Qual a diferença entre redes e mídias sociais e por que importa?
A atenção dispensada pelas empresas às redes sociais, só tem aumentado nos últimos anos, afinal os números revelados nas estatísticas, pesquisas e estudos, envolvem sempre muitos dígitos.
É por isso que sempre bom estar a par de como está a evolução desse segmento da Internet, quando o assunto é investir em redes sociais. Ou será em mídias sociais?
Mas e qual a diferença? Aliás, há diferença?
Pensando nisso, que produzimos esse conteúdo e ainda tratamos de alguns importantes aspectos, que vão além da possível diferença de redes sociais e mídias sociais, entre outras informações que podem ser relevantes na sua estratégia de Marketing Digital.
Qual a diferença entre rede social e mídia social?
É comum quando temos contato com conteúdo a respeito, que redes sociais e mídias sociais sejam tratadas como sinônimos, mas rigorosamente não são!
Redes sociais em termos sociológicos, são o estudo do comportamento e das relações das pessoas na sociedade, particularmente nos diversos grupos dos quais os indivíduos fazem parte, como na família, no trabalho, na vizinhança, na escola ou faculdade, no clube esportivo, na igreja, ou onde mais você conseguir se lembrar.
Em outras palavras, as pessoas com as quais você se relaciona, como se dá este relacionamento e os comportamentos de cada indivíduo da sua turma da faculdade, constitui uma rede social. O mesmo raciocínio se aplica aos outros círculos sociais que você frequenta e que mencionamos logo acima.
Portanto, partindo desse princípio e contrariamente ao que muita gente supõe, as redes sociais são anteriores ao surgimento e expansão da Internet. A diferença, é que com ela e particularmente a partir do Orkut, a primeira rede social de grande alcance global, o termo popularizou-se e passou a ser visto pela maioria como sendo um fenômeno decorrente daquele serviço surgido na rede mundial de computadores.
O que o Orkut fez e logo as demais redes sociais que vieram a seguir, também, foi implantar os recursos e facilidades que a Internet oferece, às redes no âmbito digital.
Ok, mas e o que é mídia social?
A palavra mídia é também bem anterior à Internet e entre as muitas possíveis definições, é o meio ou o suporte para armazenar e difundir informação.
Em termos práticos, um CD ou DVD, é uma mídia, tal como eram os disquetes e bem depois deles, os pendrives. Mas uma revista impressa, um jornal também impresso, a programação televisiva, ou um outdoor, também são exemplos de mídias, dentre tantos outros que poderiam aqui ser listados.
Já a mídia social em sua conceituação mais atual, é toda forma de armazenar e difundir uma informação, ou se preferir, um conteúdo, para determinados círculos sociais. E da mesma forma como as redes sociais, também não depende da Internet.
Tanto que uma revista (impressa) especializada em ciclismo, é uma mídia dirigida ao público esportivo e mais especificamente aos aficionados por ciclismo, ou seja, um círculo social em particular.
Naturalmente a Internet emprestou a ambos conceitos, novas características. A ampliação da interação, a variedade de formas possíveis e a velocidade com que ela acontece, ganharam outras dimensões.
Se antes medir o retorno de um conteúdo produzido para uma mídia analógica dependia de pesquisa e dos eventuais contatos e atendimentos prestados, ou do aumento das vendas no caso de publicidade, com a Web, isso tudo – e até outros indicadores – passou a ser conseguido em tempo real.
Mas para o usuário comum, o que tem uma conta em uma rede social ou uma mídia social, não importa muito o nome que se dê. Ele simplesmente não se preocupa com classificações do tipo.
Quando ele está na rede social, ele busca reforçar os vínculos com as pessoas com base nos interesses comuns que elas demonstram ao fazerem parte de uma mesma rede. E aqui é importante fazer a distinção de fazer parte do mesmo serviço. Implica que existem conexões, como por exemplo, um seguir o outro.
Já quando ele participa de uma mídia social, até pode haver interação, quando ele curte ou comenta um comentário feito por outro usuário que é inscrito em um canal, mas a única interação social aconteceu nesse momento e eventualmente porque ambos se interessam por um mesmo tema.
Quando ele baixa o app no seu smartphone, inscreve-se e usa, tanto faz se é classificado como mídia ou rede social.
Mas para quem pretende usar as redes e mídias sociais com pretensões comerciais, certas sutilezas relativas a cada uma, importam.
Justifica-se a confusão na mente da maioria, uma vez que geralmente se inclui um TikTok, que é um caso típico de mídia social, em comparações com redes sociais, como é o caso do Facebook.
Por fim, mas não menos importante, lembre-se que as classificações não são exclusivas ou excludentes, o que significa dizer que alguma plataforma não é só rede social ou só mídia social.
Inclusive, à medida que novos recursos surgem, o caráter de um serviço pode ir mais para um lado, ou mais para o outro e assim, ele é tanto mídia social quanto rede social, como é o caso do YouTube, mesmo prevalecendo o caráter de mídia.
Por que importa saber se é mídia ou rede social?
Por que você vai a um restaurante?
Bem, depende… Depende do momento e da pessoa para quem a pergunta é feita!
E sendo assim, a resposta pode ser:
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Comemorar o meu aniversário com a família;
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Conhecer o lugar que está recebendo tantas avaliações positivas no Google;
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Ter um encontro especial com a pessoa com quem estou começando um novo relacionamento;
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Celebrar os 20 anos do nosso casamento;
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Ter uma alimentação rápida no intervalo de almoço antes de ir a uma reunião com um cliente;
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Aproveitar para ter uma reunião de negócios mais “descontraída” com um cliente no restaurante.
Ou seja, há inúmeros possíveis motivos e a lista acima ilustra essa diversidade, ao mesmo tempo que pode revelar outras informações implícitas, como no caso da celebração de 20 anos de casamento, que certamente envolve pessoas pertencentes a gerações mais velhas.
Os aspectos da prestação de serviço para cada caso, também variam.
Da mesma forma, as pessoas não estão nas redes ou nas mídias sociais, todas pelas mesmas razões e não são todas iguais.
Comprova-se tal afirmação pelos perfis que compõem o público de cada uma, o que gera engajamento, o tipo e formato dos conteúdos que são escolhidos, os grupos dos quais participam, em quais canais se inscrevem e a própria gama de redes existentes e recursos que oferecem, entre outros.
Analogamente ao restaurante, o conteúdo precisa cumprir uma – ou até várias – função. Se é educativo, se é passatempo, se é para descontrair, se é para produzir engajamento, ou se é para estabelecer ou ampliar o relacionamento. Tudo isso ao mesmo tempo, ou nada disso.
Ou seja, pode ser que seja como na penúltima justificativa da ida ao restaurante, uma refeição rápida e que transportando para a nossa discussão, um short do YouTube, um reel do Insta ou um TikTok clássico. Percebeu?
Mas se além disso, você souber quem é essa persona, as chances de você satisfazê-lo com o “prato” que vai entregar, aumentam sensivelmente.
Como usar a diferença entre redes e mídias sociais?
Agora que estão claras as diferenças, a maior parte deve estar se perguntando como usar isso na estratégia de Marketing Digital da empresa, certo?
Como em nossa pergunta sobre uma ida a um restaurante, não há uma só resposta.
Começa com a mesma relatividade, ou seja, depende… Depende das pretensões da empresa.
A maioria responderá, que pretende mais clientes, mais visitantes, mais engajamento e o que for possível.
É possível sim um pouco disso tudo, mas o indicado é focar, para também dar um direcionamento apropriado e com os respectivos retornos.
Se um dos objetivos é melhorar a comunicação com seus clientes e ampliar seus relacionamentos, a resposta que intuitivamente a maioria tem em mente, é investir mais nas redes sociais, em função da explicação que demos sobre as diferenças.
Os tipos de conteúdos e ferramentas do Facebook, por exemplo, são mais adequados a essa proposta, mesmo que o serviço da Meta já não ocupe a liderança e que já foi folgada em outros tempos, ou porque tem havido questionamentos ao futuro do metaverso e até por isso, tem se falado em fim das redes sociais.
Mas esse tipo de dado não é suficiente, afinal não podemos esquecer da persona, esse cliente típico e com um perfil bem definido e conhecido.
Onde ele está mais presente? Quais suas redes preferidas? Quais conteúdos (assuntos, tipos e formatos) ele é mais propenso a consumir? Que questões ele quer ver tratadas pela empresa?
Muitas empresas simplesmente não fazem esse tipo de perguntas e/ou não sabem as respostas. Simplesmente tentam fazer conteúdos para as redes sociais mais populares, porque acham que marcar presença, é suficiente.
Esquecem-se – ou desconhecem – que existe um algoritmo cujo principal papel é indicar conteúdo aos usuários e prender sua atenção pelo maior tempo possível e que se o seu conteúdo não servir para isso, será ignorado.
Basicamente o algoritmo é uma combinação de regras que visam manter o interesse do usuário no conteúdo apresentado, usando para isso inteligência artificial.
Seguindo esse último princípio, um bom conteúdo, pode trazer vários outros de carona.
Um short visto inteiro, ou que recebeu uma curtida, faz com que o algoritmo “entenda” que logo mais ele deve apresentar outro similar e na eventualidade do comportamento se repetir, a tendência será mantida, até que o usuário deslize o dedo e comece a descartar as “sugestões” exibidas.
É assim, também nas redes sociais “clássicas”, em que cada vez menos conteúdos dos relacionamentos são exibidos, em detrimento de conteúdos de desconhecidos, de publicidade e de produtores.
Conclusão
Entender a diferença entre rede social e mídia social, é essencial para criar e colocar em prática estratégias de Marketing Digital que funcionam.