Introdução
O mundo moderno sem os dispositivos eletrônicos, certamente não seria o que ele é. Parte considerável de tudo o que temos, incluindo a Internet e seus mais diversos serviços, dependem deles.
É por meio deles que temos muitas facilidades e conveniências, ganhamos tempo e aumentamos nossa produtividade, temos acesso a lazer e informação, a comunicação é favorecida e até mesmo a nossa segurança e integridade física podem depender de gadgets tecnológicos diversos.
Mas se por um lado constituem ferramentas e meios para boa parte de tudo que temos e fazemos, há problemas associados a eles, quando determinadas falhas permitem que sejam utilizados por terceiros com finalidades não tão benéficas. Estamos falando dos malwares.
Um malware nada mais é do que um programa que é executado sob o sistema operacional de um dispositivo, com o objetivo de obter dados ou causar algum nível de comprometimento no dispositivo e sistemas nele instalados.
As pessoas costumam generalizar e chamar estes “softwares do mal” de vírus, no entanto, os vírus são apenas uma classe de malwares, sendo que existem classes altamente especializadas em determinados fins.
Há por exemplo, malwares específicos para roubo de senhas bancárias (bankers), malwares que realizam a criptografia de conteúdos do sistema infectado, o qual só é disponibilizado (descriptografado) mediante pagamento de quantias em criptomoedas (ransonware), entre uma gama bastante variada de malwares com ações determinadas.
As consequências para quem tem um notebook ou smartphone ou outro dispositivo infectado com um malware, pode ser a simples exibição de conteúdos aleatórios sem seu consentimento (adware), passando por perda de dados, inutilização de um blog ou site institucional, invasão das redes sociais e culminando nas situações extremas, com perdas financeiras, as quais algumas vezes podem ser significativas.
Por isso, ações preventivas são fundamentais para se evitar grandes aborrecimentos. A melhor forma é manter-se informado sobre questões de segurança digital e usar bons sistemas de segurança.
Todavia, quando o pior acontece, é também fundamental saber como livrar-se das pragas virtuais adequadamente e para tanto, preparamos um conjunto de ações que devem ser suficientes para boa parte dos casos. Vale ressaltar que determinados tipos de infecção podem exigir outros tipos de ação e algumas são fatais, como é o caso de ransonware.
Pré-requisitos para remoção de malwares
É importante destacar que o presente tutorial é fundamentalmente orientado a dispositivos que usam sistemas operacionais Windows, uma vez que é onde concentra-se o maior contingente de infecções e quando as consequências podem ser as mais severas.
Embora smartphones também estejam suscetíveis a este tipo de problema, a “indústria do malware” ainda é mais orientada a criação de pragas para o sistema da Microsoft.
Portanto, as principais condições para realizar a remoção de malwares em sistemas Windows, são:
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Ter acesso de administrador. A maior parte dos sistemas para detecção e remoção de malwares exige que se tenha privilégios de administrador, sobretudo por conta das ações de remoção dos malwares eventualmente identificados;
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Acesso à Internet, tanto para atualização dos bancos de dados das pragas virtuais, como também porque é exigido pelos scanners online;
Passos para detecção e remoção de malwares
É muito importante salientar que não existe nenhum sistema anti-malware capaz de lidar com 100% das pragas digitais existentes e mesmo os melhores e pagos, embora ofereçam maiores níveis de proteção, são ineficazes no combate aos malwares recém criados. Há um tempo entre a criação de um malware e sua identificação e criação da respectiva “vacina”, no qual os usuários estarão vulneraveis.
Outro aspecto que merece atenção, é que não é recomendado usar dois ou mais programas antivírus simultaneamente, pois podem ocorrer conflitos, comprometendo a eficiência de ambos.
Por fim, mas não menos importante, sempre que forem identificadas ameaças relacionadas a senhas, é altamente recomendado trocar-se todas as senhas que eventualmente sejam usadas no dispositivo, mas somente após a remoção do malware correspondente.
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Comece fazendo a atualização do antivírus nativo do seu dispositivo. A maior parte dos programas realiza a atualização automática antes da varredura / escaneamento, no entanto, há alguns que permitem ser configurados para atualizações manuais;
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Embora a maioria dos programas permitem que se utilize o computador durante o escaneamento, é conveniente que se possível deixe-se a ferramenta realizando a varredura sem que seja utilizada a máquina, resultando em um menor tempo de busca e detecção, principalmente em dispositivos com hardware menos robusto;
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Muitos programas antivírus oferecem opções de busca rápida e busca completa. Sempre opte pela completa, a qual oferece uma maior garantia de detecção;
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Uma vez terminada a varredura com sua ferramenta nativa, avalie o relatório gerado. Em alguns casos pode ser necessário reiniciar o computador;
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A segunda ferramenta a ser usada, é o Malwarebytes, um programa que também é um antimalware, mas que ao contrário do programa que você usa regularmente, ele não fica residente e operacional sempre que seu computador é iniciado. Ele só efetua a varredura, quando executado e assim não concorre com sua ferramenta nativa;
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A versão gratuita do programa pode ser baixada para instalação, a partir de: https://br.malwarebytes.com/premium/;
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Assim como o programa padrão que você tem instalado, ao final do escaneamento, verifique o log de possíveis ameaças encontradas;
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Por fim, recomenda-se utilizar o que se conhece como scanner online. Trata-se também de um antivírus, mas que não é instalado e não fica residente no seu computador. Assim como o Malwarebytes, só é executado através de intervenção manual do usuário;
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A vantagem de um scanner online, é de se utilizar uma outra ferramenta, com tecnologias de outra empresa de segurança digital e outros bancos de dados, aumentando assim a confiabilidade na detecção e remoção de possíveis pragas, que eventualmente seu scanner convencional pode não encontrar;
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A seguir fornecemos quatro alternativas, todas de empresas de segurança reconhecidas e constituídas há muitos anos no segmento. Você pode usar mais de uma alternativa se desejar, mas sempre tendo em mente que não devem ser usadas simultaneamente:
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Todas as alternativas acima consistem em baixar um agente, que nada mais é do que um programa executável, que dará início a atualização da ferramenta com o banco de dados mais recente, abrirá uma janela de instruções e de monitoramento da varredura;
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Assim como nos dois procedimentos anteriores, fique atento ao relatório final que é emitido assim que é concluída a detecção e remoção de possíveis malwares, sobretudo, porque nos casos de infecção por malwares relacionados a senhas, é necessário alterá-las.
Conclusão
Em meio a tantas vantagens que o mundo digital proporciona, há alguns cuidados importantes, principalmente em relação aos malwares, os quais quando ocorrem podem trazer consequências severas. Porém quando o pior acontece e somos vítimas desse grave problema, exige-se um conjunto determinado medidas corretivas.