção em um mercado que tinha até o momento como principais nomes, o Symbian (Nokia) e Windows Mobile (Microsoft).
Mas a compra por parte do Google, mudou um pouco os planos e pouco se sabe ao certo do que ocorreu naquele intervalo de tempo, exceto que um dos fundadores da empresa – o programador e desenvolvedor Andy Rubin – permaneceu a frente da equipe de desenvolvimento que usaria uma plataforma já conhecida.
Quando o projeto veio à tona, soube-se que o kernel do sistema era – e ainda é – baseado no Linux.
Isso trazia várias implicações, como o fato de ser Open Source e, portanto, poderia ser modificado e personalizado de acordo com os interesses e necessidades de outros fabricantes e mesmo da comunidade de programadores / usuários.
Além disso, sabemos que o Linux permite distribuições extremamente enxutas, exigindo pouquíssimo espaço para instalação, bem como memória e processamento.
O desenvolvimento do Android
O lançamento e sucesso logo de início do iPhone e os conceitos que faziam parte do seu sistema operacional, deram o norte para que o Google conduzisse o desenvolvimento do Android, mas ele foi além.
É importante entender como era o mercado de celulares até então.
Nessa época os sistemas operacionais eram bem simples comparados ao que estava por vir e cada fabricante, especialmente os maiores, tinham suas próprias soluções que equipavam aparelhos que começavam a ensaiar ir além de chamadas, calendário, SMS (Short Messages Service), calculadora e alguns poucos recursos bem rudimentares, com raras exceções.
Uma dessas exceções, eram os aparelhos da Blackberry, que eram focados no ambiente corporativo e contava com opções que ajudavam no quotidiano do usuário, como um bom e completo sistema de agenda.
Ela já utilizava o conceito de aplicativos, conectividade móvel e serviços de troca de mensagem com segurança e de forma intuitiva, por meio do BlackBerry OS, um sistema operacional móvel de código fechado e proprietário.
Esse foi um fator limitante na oferta de uma gama mais ampla de aplicativos e da conquista de outros públicos para além do público inicial.
A Nokia tinha o Symbian, a Palm tinha o PalmOne que equipava os celulares Treo e porteriormente o WebOS, esse baseado no Linux e que mais tarde seria adquirido pela HP.
A Microsoft tinha o Windows Mobile, cuja primeira versão de 2003 era uma evolução do Pocket PC, criado para equipar os celulares que começavam a sofisticar-se.
A versão mobile do sistema da Microsoft, prometia algumas das principais funcionalidades da sua versão para PC, como a disponibilidade do Office (Word, Excel, PowerPoint) e alguns aplicativos como agenda, calculadora, calendário, etc. Algumas marcas como LG e Motorola tinham modelos que faziam uso do Windows Mobile.
O maior problema – não o único – de todas essas opções, era que uma empresa eventualmente disposta a criar um aplicativo, se quisesse chegar a todo o mercado, teria que desenvolver versões diferentes do mesmo programa para tantos sistemas operacionais quanto públicos-alvo quisesse alcançar.
Reflexo disso, que cada um desses e de outros sistemas não ofereciam mais do que algumas dezenas de opções de aplicativos aos usuários, na grande maioria das vezes, com custos de licenciamento, ou em outras palavras, o usuário tinha que pagar para usar.
O Android “nascia” com uma proposta diferenciada.
Ao criar o Android, o Google disponibilizou para que todo fabricante de celulares pudesse implantá-lo em seus aparelhos. Sem licença e sob o conceito Open Source, que permitiria que cada um personalizasse de acordo com seus interesses.
A Open Handset Alliance foi apresentada ao mercado em 2007, que nada mais era do que um pool de empresas, entre elas o próprio Google e mais a LG, a Motorola, Samsung, HTC, Sony, Samsung, Nextel, Qualcomm, entre outras, anunciando padrões abertos para a indústria de telefonia móvel e que em meio a outras ações, resultou no Android, um projeto de sistema operacional para smartphones, Open Source.
Agregou o conceito de appstore, por meio do qual disponibilizaria aplicativos criados por terceiros e que agora não precisavam mais escolher entre diferentes plataformas. O Google ainda resolveu apostar e incentivar esse mercado, por meio de uma premiação para quem desenvolvesse apps para sua versão inicial, o que produziu uma onda de aplicativos já desde seu início.
Somava-se a esses conceitos, a promessa de atualizações constantes que melhorariam o desempenho, a segurança e ofereceria novas funcionalidades e capacidades para o sistema operacional e consequentemente ampliava as possibilidades dos apps.
O iPhone tinha ampliado os horizontes para o que um celular poderia oferecer. Mas ele nunca foi barato, pelo menos para a maioria.
Os smartphones com Android, eram mais acessíveis e possibilitaram a quem não tinha telefone algum, bem como outros aspectos básicos, como uma agência do correio, um aparelho de TV, um jornal, um videogame, a tão falada Internet, disponível apenas a quem tivesse um ainda caro desktop, mas que agora poderia ter tudo isso em um só aparelho.
E se a primeira versão do Android ainda era apenas uma aposta e ficava a desejar se comparada ao iPhone e ao iOS, não demorou muito para chegar a primeira versão com a já conhecida nomenclatura que faz associação com doces e sobremesas. Era a CupCake e que correspondia à versão 1.5 do sistema do robozinho verde.
As versões do Android
Uma das promessas e que tem sido também um dos pilares do Android, baseia-se nas atualizações.
A primeira atualização pós lançamento oficial, foi o Android Cupcake e que correspondia à versão 1.5. Dar apelidos baseados em nomes de doces ou sobremesas, surgiu como uma brincadeira na equipe de desenvolvedores, mas que acabou se tornando política oficial do Google durante bastante tempo.
As atualizações por padrão seguiram-se a intervalos de 6 a 12 meses e incluíam melhorias, correções de segurança, novos suportes a hardware e aparência.
Porém em muitas ocasiões foram lançadas atualizações fora das programações previamente estipuladas, nos casos em que correções de bugs e segurança, bem como outros aspectos que poderiam impactar na experiência ou mesmo na adequada utilização do sistema por parte dos usuários, fossem cruciais.
Também é oportuno destacar, que listaremos a seguir apenas as implementações mais significativas ou que foram mais aparentes, já que muitas vezes as alterações ou inclusões, não foram notáveis do ponto de vista do utilizador e por vezes representavam novas tecnologias que permitissem ampliar o universo dos apps. Ou seja, afetavam apenas os desenvolvedores.
Android 1.5 – Cupcake (30 de abril de 2009)
-
Suporte para teclados virtuais de terceiros com predictibilidade de texto e inclusão no dicionário de palavras personalizadas do usuário;
-
Uso de Widgets – miniaturas de aplicativos;
-
Gravação e reprodução de vídeo nos formatos MPEG-4 e 3GP;
-
Emparelhamento automático e suporte para Bluetooth estéreo (padrões A2DP - Advanced Audio Distribution Profile e AVRCP - Audio/Video Remote Control Profile);
-
Copiar e colar adicionado ao navegador web;
-
Foto do usuário exibida nos favoritos na agenda de contatos;
-
Carimbo de data / hora específico registrado no log de chamadas e acesso com um toque a um cartão do evento log de chamadas;
-
Animações nas transições de tela;
-
Rotação automática da tela;
-
Animação durante o boot do sistema.
Android 1.6 – Donut (15 de setembro de 2009)
-
Passou a basear-se no kernel Linux 2.6.29;
-
Suporte para resoluções Wide VGA or WVGA (768 × 480);
-
Interfaces para a programação de aplicativos com reconhecimentos de gestos;
-
API de programação para conversão de texto em voz para vários idiomas;
-
Caixa de pesquisa rápida na parte superior da tela inicial;
-
Melhorias na integração da câmera com a galeria de fotos e acesso mais rápido à câmera;
-
Entradas de voz e texto para ampliar a inclusão de “bookmarks” e contatos.
Android 2.0 – Eclair (26 de outubro de 2009)
-
Expansão da sincronização de contas, permitindo ao usuário adicionar várias contas a um dispositivo para sincronização do e-mail e contatos;
-
Suporte ao serviço Microsoft Exchange com caixa de entrada que permite buscar mensagens de várias contas em uma única página;
-
Suporte ao Bluetooth 2.1;
-
Pesquisa por palavras-chave entre os SMS e MMS;
-
Agendamento para remoção automática de mensagens SMS e MMS;
-
Ajuste no balanço de cores e de brancos, zoom digital, suporte a flash e efeitos de cores adicionados ao aplicativo de câmera;
-
Melhorias no dicionário do teclado;
-
Toque na foto do contato para realizar chamada, envio de SMS ou e-mail;
-
Melhorias na interface de usuário do browser e suporte a HTML5;
-
Alterações na interface do usuário do sistema;
-
Otimização na velocidade;
-
Melhorias no Google Maps 3.1.2;
-
Aprimoramento para eventos de multitoque;
-
Inclusão de papéis de parede animados;
Ainda sob o nome Eclair, a versão recebeu duas atualizações que corrigiram pequenos bugs, melhorias sutis e no comportamento do sistema. Foram as versões 2.0.1 (3 de dezembro de 2009) e 2.1 (12 de janeiro de 2010).
Android 2.2 – Froyo (20 de Maio de 2010)
-
Melhorias na velocidade do sistema e no uso da memória;
-
Incremento no desempenho das aplicações usando o método “Just-in-time compilation”;
-
Navegador web nativo até três vezes mais rápido;
-
Ampliação do suporte com Microsoft Exchange, incluindo políticas de segurança, sincronização do calendário e limpeza remota;
-
Lançador de aplicações melhorado, com atalhos para as funções do telefone e navegador;
-
Inclusão da funcionalidade de tethering via USB e hotspot Wi-Fi;
-
Instalação de aplicativos no cartão SD;
-
Android Market pode atualizar aplicativos automaticamente;
-
Compatibilidade com Flash 10.1;
-
Câmera ganha menu que possibilita acesso mais fácil às principais funções;
-
Suporte a senhas com letras e números;
-
Zoom gestual na galeria.
Assim como a versão Eclair, essa teve também atualizações que foram destinadas a corrigir bugs, questões de segurança e melhorias no funcionamento, ainda sob o nome Froyo. Foram a 2.2.1 (21 de setembro de 2010), a 2.2.2 (22 de janeiro de 2011) e 2.2.3 (21 de novembro de 2011).
Android 2.3 – Gingerbread (6 de dezembro de 2010)
-
Suporte a NFC;
-
Suporte a aparelhos com câmeras frontais;
-
Suporte a sensores de movimentos;
-
Melhorias no teclado virtual de forma a facilitar a digitação;
-
Chamadas pela internet;
-
Suporte para sensores nativos, como giroscópio e barômetro;
-
Novo gerenciador de download, facilitando o acesso aos arquivos baixados do navegador, e-mail ou outro aplicativo;
-
Primeira versão do Android a ter um Easter Egg acessível por múltiplos toques na versão do Android.
Esta foi uma versão com um grande número atualizações ainda sob o nome Gingerbread, que visaram corrigir bugs, aspectos de segurança e melhorias na performance do sistema:
-
2.3.3 – 9 de fevereiro de 2011
-
2.3.4 – 28 de abril de 2011
-
2.3.5 – 25 de julho de 2011
-
2.3.6 – 2 de setembro de 2011
-
2.3.7 – 21 de setembro de 2011
Android 3.0 – Honeycomb (22 de fevereiro de 2011)
-
Primeira atualização destinada exclusivamente para tablets;
-
Baseada no Linux kernel 2.6.36;
-
Suporte otimizado para tablet com uma nova interface de usuário “holográfica”;
-
Novo Easter Egg;
-
Adicionada barra de sistema, com acesso rápido a notificações, status e botões de navegação programáveis, disponíveis na parte inferior da tela;
-
Adicionada a barra de ação, dando acesso a opções contextuais, navegação, widgets ou outros tipos de conteúdo na parte superior da tela;
-
Multitarefa simplificada e a opção de visualização de instantâneos das tarefas em andamento, alternando de um aplicativo para outro;
-
O teclado foi redesenhado, para aproveitar-se das características das telas maiores;
-
Interface de copiar / colar simplificada e mais intuitiva.
-
Inclusão das guias no navegador, preenchimento automático de formulários e um novo modo “incógnito”, permitindo navegação anônima;
-
Acesso à exposição da câmera, foco, flash, zoom, câmera frontal e outros recursos da câmera.
-
Capacidade de visualizar álbuns em tela inteira na galeria e criação de miniaturas;
-
Nova interface para os contatos e para aplicativo de e-mail, também aproveitando-se da tela maior;
-
Aceleração de hardware;
A versão destinada a tablets e ainda sob o nome Honeycomb também teve atualizações posteriores, sendo que três delas basearam-se em melhorias e aspectos de compatibilidade e as cinco posteriores, correção de bugs relacionados com o tablet Motorola Xoom, que foi o principal utilizador do Honeycomb.
-
3.1 – 10 de maio de 2011;
-
3.2 – 15 de julho de 2011;
-
3.2.1 – 20 de setembro de 2011;
-
3.2.2 e 3.2.3 – 30 de agosto de 2011;
-
3.2.4 – dezembro de 2011;
-
3.2.5 – janeiro de 2012;
-
3.2.6 – fevereiro de 2012
Android 4.0 – Ice Cream Sandwich (18 de outubro de 2011)
-
Baseada no kernel Linux 3.0.1;
-
Alterações na interface e o uso de uma nova fonte (Roboto);
-
Nova guia para os widgets;
-
Criação simplificada de pastas;
-
Modo de captura de tela usando os botões de liga/desliga + volume;
-
Melhoria no corretor do teclado;
-
Reconhecimento facial para desbloqueio do aparelho;
-
Aprimoramento do reconhecimento vocal;
-
Possibilidade estipular limites e alertas para uso de dados do plano de telefonia;
-
Encerramento de aplicativos usando o gesto de deslizar;
-
Editor de fotos integrado na galeria, a qual foi reformulada visualmente e ganhou novos filtros;
-
Suporte a imagens no formato WebP;
-
Gravação de vídeo 1080p para dispositivos Android padrão;
O Android Ice Cream Sandwich recebeu algumas atualizações posteriores que melhoraram recursos da versão 4.0, pequenas funcionalidades extras e correção de bugs e aspectos de segurança:
-
4.0.1 – 21 de outubro de 2011;
-
4.0.2 – 28 de novembro de 2011;
-
4.0.3 – 16 de dezembro de 2011;
-
4.0.4 – 29 de março de 2012.
Android 4.1 – Jelly Bean (9 de julho de 2012)
-
Baseada no kernel Linux 3.0.31;
-
Melhoria na funcionalidade e o desempenho da interface do usuário;
-
Incluídas melhorias em aspectos de acessibilidade;
-
Suporte TLS v1.1 e v1.2 adicionado, voltado à segurança;
-
Capacidade de desabilitar notificações de determinados aplicativos;
-
Reorganização ou redimensionamento automático de atalhos e widgets para ajuste na tela;
-
Novo aplicativo de câmera;
-
Novo codec de áudio para formato AAC;
-
Ampliação do uso de widgets sem necessidade de acesso root.
A versão Jelly Bean teve uma versão 4.2, lançada em 13 de novembro de 2012, que apresentou uma série de melhorias tal como se fosse uma nova versão e não apenas as anteriores atualizações de versão.
-
Melhorias no bloqueio de tela e a possibilidade de acesso direto à câmera sem desbloqueio;
-
Inclusão do quick settings, ou ajustes rápidos para algumas configurações;
-
Protetor de tela;
-
Múltiplos usuários (para tablets apenas);
-
Melhorias nos gestos multitoque;
-
Melhorias no relógio, opção de horários de outros países, cronômetro e timer;
-
Padronização da interface para diferentes tamanhos de tela;
-
Melhorias de segurança;
-
Suporte para mensagens em grupos.
A versão 4.2 contou com duas atualizações, a 4.2.1 (27 de novembro de 2012) e a 4.2.2 (11 de fevereiro de 2012), com alguns novos recursos e correção de bugs e aprimoramentos.
Mas essas não seriam as últimas versões do Jelly Bean e em 24 de julho de 2013, a versão 4.3 chamada pelo Google de “Jelly Bean ainda mais doce”, foi lançada com uma extensiva lista de mudanças, novidades e correções.
-
Suporte ao estado de baixa energia do Bluetooth para economia de bateria;
-
Nova especificação da biblioteca gráfica OpenGL voltada para jogos;
-
Melhoria na performance no sistema de arquivos;
-
Nova interface de usuário para aplicativo de câmera;
-
Suporte a resolução 4K;
-
Grande lista de correção de bugs, aspectos de segurança e pequenas melhorias;
Android 4.4 – KitKat (31 de outubro de 2013)
-
Versão que inaugura a nomenclatura ligada a marcas, em uma ação clara de Marketing;
-
Mudanças no aspecto da interface do usuário;
-
Novidades estéticas no relógio;
-
Incluso o modo imersivo para aplicações, para manter as barras de navegação e de status ocultas, mantendo a interação do usuário;
-
Remoção de diretórios de dados de aplicativos que foram instalados no MicroSD, após a desinstalação;
-
Otimizações para desempenho em dispositivos com hardware mais simples;
-
Uso de impressoras wireless;
-
Gravador de tela;
-
Emulador de infravermelho, permitindo aos aparelhos com esse recurso, atuar como controle remoto;
-
Melhorias no módulo SELinux (segurança);
O Android KitKat além das atualizações usuais, teve versões “W”, que designa o uso em aparelhos “vestíveis”, como os SmartWatches que começavam a surgir e que incluíam extensões para esse tipo de gadget.
-
4.4.1 – 5 de dezembro de 2013;
-
4.4.2 – 9 de dezembro de 2013;
-
4.4.3 – 2 de junho de 2014;
-
4.4.4 – 19 de junto de 2014;
-
4.4W – 25 de junho de 2014;
-
4.4W.1 – 6 de setembro de 2014;
-
4.4W.2 – 21 de outubro de 2014.
Android 5.0 – Lollipop (12 de novembro de 2014)
-
O Lollipop apresenta uma interface de usuário redesenhada, construída em torno de uma linguagem de design responsiva;
-
Melhorias com foco no desempenho de aplicativos e com alterações destinadas a melhorar e otimizar o uso da bateria;
-
Suporte a processadores 64 bits;
-
Nova versão do OpenGL para games;
-
Suporte ao uso e criação de imagens vetoriais;
-
Pré visualização de impressão;
-
Nova interface do usuário;
-
Mudança na tela de bloqueio e remoção dos widgets dela;
-
Alteração na aba de notificações e nas configurações rápidas;
-
Busca nas configurações do sistema;
-
Ampliação de aparelhos que permitem criar contas de usuários convidados e suporte a multiusuário;
-
Áudio via USB;
-
Apps de terceiros recuperam a capacidade de ler e gravar no armazenamento externo (cartões SD);
-
15 novos idiomas adicionados;
-
Incluso aplicativo tipo lanterna incluído;
-
Bloqueio de tela inteligente;
Entre as atualizações do Android Lollipop, a versão 5.1 trouxe um importante aspecto de segurança, segundo a qual um dispositivo perdido ou roubado, mantém-se bloqueado mesmo se o aparelho recebe um reset para configurações de fábrica, exigindo que o utilizador faça login em sua Conta do Google para desbloqueio.
-
5.0.1 – 2 de dezembro de 2014;
-
5.0.2 – 19 de dezembro de 2014;
-
5.1 – 9 de março de 2015;
-
5.1.1 – 21 de abril de 2015.
Android 6.0 – Marshmallow (5 de outubro de 2015)
-
Pesquisa contextual de palavras-chave em aplicativos;
-
Modo soneca, para redução da velocidade da CPU com a tela desligada para economia de bateria;
-
Barra de pesquisa de aplicativos e favoritos;
-
Suporte para leitor de impressão digital nativo;
-
Modo “não perturbe”;
-
Ampliação das pastas de aplicativos;
-
Suporte ao USB padrão C;
-
Backup automático de dados completos e restauração para aplicativos;
-
Modo de exibição 4K para aplicativos;
-
Possibilidade de configurar armazenamento externo como armazenamento interno;
-
Suporte ao formato de áudio MIDI;
-
Rotação automática desabilitada durante o toque.
O Marshmallow teve apenas uma atualização (6.0.1 – 7 de dezembro de 2015) que incluiu suporte ao padrão de texto Unicode 7.0, Emojis 8.0, opções para conexões USB e acionamento da câmera com duplo toque no botão de energia.
Android 7.0 – Nougat (22 de agosto de 2016)
-
Suporte para criptografia baseada em arquivo;
-
Possibilidade de alterar a calibração de cores;
-
Alternar para o último aplicativo aberto tocando duas vezes no botão de visão geral;
-
Adicionado o botão "Limpar tudo";
-
Nova partição do sistema, utilizada para atualizações contínuas do sistema;
-
Melhorias no modo “soneca”;
-
Aperfeiçoamento do gerenciador de arquivos;
-
Mais opções de configurações rápidas;
-
Suporte a aplicativos flutuantes no layout da área de trabalho;
-
Novo modo de economia de dados, visando redução no uso de largura de banda;
-
Novo compilador JIT (Just In Time), tornando as instalações de aplicativos até 75% mais rápidas e uma redução de 50% no tamanho do código compilado;
-
Suporte Picture In Picture para Android TV;
-
Nova API de renderização 3D;
-
Restrições no acesso ao sistema de arquivos (segurança).
O Nougat é das versões que teve menor número de correções de bugs e questões de segurança e foi mais voltada a algumas poucas melhorias, mas foi fortemente orientada a recursos para desenvolvedores.
-
7.1 – 4 de outubro de 2016;
-
7.1.1 – 5 de dezembro de 2016;
-
7.1.2 – 4 de abril de 2017.
Android 8 – Oreo (21 de agosto de 2017)
-
Implementação do Projeto Treble, pelo qual há a modularização da distribuição de forma a facilitar os envolvidos nas atualizações (fabricantes dos aparelhos, dos processadores e dos apps) as atualizações para aceitar novas versões;
-
Suporte para emoji Unicode 10.0;
-
Configurações e configurações rápidas reformuladas;
-
Ícones de inicialização adaptáveis, os quais podem variar as formas em diferentes modelos de dispositivos;
-
Melhorias no sistema de notificações;
-
Preenchimento automático de texto para todo o sistema;
-
Novos codecs de áudio;
-
Suporte a multitela;
-
Redução no tempo de boot pela metade;
-
Google Play Protect (verificação de segurança para apps);
-
Possibilidade de download de fontes;
-
Assistente de Wi-Fi.
A atualização 8.1.0, lançada em 5 de dezembro de 2017, trouxe poucas novidades e basicamente restringiu-se a pequenas melhorias em recursos já existentes, exceto pelo Android Go Edition, que consistiu de uma versão simplificada e destinada a aparelhos com menos de 1Gb de memória RAM.
Android 9 – Pie (6 de agosto de 2018)
-
Nova interface para as configurações rápidas;
-
Mudança da posição do relógio na barra de notificações;
-
O dock recebeu imagem de fundo semitransparente;
-
Função de print screen adicionada ao botão de energia;
-
A interface do usuário ganhou cantos arredondados;
-
Novas transições em nas ações e na mudança de aplicativos;
-
Melhorias nas informações do sistema de notificações;
-
Exibição do percentual de bateria;
-
Alterações de segurança da tela de bloqueio;
-
Aplicação de protocolo de segurança TLS nos DNSs;
-
Um novo sistema opcional baseada em gestos para navegação na interface;
-
Alternador de aplicativos multitarefa redesenhado;
-
Versão aprimorada do modo Não perturbe ativado;
-
Aprimoramento do modo “soneca” por meio de predição de aplicativos que o usuário não usará para economia de bateria;
-
Alteração automática de brilho da tela com base nos hábitos do usuário;
-
Opção Wind Down incorporada ao relógio, permitindo definir horário para dormir e ativação automática do “não perturbe”;
-
Nova versão de suporte a gráficos 3D;
Android 10 (3 de setembro de 2019)
-
A partir dessa versão a associação com nomes de doces e sobremesas é extinta;
-
Novo sistema de permissões para acesso de arquivos de foto, vídeo e áudio;
-
Os aplicativos em segundo plano não podem mais alternar para o primeiro plano automaticamente;
-
Melhorias em aspectos de segurança;
-
Facilidades para compartilhamento de conteúdo com contatos;
-
Recurso de profundidade dinâmico para fotos, para alterar o desfoque de fundo de fotos;
-
Novos codecs de áudio e vídeo;
-
Melhorias na verificação biométrica para apps;
-
Suporte ao protocolo WPA3 para Wi-Fi;
-
Suporte para telas dobráveis;
-
Novo tema escuro;
-
Versão 1.3 do TLS incorporada;
-
Projeto Mainline, em que os principais componentes do sistema operacional sejam atualizados por meio da Google Play Store, sem exigir a atualização completa do sistema.
Android 11 (8 de setembro de 2020)
-
Balões de chat;
-
Gravador de tela;
-
Histórico de notificações;
-
Novos controles de permissionamento do sistema;
-
Auto reset de permissionamentos;
-
Android Auto sem fio em dispositivos com Wi-Fi de 5 GHz;
Android 12 (18 de fevereiro de 2021)
-
Compartilhamento de Wi-Fi facilitado;
-
Suporte ao formato de imagens AVIF;
-
Nova interface do usuário;
-
Conjunto de ícones versão 3.0;
-
Atualizações do Android via Google Play.
O que é Android One?
Você pôde ver pela resumida cronologia das versões e sabores de Android a quantidade de versões, em que as novidades e as mudanças mais aparentes ao utilizador ficaram evidentes.
Mas dependendo de quanto tempo você usa um aparelho Android e de quantas versões diferentes passaram em suas mãos, é bastante provável que tenha visto e experimentado recursos que não constam da lista de atualizações.
Isso porque, tanto os fabricantes de aparelhos, como muitas operadoras de telefonia personalizam o sistema operacional que vem instalado nos telefones. Essa personalização envolve desde um simples plano de fundo, passando por fontes, cores, transparências, efeitos, menus e telas redesenhados, ícones e muitos apps, o chamado bloatware.
Tudo isso para deixar seus aparelhos de acordo com uma identidade visual concebida por cada fabricante. Em outras palavras, é raro você utilizar um Android tal como o Google lançou e que as pessoas chamam de “Android puro” e que o próprio Google oferece sob o nome de Android One.
O problema dessas modificações, é que invariavelmente elas afetam o desempenho, consumindo mais espaço de armazenamento, memória RAM e processamento.
O Android One como "produto final", inicialmente foi concebido em 2014, para equipar telefones com configurações de hardware inferiores, mas que produzisse um desempenho e experiência de uso aceitável e segura e assim tornar possível o acesso a aparelhos com Android a um maior número de pessoas.
Embora nos últimos anos a quantidade de modelos que contém o Android One tenha sido reduzida e seja mesmo difícil encontrar uma opção de modelo que o utilize, ela não se restringe mais a apenas a dispositivos de entrada.
Os poucos modelos que são oferecidos com essa variante, ainda possuem o Android apenas com apps considerados básicos, sem qualquer personalização ou alteração em relação ao que consta nas versões liberadas pelo Google.
O que é Google Nexus e Google Pixel?
O Google Nexus, nasceu em 2010 e nada mais foi do que um telefone Android feito por meio de colaboração entre o Google e diferentes fabricantes que foram escolhidos a cada versão do Nexus.
O programa Nexus foi a forma que o Google encontrou de oferecer aos usuários a verdadeira experiência do Android puro, sem personalizações e todo o bloatware que fabricantes e operadoras de telefonia colocam no sistema operacional.
Os smartphones e tablets Nexus vieram com alguns aplicativos do Google pré-instalados, mas a principal promessa dos telefones sempre foi do fornecimento rápido das atualizações tão logo elas eram lançadas, sem ter que passar pela demorada etapa de personalização dos fabricantes, o que também resultava em aparelhos teoricamente menos suscetíveis a problemas decorrentes da personalização.
Outra vantagem, era a garantia de ter pelo menos 2 anos de atualizações.
Houve aparelhos Nexus da LG, Motorola, Samsung, HTC e Huawei.
No entanto, apesar da promessa de que um aparelho com Android puro tivesse melhor desempenho que um correspondente em hardware com Android personalizado e fosse menos propenso a problemas, na prática as últimas versões do Nexus foram uma dor de cabeça para muitos usuários, minando a confiança deles na linha, cujos últimos aparelhos lançados, são de 2015.
Em outubro de 2016, o Google lançou seu próprio aparelho, o Google Pixel, que foi criado para substituir o Nexus. Assim como o Nexus, o Pixel roda uma versão pura do Android, o que significa que ele recebe atualizações assim que são lançadas e que não contém apps ou personalizações consideradas desnecessárias.
O comprador de um Google Pixel tinha armazenamento gratuito e ilimitado de fotos no Google Fotos, bem como não havia a redução da qualidade da imagem para economizar espaço no armazenamento.
Curiosidades sobre o Android
Há uma infinidade de informações sobre o Android e sua evolução ao longo dos anos. Algumas são lendas e outras são confirmadas pelo próprio Google. Vamos a algumas delas:
-
O mascote – o robô verde – foi criação de uma russa (Irina Blok) que não trabalha mais na companhia e seu nome é Bugdroid. Ele pode ser reproduzido e modificado por qualquer pessoa sobre os termos da licença Creative Commons Attribution 3.0;
-
Os nomes ou sabores das versões Android seguiram ordem alfabética;
-
Na última informação divulgada pelo Google, havia mais de 2,5 bilhões de dispositivos Android (todas as versões) ativos no mundo;
-
Cada 100 aparelhos celulares vendidos no mundo, 85 têm o Android instalado;
-
O Android pode ser instalado em outros aparelhos considerados inteligentes, como câmeras, TVs, relógios e até geladeiras;
-
Em 2017 o Android superou o Windows como sistema operacional mais usado no mundo, para qualquer tipo de dispositivo (mobile ou desktop) e em fevereiro de 2021 tinha mais de 40% de Market Share;
-
A versão com mais aparelhos rodando (41.95%) Android, é a versão 10;
Conclusão
A história do Android, das suas versões e a evolução do sistema operacional para smartphones se confunde com a própria inclusão digital e como um sistema operacional pode transformar o ambiente digital.