Tudo sobre PIX por aproximação na carteira do Google

Embora o volume de transações envolvendo o PIX seja significativo, os pagamentos no varejo usando esse método, ainda não são os possíveis e desejados, especialmente por parte do comerciante, porque requer um trabalho e tempo significativamente maiores, se comparados aos pagamentos via cartão de crédito e débito.

Mas isso não será mais problema de agora em diante, já que os pagamentos por aproximação já são possíveis para quem usa a carteira do Google!

Quer saber como vai funcionar e tudo que envolve o assunto?

O que é o PIX por aproximação?

Tal como o PIX que a maioria já conhece, é uma modalidade de pagamento que usa a tecnologia NFC para facilitar o processo, bastando que o pagador aproxime o dispositivo habilitado, da maquininha do estabelecimento, para concluir a operação.

Ou seja, se antes ao efetuar um pagamento por aproximação usando um dispositivo (smartwatch, smartphone, etc) com NFC, as opções eram crédito ou débito, a partir da novidade os estabelecimentos comerciais e clientes podem escolher o PIX.

Apesar do PIX ter uma ótima aceitação e o brasileiro usá-lo frequentemente para muitas transações, nas compras a preferência ainda é pelo débito e crédito, já que até então, para pagar via PIX exigia abrir o aplicativo do banco, informar os dados, senha ou outro método de autenticação (ex: biometria), localizar a opção, informar a chave pix se não estiver ainda cadastrada, o valor e novamente senha.

Na prática, mais trabalhoso, mais tempo perdido e um processo sujeito a algum erro na inserção dos dados por parte do pagador, se o estabelecimento não gera um QR code.

Com o PIX por aproximação, o trabalho, o tempo necessário e a segurança da operação, é o mesmo do pagamento por aproximação para crédito ou débito.

Quando passa a valer o PIX por aproximação?

O PIX por aproximação já é possível desde o anúncio feito (04/11/2024) pelo presidente do Google no Brasil, Fabio Coelho, para quem usa os serviços do C6 Bank, PicPay e Itaú.

No caso do Itaú, a comodidade está sendo implantada gradualmente aos correntistas e a previsão que em poucas semanas, 100% dos clientes Itaú poderão fazer pagamentos via Pix com dispositivos Android dotados de NFC e com a carteira digital do Google, também conhecida como Google Wallet.

O Banco Central, que é o responsável pelo PIX, já havia anunciado que estava desenvolvendo com a cooperação das instituições financeiras, essa opção, cujo lançamento era previsto para fevereiro de 2025.

No entanto, no dia 04, em um evento sobre o Open Finance – versão nacional do Open Banking – e as perspectivas para 2025, o presidente do Google no Brasil, juntamente com o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, em São Paulo, revelou a novidade e que a partir de fevereiro, deverá estar disponível para outras instituições financeiras.

O novo método também integra à plataforma Open Finance, razão pela qual foi divulgado no evento sobre o tema.

Como funciona o PIX por aproximação na Carteira do Google?

Para fazer um pagamento usando o PIX por aproximação, o usuário deverá ter um smartphone Android compatível com a tecnologia NFC e precisa realizar a habilitação da sua conta bancária com a Carteira do Google.

O método de habilitação pode ser sutilmente diferente a depender da instituição financeira, mas independente das diferenças, é razoavelmente simples e rápido, consistindo de fornecer nome completo, endereço, conta de e-mail e número telefônico, sendo que esses dados podem ser usados nos métodos de autenticação multifator (MFA).

Por essa razão, é importante estar atento para fornecer os dados corretos.

Se já se tem um cartão de crédito ou débito habilitado na carteira do Google, o passo a passo é ainda mais simples. No entanto, é realizado uma verificação de identidade, que é um processo que checa se é realmente o dono da conta que está fazendo a integração com a plataforma.

Do lado do vendedor, é preciso que ele tenha uma maquininha que suporte a opção.

A solução já está disponível em 100% das maquininhas do Itaú, operadas pela Rede. Também por meio de uma parceria com a rede de maquininhas Cielo, alguns correntistas selecionados do Banco do Brasil, conseguem finalizar suas compras via Pix em estabelecimentos previamente habilitados em São Paulo e em Brasília.

Em termos práticos, no momento do pagamento, o comerciante terá de fazer a opção por PIX por NFC na maquininha.

A seguir, o procedimento é semelhante ao pagamento por PIX com QR Code convencional, porém quando o pagador aproximar o seu smartphone da maquininha, a tela da carteira deve estar previamente desbloqueada, para que o smartphone carregue os dados da transação, usando o NFC.

Basta então que o comprador confirme os dados da transação e autentique com a sua biometria.

Diferentemente das transações por cartão de débito ou crédito, o Pix por NFC ainda exige que o smartphone tenha conectividade com a Internet, ou seja, precisa de um Wi-Fi ou 4G ou 5G.

De acordo com o presidente do Banco Central, uma futura implementação permitirá fazer transações sem esse necessidade.

Quais as vantagens do PIX por aproximação?

A maior vantagem é para o lojista, especialmente o pequeno negócio, já que é uma modalidade de pagamento que evita que ele tenha custo com taxas de serviços cobradas por outras modalidades, sem contar que o crédito na conta é feito na mesma hora.

Outras vantagens do PIX por aproximação:

  • Agilidade – quando houver desejo ou interesse em usar a modalidade de pagamento, o procedimento é bem mais fácil e rápido;

  • Segurança – além de rápido, o Pix por aproximação também segue regras de segurança, como limites de valor por transação, definidos pelos próprios bancos para prevenir os golpes, além do fato que os dados são protegidos por criptografia, impedindo a clonagem ou acesso às informações do usuário;

  • Economia – além de menor custo operacional para o vendedor, algumas empresas fornecem descontos para pagamentos feitos via PIX;

  • Integração – no futuro, o PIX deverá ser integrado com a moeda digital DREX e o Open Finance.

Além do Pix por aproximação, o Google trabalha com a possibilidade de pagar com Pix pelo novo botão “Pagar com GPay” em aplicativos de e-commerce e lançar o Pix no navegador Chrome, uma opção pela qual os usuários façam o pagamento na loja virtual usando o Pix, sem a necessidade de deixar o ambiente de pagamentos.

O futuro da segurança no PIX

O BC vem se dedicando a cercar o PIX de mecanismos para aumentar a segurança e combater as fraudes.

O combate se dará em três frentes:

  • O BC pretende dificultar os critérios para abertura de contas, visando reduzir contas laranja e fantasmas, que é elo essencial na maioria dos golpes existentes;

  • Dar ao usuário o poder de definir o nível de informação e qual será sua exposição em relação aos diversos riscos, como por exemplo, programar dias e horários para fazer pagamentos, apenas os que constarem em uma agenda, delimitar limites de valores, geolocalização, etc;

  • Usar a inteligência artificial para detectar padrões comuns e reconhecíveis nas fraudes e golpes.

Conclusão

O PIX por aproximação chega para tornar as transações e pagamentos mais rápidos, seguros e eficientes, entre vendedores e compradores.

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