Como e por que usar o QR code como forma de pagamento?
Os tempos da carteira, do dinheiro de papel e das moedas e até mesmo dos cartões parece que estão chegando ao fim e se você tem um negócio, precisa adaptar-se a essa nova realidade rapidamente, isso se ainda não o fez.
Até mesmo quem trabalha na informalidade, como o ambulante e o camelô, já aderiram.
Mesmo que por diferentes motivos você ofereça os meios de pagamento mais antigos e tradicionais, incluir o QR Code como forma de realizar pagamentos, é uma comodidade muito bem vista pelos consumidores atualmente.
O que é o QR Code?
Difícil quem não saiba o que é QR Code atualmente, uma vez que ele está cada vez mais presente no nosso quotidiano.
Muitos aplicativos de celular já o utilizam. Os códigos QR estão presentes nas embalagens de produtos, em alguns boletos que recebemos, nas contas de restaurantes e até embalagens e manuais de alguns produtos.
O QR vem de quick response e que em português é resposta rápida e foi criado em 1994 por uma subsidiária da Toyota no Japão – a Denso-Wave – com o propósito de facilitar rastrear as peças e partes dos veículos que eram utilizados nas unidades fabris da montadora.
Diferentemente do código de barras convencional, que é unidimensional, o QR é bidimensional.
Ou seja, além da leitura dos elementos em um sentido apenas, ela se dá na horizontal e na vertical, motivo que alguns poucos também referem-se a ele como código de barras 2D, por ser em duas dimensões.
O grande e principal benefício do QR Code comparativamente aos códigos de barras, é sua capacidade de armazenar um volume muito maior de dados. Se os códigos de barras convencionais representam apenas números, um QR Code pode ser a representação de números, letras, espaços, alguns caracteres especiais ($, %, *, +, -, ., /,...), códigos binários e até ideogramas.
Nos menores formatos, são matrizes quadradas – mesmo número de linhas e colunas – de 21 por 21 elementos, mas podem ser de até 177 linhas, por 177 colunas.
Por que o QR Code se popularizou?
A primeira razão da sua popularização, já foi mencionada, ou seja, sua capacidade de conter uma boa quantidade e variedade de dados associados a ele.
Mas a popularização dos smartphones e, sobretudo, das respectivas câmeras, cuja boa resolução é adequada para a leitura do código, o qual inicialmente exigia um leitor ótico, semelhante ao que é necessário para escanear um código de barras, serviu para sua difusão e para as mais diversas finalidades.
A versatilidade e o poder associado aos códigos QR, logo passaram também a ser aproveitados para tornar mais rápido e seguro os meios de pagamento, especialmente – mas não apenas – com o advento do PIX. Alguns dos cartões alimentação mais populares e aceitos, também já oferecem a opção de leitura de QR code em seus aplicativos.
Por que usar o QR Code para pagamentos?
Oferecer o QR Code como meio para seus clientes efetuarem pagamentos, implica em uma série de benefícios. O mais óbvio já foi dado, ou seja, constitui uma alternativa a mais, o que é sempre bem visto pelo consumidor.
Mas não é só…
Segurança
A segurança no mundo digital tem sido motivo crescente de preocupação. E quanto a isso, as operações de pagamento oferecem melhores níveis que por outros métodos, tanto para quem paga, como para quem recebe, por um conjunto de fatores:
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O consumidor não precisa portar dinheiro físico (papel e moedas);
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As fraudes envolvendo as conhecidas “maquininhas” são evitadas;
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Não há que verificar se as cédulas são falsas;
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Menor volume de dinheiro físico no estabelecimento e, portanto, menor prejuízo em assaltos;
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Incidência menor de erros relacionados com digitação.
Praticidade
A praticidade é outra vantagem para consumidores e empresas.
Do ponto de vista do consumidor, não ter que administrar uma série de cartões e suas respectivas senhas, dinheiro e até ter um controle em apenas um aplicativo de tudo o que foi pago. Além do mais, muitos consumidores já estão familiarizados e habituaram-se a usar essa forma, tornando-se algo simples e fácil para eles.
Para o empresário, lidar com troco, com gateways de pagamento e maquininhas diversas, fornecer as vias dos comprovantes de pagamento, por si só pode constituir um trabalho relevante. Ao receber por um QR code vinculando seu PIX, é mais fácil, rápido, elimina intermediários e remete ao próximo benefício.
Custo
Embora as regras do PIX para empresas, estipuladas pelo Banco Central, permitam a cobrança de tarifas, dependendo das circunstâncias, ainda pode ser mais vantajoso do que optar por outras modalidades, como as maquininhas, por exemplo.
A intermediação de pagamento e os gateways, representam custo para o empresário, o qual costuma ser proporcionalmente maior quanto menor for a compra, para valores fixos, mas nos casos em que é um percentual da operação, é tanto maior em valores absolutos, quanto maior for a compra.
Já no caso do PIX, MEIs (Microempreenderores Individuais) e EIs (empresários individuais) e pessoas físicas, estão isentos de tarifas, o que constitui um importante diferencial para micro e pequenas empresas, profissionais liberais, autônomos e freelancers, entre outros.
A Caixa e algumas fintechs (bancos digitais) isentam uma gama maior de empresas e situações e, portanto, sempre é importante considerar isso ao buscar a instituição financeira com a qual trabalhar, pois as tarifas podem variar bastante e representar um custo considerável.
Até para o consumidor pode representar economia, já que há empresas que oferecem desconto quando se opta por essa modalidade, uma vez que normalmente taxas e prazos que se têm com outras formas de pagamento, acabam sendo repassados e afetam o preço final de produtos e serviços.
Fluxo de caixa
Ao receber um PIX, não há prazos e intermediários. O valor é disponibilizado imediatamente.
Essa tem sido frequentemente citada como uma vantagem importantíssima, pois contribui favoravelmente para a gestão do fluxo de caixa diário, com transações financeiras em até dez segundos, podendo ser realizadas nos sete dias por semana, 24 horas por dia, incluindo finais de semana e feriados.
Dependendo da natureza da operação, isso constitui um fator de extrema importância, pois melhora a saúde financeira do negócio e diminui a sua dependência dos prazos associados a outras modalidades de recebíveis.
Em outras palavras, aumenta a liquidez dos pagamentos recebidos.
Como usar o QR Code como meio de pagamento?
É bastante simples instituir o QR Code como meio de pagamento e aqui vamos focar no PIX, que é o que mais vantagens proporciona ao empresário.
Há outras formas, como o exemplo mencionado de alguns cartões alimentação, mas que no caso está sujeito ao contrato e as regras entre as duas empresas e, portanto, sem as mesmas vantagens.
Outro ponto a observar, é que consideraremos o QR code estático.
Sim, há também os chamados QR codes dinâmicos e que são únicos. É o exemplo daqueles que correspondem a boletos e, portanto, com valores, datas de pagamento / vencimento e outros dados, tal como costuma constar em um boleto típico. Logo, cada boleto é vinculado a um QR code dinâmico e único.
Os códigos dinâmicos normalmente são produzidos por sistemas de caixa, os quais incluem a função e podem ser exibidos na tela do caixa ou na conta de pagamento, como é o caso de supermercados e restaurantes, respectivamente.
Com um QR Code estático, ele será usado para todos os pagamentos efetuados, cabendo ao cliente apenas informar o valor do pagamento, após apontar a câmera do celular para o código.
Há muitos sites e até mesmo programas que geram um QR Code estático, como é o caso do site GerarPIX. Você pode pesquisar e usar o que achar mais conveniente.
Se escolher a nossa sugestão, na página aparece um formulário com dados que devem ser fornecidos para gerar o QR Code:
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Chave PIX – é possível escolher entre e-mail, CPF, CNPJ, telefone ou outro (chave aleatória). Em se tratando de empresa, é recomendável usar o CNPJ;
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Nome do beneficiário – que deve ser o nome que está vinculado à conta e que será exibido na tela após o escaneamento do código;
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Cidade do beneficiário – embora não seja indispensável, é adequado quando o cliente é de outra cidade e ajuda a identificar quem está recebendo o pagamento;
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Valor para transferência – este campo deve permanecer em branco, já que estamos falando de um QR code estático. Ao mantê-lo em branco (R$ 0,00), o cliente deverá informar o valor da compra e é isso que possibilita usar o mesmo código para todas as transações;
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Código da transferência – esse campo pode ser usado tanto para os casos em que se tenha mais de um caixa, identificando cada um, como para diferenciar de outras possíveis operações usando o PIX. Assim, se você tem diferentes fontes de pagamento, pode criar um código para cada uma e ao analisar o extrato, identificar cada entrada listada.
O QR code é gerado ao clicar no botão “gerar” e fica disponível para impressão ou para download em formato PNG.
A vantagem da imagem para download e no formato que é disponibilizado, é que é possível redimensioná-la sem perda da qualidade, bem como ser composta dentro de uma arte mais elaborada para exibição e uso em estabelecimentos comerciais, ou até mesmo para outros fins, como envio por e-mail ou até exibição no seu site ou redes sociais, dependendo do seu modelo de negócios.
Sim, muitas pequenas empresas têm usado as redes sociais para vendas e já ter o QR Code disponível, é melhor, mais rápido e prático do que fornecer a cada venda feita.
Conclusão
O QR code como instrumento para pagamentos, é uma prática consolidada e que vem ganhando adeptos, graças aos muitos benefícios para clientes e empresas.