Quero um site! Como começar o primeiro site do zero?
Os sites se tornaram tão comuns, que até parece que todo mundo tem um. Parece que sim, mas não, nem todo mundo tem, incluindo quem necessariamente deveria ter.
E algumas vezes a principal razão, por incrível que pareça, é porque não se sabe por onde começar, ou tudo o que é preciso fazer, ou porque se acredita que é tarefa complicada demais, exige investimentos inacessíveis e conhecimentos que não se tem, ou ainda se crê que as redes sociais podem substituí-los.
Seja qual for a sua justificativa, se você pertence ao grupo dos que não tem um site para chamar de seu, saiba que pode ser bem mais fácil e importante do que imagina e sobre isso que trataremos hoje, mostrando-lhe tudo o que é preciso considerar para começar o primeiro site absolutamente do zero!
Por que é importante ter um site?
Além das justificativas já mencionadas acima, há uma frequente e que reforça as outras – a presença apenas nas redes sociais.
Muitos dos que não têm um site ainda, têm alguma presença digital fazendo uso das redes sociais e acreditam que é suficiente, especialmente quando conseguem algum retorno com elas.
A razoavelmente difundida ideia de que estar nas redes sociais basta, é reforçada pela falsa crença de que todo mundo está nas redes sociais, o que não é verdade. Isso por si só já seria argumento suficientemente bom para sustentar a importância de ter um site, especialmente no caso das empresas.
Mas há outros bons motivos:
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Visibilidade – aumenta a visibilidade da empresa, pela possibilidade de alcançar um melhor posicionamento nos resultados das buscas orgânicas, como pelo fato de que estar presente em mais mídias, aumenta as chances de ser visto / encontrado;
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Redundância – contar com mais de um canal de presença na Internet, amplia o nível de redundância, especialmente com o fim das redes sociais, como foi o caso do Orkut e de outras que não existem mais ou perderam sua relevância;
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Alcance – nem todos que estão em alguma rede social, necessariamente frequentam aquelas que a empresa escolheu estar;
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Conversões – sua empresa que define o layout, o design, a estrutura de navegação, tipos de conteúdo, como a informação é disposta e organizada, favorecendo instituir jornadas de compra, ou a estratégia de Marketing Digital que for adequada;
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Controle – nas redes sociais o controle (políticas, regras e termos de uso) precisam ser cumpridos, querendo ou não, gostando ou não. No seu site, as políticas são estabelecidas pela empresa quanto à tudo. Seu site, suas regras;
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Autonomia – ainda que muitas redes sociais ofereçam alguns bons recursos, se por qualquer motivo você quiser algum que julga útil, ou mais importante ainda, seus clientes acham, você não tem o que fazer. No seu site é possível implementar literalmente qualquer coisa ou até sites alternativos, como um hotsite para um evento ou lançamento de um produto;
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Métricas – é verdade que as redes oferecem um razoável variedade de métricas, mas nunca são tão completas como podem ser as que você obtém com ferramentas próprias ou até mesmo com o Google Analytics e que permitem saber mais e decidir melhor;
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Comunicação – a sua comunicação com os clientes fica restrita aos canais oferecidos por cada uma, ao passo que no seu site você pode ter a que desejar / precisar, como um chat de atendimento ou um help desk, o qual pode ser muito útil em determinados tipos de negócios ;
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Planejamento – com um site próprio, a empresa toma as rédeas do futuro das suas ações na Web, em vez de estar condicionada a uma rede, a qual pode mudar muita coisa de uma hora para a outra, restando à empresa acatar e se adaptar às mudanças promovidas;
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Credibilidade – a credibilidade – e a confiança – das pessoas, são também influenciados por um site próprio. Consegue imaginar qualquer grande marca que não tenha um site? Pareceria no mínimo uma postura negligente, caso acontecesse;
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Imagem / Marca – um – entre muitos – aspecto que o site da empresa consegue enfatizar, é a imagem, a identidade visual da marca, que é ofuscada pela aparência padronizada que a rede tem. Quase impossível se destacar e as páginas de 100 diferentes empresas, parecem uma só. Além disso, o visitante vê o domínio personalizado da sua marca e não de um terceiro;
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Conteúdo – a autonomia plena e a certeza de que os conteúdos que você criar, existirão e estarão acessíveis no mês que vem, no ano que vem ou pelo tempo que for importante, só é possível no seu site, seja porque você não sabe se a rede ainda existirá e será relevante, se ela removeu, ou porque a sua estrutura de conteúdos tornou-os impossíveis de serem acessados.
Por onde começar o site?
Entendemos sua ansiedade. É natural.
Mas antes de prosseguir, devemos ressaltar que o conjunto de passos a seguir, é destinado àqueles que resolveram que vão criar seus sites sozinhos, afinal não são todos que têm a disposição recursos para contratar uma grande e experiente agência web, que se não vai cuidar de tudo, vai fazer por você boa parte do trabalho e vai colocar sua infraestrutura e conhecimento à disposição da sua empresa.
O começo “ideal”, deve contemplar um planejamento, que por sua vez significa responder perguntas do tipo: “o quê?”, “por que?”, “quando?”, “quem?”, “quanto?”, …
Um planejamento minucioso ajuda a controlar o projeto, evita surpresas, antecipa ações e aumenta as chances de um resultado final previsível / esperado.
Uma maneira objetiva e prática de começar, especialmente se você nunca planejou algo do tipo, é responder perguntas a respeito do site, colocando as respostas e a partir delas desmembrar as questões mais complexas:
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Persona – qual o público-alvo ou persona eu pretendo atrair? Como são os visitantes? Quais suas necessidades, desejos e expectativas e que o site deve atender? Saber / conhecer essas respostas é essencial para outras etapas, como a definição do tipo de site mais adequado;
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Motivação – por que minha empresa precisa ter um site ou quer de um site? Qual o papel ele desempenhará? Como ele pode contribuir para o negócio? Tal como as questões anteriores, essas ajudam a definir o tipo de site e o papel que ele desempenhará digitalmente;
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Recursos – o que eu quero que meu site tenha? Quais recursos / ferramentas ele precisa ter? Qual o tipo de conteúdo? Quais e que tipo de informações disponibilizará? Além de ser essencial para formatar o site, ajuda na questão da função do site;
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Manutenção – quem criará o site? Quem irá mantê-lo e fazer as modificações / manutenções quando forem necessárias? Quem será responsável pelos novos conteúdos? Quanto podemos investir? Muitos sites são criados e abandonados e, portanto, esse tipo de questionamento evita que isso ocorra.
Perguntas – e naturalmente as suas respostas – como essas acima, ajudam a ter uma ideia dos primeiros passos que a empresa dará e ajudam a romper paradigmas.
Sim, porque a maioria é inclinada a partir para um site institucional clássico e que não necessariamente é a melhor alternativa.
É bastante comum ver empresas adotando novas abordagens e assim, uma empresa de arquitetura dá destaque ao seu portfólio, o qual é repleto de fotos bem produzidas dos seus projetos, atraindo clientes em potencial (Inbound Marketing) e reservando a um insinuante e sempre presente “quem somos”, o papel de fornecer algumas informações estratégicas e estimular o contato.
Aliás, portfólios online são um ótimo e até necessário recurso para determinados ramos de atuação, como o citado no exemplo acima e que comunicam muito sobre o trabalho da empresa.
Naturalmente que esse tipo de estratégia pode ser potencializada e combinada com uma rede social que valoriza as imagens.
Os blogs são outro tipo de site que tem sido uma aposta frequente de muitas empresas, pela mesma razão do exemplo anterior, ou seja, atraem visitantes sedentos por determinados conteúdos, além de melhorar a autoridade do domínio.
Aspectos essenciais para criar um site a partir do zero
Definido um planejamento inicial, você provavelmente verá que existem aspectos que você pode cuidar sozinho, mas outros certamente precisará de ajuda de outras pessoas e em alguns casos, de profissionais da área.
Não se intimide. Sempre há gente disposta a colaborar e lhe orientar em casos de dúvidas.
Também não tenha pressa. Se até hoje você viveu sem um site, esperar um pouco a mais, mas priorizar o que deve ser feito em detrimento de prazos, é fundamental para obter um bom resultado final.
A seguir uma lista de aspectos que você deve levar em consideração para que o seu projeto seja conduzido apropriadamente...
1. Escolha e registro de domínio
A escolha do domínio é um dos aspectos mais importantes quando pensamos em um site.
Tenha em mente que da mesma forma que não necessariamente o site da empresa deva ser um institucional tradicional, o domínio não obrigatoriamente precisa ser o nome ou marca acompanhado do famoso “.com.br”.
Bons domínios devem atender a uma série de fatores, como por exemplo:
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Fácil memorização – evite domínios extensos, de difícil digitação, incomuns, nomes estrangeiros, associação complicada;
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Domínios curtos – não por acaso, muitos domínios consagrados têm menos letras e ajudam no item anterior;
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Descritivos – se você não vai usar o nome da empresa, pois é contrário aos dois itens acima, procure algo que descreva seu negócio. Em alguns casos extensões de domínio especiais, ajudam a criar um domínio suficientemente esclarecedor;
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Criativos – há muitas empresas que não usam seus nomes ou marcas no domínio, justamente porque contrariam os princípios acima. Em alguns casos, a criatividade e quebra de paradigmas, pode resultar em domínios bem interessantes.
É importante também pensar em alternativas, tanto de domínios, como de extensões, pois nem sempre há disponibilidade para registro do nome imaginado, principalmente quando se faz uso de termos mais óbvios ou comuns.
No site da HostMídia, você pode consultar se o nome desejado está disponível para registro de domínio.
2. Hospedagem do site
Todo site na Internet, precisa dispor da infraestrutura e da gama e recursos de uma boa empresa de hospedagem.
A hospedagem é um fator crucial, pois dela dependem aspectos como segurança e desempenho do site.
Mas sobretudo, como é seu primeiro site, é esperado que no início você precise contar frequentemente com o suporte técnico e para tanto, as opções de contato devem ser variadas e disponíveis.
Fique atento a esse aspecto. Muitos planos restringem bastante o suporte.
Note que a depender das respostas e escolhas que você fez na etapa de planejamento, que envolvem questões como crescimento do site, considere quem possibilita escolher planos personalizados para atender esse crescimento, por exemplo, ou quem sabe, um plano de hospedagem WordPress e que se relaciona com o próximo fator.
3. Funcionalidade
A funcionalidade do site está intimamente relacionada ao que você pretende oferecer aos visitantes em termos de recursos e do seu conteúdo e naturalmente, tem a ver com o tipo de site (fórum, e-commerce, blog, portfólio online, etc).
Para atender a esse aspecto, existem os CMSs (sigla para Content Management System ou Sistema de Gerenciamento de Conteúdo) e que basicamente são sistemas que permitem criar e editar conteúdo para os mais diversos tipos de sites.
Há CMSs destinados a criar desde os mais básicos sites institucionais até sofisticados comércios eletrônicos.
É o caso do WordPress, o CMS mais usado no mundo, o qual dispõe dos plugins e que são responsáveis por implementar os recursos que o site oferecerá aos visitantes e os temas, que basicamente são responsáveis pelo aspecto (layout, design, cores, fontes, etc).
No entanto, há uma série de alternativas ao WordPress e para os mais variados tipos de sites.
Escolher o melhor, envolve uma pesquisa para determinar o melhor, levando em consideração os seguintes fatores:
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Facilidade de uso / manutenção;
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Segurança do próprio CMS e dos plugins e temas;
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Desempenho e exigências do ambiente de hospedagem;
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Variedade de plugins;
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Variedade de temas;
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Suporte, tanto do núcleo da aplicação, bem como dos plugins / temas;
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Informações a respeito em fóruns e sites especializados;
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Considere as eventuais mudanças e evoluções, optando pelos CMSs mais versáteis e flexíveis.
4. Conteúdo
Costuma-se dizer que “conteúdo é rei”, o que significa que conteúdo é a essência de todo e qualquer site.
Bom conteúdo, bem pensado, bem elaborado e se possível dinâmico, é o que vai trazer as pessoas até o site.
Mais que isso, são a matéria-prima para se fazer um trabalho de SEO consistente, ou em outras palavras, colocar o seu site nos resultados no Google e do Bing.
Sites institucionais são necessários, importantes, mas “concorrem” no ranking apenas com outros sites institucionais. Por isso, considere sair do trivial. Um blog, ou uma área do site que permita incluir periodicamente conteúdo relevante para seu público, é fundamental.
Mas para tanto, há uma série de aspectos relacionados, como os cuidados e erros ao criar conteúdo, mas também:
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A importância e porque fazer planejamento de conteúdo;
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Alterações e atualizações de conteúdo;
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Os diferentes tipos de conteúdo e sua importância;
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Como ser criativo, criar conteúdo original e conteúdo evergreen;
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Quando criar conteúdo rico, conteúdo para leigos e conteúdo técnico;
Note que você não precisa saber logo de cara tudo isso, mas a medida que seu site for evoluindo, seus conhecimentos a respeito também devem acompanhá-lo e consequentemente, os seus resultados. Tenha em mente que uma das marcas da Web, é o dinamismo, o que significa que seu site pode – e deve – mudar constantemente.
5. Navegabilidade e recursos
Não há nada pior em um site, do que você não encontrar facilmente o que procura, ou para chegar a alguma informação, ter que efetuar muitos cliques.
Aliado a isso, aquela sensação de que o que você buscava, não encontrou. Não há uma busca interna ou ela não funciona como deveria. Queria tanto saber como chegar ao endereço da empresa, mas não tenho um simples mapa da região na página de contato.
Planeje como seria a navegação ideal, mais simples, mais intuitiva, mais fácil e tudo o que um visitante possa precisar. Coloque-se no lugar do seu cliente. Peça às pessoas que lhe digam o que gostariam.
E mais importante ainda, lembre-se que vivemos a era do mobile. Em outras palavras, muita gente chegará à versão digital da sua empresa, via smartphone, o que significa que a versão mobile do seu site é vital!
Por fim, mas não menos importante, se a identidade visual do seu site deve refletir algo que você queira destacar, seja por imagens, layout, cores, fontes, também deve cumprir função de tornar o acesso a tudo melhor, mais agradável e fácil e em particular na versão mobile.
Dito de outro modo, não adianta apenas ser bonito visualmente, mas pouco prático ou funcional.
Conclusão
A criação de um site do zero, pode ser algo assustador ou razoavelmente tranquilo, desde que se siga um roteiro de passos bastante objetivos e práticos.